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Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 106 CAPÍTULO 5. RADIAÇÃO SOLAR E TERRESTRE Gustavo Bastos Lyra Ednaldo Oliveira dos Santos 5.1. Introdução Os processos de transferência (radiação, condução e convecção) de energia e massa são fundamentais para a distribuição da energia nos sistemas meteorológicos e climático. A radiação é a transferência de energia sem a necessidade de um meio material para se propagar, ou seja, a energia pode ser transferida no vácuo, como no caso da Radiação Solar que percorre o espaço. Já a condução é o processo de transferência que ocorre de molécula para molécula (sólido), por contato, enquanto que a convecção ocorre através da matéria em movimento (liquido e gasoso) (Figura 5.1). Figura 5.1. Processos de transferência de energia, Radiação, Convecção e Condução. A energia gerada pelo Sol (Figura 5.2) se propaga em todas as direções sem haver a necessidade de um meio material. Como descrito acima, esse processo de transferência é denominado de radiação. Assim a radiação é a energia e também o próprio processo de transferência dessa energia. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 107 Figura 5.2. Energia gerada pelo Sol. A radiação pode ser tratada como fóton ou onda eletromagnética, dependendo do fenômeno estudado. Na escala subatômica, essas abordagens coexistem e se complementam. No caso da Meteorologia e Climatologia, a maioria dos fenômenos relacionados à radiação é tratada como onda eletromagnética. Já para a fotossíntese, o processo é analisado com base na transferência de energia por fótons. Como onda eletromagnética (Figura 5.3), a radiação se caracteriza pela seguinte relação: C (5.1) em que, λ é o comprimento de onda (m), é a frequência de oscilação (Hz = 1/s) e C é a velocidade de propagação da luz no vácuo (2,99793 x 10 8 m/s) (Yavorsky & Detlaf, 1979). Como no estudo da radiação solar e terrestre se trata com λ pequenos, utiliza-se normalmente para sua quantificação subunidades do metro. Entre as subunidades, as mais utilizadas são micrometro (1 m = 10-6 m) e nanômetro (1 nm = 10-9 m). Figura 5.3. Onda eletromagnética: λ – Comprimento de onda, – Frequência de oscilação, C – velocidade de propagação da luz e A – Amplitude de onda. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 108 A energia de um fóton (Figura 5.4) é diretamente proporcional à frequência da onda e inversamente proporcional ao comprimento de onda, sendo descrita pela Lei de Planck como: hE (5.2) em que, E é a energia de um fóton de radiação (J), h é a constante de Planck (6,6262 x 10 -34 J s) e é a frequência da radiação (Hz). De acordo com a teoria quântica, cada substância é capaz de absorver e de emitir radiação em apenas determinados comprimentos de onda, dependendo do estado de agregação molecular em que se encontre. De fato, o padrão radiativo de uma substância na fase gasosa difere bastante do observado na fase líquida e sólida (Varejão-Silva, 2006). Figura 5.4. Fóton de radiação. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 109 5.2. Espectro Eletromagnético O espectro eletromagnético é o conjunto de todas as radiações eletromagnéticas ordenadas de acordo com sua frequência (f), seus comprimentos de ondas (λ) (Figura 5.5), ou ainda número de ondas. Figura 5.5. Espectro eletromagnético. O espectro da radiação visível (Tabela 5.1) é a faixa de comprimento de onda na qual o olho humano consegue perceber. O espectro utilizado pelas plantas para a fotossíntese está compreendido em sua maior parte no visível, entre 400 – 700 nm, sendo essa faixa denominada de Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA). Contudo, radiações no ultravioleta e no violeta provocam a morte ou a inibição do crescimento das plantas, respectivamente. Enquanto o Infravermelho Próximo (IVP) desativa ou ativa fitocromos e hormônios, e assim, afetam o crescimento e o desenvolvimento das plantas, sendo mais qualitativo do que quantitativo (Pereira et al., 2002). Se organizadas as equações 5.1 e 5.2, em termos de energia e comprimento de onda, tem-se: C hE (5.3) Assim, analisando a equação 5.3, quanto menor o comprimento de onda, maior a energia associada a esse comprimento de onda, sendo o inverso verdadeiro, ou seja, maior , menor energia. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 110 Tabela 5.1. Faixa do espectro e respectivo comprimento de onda. Faixa do Espectro Comprimento de Onda (nm) Comprimento de Onda (nm) Raios gama (γ) ou x λ < 10nm Ultravioleta 10 < λ < 390nm Visível 390 < λ < 770nm Violeta (390 – 450nm) Azul (450 – 490nm) Verde (490 – 580nm) Amarela (580 – 600nm) Laranja (600 – 620nm) Vermelha (620 – 770nm) Infravermelho (próximo) 770 < λ < 4000 nm Ondas de radar, TV e Rádio λ > 105 nm 5.3. Unidades de Medidas e Grandezas da Radiação A unidade recomendada internacionalmente usada no fluxo de radiação é o watt (W): 1 W = 1 J/s Porém, ainda é usual o emprego da unidade caloria por minuto (cal/min): 1 cal = 4,1868 J. A quantidade de radiação incidente por unidade de área na unidade de tempo é denominada densidade de fluxo radiativo (Pereira et al., 2002). As unidades de radiativas mais comuns são: Watts/m 2 (W/m²) = Joule/s.m 2 Cal/cm 2 min = 697,84 W/m 2 As principais grandezas utilizadas são: Densidade de fluxo radiante (ou radiativo) - Quantidade de radiação incidente por unidade de área, na unidade de tempo. No caso da radiação solar essa densidade de fluxo é denominada irradiância solar (Q). Emitância – fluxo de radiação emitido por unidade de área. Irradiância - fluxo de radiação incidente por unidade de área. Monocromático – Refere-se apenas a uma dada linha espectral, ou seja, a um intervalo infinitésimo de comprimentos de ondas. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 111 5.4. Distribuição da Radiação Uma dada quantidade de radiação monocromática (Qλ) incidente sobre um corpo pode ser particionada nos processos de Absorção, Reflexão e Transmissão (Figura 5.6), da seguinte forma: ,,, tra QQQQ (5.4) em que, Qr,λ é a radiação refletida, Qa,λ é a radiação absorvida e Qt,λ é a radiação transmitida no comprimento de onda . Dividindo ambos os lados da equação 5.4 por Qλ, temos: tar Q Q Q Q Q Q Q Q tra 1 ,,, (5.5) em que, rλ é o coeficientes de reflexão, aλ é o coeficiente de absorção e tλ seria o coeficiente de transmissão, em relação à energia radiante de comprimento de onda (). Figura 5.6. Processos de transmissão (Qt,λ), absorção (Qa,λ) e reflexão (Qr,λ) da radiação incidente (Qλ). Quando nos referimos à radiação solar, o coeficiente de reflexão é denominado albedo (Figura 5.7). Assim, o albedo representa a razão entre a radiação solar refletida em relação à radiação solar incidente em uma superfície. Desse modo, cada superfície apresenta um albedo característico. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 112 Em quaisquer comprimentos de onda, fortes refletores são fracos absorvedores. Como por exemplo, a neve fresca no comprimento de ondas curtas reflete muito (albedo grande) e absorve pouco,enquanto o asfalto no comprimento de ondas curtas reflete pouco (albedo pequeno) e absorve muito. Figura 5.7. Exemplos de Albedo para diversas superfícies. 5.5. Leis da Radiação No estudo da radiação é apropriado, em alguns casos, considerar como modelo um corpo absorvente perfeito, ou seja, que apresente aλ = 1, rλ = tλ= 0 para qualquer comprimento de onda. A este modelo, apenas conceitual (não existe na natureza), é chamado de Corpo Negro (Figura 5.8). Em síntese, é um corpo hipotético, capaz de absorver integralmente toda a energia radiante incidente. Em vista disso, a radiação do corpo negro é isotrópica, isto é, não depende da direção. Figura 5.8. Corpo hipotético que absorve toda a radiação incidente sobre ele (corpo negro). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 113 O Sol e a Terra irradiam aproximadamente como corpos negros. Portanto, as leis de radiação dos corpos negros podem ser aplicadas à radiação solar e terrestre com algumas restrições. Em vista disso, as leis da radiação são fundamentais para entender os processos radiativos em uma superfície (vegetação, construções, solo nu, oceanos ou outros). 5.5.1. Lei de Kirchhoff A lei de Kirchhoff afirma que para um dado comprimento de onda () e uma dada temperatura absoluta (T), a absortividade de um corpo é igual a sua emissividade, ou seja, aλ= λ. Assim, materiais que são fortes absorvedores num comprimento de onda particular são também fortes emissores neste comprimento de onda; analogamente absorvedores fracos são fracos emissores. Pode-se aplicar a lei de Kirchhoff à atmosfera, assumindo-se a condição de equilíbrio radiativo para a radiação de ondas longas e, em alguns casos, para a componente difusa da radiação solar global (mostrado a seguir). 5.5.2. Lei de Stefan–Boltzmann A lei de Stefan-Boltzmann diz que a emitância total (densidade de fluxo de radiação emitida) de um corpo negro é diretamente proporcional a quarta potencia da sua temperatura absoluta. Assim, pode-se expressar a referida lei através da seguinte equação: 4TE (5.6) em que, E é a energia emitida (W/m 2 ), é a chamada constante de Stefan–Boltzmann (5,67 x 10 -8 W m -2 K -4 ) e T é a temperatura absoluta (Kelvin). Em termos de aplicações práticas, a equação acima é descrita da seguinte forma: 4TE (5.7) em que, é o coeficiente de emissividade. O coeficiente de emissividade define quanto à emitância de determinado corpo se aproximada do corpo negro, definida também como poder emissivo do corpo. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 114 5.5.3. Lei de Wien O comprimento de onda para o qual a emitância espectral de um corpo negro é máxima, e inversamente proporcional a sua temperatura absoluta é a definição da lei de Wien. Ela é representada matematicamente como: KnmteconsT máx 6108978,2tan (5.8.) em que, máx (nm) é o comprimento de onda de máxima emissão e T (K) é a temperatura média da superfície. Essa lei é importante no entendimento do balanço de radiação à superfície da Terra. Assim, usando as informações das temperaturas médias da Terra e do Sol obtêm- se (Pereira et al., 2002): Tterra ~ 300 K λmáx ~ 10.000 nm = 10 m (ondas longas). Tsol ~ 6000 K λmáx ~ 500 nm = 0,5 m (ondas curtas). Baseado no comprimento de onda da radiação emitida caracteriza-se a radiação solar como Radiação de Ondas Curtas (ROC), visto que a maior parte da energia emitida pelo Sol encontra-se abaixo de 4.000 nm (< 4 m) com comprimento de onda de máxima emissão de 500 nm (0,5 m), sendo a radiação emitida pela superfície Terrestre, denominada de Radiação de Ondas Longas (ROL) e se encontra acima de 4.000 nm (> 4,0 m) com máx de 10.000 nm (10 m) (Figura 5.9). Figura 5.9. Curvas de emissão do Sol e da Terra. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 115 5.6. Radiação Solar A radiação emitida pelo Sol e que incide na Terra é denominada radiação solar ou irradiância solar. A radiação solar compreende na sua maioria o espectro de 180 a 4000 nm, distribuídos aproximadamente nas seguintes proporções: (i) 9% ultravioleta, (ii) 41% visível e (iii) 50% infravermelho. A radiação solar no topo da atmosfera (irradiância solar extraterrestre) é a parcela da radiação solar que atinge o topo da atmosfera numa superfície plana e horizontal paralela ao plano do horizonte local (Figura 5.10). No topo da atmosfera, indica que a radiação solar ainda não sofreu os processos de absorção, reflexão e difusão (espalhamento), decorrente da interação da radiação com os constituintes atmosféricos. A radiação solar no topo da atmosfera (Qo) varia basicamente com a latitude, época do ano e hora do dia. Devido a isso, para facilitar a sua estimativa estabeleceu- se a constante solar. A Constante Solar é a densidade de fluxo de radiação solar incidente sobre uma superfície plana de área unitária, perpendicular aos raios solares, no topo da atmosfera, e a uma distância média Terra-Sol (1 Unidade Astronômica – 1 UA). A determinação do valor da constante solar tem sido objeto de muitas pesquisas e atualmente o valor mais aceito é igual a aproximadamente 1396 2% W/m2. Figura 5.10. Radiação solar no topo da atmosfera. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 116 Ao atravessar a atmosfera, a radiação solar é atenuada pelos processos de difusão (espalhamento), absorção e reflexão. A radiação na atmosfera é espalhada devido à interação da radiação com as partículas em suspensão na atmosfera (Figura 5.11). A radiação na atmosfera é absorvida pelos constituintes atmosféricos em comprimentos de onda específicos (por exemplo: O3 absorve no ultravioleta, CO2 e Vapor H2O absorvem no infravermelho). E a reflexão é a parte da radiação solar refletida pela atmosfera, principalmente pelas nuvens. O total diário de energia solar que atinge a superfície Terrestre é denominado de radiação solar global (Qg). Figura 511. Processos de reflexão, absorção e espalhamento da radiação solar na atmosfera e na superfície terrestre, como também a radiação solar global, difusa e direta. Fonte: COMET. A radiação solar global pode ser divida em duas componentes: radiação solar direta (Qd) e difusa (Qc) (Figura 5.12). A radiação solar direta (Qd) é a radiação que não sofre desvio em sua trajetória, ou seja, provém diretamente do disco solar, enquanto a radiação solar difusa (Qc) é resultante do processo de espalhamento da atmosfera e que atinge o local após sofrer um ou mais desvios. De forma que: cdg QQQ (5.9) Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 117 A razão Qd/Qc varia ao longo do dia (ângulo de incidência dos raios solares) e com as condições de nebulosidade. Os processos de absorção e difusão da radiação na atmosfera resultam em perdas, de modo que Qg sempre é menor que Qo. A razão Qg/Qo representa a transmitância atmosférica global (), visto que Qo é a radiação incidente no topo da atmosfera e Qg é a parcela transmitida pela atmosfera e que atinge a superfície. A transmissividade depende principalmente do local, época do ano e da nebulosidade. 5.6.1. Estimativa da Radiação Solar Global (Qg) Um dos principais modelos para estimativa da radiação solar global é o de Angström–Prescott. Esse modelo se baseia na relação linear entre a transmissividade atmosférica e a nebulosidade, representada pela razão de insolação (n/N): N nba Q Q o g (5.10) em que, N é o fotoperíodo (horas), a e b são coeficientes empíricos que dependem da época do ano e do local. Na ausência de valores locais, pode-se usar a = 0,29 cos e b = 0,52. A unidade de Qg e Qo é dada em MJ m -2 d -1 . A radiação solar no topo da atmosfera (Qo) pode então ser estimada em função da época do ano e do local, como segue: senHsensenH D d Qo coscos 180 60,37 2 (5.11) em que, (d/D) 2 é o fator de correção para a variação na distância Terra-Sol, é a latitude, δ é a declinação solar e H é o ângulo horário (Capítulo 3). Na qual: 365 360 cos033,01 2 n D d (5.12) em que, n é o dia de ordem do ano ou dia astronômico do ano (01/janeiro = 1; 01/fevereiro = 32; ...; 31/dezembro = 365). A Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) é apenas parte da radiação solar global. Para aplicação práticas pode-se considerar RFA = 0,5 Qg. A radiação solar no topo da atmosfera (Qo) pode também ser obtida através de tabela, conforme abaixo. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 118 Tabela 5.2. Radiação solar no topo da atmosfera (Qo) no 15º dia de cada mês em função da latitude (MJ/m 2 x dia). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 119 5.1.1. Balanço de Radiação (Qn) A radiação solar (onda curta) que incide no topo da atmosfera (Qo) ao interagir com a atmosfera sofre processos de atenuação (absorção, difusão e reflexão) e incide na superfície (Qg). Parte de Qg sofre nova reflexão ao incidir na superfície e parte é absorvida. Assim, o balanço de radiação de ondas curtas (Qoc) representa o total absorvido pela superfície terrestre da seguinte forma: 1gggoc QQQQ (5.13) em que, é o albedo da superfície. Parte da energia absorvida é usada para aquecer a superfície. Pela lei de Stefan– Boltzmann, todo corpo a temperatura superior ao zero absoluto emite radiação proporcional a quarta potencia da sua temperatura absoluta. Assim, a superfície da Terra emite radiação denominada de fluxo de energia radiante emitida pela superfície (Qs) (Figura 5.12). Figura 5.12. Componentes do balanço de ondas longas. Fonte: COMET. Devido a temperatura da superfície da Terra, essa emissão é em comprimentos de ondas longas (lei de Wien). Parte da radiação emitida pela superfície da Terra é absorvida pelas nuvens, vapor H2O e CO2 na atmosfera e reemitida de volta a superfície, sendo conhecida como fluxo de energia radiante emitido pela atmosfera ou contra- radiação (Qa). Ou seja, o balanço de radiação de ondas longas (Qol) é dado por: Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 120 saol QQQ (5.14) Portanto, o balanço de radiação (Qn) é dado então pela seguinte relação: sagolocn QQQQQQ 1 (5.15) O Balanço de radiação de ondas longas é derivado da lei de Stefan-Boltzman, considerando a temperatura da superfície igual a temperatura do ar, como segue. )9,01,0(34,0044,010903,4 49 N n eTQ arol (5.16) em que, Tar é a temperatura média do ar (K), e é a pressão atual de vapor d’água do ar (kPa), e Qol é dado em MJ/m 2 d. Como 4910903,4 ars TQ )9,01,0(34,0044,0 N n e . Assim a equação acima de Qol transforma-se em: sol QQ (5.17) O fluxo de energia radiante emitida pela superfície (Qs) pode também ser obtido através da Tabela 5.3, em função da temperatura média do ar ( o C). Durante o período diurno Qoc é positivo, devido à incidência de radiação solar na superfície, enquanto no período noturno Qoc é igual a zero. Normalmente o balanço de radiação de ondas longas em uma superfície natural é negativo. Durante o dia Qoc frequentemente é maior que Qol, o que associado com seus valores positivos durante o dia resulta em balanço de radiação positivo, o que indica ganho líquido de energia na superfície, enquanto a noite o balanço é negativo. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 121 Tabela 5.3. Fluxo de energia radiante emitida pela superfície em função da temperatura do ar (Qs) (MJ/m 2 x dia). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 122 5.7. Instrumentos de Radiação Solar e Insolação Os principais instrumentos utilizados para medir e registrar a radiação solar são: o piranômetro e actinógrafo. O instrumento para registrar a insolação é o heliógrafo. Enquanto o instrumento para medir o balanço de radiação em uma superfície é o saldo radiômetro. A seguir iremos descrever de forma ampla cada um destes instrumentos. 5.7.1. Radiação Solar Piranômetro - Medidor # Finalidade: Medir a quantidade de radiação solar por unidade de área na unidade de tempo (w/m 2 ou cal/cm 2 min) que atinge uma superfície plana, proveniente de todo um hemisfério. Ele também é conhecido como solarímetro. Normalmente são usados para se obter a radiação global (Figura 5.13) e, eventualmente, têm sido empregados para estimar a radiação difusa. Neste último caso o sensor é protegido da radiação direta por meio de uma faixa de metal curva, cuja inclinação deve ser ajustada de modo a acompanhar o movimento aparente do Sol na abóbada celeste. Contudo, essa faixa constitui, igualmente, um anteparo parcial à radiação difusa, e assim introduz um erro sistemático nas determinações, o que exige a aplicação de um fator de correção para compensá-lo (Varejão- Silva, 2006). Figura 5.13. Piranômetro. Fonte: Bíscaro (2007). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 123 # Constituição: a. Órgão Sensível: Um dos mais usados é o piranômetro Eppley, cujo elemento sensível é composto por uma série de junções cobre-constantan (termopares), dispostas radialmente, formando uma termopilha (Latimer, 1971). As junções quentes são pintadas de tinta preta e as frias recebem um revestimento de sulfato de bário pintadas de branco. b. Funcionamento: Quando as junções quentes e frias são expostas à radiação solar, produzem corrente elétrica, posteriormente amplificada e registrada em unidades apropriadas (Figura 5.14). Existem diferentes modelos, de acordo com o número de junções usadas. E vista disso, o piranômetro Eppley pode ser facilmente empregado para medir radiação refletida. c. Dados Obtidos: O piranômetro é normalmente conectado a um Sistema Automático de Aquisição de Dados (datalogger), que permite realizar medidas automáticas em intervalos de tempo pré-definidos, de forma continua, durante longos períodos de tempo e armazenar essas medidas, sem a necessidade de um observador meteorológico. Esse instrumento é normalmente encontrado em Estações Meteorológicas Automáticas. d. Instalação: É instalado ao ar livre em suporte horizontal (nivelado) a 1,5 m acima da superfície, com horizontes livres para que obstáculos não sombreiem o instrumento. Figura 5.14. Piranômetro tipo Eppley. Fonte: Varejão- Silva (2006). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 124 Actinógrafo - Registrador # Finalidade: Registrar a quantidade de radiação global solar (Cal) que atinge a unidade de área (cm 2 ) na unidade de tempo (min.), consequentemente a unidade de medida é cal/cm 2 x min. # Constituição: a. Órgão Sensível: é constituído por uma placa de metal montada horizontalmente, constituídasde outras três placas bimetálicas pretas (centro) e três placas bimetálicas brancas dispostas abaixo das pretas. Ele é protegido por uma cúpula (campânula) de vidro ótico polido semiesférico das intempéries do tempo; é transparente às radiações de ondas curtas (provenientes do Sol) e opaca para as radiações de ondas longas (terrestre). b. Funcionamento: O movimento de dilatação diferencial da placa preta exposta à radiação é transmitido a uma pena que registra diariamente a intensidade da radiação em um diagrama (actinograma) colocado no tambor giratório do actinógrafo e que é acionado por um mecanismo de relojoaria, o qual completa uma volta em 24 horas. A diferença da dilatação das placas é proporcional à radiação solar incidente. c. Manejo: Troca-se diariamente o diagrama sempre às 21 horas (18 horas GMT - Greenwich Mean Time) e dá corda no sistema de relojoaria. Para evitar a condensação do vapor d´água no interior do aparelho, usa-se sílica gel, onde azul indica seca e a cor rosa úmida. Assim, deve- verificar sempre a sua cor. d. Dados Obtidos: O diagrama, chamado de actinograma, fornece a radiação em cal/cm 2 x min. O máximo de radiação ocorre ao meio dia, quando o Sol encontra-se sobre o meridiano do lugar. Em dias sem nuvens, o gráfico traçado apresenta-se similar a uma parábola. O gráfico mesmo a noite não apresenta valor nulo de radiação solar, pois mesmo não existindo Sol no momento (radiação direta), existe radiação difusa na atmosfera que é registrada pelo actinógrafo. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 125 e. Instalação: É instalado ao ar livre em base sólida de alvenaria de 1,5 m de altura, evitando proximidade de obstáculos para não ocorrer sombreamento. O modelo mais usado no Brasil é o actinógrafo bimetálico do tipo Robitzsch, totalmente mecânico (Figura 5.15). Figura 5.15. Foto mostrando actinógrafo bimetálico do tipo Robitzsch. Fonte: http://introduccionalameteorologia.blogspot.com.br/ 5.7.2. Saldo de Radiação Saldo Radiômetro - Medidor # Finalidade: Medir o saldo de radiação (Qn) de uma superfície em unidade de energia por área na unidade de tempo (w/m 2 ) # Constituição: a. Órgão Sensível: é constituído por uma placa de metal montada horizontalmente, sendo o elemento sensível do saldo radiômetro normalmente representado por duas placas retangulares de resina sintética, dotadas de termopares, tendo uma das faces preta e a outra polida, normalmente branca. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 126 b. Funcionamento: As faces com revestimento polido são fixadas, uma de encontro a outra, de forma que as faces pretas fiquem colocadas horizontalmente, uma voltada para cima e outra para baixo, absorvendo os fluxos ascendentes e descendentes de energia proveniente do Sol em todos os comprimentos de onda. A temperatura de cada placa é diretamente proporcional à radiação absorvida. O circuito elétrico é conectado de maneira que seja medido o aquecimento diferencial, o qual está diretamente relacionado com o saldo de radiação. O sensor é protegido por uma cúpula de plástico inflável que o protege da chuva e da poeira, além de evitar a formação de orvalho sobre as placas (Figura 5.16). O plástico usado deve ser o mais transparente possível às radiações nas faixas espectrais do visível e do infravermelho (o que não ocorre com o vidro comum, praticamente opaca à última). Especial atenção deve se dada à cúpula que, quando arranhada ou suja, provoca erros acentuados nas observações. Figura 5.16. Medidor de Saldo de Radiação com cúpula de plástico. Fonte: http://weather.austincollege.edu/ACWX_Images/radiometer.jpg. 5.7.3. Insolação Insolação é o número de horas nas quais os raios solares incidem diretamente a superfície da Terra, em determinado local, no período de um dia. O número de brilho solar é de suma importância para os vegetais e animais de maneira geral, pois ele influencia diretamente em seus processos metabólicos. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 127 Heliógrafo - Registrador # Finalidade: Registrar o número real de horas de brilho solar – insolação. Este aparelho foi inventado em 1853 por J. F. CAMPBELL. # Constituição: é constituído de um órgão sensível suportado por uma concha de metal e na concha existe uma graduação em graus de latitude. a. Órgão Sensível: Este aparelho, mesmo sendo um registrador não usa tambor de relojoaria. Ele possui uma lente esférica de cristal, funcionando como uma lente biconvexa. Os raios solares incidentes sobre essa lente, convergem para o seu centro e saem com maior intensidade opostamente, provocado pelo efeito da lente. O diâmetro da lente é de 96 mm (Figura 5.5). Figura 5.17. Foto mostrando o Heliógrafo de Campbell-Stokes. Fonte: Bíscaro (2007). b. Funcionamento: O princípio de funcionamento do aparelho consiste na ampliação dos raios solares através da lente, seu órgão sensível. Os raios do Sol ampliados irão queimar uma tira (ou diagrama) colocada abaixo da lente, na concha de metal. Essa tira recebe a denominação de tira heliográfica ou heliograma. Incidindo sobre ela, aumentados pela lente, os raios solares irá queimá-la. O movimento aparente do Sol no sentido Leste-Oeste poderá ser representado como sendo uma reta. Na tira ficará gravada uma reta e sendo esta graduada em horas pode-se obter o número de horas que o Sol brilhou no dia. Noite Dia Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 128 No Brasil, em virtude da variação anual do fotoperíodo (N), usam-se tiras heliográficas (Figura 5.6) de três formas diferentes: (i) Tira curva comprida ou longa: usada para representar o solstício de verão – 16 de outubro até final de fevereiro; (ii) Tira curva curta: usada para representar o solstício de inverno – 14 de abril até 31 de agosto; (iii) Tira reta: representa os equinócios de primavera (1º de setembro até 15 de outubro) e outono (1º de março até 15 de abril). Figura 5.18. Diferentes tipos de tiras heliográficas usadas na região Tropical. Fonte: Varejão- Silva (2006). Essas tiras são colocadas em ranhuras apropriadas existentes na concha do heliógrafo da seguinte maneira: (a) A tira curva comprida é colocada na ranhura maior, geralmente próxima ao polo inferior do aparelho; (b) A tira curva curta é colocada na ranhura menor, geralmente próxima ao polo superior do heliógrafo; (c) A tira reta é colocada na parte central da concha. As tiras normalmente são graduadas em horas e décimos de horas. O primeiro número á esquerda representa 6 horas da manhã, o segundo 9 horas da manhã e o terceiro 12 horas (meio dia). Os outros dois seriam 15 horas e 18 horas. Noite Dia Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 129 Ao introduzir a tira heliográfica no aparelho, devemos tomar cuidado para que os números que representam as horas da manhã fiquem colocados sempre no sentido oposto ao nascer do Sol. Ou seja, 6 horas (manhã) deverá ficar voltado para o lado Oeste e 18 horas (final da tarde) para o lado Leste, conforme Figura abaixo. Além disso, a linha que representa 12 horas da tira deverá coincidir exatamente com um traço existente no fundo da concha do aparelho. Figura 5.19. Representação da passagem do sol (manhã e final da tarde) e colocação da tira heliográfica no Heliógrafo. c. Manejo: Troca-se diariamente a tira heliográfica sempre às 21 horas (18 horas GMT). d. Instalação: É instalado ao ar livre e ficará colocadonum pilar com 1,5 m de altura, em cima de uma base de 30 cm x 30 cm, onde essa base deverá ser bem nivelada e lisa. Evita-se proximidade de obstáculos para não ocorrer sombreamento. # Parâmetros para instalação do Heliógrafo: Para a instalação do aparelho, em cima da base, necessita-se conhecer dois parâmetros: Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 130 Meridiano do lugar: Para a instalação necessitamos colocar o eixo do heliógrafo no mesmo sentido do eixo da Terra, e com isso, teremos a sua posição igualada a da Terra em relação ao Sol. O movimento aparente do Sol no sentido Leste-Oeste corresponderá no aparelho a superfície de nosso Planeta. Portanto, é necessário para tal, conhecer o meridiano do lugar. Como discutido anteriormente (Capítulo 2), o meridiano é a linha Norte-Sul do lugar e para determiná-lo pode-se utilizar uma bússola. A agulha imantada da bússola estará sempre apontada para o Norte magnético. O meridiano do local passa pelo Norte verdadeiro e não pelo Norte magnético. Assim, para encontrá-lo devemos conhecer o “ângulo de declinação magnética”, que é o ângulo que o Norte magnético faz com o Norte verdadeiro (linha Norte-Sul). Esse ângulo varia de ano para ano, e como exemplo, usaremos o valor de 20º Noroeste (NW). Conhecido esse ângulo, descontando-o, tem-se o N verdadeiro, onde posteriormente é possível instalar então o eixo do heliógrafo paralelo ao Norte verdadeiro (Figura 5.8). Figura 5.20. Esquema mostrando o procedimento para correção do Meridiano do lugar. Latitude do lugar: Outro parâmetro essencial para instalação do heliógrafo é a latitude do local. Conhecê-la é imprescindível, pois com isso teremos o eixo do aparelho paralelo ao da Terra. Sabendo-se a latitude, a fixa-se na graduação existente na concha do heliógrafo. Feita essa operação pode-se instalar o heliógrafo. Seu eixo ficará colocado no sentido N-S e a parte mais alta deverá ser orientada para que sempre fique apontando para o hemisfério em que o lugar se encontra. No nosso caso, a parte mais alta ficará apontada para o S. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 131 De acordo com Varejão-Silva (2006) é interessante destacar que o heliógrafo funciona como um relógio solar: quando instalado corretamente, a posição do foco sobre o diagrama (heliograma) corresponde à hora solar verdadeira do local. e. Leitura da Tira Heliográfica: Diariamente as 21 horas (24 h GMT) a tira é removida do aparelho, e depois se conta o número de horas que ela foi queimada. Isto representa o número de horas que o Sol efetivamente brilhou durante um dia (insolação). O que não foi queimado corresponde ao tempo que o Sol ficou encoberto (nebulosidade). Logo após o nascer do Sol e antes do por do Sol, a tira não chega a ser queimado por completo, só ficando gravada uma pequena marca, contudo esta também é contada como insolação. f. Dados: O número de horas de insolação é determinado diretamente a partir das tiras queimadas (n). Da insolação, pode-se calcular a razão de insolação (r). Esta razão é o quociente entre o número real de horas de insolação ocorrido em um dia (n) e o número máximo possível de horas (fotoperíodo, N) de insolação no referido dia, segundo a equação 3.3 (Capítulo 3). N n r (5.18) O Fotoperíodo (N) (duração do dia) varia de acordo com a época do ano (declinação solar) e com a latitude do lugar. O valor de N é tabelado para cada local, ser calculado para cada época do ano. Cada valor representa a duração de um dia em horas (nascimento ao por do Sol) para algumas latitudes durante o ano. Nota-se para latitudes que possuem valores elevados, os dias de verão tem uma duração maior que locais situados mais próximos a do Equador. Podemos também a partir da tira heliográfica obter o período em que não houve brilho solar, chamado de nebulosidade (Neb), de acordo com a equação abaixo. nNNeb (5.19) Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 132 Referências do Capítulo BÍSCARO, G.A., 2007. Meteorologia Agrícola Básica. 1ª Edição, UNIGRAF, 87p. LATIMER, J.R., 1971. Radiation Measurement. National Research Council of Canada. International Filed Year for the Great Lakes, Toronto, Technical Manual Series 2. PEREIRA, A.P; ANGELOCCI, L.R.; SENTELHAS, P.C., 2002. Agrometeorologia: fundamentos e aplicações práticas. Lavras: Agropecuária, 478p. VAREJÃO-SILVA, M.A., 2006. Meteorologia e Climatologia. Versão Digital, Recife/PE, 463p. YAVORSKY, B.; DETLAF, A., 1979. Handbook of Physics. Mir, Moscow. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 133 Exercícios Resolvidos Teóricos 1) Quantos e quais são os processos de transferência de energia e de massa? Resposta: São três: Radiação, Condução e Convecção. 2) Qual a região do espectro eletromagnético é utilizada pelas plantas para a fotossíntese? Resposta: Entre 400 e 700 nm, compreendendo a maior parte na faixa do visível. 3) O que é Constante Solar e qual seu valor? Resposta: É a quantidade de energia solar incidente sobre uma superfície plana de área unitária, perpendicular aos raios solares, e a uma distância média Terra-Sol. Atualmente é igual a aproximadamente 1396 ± 2% W/m 2 . 4) Quais processos fazem com que a radiação solar seja atenuada ao atravessar a atmosfera terrestre? Resposta: Difusão (ou espalhamento), Absorção e Reflexão. 5) Qual o tipo de radiação que é usada na geração dos fenômenos meteorológicos? Resposta: Qol = Emissão efetiva terrestre diária, radiação infravermelha ou balanço de radiação de ondas longas. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 134 Práticos 6) Qual a radiação solar no topo da atmosfera (Qo) para um local situado na latitude de 25º S, sabendo-se que para o dia 01 de fevereiro a declinação solar ( = - 17,52º? dia = 01/fev.; nj = 32 senHsenHsen D d Qo .cos.cos. 180 60,37 2 365 360 .cos.033,01 2 jn D d = 365 360 32cos.033,01 = 56,31cos.033,01 = 1+0,033 x 0,85 = 1+ 0,028 = 1,028 tgtgH arccos = 52,1725arccos tgtg o = 32,047,0arccos = 15,0arccos = 98,63º oooo sensensenQ 63,9852,17cos25cos52,172563,98 180 028,160,37 = 99,095,091,030,043,063,98 180 14,3 028,160,37 = 86,072,12 180 14,3 028,160,37 = 86,072,12 180 14,3 028,160,37 = 86,022,0028,160,37 = 37,60 x 1,028 x 1,08 = 41,75 MJ/m2.d 7) Para um local situado a 23º S, durante o mês de outubro, o número máximo de brilho solar (N) foi de 13,5 h. Um heliógrafo nos forneceu que para certo dia deste mês o Sol ficou encoberto pelas nuvens das 11h até 15h. Deseja-se saber qual o valor da razão de insolação? Neb = N – n n = N - Neb = 13,5 – 4 = 9,5 h r = n/N = 9,5/13,5 = 0,703 8) A razão de insolação do km 49 em um dia de abril foi 0,33. Sabendo-se que o número máximo de brilho solar neste dia foi de 11,64 h, quantas horas neste dia o Sol ficou encoberto? r = n/N 0,33 = n/11,64 n = 0,33 x11,64 = 3,84 h Neb = N – n = 11,64 – 3,84 = 7,8 h Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 135 Exercícios Propostos 1) Quantos e quais são os processos de distribuição da radiação solar que ocorre na atmosfera? 2) O que é albedo? 3) O que é Radiação Solar no Topo da Atmosfera? 4) A radiação solar global é composta por duas componentes, quais são elas? 5) O total de radiação solar que chega ao topo da atmosfera (Qo) para um local situado na linha do equador durante o mês de julho foi de 42 MJ/m 2 x dia e a razão de insolação foi de 0,80. Deseja-se saber o balanço de radiação médio diário, para uma cultura de batata, cujo albedo é de 20% implantada neste local. A temperatura do ar (t) e a pressão de vapor (e) mensais do citado mês foram respectivamente 25 o C e 2,93 kPa. Qs = 21,80 MJ/m 2 x dia.
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