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Trabalho Psicologia na 3 idade

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1 INTRODUÇÃO
O ciclo vital é um processo intrínseco a todo ser humano, sendo ele com diferentes fases e cada fase com crises e conflitos. A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade (Organização Mundial de Saúde, 1946). Neste contexto, pode-se observar que o termo biopsicossocial é o modo como o indivíduo consegue se desenvolver de forma saudável, além de cuidados com o corpo físico, ter cuidado com a saúde mental do indivíduo e como se dão as construções sociais do mesmo.
 A promoção da saúde para grupos de 3ª idade, mais que em outros grupos de diferentes faixas etárias, constitui em diversos campos do saber, com atuação de equipes multiprofissionais e interdisciplinares.
2 A PSICOLOGIA E O ENVELHECIMENTO
A psicologia do envelhecimento procura mudanças nos funcionamentos cognitivos, sociais e afetivos, como alterações em interesses, atitudes, motivações e valores característicos nos anos mais avançados da vida adulta e dos anos da velhice. Estuda as diferenças que caracterizam os processos psicológicos, avaliação comportamental e reabilitação na velhice, assim, contribuindo nessa compreensão.
O desenvolvimento psicológico no envelhecimento envolve uma série de assentamentos individuais face à ocorrência de mudanças no self, subsequentes de alterações corporais, emocionais, relações interpessoais, alterações familiares, expectativas sociais. Dada a enorme versatilidade interindividual, indivíduos lidam com tais transições de diferentes maneiras.
As ações multiprofissionais como a fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e a enfermagem, são exemplos de profissões que juntamente a psicologia clínica pode oferecer cuidado e ajuda aos idosos que possuem dependências cognitivas e físicas. Além delas, a psicologia comunitária e educacional pode oferecer algumas alternativas aos familiares de idosos que passam por doenças que afetam a capacidade motora e cognitiva do indivíduo, organizando grupos de apoio emocional e de autoajuda. 
Segundo Néri (2001; 2002) apud Néri (2004) A psicologia interessa-se, igualmente, por descrever e explicar as condições sob as quais é possível ocorrer a preservação do potencial para o comportamento e o desenvolvimento. Já se sabe que isso ocorre em alguns domínios do funcionamento intelectual, manifestos em alta competência para a realização de atividades da vida prática e para lidar com complexos problemas existenciais, ambos dependentes do acúmulo de experiência de vida.
Não é possível negar os problemas ligados ao envelhecimento, porém, uma perspectiva positiva em torno do envelhecimento tem conduzido cada vez mais à ideia de que a melhor forma de prevenir tais problemas é destacar a atenção na valorização de indivíduos mais idosos, estimulando mudanças positivas na segunda metade da vida, com uma adaptação cada vez melhor na relação individual da pessoa e o ambiente em que ela vive.
2.1 O envelhecimento bem-sucedido
Para o indivíduo ter um envelhecimento saudável, é necessário pensar na saúde mental e física, integração social, independência de vida diária e econômica, suporte familiar, entre outros.
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005) em sua política de envelhecimento ativo, enfatiza que envelhecer bem não se dá apenas pela questão individual e sim por um processo que deve ser facilitado pelas políticas públicas, pelo aumento de iniciativas sociais e de saúde ao longo de toda a vida. A priori, essa criação parte do pressuposto de que, para envelhecer de forma bem-sucedida e saudável, precisa do aumento de oportunidades para que os indivíduos possam optar pelo estilo de vida mais saudável e assim, fazer o controle do próprio status de saúde. Desta forma, a manifestação do envelhecimento ativo é apresentada como a “otimização das oportunidades de saúde, participação, segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas” (OMS, 2005, p.13).
Segundo Antonucci (2001), o suporte social é um dos recursos mais significativos usados pelos idosos. Envolve a percepção do suporte recebido, o senso de controle sobre as relações sociais, e a perspectiva de trocas que incluem fatores afetivos, emocionais e materiais. 
A continuidade de contatos sociais, amigos de longas datas, preservação emocional positiva com relacionamentos, mesmo havendo diminuição da rede de relações, são opções positivas no contexto das relações na velhice, assim sendo uma possibilidade de suporte quando há o distanciamento dos filhos. 
Para Uchôa, Firmo e Lima-Costa (2002), os filhos formam a rede de suporte primário, mas quando esses não o fazem por “n” motivos, os idosos acabam buscando-a em amigos e vizinhos. 
Eventos de vida que consistem em experiências estressantes, que exigem do indivíduo a adaptação em relação ao meio, são parcialmente semelhantes em adultos e idosos. Ao decorrer do ciclo de vida, a ocorrência de estressores crônicos ligados à saúde física são mais intensos e exigem mais adaptação na velhice. (Batistone, Fortes e Yassuda, 2007). 
Os idosos utilizam estratégias de enfrentamento modificando o significado dos eventos ou gerenciando os efeitos da situação. Para Néri, Fortes (2006), a percepção de controle sobre tais eventos estressores aumenta o sentido de competência pessoal, o que torna um dos grandes fatores associados à qualidade de vida.
2.2 Contribuições da psicologia à promoção do bem-estar dos idosos
Segundo Néri (2004), o quadro abaixo apresenta as contribuições da psicologia no bem-estar dos idosos.
Quadro 1- Campos em que a psicologia pode contribuir para o bem-estar objetivo e subjetivo dos idosos
	Campos em que a psicologia pode contribuir para o bem-estar objetivo e subjetivo dos idosos
	1. Saúde. Ênfase em promoção em saúde; reabilitação cognitiva e psicomotora; aconselhamento, orientação e psicoterapia e cuidados paliativos; avaliação de capacidades funcionais; apoio psicológico em situação de reabilitação física e de cuidados paliativos; treino de memória; psicoterapias em desordens emocionais; treino de relaxamento; terapias expressivas e arte-terapia em demência.
	2. Relações sociais. Por exemplo, envolver treino de habilidades sociais para programas de ação gerontológica em saúde e em defesa dos direitos sociais.
	3. Família. Importante oferecer informação e apoio à promoção de boas relações e de relações de interdependência entre as gerações, atuar em situações de crise e oferecer apoio psicológico.
	4. Instituições públicas e privadas de assistência social e à saúde dos idosos. Oferecer treinamento de habilidades profissionais e apoio psicológico a profissionais que trabalham com idosos, assessoria ao planejamento e à avaliação de serviços.
	5. Educação, lazer e sociabilidade. Os psicólogos podem oferecer informação psicológica e atividades grupais visando ao aprimoramento de habilidades sociais, atuar no planejamento do currículo e fazer pesquisa, tendo em mente que a educação é um processo permanente e que os idosos devem ser tratados como participantes ativos com uma história de vida e conhecimentos a serem respeitados. Na educação não formal, as possibilidades se ampliam em programas veiculados pela mídia impressa e televisiva, pela internet, sobre qualidade de vida, saúde, relações sociais, cidadania, alfabetização. Também, pela organização e orientação de centros de memória, grupos de avós, de contadores de história e de voluntários, clubes recreativos, centros de convivência e programas de autogestão por idosos, no trabalho, no lazer ou na ação social.
	6. Trabalho. Muitos idosos trabalham para sobreviver ou para ajudar os membros mais jovens da família. Outros o fazem por opção. O psicólogo pode ajudar com programas de capacitação e reciclagem para o trabalho, treino de atitudes e motivação. No contexto organizacional, ele pode operar em favor dos mais velhos, desenvolvendo instrumentos e técnicas de seleção, acompanhando providências no campo da ergonomia, trabalhandona prevenção de riscos e promovendo alterações na cultura organizacional de modo a favorecer o aproveitamento das competências dos idosos. Pode trabalhar atitudes e procedimentos de pessoal de recursos humanos para lidar com os trabalhadores mais velhos; pode ajudá-los a flexibilizar a carreira, a desenvolver papéis profissionais adequados aos ganhos da maturidade, a planejar uma segunda carreira ou a preparar-se para a aposentadoria. Os idosos podem desenvolver atividades profissionais e de prestação de serviços assumindo papéis de consultores, auditores e assessores especializados, transformando a experiência acumulada em serviços.
	7. Ambiente ecológico. Os focos são a segurança, o conforto e a satisfação nas cidades, nos lares e nas instituições, fatores que contribuem para a boa qualidade de vida objetiva e subjetiva dos idosos.
	8. Situações de vulnerabilidade social. Os psicólogos têm muito a oferecer em programas de prevenção e de atendimento à pobreza; à violência, ao abandono e aos maus-tratos; à deficiência física, mental e sensorial; a idosos migrantes e sem-teto, trabalhos que podem desenvolver-se em instituições públicas, privadas e não governamentais.
	9. Redação de material informativo, utilizando os mais variados suportes (livros, folhetos, artigos ou entrevistas em jornais, TV, rádio, CD-ROM, videocassete) e dirigidos às mais variadas audiências (idosos, crianças, comunidade, políticos, professores, estudantes de psicologia).
	10. Desenvolvimento ou validação de instrumentos de medida psicológica apropriados à realidade brasileira, por exemplo, nos campos da personalidade, da cognição, das capacidades funcionais e das atitudes.
	11. Pesquisa, visando à geração de conhecimento relevante do ponto de vista teórico e social, o que significa pesquisar tendo em vista os progressos acumulados da ciência, bem como os problemas da vida real dos brasileiros.
	12. Ensino de psicologia do envelhecimento em cursos de psicologia, educação e medicina, quebrando velhos tabus sobre a velhice como período de declínio, sobre a impossibilidade de educar idosos e da velhice como problema de saúde. Melhor será se esse ensino for teórica e empiricamente fundamentado, não baseado em teorias do senso comum sobre a velhice.
Quadro 2 - Principais funções dos psicólogos especializados em oferta de serviços a idosos
	1. Avaliação psicológica
	2. Planejamento e execução de intervenção psicológica
	3. Orientação e aconselhamento
	4. Informação e mudança de atitudes em relação à velhice
	5. Psicoterapias individuais e grupais com idosos, voltadas para problemas de ordem emocional e psicossocial
	6. Tratamento de déficits e de distúrbios cognitivos e psicomotores, ou reabilitação cognitiva dos idosos
	7. Orientação, aconselhamento e psicoterapia, individuais e grupais, a familiares de idosos dependentes e fragilizados
	8. Intervenções individuais e grupais em situações de crise
	9. Assessoria a instituições públicas, a organizações públicas e privadas que amparam e cuidam de idosos e a famílias de idosos
	10. Assessoria, planejamento e execução de programas de promoção em saúde na comunidade
	11. Assessoria, planejamento e execução de programas de promoção social para idosos
	12. Assessoria e planejamento de providências ecológicas e de programas de mudança de atitudes visando ao bem-estar dos idosos, nas cidades, nas instituições e nas organizações
	13. Apoio psicológico a profissionais que cuidam de idosos
	14. Participação em equipes multiprofissionais
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Pela breve revisão da literatura observou-se a importância da psicologia na 3ª idade, pois o estudo do envelhecimento trás maior apoio teórico para o psicólogo atuar com sucesso em diversas áreas do ciclo vital, em comunidades, famílias e grupos. 
Não há um padrão de velhice, cada indivíduo em seu contexto biopsicossocial trás diferentes experiências ao decorrer da vida e com isso diversos estudos que mostram como o homem cria diferentes realidades. 
Assim, entende-se que a psicologia cresce no atendimento à população idosa, juntamente com seu próprio crescimento.
REFERÊNCIAS
FONSECA, António M.. Promoção do desenvolvimento psicológico no envelhecimento. Contextos Clínicos, Porto, Portugal., v. 3, n. 2, p. 124-131, dez./nov. 2016.
Machado de Lima, Ângela Maria, Salmazo da Silva, Henrique, Galhardoni, Ricardo, Envelhecimento bem-sucedido: trajetórias de um constructo e novas fronteiras. Interface - Comunicação, Saúde, Educação [en linea] 2008, 12 (Octubre-Diciembre) : [Fecha de consulta: 21 de noviembre de 2017] Disponible en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=180114108010> ISSN 1414-3283.
NÉRI, Anita Liberalesso. Contribuições da psicologia ao estudo e à intervenção no campo da velhice. RBCEH - Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo,, v. 1, n. 1, p. 69-80, jun./jun. 2004.
PSICOLOGIA ACESSÍVEL. Saúde mental e o processo de envelhecimento. Disponível em: <https://psicologiaacessivel.net/category/psicologia-e-terceira-idade/>. Acesso em: 21 nov. 2017.
SCIELO. Normatização, o estado e a saúde: questões sobre a formalização do direito sanitário. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1413-81232005000100030>. Acesso em: 21 nov. 2017.

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