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Mutações Mª Lorete 1 Mutações São alterações ou modificações súbitas em genes ou cromossomos, podendo acarretar variação hereditária. As mutações podem ser gênicas quando alteram a estrutura do DNA ou cromossômicas quando alteram a estrutura ou o número de cromossomos. 2 Mutações As mutações são espontâneas e podem ser silenciosas, ou seja, não alterar a proteína ou sua ação. Podem ainda ser letais, quando provocam a morte, ou ainda acarretar doenças ou anomalias. As mutações também promovem a evolução já que determinam aumento na variabilidade genética. 3 Agentes Mutagênicos Físicos radiações ionizantes (raios X, radiações alfa, beta e gama) e radiação ultravioleta. Químicos colchicina, gás mostarda, sais de metais radioativos, alcatrão, benzeno, benzopireno. 4 Mutações Cromossômicas Também chamadas de aberrações cromossômicas, são alterações na estrutura ou no número de cromossomos normal da espécie. Podem provocar anomalias e mal formações no organismo ou até a inviabilidade dele. 5 Mutações Cromossômicas Numéricas Provocam alterações no número típico de cromossomos da espécie (cariótipo). Podem produzir anomalias graves e até a morte do organismo. Se dividem em Euploidias quando há a alteração de um genoma inteiro e Aneuploidias (Somias) quando acrescentam ou perdem um ou poucos cromossomos. 6 Euploidias Monoploidias (n) quando há apenas um genoma. Triploidias (3n) quando há três genomas. Poliploidias (4n, 5n, ...) quando há quatro ou mais genomas. 7 Euploidia: poliploidia - Ocorre quando um gameta não sofre meiose ficando na forma não reduzida (2n) e quando fecundados: 2n + n= 3n (evento raro em humanos). - Quando dois gametas 2n se juntam forma-se um organismo tetraplóide = 4n. Fenômeno comum entre as plantas porém raro entre os animais. 8 Feto morto: Poliploidia - triplóide Euploidia: poliploidia 9 Aneuploidias (Somias) Nulissomia (2n-2) perda de um par inteiro de cromossomos. No homem é letal. Monossomia (2n-1) um cromossomo a menos no cariótipo. Trissomia (2n+1) um cromossomo a mais no cariótipo. 10 Síndrome de Turner Monossomia do cromossomo X, cariótipo 44A + X0 = 45. Sexo feminino com ovários atrofiados, deficiência hormonal, esterilidade, ausência de menstruação, mamas pequenas, vulva infantil, pescoço alado, deficiência cardíaca, cromatina sexual negativa, raramente deficiência mental. 11 Síndrome de Turner Monossomia do cromossomo X Mulheres ♀ = 45,X ao invés de 46,XX SINTOMAS: - Baixa estatura - Amenorréia (ausência de menstruação), - Infantilismo genital - Pescoço alado - Anomalia dos dedos 12 Síndrome de Turner 13 Síndrome de Turner Pêlos pubianos reduzidos ou ausentes Baixa estatura Pescoço alado 14 15 PORTADORA DA SÍNDROME DE TURNER Síndrome de Klinefelter Trissomia do cromossomo X, cariótipo 44A + XXY = 47. Sexo masculino, testículos pequenos, esterilidade, genitais infantis, mamas desenvolvidas (ginecomastia), estatura elevada, cromatina sexual positiva, deficiência mental. 17 Síndrome de Klinefelter. Trissomia do cromossomo X. Homens ♂ = 47, XXY Sintomas: - Testículos pequenos e atrofiados - Caracteres sexuais masculinos pouco desenvolvidos - Retardamento mental - Corpo eunucóide. Desenvolvimento de seios (ginecomastia) Baixo auto-estima - Timbre Feminino - Membros alongados 18 Síndrome de Klinefelter. 19 PORTADOR DA SÍNDROME DE KLINEFELTER Síndrome de Klinefelter. 21 Síndrome de Klinefelter 22 SÍNDROME DE TURNER (ESTÉRIL) DISGENESIA GONADAL 2n:45,X0 2n: 46,XX SÍNDROME DE KLINEFELTER (ESTÉRIL) 2n: 47,XXX 2n:46,XY 23 Síndrome de Down Trissomia do cromossomo 21, cariótipo 45A + XX = 47 ou 45A + XY = 47. Mais raramente pode acontecer por translocação entre o cromossomo 21 e o 14. Ambos os sexos, deficiência mental, fendas palpebrais mongolóides, pescoço curto e grosso, cardiopatias, uma única linha transversal na palma da mão, genitália pouco desenvolvida, grande flexibilidade nas articulações. 24 Síndrome de Down 25 Síndrome de Down Trissomia do cromossomo 21. Homem ♀ = 47, XY +21 Mulher ♂ = 47, XX +21 Sintomas: - QI baixo (entre 15 e 20)- retardamento mental. Idade mental aos 21 anos é de 5 anos. - Prega palpebral. - Prega na palma das mãos. As mãos são curtas e largas, com dedos curtos e largos - Língua protrusa. - Anomalias cardíacas- frequente causa de mortes 26 Síndrome de Down 47, XY +21 Cariótipo 27 Síndrome de Down Pregas palpebrais Língua protrusa 28 Síndrome de Down Prega única 29 PREGA SIMIESCA NA PALMA DA MÃO Síndrome de Down 31 Anomalias Cromossômicas Síndrome de Down Prega cutânea da pálpebra superior (que se estende do nariz até a parte interna da sobrancelha) cobrindo o canto interno (canthus) do olho. Anomalias Cromossômicas Língua para fora da boca devido a hipotonia mandibular. Anomalias Cromossômicas Síndrome de Down Anomalias Cromossômicas Síndrome de Down (a) (b) (c) (d) (e) Síndrome de Down 36 Diagnosticando Down na gravidez Feito através estudo de células fetais presentes na placenta ou no líquido amniótico. Os procedimentos de coleta: biópsia de vilo corial, amniocentese e cordocentese. A biópsia de vilo corial consiste em retirar fragmentos de placenta entre 11 e 14 semanas de gestação através da aspiração por agulha fina guiada por ultra-som; 37 A amniocentese consiste na aspiração de líquido amniótico, também por agulha fina, à partir de 16 semanas; A cordocentese é a coleta de sangue do cordão umbilical por agulha fina, à partir de 20 semanas. As células obtidas recebem um tratamento especial em laboratório (cultura) e, num período que varia de 7 a 21 dias, são analisadas para determinação do cariótipo. 38 A medida da translucência nucal é realizada entre 11 e 14 semanas, ou seja, quando o feto tem um comprimento da cabeça até a nádega entre 45 e 84 mm. A medida varia conforme o tamanho do feto (quanto maior o embrião, maior a translucência nucal). Fetos com translucência nucal aumentada têm um risco maior de apresentar a síndrome de Down, anomalias cardíacas e uma série de outras anormalidades estruturais. 39 Translucência nucal em um feto de 11 semanas 40 Síndrome de Patau Trissomia do cromossomo 13, cariótipo 45A + XX = 47 ou 45A + XY = 47. Ambos os sexos, cabeça pequena (microcefalia), olhos pequenos ou ausentes, orelhas deformadas e com baixa implantação, pescoço curto, lábio leporino, palato fendido. 41 Síndrome de Patau Trissomia do cromossomo 13. Mulher ♀ = 47,XX+13 Homem ♂= 47,XY+13 Sintomas: - Surdez - Lábio leporino - Palato fendido - Polidactilia - Anomalias cardíacas (morte ocorre em poucas horas ou dias) 42 Síndrome de Patau 43 Síndrome de Patau 44 Síndrome de Patau 45 Síndrome de Edwards Trissomia do cromossomo 18, cariótipo 45A + XX = 47 ou 45A + XY = 47. Ambos os sexos, deformidade facial, anomalias nas mãos e pés, malformações cardíacas, renais e genitais, grave distúrbio psicomotor. 46 Síndrome de Edwards Trissomia do cromossomo18. Mulher ♀= 47,XX+18 Homem ♂= 47,XY+18 Sintomas: Más formações Retardo mental Orelhas mal formadas Pés tortos Defeitos cardíacos (90% dos que nascem, morrem até os primeiros 6 meses de vida) Ocorrência 1/6.000 nascimentos 47 Síndrome de Edwards 48 Síndrome de Edwards 49 Síndrome do Duplo Y Trissomia do cromossomo Y, cariótipo 44A + XYY = 47. Sexo masculino, sem modificações fenotípicas aparentes. Raramente déficit mental e agressividade acentuada. 50 Síndrome do Duplo Y Apresentam altura média de 1,80m; Grande número de acne facial durante a adolescência; Anomalias nas genitálias; Distúrbios motores e na fala; Taxa de testosterona aumentada, o que pode ser um fator contribuinte para a inclinação anti-social e aumento de agressividade; Síndrome do Duplo Y Imaturidade no desenvolvimento emocional e menor inteligência verbal, fatos que podem dificultar seu relacionamento interpessoal; Crescimento ligeiramente acelerado na infância; QI ligeiramente abaixo do normal; Problemas no aprendizado e na leitura; Volume cerebral reduzido; Síndrome do Duplo Y Dentes grandes; Glabela saliente; Orelhas mais longas que o normal; Mãos e pés mais compridos. Síndrome do Duplo Y 54 Síndrome do Triplo X Trissomia do cromossomo X, cariótipo 44A + XXX = 47. Sexo feminino, distúrbios sexuais, retardamento mental, sem outras modificações fenotípicas aparentes. 55 Síndrome do Triplo X A síndrome do triplo X é uma condição genética na qual 1 entre 800 mulheres possuem um cromossomo X extra. Também conhecida como síndrome de Jacob, síndrome da super fêmea e síndrome do XX X. A maioria das mulheres que possuem o X extra, nunca sabem que o possuem, e a condição não é passada de mãe para filha. Podem nascer com pouco peso, mas inicialmente existem poucos sintomas físicos desta condição. Assim que estas crianças crescem, pode ocorrer algum atraso no desenvolvimento de suas funções motoras, fala e linguagem, habilidades sociais e maturação. Síndrome do Triplo X As mulheres com esta síndrome tendem a ser altas e a possuirem múltiplas peles frouxas no pescoço. Muitas mulheres com a síndrome do triplo X são férteis; no entanto, ao envelhecerem algumas entram na menopausa mais cedo do que a maioria das mulheres. Não há tratamento específico para a síndrome do triplo X, mas se a condição for diagnosticada cedo, a garota afetada pode receber ajuda extra quanto ao atraso de seu desenvolvimento. Síndrome do Triplo X 58 Síndrome de Williams-Beuren Macrognatia Crianças extremamente sociáveis Dificuldade de Aprendizagem Estenose Aórtica Supravalvular e Pulmonar Síndrome de Williams-Beuren 60 Síndrome de Williams-Beuren É uma desordem genética, raramente com manifestação hereditária, e que ocorre em aproximadamente uma criança a cada vinte e cinco mil nascimentos; apresentando impactos nas áreas comportamental, cognitiva e motora. apresentam alterações no lócus do gene da elastina, em um braço do cromossomo sete. geralmente apresentarem alterações cardiovasculares, voz rouca, genitália pequena, face característica, necessidade frequente de urinar e envelhecimento prematuro. Aproximadamente outros trinta genes, desse mesmo cromossomo, resultam nas outras características atribuídas à síndrome. Síndrome de Williams-Beuren Suas faces tendem a seguir certos traços, como nariz pequeno e empinado, lábios grandes, dentes pequenos, bochechas proeminentes e queixo pequeno; apresentando-se sempre sorridentes. Apesar de nascerem com peso mais baixo, e terem crescimento mais retardado, a puberdade geralmente se inicia mais cedo. Portadores dessa síndrome, apesar de demorarem um pouco mais a falar, se expressam de forma bastante articulada e fluente, sendo muito sociáveis, entusiasmados e comunicativos. Têm dificuldades em reconhecer ironias ou intenções não verbais de outras pessoas. As crianças tendem a apresentar maior facilidade em lidar com adultos do que com pessoas da sua idade. Mutações Cromossômicas Estruturais Provocam alterações na estrutura dos cromossomos, podendo ocasionar a perda de genes, a leitura duplicada ou erros na leitura de um ou mais genes. Podem acontecer por deleção, duplicação, translocação ou inversão de partes de cromossomos. 63 Mutações Gênicas As mutações gênicas são responsáveis por alterações nos genes e conseqüentemente nas proteínas, determinando, muitas vezes, a formação de novas proteínas ou alterando a ação de enzimas importantes no metabolismo. 64 Mutações Gênicas Alteram uma ou mais bases do DNA, o que afetará a leitura durante a replicação ou durante a transcrição. Podem ser transmitidas hereditariamente quando ocorrem nas células germinativas. Quando ocorrem em células somáticas podem provocar a formação de tumores. 65 Tipos de Mutações Gênicas Substituição ocorre a troca de um ou mais pares de bases. 66 67 Mutações Gênicas Adição acontece quando uma ou mais bases são adicionadas ao DNA, modificando a ordem de leitura da molécula durante a replicação ou a transcrição. 68 Mutações Gênicas Deleção acontece quando uma ou mais bases são retiradas do DNA, modificando a ordem da leitura, durante a replicação ou a transcrição. 69 70 Síndrome Cri-Du-Chat (Síndrome do Miado de Gato) A Síndrome Cri-Du-Chat foi descrita em 1963 pelo Dr. Lejeune na França. Recebe esse nome pelo fato de seus portadores possuírem um choro semelhante ao miado agudo de um gato. É uma anomalia cromossômica, causada pela deleção parcial (quebra) do braço curto do cromossomo 5, apresentando um cariótipo 46, XX, 5p- e 46, XY, 5p-. Por isso é também chamada de síndrome 5 p - (menos). A estimativa é que esta síndrome afeta cerca de 1 em 50.000 casos de crianças nascidas no mundo, e 1% dos indivíduos com retardamento mental. Esta síndrome na maioria das vezes, não é herdada dos pais, aproximadamente em 85% dos casos resultam de novas deleções esporádicas, enquanto que 5% dos casos se originam secundariamente a uma segregação desigual de uma translocação parental. Esses casos são causados pela translocação equilibrada nos cromossomas de um dos pais ( material genético de um cromossoma que se uniu a outro). As pessoas com translocações equilibradas são normais porque nenhum material genético foi perdido, assim sendo, provavelmente não saberão que são portadores até que tenham uma criança afetada com CDC na família. A síndrome na maioria das vezes, não é herdada dos pais, aproximadamente em 85% dos casos resultam de novas deleções esporádicas, enquanto que 5% dos casos se originam secundariamente a uma segregação desigual de uma tranlocação parental. Esses casos são causados pela translocação equilibrada nos cromossomas de um dos pais ( material genético de um cromossoma que se uniu a outro). As pessoas com translocações equilibradas são perfeitamente normais porque nenhum material genético foi perdido, assim sendo, provavelmente não saberão que são portadores até que tenham uma criança afetada com CDC na família. Cariótipo Características do Afetado Os afetados se caracterizam por apresentar: assimetria facial, com microcefalia (cabeça pequena), má formação da laringe (daí o choro lamentoso parecido com miado de gato), hipertelorismo ocular (aumento da distância entre os olhos), hipotonia (tônus muscular deficiente), fenda palpebral antimongolóide (canto interno dos olhos mais altos do que o externo), Características do Afetado pregas epicânticas, orelhas mal formadas e de implantação baixa , dedos longos, prega única na palma das mãos, atrofia dos membros que ocasiona retardamento neuromotor e retardamento mental acentuado. Características do Afetado As crianças do CDC freqüentemente têm um caminhar desajeitado e parecem inábeis. Com a educação especial precoce e um ambiente de apoio familiar , algumas crianças atingem um nível social e psicomotor de uma criança normal de cerca de 6 anos de idade. As habilidades motoras finas são atrasadas também, embora algumas crianças estejam conseguindo aprender a escrever. As crianças com CDC têm dificuldade no treinamento do controle de suas necessidades fisiológicas. Características enquanto bebês. Tem peso baixo ao nascer Microcefalia Rosto arredondado Testa ampla Prega cutânea no ângulo interno do olho (epicanto), que dá a impressão de que os olhos estão distantes (hipotelorismo) Características enquanto bebês. Assimetria facial Orelha baixa implantação Prega palmar única Mandíbula pequena Queixo retraído (microretrognasia) Hipotonia ( tônus muscular compremetido) Características enquanto bebês. Dificuldade de sucção Suscetível às infecções respiratórias e gastrintestinais Podem associar-se (não frequentemente) diversas deformações, as mais sérias são as cardíacas e as renais Outras deformações são quadris largos, hérnias sindactilia (dedos ligados uns ao outros) Refluxo acentuado Características fenotípicas baixa estatura ou nanismo, cabelo rarefeito ou ausente clavícula ausente ou anormal, dificuldades na alimentação no lactente, envelhecimento prematuro, erupção tardia dos dentes, face estreita, fenótipo emagrecido, hipoplasia terminal dos dedos. Características quando crianças Característica facial: queixo pequeno e nariz longo Velocidade no crescimento é um pouco lenta Estatura definitiva pode ser comumente elevada Hiperatividade Dificuldades para dormir (relacionada com a hiperatividade) Alguns são estrábicos e míopes Características quando crianças Possibilidade de problemas ortopédico (pés chatos, escoliose, pés para dentro) Ortodontite (dentes deformados) algumas crianças mais velhas têm frequentemente os dentes projetados para a frente apesar de tamanhos normais, isso porque tem a cabeça e maxilar pequeno Atrasados em relação ao desenvolvimento motor, da fala e do controlo fisiológico Alguns desenvolvem escoliose Informação importante Ao contrário do que a literatura médica diz sobre as crianças com CDC, elas não morrem na adolescência. O tempo de vida espera-se ser relativamente normal, embora há alguns sinais de envelhecimento precoce. A informação de que morrem cedo sempre causou muito sofrimento para todos os familiares, porém cada vez mais são descobertos, muitos portadores de CDC com idade avançada. É fundamental deixar claro que nem todas as pessoas com CDCat terão todas estas características Dependerá da quantidade de estímulo motores e cognitivos que receberem e da quantidade da perda de material genético do braço curto do cromossoma 5. Aberrações no homem Síndrome do miado do Gato Deleção de parte do cromossomo 5. Sintomas: Retardo mental -Microcefalia Hipotrofia muscular Choro lembra o miado de um gato 86 Leucemia Mielóide Crônica Translocação do cromossomo 22, que fica mais curto que o normal. Ela tem como principal característica uma proliferação anormal de células sanguíneas, geralmente leucócitos (câncer). 87 Principais causas das aberrações cromossômicas Idade avançada das mulheres. Predisposição genética à não-disjunção. Exposição à radiação (raios-x e ultravioleta). 88 Causas das aberrações cromossômicas radiações drogas vírus outras: alimentação, temperatura, idade 89 Classificação e incidência das anomalias cromossômicas recém-nascidos: 0,7% abortos espontâneos: 50% 90 91 Feto diencéfalo, isto é com dois encéfalos. Devido ao nascimento de aberrações como esta é que surgiu a disciplina Teratologia (teratos = monstro; logia = estudo). Anomalias causadas por fatores ambientais Teratogênese por drogas: O uso de remédios prescritos ou não por um médico durante a gravidez é surpreendentemente alto. Menos de 2% das anomalias congênitas são causados por remédios e produtos químicos. É importante a mulher evitar qualquer medicação durante o primeiro trimestre da gestação, a menos que haja uma forte razão médica, e neste caso, somente quando se sabe que esta medicação é segura para o embrião humano. 92 Teratogênese por drogas Tabagismo: Retardo do Crescimento Intra Uterino - Em grandes fumantes de cigarros(20 ou mais por dia), o parto prematuro é duas vezes mais freqüente do que nas mães que não fumam, e seus filhos pesam menos que o normal. A nicotina contrai os vasos sanguíneos do útero, causando diminuição do fluxo sanguíneo para o mesmo. 93 O tabaco causa baixo peso do recém nascido. O tabaco leva ao retardo do crescimento intra uterino que pode levar a paralisia cerebral. 94 Teratogênese por drogas CAFEÍNA– Não é um teratógeno, mas seu uso excessivo não é garantido que seja seguro para o embrião. ÁLCOOL- O consumo do álcool, tanto moderado como alto, durante o inicio da gravidez pode levar a alterações do crescimento e da morfogênese do feto; quanto maior a ingestão , mais graves os sinais. 95 Síndrome do alcoolismo fetal Síndrome do Alcoolismo Fetal: A ingestão de álcool pela mãe durante a gravidez, atinge a corrente sanguínea dela, passando, em seguida, para o feto através das trocas de nutrientes na placenta. Dependendo da quantidade de álcool ingerido e da fase da gravidez, o filho pode ser submetido a uma dose tóxica de álcool durante sua gestação. O álcool pode ocasionar defeitos que variam de leves a graves, causando gestos desajeitados, problemas de comportamento e falta de crescimento. Um dos reflexos mais graves da toxicidade do álcool na gravidez podem ocasionar rosto desfigurado e retardo mental. 96 97 Teratogênese por drogas ANTICONCEPCIONAIS ORAIS – Há suspeitas que pílulas contendo progestagenos e estrógenos, tomados durante os estágios iniciais de uma gravidez não identificada, sejam agentes teratogênicos, mas os resultados de vários estudos epidemiológicos não chegaram ainda a uma conclusão definitiva. ANTIBIÓTICOS – A tetraciclina causa manchas amareladas e hipoplasia do esmalte dos dentes. Os medicamentos para tuberculose(estreptomicina) causam deficiência auditiva em crianças expostas no útero. 98 Teratogênese por drogas ANTICOAGULANTES- A warfarina pode causar hemorragia no embrião, retardo mental, atrofia óptica e microcefalia. A Heparina não é um teratógeno. ANTICONVULSIVANTES- A fenitoína e o ácido valpróico são teratogênicos. O fenobarbital é considerada uma droga segura para ser usada na gravidez. 99 Teratogênese por drogas ACIDO RETINÓICO (VITAMINA A)- A isotretinoína é teratogênica em doses muito baixas em seres humanos. Esta droga é usada no tratamento da Acne grave. DROGAS TIREOIDIANAS – O iodeto de potássio presente em misturas para a tosse e grandes doses de iodo radioativo podem causar bócio congênito. 100 Teratogênese por drogas TRANQUILIZANTES- A Talidomida é um teratógeno potente. Ele foi usado amplamente na Alemanha Ocidental e na Áustria como tranqüilizante e sedativo. Foi causador de uma epidemia em 1959 que atingiu 12.000 crianças, que nasceram com anomalias congênitas. A característica típica é a focomelia ou membros de foca. 101 Focomelia 102 Teratogênese por drogas CARBONATO DE LÍTIO- É usado para tratamento da Psicose Maníaco Depressiva. Causa anomalias congênitas principalmente do coração e dos grandes vasos. O FDA( Food and Drug Administration) declarou que esta droga pode ser usada na gravidez,se na opinião do médico, os benefícios potenciais forem maiores que os possíveis riscos. BENZODIAZEPÍNICOS- Drogas como o Diazepam e o Clonazepam podem ocasionar sintomas de abstinência e anomalias craniofaciais do recém nascido. 103 Teratogênese por drogas ASPIRINA- Há algumas evidências que grandes doses são potencialmente prejudiciais ao embrião ou ao feto, embora estudos epidemiológicos indiquem que esta droga não é um agente teratogênico. INSULINA E DROGAS HIPOGLICEMIANTES- A insulina não é teratogênica para embriões humanos. Não há também evidências que as drogas hipoglicemiantes sejam teratogênicas. A incidência de anomalia congênitas( ex: agenesia sacral)em filhos de mães diabéticas está aumentada de duas a três vezes, e cerca de 40% de todas as mortes perinatais de recém nascidos diabéticos resultam de anomalias congênitas. 104 105 Teratogênese por drogas ANTI-HIPERTENSIVOS- Os inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina(ECA) pode causar morte fetal, hipoplasia dos ossos do crânio, disfunção renal. CORTICOSTERÓIDES- Não são teratógenos humanos. AGENTES ANTINEOPLÁSICOS- Os compostos químicos inibidores de tumores são altamente teratogênicos, pois estes agentes inibem a mitose nas células que se dividem rapidamente. A aminopterina, um antagonista do àcido fólico (citotóxico) é um potente teratógeno e produz grandes anomalias congênitas. O metrotexate é um derivado da aminopterina. 106 Teratogênese por drogas DROGAS ILÍCITAS – A maconha não é um teratógeno humano, mas pode causar a diminuição do comprimento e do peso do feto no nascimento, além de distúrbios do sono e alterações no eletroencefalograma. A cocaína pode causar aborto espontâneo, prematuridade, microcefalia, infarto cerebral, anomalias urogenitais e distúrbios neurocomportamentais. 107 108 Teratogênese por compostos químicos ambientais MERCURIO ORGÂNICO- Crianças de cuja dieta principal durante a gravidez consiste de peixe contendo níveis altos de mercúrio orgânico adquirem a forma fetal da doença de Minamata, que é um distúrbio neurológico e comportamental que se assemelha à paralisia cerebral. Lesão encefálica grave, retardamento mental e cegueira foram detectados em filhos de mães que ingeriram metilmercúrio na alimentação. O mercúrio está presente em fungicidas usados na agricultura. 109 110 Teratogênese por Compostos Químicos Ambientais CHUMBO- Presente em abundância nos locais de trabalho e no meio ambiente, o chumbo atravessa a membrana placentária e se acumula nos tecidos fetais. A exposição pré natal ao chumbo está associada a um aumento no número de abortos, anomalias fetais e deficiências funcionais. 111 Teratogênese por Agentes Infecciosos RUBÉOLA- O vírus da rubéola atravessa a membrana placentária e infecta o embrião ou feto. A Síndrome da Rubéola Congênita inclui catarata, defeitos cardíacos e surdez. Podem ocorrer também deficiência mental, glaucoma, microftalmia e defeitos dentários. Quanto mais no início da gravidez ocorrer a infecção da mãe, maior o perigo do embrião ser malformado. 112 113 Teratogênese por Agentes Infecciosos CITOMEGALOVÍRUS- È a infecção viral mais comum do feto humano. Ela parece ser fatal quando atinge o embrião e a maioria destas gestações terminam em aborto espontâneo. Pode ocasionar RCIU, microftalmia, coriorretinite, cegueira, retardo mental, surdez, paralisia cerebral e hepatoesplenogalia. VÍRUS DO HERPES SIMPLES- A infecção materna pelo vírus do herpes simples, no inicio da gravidez triplica a freqüência de abortos, e a infecção após a vigésima semana esta associada a uma maior freqüência de prematuridade. Foram relatadas lesões cutâneas, microcefalia, espasticidade, displasia da retina e retardo mental. 114 115 Teratogênese por Agentes Infecciosos VARICELA(CATAPORA)- A infecção materna por Varicela durante os quatro primeiros meses de gravidez causa anomalias congênitas. Elas incluem lesões da pele, atrofia muscular, hipoplasia dos membros, dedos rudimentares, danos aos olhos e retardamento mental. VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA(HIV)- Há informações conflitantes quanto aos efeitos sobre o feto causadas pela infecção no útero com HIV. Algumas anomalias congênitas relatadas são falta de crescimento, microcefalia e anomalias craniofaciais. A maioria dos casos de transmissão do vírus da mãe para o filho provavelmente ocorre durante o parto. 116 117 117 Teratogênese por Agentes Infecciosos TOXOPLASMOSE- A infecção materna é adquirida geralmente por ingestão de carne crua ou mal cozida( geralmente de porco ou cordeiro contendo cistos de toxoplasma) e contato intimo com animais domésticos infectados(geralmente gatos) ou com o solo. O toxoplasma cruza a membrana placentária e infecta o feto, causando no cérebro (calcificações intracranianas) e nos olhos ( coriorretinite), mudanças destruidoras que causam deficiência mental, microcefalia, microftalmia e hidrocefalia. 118 119 Teratogênese por Agentes Infecciosos SÍFILIS CONGÊNITA- As infecções maternas primárias(adquiridas durante a gravidez) quase sempre causam infecções fetais e anomalias congênitas graves. O tratamento adequado da mãe mata o Treponema Pallidum, impedindo, desta maneira, que este atravesse a membrana placentária e infecte o feto. Somente 20% de todas as mulheres grávidas não tratadas darão a luz à um bebê normal. As manifestações da sífilis materna não tratada são surdez congênita, dentes e ossos anormais, hidrocefalia, retardo mental, lesões destrutivas do palato e septo nasal, face anormal. 120 121 Teratogênese por radiação A exposição a altos níveis de radiação ionizante pode lesar as células do embrião, levando a morte celular, lesão de cromossomos, retardo do desenvolvimento mental e do crescimento físico. Foram observados ainda, microcefalia, espinha bífida cística, catarata, fenda do palato, anormalidades esqueléticas e viscerais e retardo mental. O SNC foi quase sempre afetado. Não há provas conclusivas de que anomalias congênitas humanas tenham sido causadas por níveis de radiação usados para fins de diagnóstico. 122 Fatores maternos como teratógenos O Diabete mellitus mal controlado da mãe com hiperglicemia e cetose persistentes, particularmente durante a embriogênese, está associado a uma incidência duas a três vezes maior de defeitos congênitos. O filho de mãe diabética em geral é grande e as anomalias congênitas incluem meroencefalia (ausência parcial do encéfalo), agenesia do sacro, defeitos cardíacos congênitos e defeitos dos membros. 123 Teratogênese por Fatores Mecânicos Podem ocorrer uma deformação dos membros por fatores que restrinjam a mobilidade do feto durante a gestação. Ocorre compressão prolongada dos membros e postura anormal. Uma redução significativa do liquido amniótico (oligoidrâmnio) pode levar, por exemplo, a hiperextensão do joelho, deslocamento congênito do quadril e pé torto congênito. 124 125 Anomalias causadas por Herança Multifatorial Muitas anomalias congênitas comuns tem uma distribuição em famílias condizentes com uma herança multifatorial. Estas pessoas tem uma suscetibilidade maior decorrente de fatores genéticos e ambientais. As anomalias congênitas comuns são a fenda labial com ou sem fenda palatina, defeitos do tubo neural, estenose pilórica e deslocamento congênito do quadril. 126 Síndrome de Marfan (Aracnodactilia) Um transtorno hereditário do tecido conectivo caracterizado por estatura alta, extremidades alongadas, subluxação do cristalino, dilatação da aorta ascendente e "peito em pombo". Ele é transmitido como um traço autossômico dominante. Síndrome de Marfan Síndrome de Marfan Outros problemas associados são: sobreposição dentária e palato alto; doença pulmonar restritiva por escoliose severa; predisposição para cataratas; problemas da retina, incluindo descolamento; Síndrome de Marfan predisposição para equimoses fáceis, com cicatrização normal; dor na nuca e abdômen por alongamento da medula espinhal; lesões dos ligamentos, artralgias e fraturas em 96% dos adultos (raro antes dos 5 anos de idade); gravidez complicada por osteoporose e pelo risco aumentado de dissecção da aorta. Síndrome de Marfan É raro o diagnóstico no período neonatal. Alguns doentes só têm sinais sugestivos da doença na pré-adolescência, enquanto outros são adultos assintomáticos mas com um familiar afetado. Perante a suspeita do diagnóstico do síndrome de Marfan e independentemente da idade, deve ser realizado um exame cardiológico e oftalmológico pormenorizado a fim de permitir a identificação e o tratamento adequado das lesões. O tratamento destas complicações tanto pode ser farmacológico como cirúrgico. Síndrome de Marfan É importante evitar desportos de alta competição e de contato. Do ponto de vista da doença cardíaca, mesmo na ausência de alterações evidentes poderá ser necessário iniciar o tratamento farmacológico. Globalmente as medidas preventivas em doentes com o síndrome de Marfan incluem avaliações periódicas dos olhos, coração e esqueleto. Aconselhamento Genético A hereditariedade é autossômica dominante, o risco de transmitir a doença a futuros filhos é de 50%. A grávida afetada deve ser alertada para os potenciais problemas que poderão ocorrer durante a gravidez, nomeadamente em relação à dissecção da aorta. Muitos doentes são assintomáticos durante a sua vida, no entanto, é importante realçar as complicações graves associadas aos aneurismas aórticos. Por vezes é necessário recorrer à cirurgia cardíaca, que atualmente tem bons resultados. Síndrome de Marfan Marfan em estágio avançado 135 Espinha bífida Espinha bífida é um defeito congênito caracterizado por formação incompleta da medula espinhal e das estruturas que protegem a medula. O defeito ocorre no primeiro mês de gravidez e engloba uma série de malformações. A mais comumente observada é a mielomeningocele, na qual há uma protrusão cística contendo tecido nervoso exposto não coberto por pele. O nome espinha bífida relaciona-se ao fechamento inapropriado de ossos da coluna (espinha). Espinha bífida É uma malformação do sistema nervoso, caracterizada pela presença de uma abertura na coluna para o exterior, devido ao tubo neural não fechar na totalidade. Há a formação de uma saliência mole (cisto) e a espinha fica sem proteção. É congênito, ou seja, a criança já nasce com a malformação. A sensação de frio, calor, dor pode estar alterada, pelo que os pais devem estar atentos para estas situações. Devem comprar roupa confortável, evitar sapatos apertados e procurar diariamente feridas na pele. Estas crianças podem não conseguir controlar a urina e as fezes. Origem São vários os fatores que podem originar a espinha bífida: -Genéticas Ambientais (aparece mais em crianças nascidas no Inverno e em determinadas regiões) Idade avançada dos pais Haver outros casos na família Mães diabéticas ou medicadas para convulsões têm maior probabilidade Deficiência de ácido fólico no organismo Ingestão de álcool A ingestão do comprimido de ácido fólico a partir do momento que a mulher pensa engravidar e durante os primeiros meses de gravidez, reduz a probabilidade de surgir espinha bífida. O médico obstetra é que deve prescrever o medicamento. Diagnóstico A espinha bífida pode ser detectada no primeiro trimestre de gravidez com a realização de uma ecografia. Também é detectada no exame amniocentese em que é detectado conforme o valor da proteína alfa-fetoproteína no líquido amniótico. Após o nascimento o médico observa a abertura da coluna para o exterior e a exposição de tecido nervoso que não está coberto com a pele. Pode haver alterações na disposição dos ossos do cérebro Tipos de espinha bífida Espinha bífida oculta. Há uma abertura em uma ou mais vértebras da coluna espinhal sem dano aparente à medula espinhal. Espinha bífida com meningocele. Meninges, ou cobertura de proteção ao redor da medula espinhal, entram na abertura da vértebra em um saco chamado meningocele. Porém, a medula espinhal permanece intacta. Essa forma de espinha bífida pode ser reparada com pouco ou nenhum dano às vias nervosas. Espinha bífida mielomeningocele. Essa é a forma mais severa de espinha bífida, na qual uma porção na própria medula espinhal projeta-se através da costas. Em alguns casos, sacos são cobertos com pele, em outros tecidos e nervos são expostos. Manifestações Clínicas As manifestações clínicas mais freqüentes na mielomeningocele são: paralisia de membros inferiores, distúrbios da sensibilidade cutânea, úlceras de pele por pressão, ausência de controle urinário e fecal e deformidades músculo-esqueléticas. Nos outros tipos de espinha bífida as manifestações são variáveis dependendo do grau e do nível de envolvimento das estruturas nervosas. distrofia Doença de Huntington A doença de Huntington é uma demência do tipo primária, hereditária, que acomete sobretudo os núcleos da base encefálicos. Tem início em geral ao redor dos 30 a 40 anos de idade, e caracteriza-se inicialmente por movimentos de agitação em articulações individuais e depois por movimentos de distorção de todo o corpo, com gravidade progressivamente crescente. Além disso, desenvolve-se demência grave associada às disfunções motoras. Em termos neuropatológicos, ela atinge predominantemente o estriado. Doença de Huntington É um distúrbio hereditário e degenerativo, provocado por uma alteração genética e caracterizado por problemas motores e mentais. A principal característica é a coréia, movimentos involuntários que se manifestam por contrações musculares irregulares, espontâneas e transitórias. O sintoma está presente em mais de 90% dos portadores da enfermidade, que também apresentam emagrecimento intenso, mesmo que mantenham dieta adequada, e envelhecimento precoce. Sinais clínicos Na maioria dos casos, a coréia é a primeira manifestação da enfermidade e pode persistir até os estágios mais avançados. Cerca de 50% dos portadores desenvolvem rigidez muscular (hipertonia) em algum momento, embora a força da contração muscular seja normal. Com a evolução do quadro, os movimentos voluntários do paciente tornam-se mais lentos, e a intensidade dos involuntários aumenta, afetando cabeça, tronco e membros. É comum a dificuldade para articular palavras (disartria) e engolir alimentos (disfagia). Há também risco de asfixia. Sinais clínicos O raciocínio e o comportamento também são afetados. A maior parte dos pacientes sofre perdas cognitivas, mas há uma relativa preservação da memória até as fases mais adiantadas. A capacidade de concentração e a memória de curto prazo diminuem com a evolução da doença. Sintomas psiquiátricos, como mudança de personalidade, irritabilidade, apatia, instabilidade emocional e agressividade, são freqüentes e podem preceder em anos as disfunções motoras. Transtornos do humor, principalmente depressão, afetam até 60% dos portadores. Sinais clínicos As psicoses, quando ocorrem, afetam especialmente os indivíduos jovens. O risco de suicídio deve sempre ser considerado, uma vez que a incidência é de quatro a seis vezes maior nas famílias afetadas pela doença. Crises convulsivas são raras nos adultos, mas podem ocorrer principalmente quando a enfermidade é precoce. Nesses casos, é preciso atenção, pois o mal epiléptico pode ser fatal. O tempo médio de sobrevida do paciente varia de 14 a 17 anos. As causas de morte geralmente estão relacionadas às complicações da doença, como por exemplo, infecções, asfixia e traumatismos crânio-encefálicos. Tratamento Ainda não há cura para a moléstia, mas existem terapias para atenuar seus sintomas. Os movimentos involuntários e os distúrbios psiquiátricos são tratados com neurolépticos tradicionais e atípicos. Antidepressivos são úteis nos estados depressivos, e benzodiazepínicos, em alterações comportamentais. Fisioterapia e fonoaudiologia também podem auxiliar na manutenção da qualidade de vida dos doentes. Fenda palatina Lábio leporino Cíclope humano Lábio leporino/Fenda palatina Acondroplasia Sirenomelia Polidactilia Aborto em Turner Ginecomastia (xxy) Aborto em Patau Ginecomastia (xxy) Turner (X0) Hermafroditismo e Pseudo-hermafroditismo Hermafrodita verdadeiro muito raro. Indivíduo com tecido ovariano e testicular ou como órgão separados ou como um único ovotestis, não necessariamente funcionais, mas histologicamente identificáveis. Grande maioria é XX. Pseudo-Hermafrodita ± apresenta tecido gonádico de apenas um dos sexos. Pseudo-Hermafrodita Masculino Indivíduo é XY (homem). Indivíduo apresenta, na maioria dos casos, um distúrbio conhecido como Síndrome de insensibilidade a androgênios (Feminização testicular). O bebê XY tem genitália externa feminina, uma vagina em fundo de saco e nenhum útero ou tuba. O defeito consiste na falta de resposta, dos órgão alvos aos androgênios. Falha no gene SRY Pseudo-Hermafrodita Feminino Indivíduo apresenta a anomalia Hiperplasia adrenal congênita (autossômica recessiva). Ocorre um bloqueio na síntese de cortisol, o que leva ao aumento da secreção de ACTH e à hiperplasia da supra-renal. Isso acarreta a masculinização de fetos XX. Há grande anormalidade da genitália externa o que impossibilita a determinação do sexo. O clitóris pode estar aumentado os grandes lábios podem estar fundidos. Doença de Parkinson Manifestações clínicas: Tremor involuntário Instabilidade postural e bradicinésia Alteração do tônus muscular Perda da expressão facial Dificuldade no andar, flexão de ambos os joelhos. Doença de Parkinson Diminuição da capacidades intelectuais, Ansiedade e depressão Evolução lenta, aparece entre os 45 e os 65 anos. Algumas intoxicações (ex:CO) podem levar a um quadro Parkinsónico Síndrome de Alzheimer Doença evolutiva com início aos 65-70 anos Quadro demencial com perda progressiva das capacidades intelectuais. Importante predisposição genética, mas associada a vários genes (cromossomas 19,21,14 e 1). Etiologia mal definida: Alteração da síntese de Acetilcolina, neurotransmissores da áreas afectadas: cortex; amígdala e núcleo basal de Meynert no hipocampo CONSEQUÊNCIAS FISIOPATOLÓGICAS Zonas afetadas: Hipocampo, amígdala e núcleo basal de Meynert -perturbações memória Córtex associativo (temporal, parietal e frontal) e diversos núcleos subcorticais – afasoapraxo agnósica Regiões corticais primárias, motoras e sensoriais Perda sináptica - Morte neuronal com atrofia cerebral DOENÇA DE ALZHEIMER Manifestações clínicas Iniciais: Perda de memória (curta duração) Agitação, lentidão no raciocínio Dificuldade em perceber palavras e alteração na conversação Depressão alternada com agitação DOENÇA DE ALZHEIMER Manifestações clínicas Iniciais Tardias: Alteração dos reflexos Fraqueza geral Incontinência urinária e fecal Crises epilépticas Estado vegetativo precede a morte Causas ambientais Causas genéticas ambiente X genótipo Saúde D. ambiental D. genética D. multifatorial DOENÇAS GENÉTICAS Distúrbios cromossômicos; Distúrbios monogênicos; Distúrbios multifatoriais; Distúrbios mitocondriais. Cariótipo Feminino Normal (46,XX) ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS Numéricas Número total de cromossomos diferente de 46. Estruturais Alteração na estrutura de algum cromossomo. DOENÇAS GENÉTICAS Aberrações cromossômicas Numéricas - Síndrome de Down Cariótipo: 47,XX,+21 / 47,XY,+21 DOENÇAS GENÉTICAS Aberrações cromossômicas Numéricas - Síndrome de Turner Cariótipo: 45,X DOENÇAS GENÉTICAS ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS Estruturais - Síndrome do miado do gato (5p-) Cariótipo: 46,XX,del(5p) DOENÇAS GENÉTICAS ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS Estruturais - Síndrome de Wolf-Hirschhorn (4p-) Cariótipo: 46,XX,del(4p) DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Autossômicas Dominantes Acondroplasia Sd. Treacher Collins DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Autossômicas Dominantes Neurofibromatose tipo I DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Autossômicas Dominantes Síndrome de Waardenburg DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Autossômicas Dominantes DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Autossômicas Recessivas Síndrome de Hurler Anemia Falciforme DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Autossômicas Recessivas DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Autossômicas Recessivas DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Ligadas ao X Dominante Raquitismo resistente à Vitamina D DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Ligadas ao X Dominante DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Ligadas ao X Recessiva Distrofia Muscular de Duchenne DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MONOGÊNICAS Ligadas ao X Recessiva DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MITOCONDRIAIS Oftalmopatia de Leber DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MULTIFATORIAIS Fatores ambientais e genéticos Defeito de Fechamento do Tubo Neural; Cardiopatias Congênitas; Estenose Hipertrófica do Piloro. DOENÇAS GENÉTICAS DOENÇAS MULTIFATORIAIS Defeito de Fechamento do Tubo Neural DOENÇAS GENÉTICAS Por que estudar doenças genéticas / anomalias congênitas? Declínio da importância dos fatores ambientais (agentes infecciosos) Maior concentração dos óbitos no período perinatal Repercussão importante nas taxas de mortalidade infantil (< 1 ano) Nossos dois mundos são um só Vivo num mundo que é Radioso, e todavia é escuro, é ensolarado e ao mesmo tempo é frio. Em meu mundo eu rio, mas vocês não riem comigo. Vocês provavelmente já viram-me na rua, em uma loja, ou num parque infantil. Gosto do barulho e da excitação da cidade grande, do cheiro dos alimentos nas lojas, fazer alegre som das risadas e brincadeiras brinco no parque. Onde sou assim tão diferente? Minha época de ano predileta é o Natal. Gosto de fazer suspense, dos embrulhos debaixo da árvore, das conversas sobre o Papai Noel, do silêncio calmo dentro da igreja, tudo isso tem um significado muito especial para mim. É isso ser diferente? 189 Criaram Vocês já alguma coisa com as mãos Próprias - Estatuetas de argila. Cartões bonecas de aniversário? Eu já. Minhas mãos são a minha vida, elas são a minha própria respiração o encorajamento diário é uma força que consigo. É isso ser diferente? Qual o tamanho do mundo? Você já viu o mundo? Eu já vi. Meu mundo é pequeno, não é grande. Ele é florescente, não enfraquecido, e é um mundo de paz, não um mundo de guerra. Por que vejo o mundo de modo diferente de vocês? Vocês dizem que sou diferente, vocês chamam-me de uma pessoa limitada, com Incapacidades e problemas... mas a Limitação, o problema e a incapacidade, pode estar na sua recusa egoísta de Reconhecer que eu, sou parte também do nosso mundo. Faye, ultimo ano da Escola Secundária - EEUU-Sindrome Down tradução de Maria Amélia Vampré Xavier APAE-SP 190
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