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curso cecília menon | raciocínio lógico © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 1 RACIOCÍNO LÓGICO I Lógica das Proposições (Diagramas Lógicos) 1. Introdução A lógica é uma maneira precisa de representar um raciocínio. A lógica apresenta um encadeamento de ideias que conduzem, de maneira inequívoca, a uma determinada conclusão. 2. Proposições e Conectivos 2.1 Proposições simples e compostas. Chama-se de proposição, na lógica clássica, toda sentença de palavras ou símbolos que exprime sentido completo que obedece aos princípios da não contradição, do terceiro excluído e da identidade. Princípio da Não Contradição Nenhuma proposição pode ser simultaneamente verdadeira e falsa Princípio do Terceiro Excluído Uma proposição ou é verdadeira ou é falsa, não existe um terceiro valor lógico. Princípio da Identidade Se uma proposição é verdadeira, ela é verdadeira Uma proposição pode ser SIMPLES ou COMPOSTA. Proposição Simples Não possui outras proposições como parte integrante de si mesma. São representadas por letras. Exemplos: s: Marcelo é um ser humano. t: Marcelo é inteligente. p: Mickey é um ser humano. q: 2+2=5 Proposições Compostas São proposições simples ligadas por conectivos lógicos. Exemplos: Marcelo é um ser humano e Marcelo é inteligente. Obs.: Poderíamos também escrever: Marcelo é um ser humano e é inteligente. Marcelo é um ser humano se e somente se for inteligente. Se Marcelo é um ser humano então ele é inteligente. 2.2 Conectivos Os conectivos são palavras, ou símbolos utilizados para formar proposições compostas a partir de outras mais simples. Os conectivos mais utilizados são: Disjunção inclusiva: “ou” cujo símbolo é . Disjunção exclusiva: “...ou...ou...” cujo símbolo é . Conjunção: “e” cujo símbolo é Condicional: “Se ... então...” cujo símbolo é Bicondicional: “...se e somente se...” cujo símbolo é Negação: “não” cujo símbolo é ou ~ Exemplos: Sejam as proposições p: Maria tem 16 anos de idade q: João é maior de idade. Linguagem Simbólica Linguagem Corrente ~p Maria não tem 16 anos ~q João não é maior de idade p q Maria tem 16 anos ou João é maior de idade ~p q Maria não tem 16 anos ou João é maior de idade p ~q Maria tem 16 anos ou João não é maior de idade p q Maria tem 16 anos e João é maior de idade. ~p q Maria não tem 16 anos e João é maior de idade. p ~q Maria tem 16 anos e João não é maior de idade. p q Se Maria tem 16 anos então João é maior de idade. q p Se João é maior de idade então Maria tem 16 anos. ~p q Se Maria não tem 16 anos então João é maior de idade. ~q p Se João não é maior de idade então Maria tem 16 anos. p q Maria tem 16 anos se e somente se João é maior de idade. p ~q Maria tem 16 anos se e somente se João não é maior de idade. p q Ou Maria tem 16 anos ou João é maior de idade. Exercícios. P1. Sejam as proposições A: João é rico. B: João é magro. Escreva em linguagem simbólica as proposições abaixo: a) João é rico e magro. b) João é pobre e magro. curso cecília menon | raciocínio lógico © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 2 c) João é pobre ou magro. d) João é rico e gordo. e) Não é correto dizer que João é rico ou não é magro. f) É incorreto que: João é pobre, ou é rico e não é magro. g) Se João é pobre, então, é magro. h)João é magro se e somente se não é rico ou é gordo. 2.3 Tabela Verdade (Diagramas Lógicos) Há muitos problemas em se verificar o valor lógico de uma proposição simples. Por exemplo, considere a proposição: Brasília é a capital da Argentina. Nota-se logo que trata de uma proposição falsa. •Cuidado: Nas provas de racicínio lógico aparecem, com bastante frequencia, proposições que, do ponto de vista de nossa realidade, são absurdas e no entanto no contexto da questão, serão assumidas como verdadeiras. Por exemplo, seja a proposição: “Vacas andam de bicicleta”, se no contexto dado, esta proposição tiver que ser assumida como verdadeira, todo raciocínio se baseará considerando que é verdade que “vacas andam de bicicleta”. A mesma facilidade não é observada em proposições compostas, o que torna necessário o estudo das tabelas verdade dos conectivos listados anteriormente. Números de arranjos de uma tabela verdade. O número de arranjos (linhas) de uma tabela verdade com “n” proposições é n2 . O resultado de 2n correspondo a todas os arranjos possíveis entre os valores verdadeiro e falso para todas as proposições. Assim uma tabela com duas proposições, p e q, terá 422 linhas, a saber: p q V V V F F V F F Uma tabela com três proposições, p, q e r, terá 823 linhas: p q r V V V V V F V F V V F F F V V F V F F F V F F F Negação p ~p V F F V Disjunção Inclusiva p q p v q V V V V F V F V V F F F Se representarmos as proposições p e q por conjuntos, a disjunção inclusiva corresponde a UNIÃO. qp Disjunção Exclusiva p q p v q V V F V F V F V V F F F Se representarmos as proposições p e q por conjuntos, a disjunção exclusiva corresponde à UNIÃO menos a INTERSECÇÃO. )qp()qp( Conjunção p q p q V V V V F F F V F F F F Se representarmos as proposições p e q por conjuntos, a conjunção corresponde a INTERSECÇÃO. qp curso cecília menon | raciocínio lógico © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 3 Condicional p q p q V V V V F F F V V F F V Se representarmos as proposições p e q por conjuntos, a condicional corresponde a INCLUSÃO qp Bicondicional p q p q V V V V F F F V F F F V Se representarmos as proposições p e q por conjuntos, a bicondicional corresponde a IGUALDADE Exercícios: P2. Considere as proposições p e q complete as tabelas verdade seguintes. a) p ~p ~(~p) V F b)p q ~p ~q ~p ~q V V V F F V F F c) p q ~p ~q ~p ~q V V V F F V F F d) p q ~q p ~q V V V F F V F F e) p q ~p ~p q V V V F F V F F f) p q ~p ~q ~p ~q V V V F F V F F g) p q q p ~p p ~p p ~q V V V F F V F F h) p q ~q ~p q p ~q ~p ~q V V V F F V F F P3. Construa a tabela verdade da proposição (q ~p) (q p). P4. Analise as proposições (q p) e (~p ~q). Qual a conclusão que se chega? P5. Sendo p e q duas proposições, construa a tabela verdade da proposição composta (p ~q) (~p q). P6. Mostre que ~(p q) equivale a ~p ~q. P7. Mostre que ~(p q) equivale a ~p ~q. P8. Tendo como referência os assuntos abordados na matemática e na geografia, obtenha o valor lógico das proposições abaixo. a) ~(2 é par ou 51 é ímpar) b) ~(0 positivo e ~5 é negativo) c) ~(~(4 é primo) e Tóquio é capital do Japão) d) O Plano Piloto é a capital do DF ~(a Torre de TV tem mais de 50 m de) e)~(5²=25 e (-2)5 = 32) f)Não é errado que 12 é divisível por -6 e também é divisor de 372. g) (23 8) ou ~(3=5 -2>-π) P9. (CESPE-TEC.JUDICIARIO) Na análise de um argumento, pode-se evitar considerações subjetivas, curso cecília menon | raciocínio lógico © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 4 por meio da reescrita das proposições envolvidas na linguagem da lógica formal. Considere que P, Q, R e S sejam proposições e que “ ”, “ ”, “ ” e “ ” sejam os conectores lógicos que representam, respectivamente “e”, “ou”, “negação”, “conector condicional”. Considere também a proposição a seguir. Quando Paulo vai ao trabalho de ônibus ou de metrô, ele sempre leva um guarda-chuva e também dinheiro trocado. Assinale a opção que expressa corretamente a proposição acima em linguagem da lógica formal, assumindo que P= “Quando Paulo vai ao trabalho de ônibus”, Q= “Quando Paulo vai ao trabalho de metrô”, R= “ele sempre leva um guarda-chuva” e S= “ele sempre leva dinheiro trocado”. a) P (Q R) b) (P Q) R c) (P Q) (R S) d) P (Q (R S)) P10. (CESPE-BB) Julgue os itens a seguir. 1. A proposição (P Q) R, possui no máximo 4 avaliações V 2. A proposição simbolizada por (A B) (B A) possui uma única valoração F. 3. Há duas proposições no seguinte conjunto de sentenças: (I) O BB foi criado em 1980. (II) Faça seu trabalho corretamente. (III) Manuela tem mais de 40 anos de idade. 3.Equivalências Lógicas Contrapositiva (P Q) (~Q ~P) Para verificar a equivalência preencha a tabela a seguir e verifique que os valores lógicos correspondentes a P Q são idênticos aos valores lógicos de ~Q ~P P Q P Q ~Q ~P ~Q ~P V V V F F V F F Além da contrapositiva, existe outra equivalência para P Q. P Q ~PVQ Para verificar essa equivalência preencha os valores lógicos da tabela abaixo. P ~P Q P Q ~P Q V V V F F V F F Portanto : P Q é logicamente equivalente a ~Q ~P que é logicamente equivalente a ~P Q Exemplos: Se eu estudo muito, então passo em um concurso. Pode ser representada por E P, onde E: estudar muito P: passar em um concurso. É logicamente equivalente a ~P ~E, ou seja: Se não passo em um concurso público então não estudo muito. E logicamente equivalente a ~E P, ou seja: Não estudo muito ou passo em um concurso público. Cuidado: o exemplo acima não se trata de negação e sim de equivalência. 4.Regras de Negação Negação da Disjunçã Inclusiva Para negar a proposição P Q deve-se negar as duas proposições e trocar “ ” por “ ”. ~( P Q) ~P ~Q Negação da Conjunção Para negar a proposição P Q deve-se negar as duas proposições e trocar “ ” por “ ”. ~( P Q) ~P ~Q Para verificar essas regras basta preencher as tabelas verdade abaixo. P Q P Q ~P ~Q ~P ~Q V V V F F V F F Verifique que os valores lógicos correspondentes a ~P ~Q são contrários aos valores lógicos de P Q, indicando assim que uma é a negação da outra. P Q P Q ~P ~Q ~P ~Q V V V F F V F F Assim como na tabela anterior, verifique que os valores lógicos correspondentes a ~P ~Q são contrários aos valores lógicos de P Q, indicando assim que uma é a negação da outra. As regras citadas acimas são conhecidas como leis de Morgan. Exemplos: A negação da proposição: Paulo é rico ou é brasileiro é: ~(Paulo é rico) e ~(Paulo é brasileiro), ou seja curso cecília menon | raciocínio lógico © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 5 Paulo não é rico e não é brasileiro. A negação da proposição: Lula foi presidente e operário é: ~(Lula foi presidente) ou ~(Lula foi operário), ou seja Lula não foi presidente ou não foi operário. Negação da Condicional ~(P Q) P ~Q P Q ~Q P Q P ~Q V V V F F V F F O leitor deve observar que os valores lógicos de P ~Q são contrários aos de P Q, o que indica que uma é a negação da outra. Exemplo: A negação da proposição: Se corro, então fico cansado é: Corro e não fico cansado. Negação da Bicondicional e Negação da Disjunção Exclusiva ~(P Q) P Q P Q P Q P Q V V V F F V F F Similarmente aos casos anteriores, preencha corretamente a tabela e verifique que os valores de P Q são opostos aos de P Q ■ Resumo Equivalências P Q ~Q ~P P Q ~P Q Negações ~( P Q) ~P ~Q ~( P Q) ~P ~Q ~(P Q) P ~Q ~(P Q) P Q O símbolo “ ” significa equivalência. Não confunda com “ ” Exercícios P11. (ESAF) Dizer que André é artista ou Bernardo não é engenheiro" é logicamente equivalentea dizer que: a) se André é artista se e somente se Bernardo não é engenheiro. b) se André é artista,então Bernardo não é engenheiro. c) se André não é artista, então Bernardo é engenheiro. d) se Bernardo é engenheiro, então André é artista. e) se André não é artista e Bernardo é engenheiro. P12. (ESAF) A negação da afirmação condicional "se estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva" é: a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva. b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva. c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva. d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva. e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva. P13. (ESAF) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto, é logicamente equivalente a dizer que é verdade que: a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto. b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto. c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto. d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto. e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto curso cecília menon | raciocínio lógico © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 6 GABARITO P1. a) A B b) ~A B c) ~A B d) A ~B e) ~(A ~B) f) ~((~A A) ~B) ou ~(~A (A ~B)) g) ~A B h) B (~A ~B) P2. a) p ~p ~(~p) V F V F V F b) p q ~p ~q ~pV~q V V F F F V F F V V F V V F V F F V V V c) p q ~p ~q ~p ~q V V F F F V F F V F F V V F F F F V V V d) p q ~q p ~q V V F F V F V V F V F V F F V V e) p q ~p ~p q V V F V V F F V F V V V F F V F f) p q ~p ~q ~p ~q V V F F V V F F V V F V V F F F F V V V g) P q q p ~p pv~p p q V V V F V V V F F F V F F V F V V F F F V V V F OBS: Quando todos os valores lógicos de uma coluna da tabela verdade são “V” dizemos que é uma TAUTOLOGIA. Quando todos os valores lógicos de uma coluna da tabela verdade são “F” dizemos que é uma CONTRADIÇÃO. h) p q ~q ~p q p ~q ~p ~q V V F F F V V F V V V F F V F V V F F F V F F V P3. q p ~p q ~p q p (q ~p) ( q p) V V F F V V V F V V V V F V F F V V F F V F F V P4. Possui valores lógicos equivalentes. P5. p q ~p ~q p ~q ~p q (p ~q) (~p q) V V F F V F F V F F V V F F F V V F F V F F F V V V F F P6. p q p q ~(p q) ~p ~q ~p ~q V V V F F F F V F V F F V F F V V F V F F F F F V V V V P7. p q p q ~(p q) ~p ~q ~p ~q V V V F F F F V F F V F V V F V F V V F V F F F V V V V P8. a) F b) V c) F d) V e) V f) V g) F P.9 C P10. 1. E 2. C 3. C curso cecília menon | raciocínio lógico © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 7 P11. D P12. E P13. A curso cecília menon | raciocínio lógico II © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 8 RACIOCÍNIO LÓGICO II Lógica de Argumentação 1. INTRODUÇÃO O poder de argumentação de uma pessoa é avaliada de acordo com a dificuldade que se tem em contrariar os seus argumentos. De maneira semelhante, em LÓGICA MATEMÁTICA, uma boa ARGUMENTAÇÃO é feita quando a CONCLUSÃO é facilmente validada pelos argumentos anteriores ou PREMISSAS. Por exemplo: 1) Se for segunda feira, então, Joana acorda cedo. 2) Hoje Joana não acordou cedo. Conclusão: Hoje não é segunda feira. Veja que uma vez considerados verdadeiros os argumentos (1) e (2), a CONCLUSÃO é fato inegável. Assim, essa estruturação com duas premissas e a conclusão é uma boa argumentação. Agora, se a conclusão de uma argumentação não estiver totalmente apoiada nas premissas, ou seja, se ela não puder ser categoricamente verdadeira, então não se trata de uma boa argumentação. Por exemplo: 1) Se for segunda feira, então Joana acorda cedo. 2) Hoje Joana acordou cedo. Conclusão: Hoje é segunda feira. Repare agora que, com os mesmos os argumentos (1) e (2) sendo considerados verdadeiros, a conclusão não é fato inegável. A premissa (1) afirma que sempre que for segunda feira, Joana certamente acordará cedo; no entanto, tal premissa não implica que quando Joana acorda cedo é porque se trata de segunda feira (lembre-se da contra positiva). Portanto, não é uma boa argumentação. 2. Argumento Conjunto de enunciados dos quais um é a CONCLUSÃO e os demais são PREMISSAS. 2.1 Definição formal Chama-se ARGUMENTO toda a afirmação de que uma dada sequencia finita A1, A2,..., An de proposição tem como consequência ou acarreta uma proposição final B, onde as proposições A1, A2,..., An chamam-se premissas e a última B chama-se, conclusão. 2.2 Argumento válido Um ARGUMENTO A1, A2,..., An, B é VÁLIDO se e somente se, sendo as premissas verdadeiras a conclusão B também é verdadeira, ou ainda, se e somente se, a fórmula A1^A2^,..., ^An B é uma tautologia que será indicado como segue A1^A2^,..., ^An B que se lê: “A1, A2, A3,... An, acarretam B” ou “B decorre de A1, A2, A3...An ” ou “B se deduz de A1, A2, A3...An” ou ainda “B se infere de A1, A2, A3...An” 2.3 Silogismo Silogismo é o argumento com duas premissas e uma conclusão. 2.4 Argumento falso O argumento falso é denominado de sofisma, falácia ou argumento falacioso. 3. CLASSIFICAÇÃO: DEDUTIVO & INDUTIVO Argumento dedutivo É válido quando suas premissas, se verdadeiras, a conclusão é também verdadeira. Premissa: “Todo homem é mortal”. Premissa: “Antônio é homem”. Conclusão: “Antônio é mortal”. Argumento indutivo A verdade das premissas não basta para assegurar a verdade da conclusão. Premissa: “É comum após a chuva ficar nublado”. Premissa: “Está chovendo”. Conclusão: “Ficará nublado”. •Observação: As premissas e a conclusão de um argumento, formuladas em uma linguagem estruturada, permitemque o argumento possa ter uma análise lógica apropriada para a verificação de sua validade. curso cecília menon | raciocínio lógico II © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 9 Exercícios P1. Considere as seguintes premissas: Todos os gatos são mamíferos Alguns gatos sobem em árvores. Qual a conclusão que completa a argumentação, tornando-a válida? a) Todos os gatos sobem em árvores. b) Todos os mamíferos sobem em árvores. c) Todos os mamíferos que sobem em árvores são gatos. d) Alguns mamíferos sobem em árvores. e) Se sobe em árvores, então, trata-se de um gato. P2. Analise os argumentos seguintes: I. Se faz frio, não é mês de Janeiro. Se não é janeiro, Antonio está trabalhando. Antonio não está trabalhando. Portanto, o mês é janeiro, mas não faz frio. II. Se 8 é par, então, 6 não é primo. Mas 6 é primo. Logo, 8 não é par. III. Toda vez que a bicicleta emperra, o carro fica sem gasolina. A bicicleta não emperrou. Logo, o carro tem gasolina. Vale(m) o(s) argumento(s): a) Somente I. b) Somente II. c) I e II. d) I e III. e) I, II e III. P3. Encontre uma conclusão válida para os argumentos (premissas) seguintes: Sandra fica em casa ou sai para trabalhar. Se Sandra sai para trabalhar, o seu carro não está na garagem. O carro de Sandro está na garagem. Logo, a) Sandra ficou em casa e o seu carro não está na garagem. b) Sandra saiu para trabalhar. c) Sandra não saiu para trabalhar, mas também não está em casa. d) O carro de Sandra está na garagem, mas ela saiu para trabalhar. e) Sandra ficou em casa. P4. Considere os seguintes argumentos: I- Se 10 não é irmão então 5 não é primo. Mas 10 é irmão. Logo, 5 é primo. II-Se faz calor, Juliana fica no consultório. Juliana não ficou no consultório. Logo, não fez calor. III- Se macaco não voa, então girafa nada. Girafa não nada ou peixe corre. Se peixe corre, mosquito não gosta de sambar. Logo, macaco voa. O(s) argumento(s) dedutivo(s) é (são): a) I, II e III b) II e III c) II d) III e) I e III P5. Qual argumento não é válido? a) Se você tem aquecedor, não passa frio. Quem mora em Brasília tem aquecedor. Conclusão: Se você mora em Brasília, não passa frio. b) Todos os alunos prestam atenção nas aulas. Se alguém pratica esporte é porque trata-se de um aluno. Conclusão: Quem pratica esporte presta atenção nas aulas. c) Se João entender todas as aulas, ele passará nas provas. Ele não passou nas provas. Conclusão: João não entendeu todas as aulas. d) Os golfinhos adoram arroz. Se as baleias são verdes, então, os golfinhos não gostam de arroz. Conclusão: as baleias são azuis. e) Se chover, amanhã fará sol. Choveu. Conclusão: amanhã vai fazer sol. P6. Qual argumento é dedutivo? a) Se o carro anda, a moto pifa. A moto não pifou. Logo, o carro não andou. b) Se alguém faz todos os exercícios, aprende a matéria dada. Juquinha fez todos os exercícios. Logo, Juquinha não aprendeu a matéria dada. c) Se o mês é agosto, Brasília faz frio. O mês é maio. Logo, Brasília não fez frio. d) Toda vez que João fala, Juquinha berra. Sempre que Juquinha berra, Naná chora. João não falou. Portanto, Naná não chorou. e) Se você se cala, então não concorda. Mas você ficou calado. Logo, você não concordou. curso cecília menon | raciocínio lógico II © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 10 P7. Verifique se o argumento a seguir é válido: Se Felipe dorme, então, Rex fica latindo. Se Rex está latindo, então, Xanim fica miando. Felipe está acordado. Logo, Rex não está latindo e Xanim não está miando. P8. O silogismo abaixo é válido? Se Bernado vai à padaria, então, Ricardo toma café da manhã. Ricardo não tomou café da manhã. Portanto, Bernado não foi à padaria. P9. Analise a validade da argumentação do ponto de vista da lógica: Se cachorro não mia, gato não late. Se gato não late, então, rato não muge. Se rato não muge, então, leão é feroz. Leão não é feroz. Logo, cachorro mia. P10. Verifique se o argumento a seguir é válido: João gosta de Maria ou Maria gosta de João. Se Ricardo gosta de Maria, então, João não gosta de Maria. Astrogildo vai fazer compras se e somente se Ricardo gosta de Maria. Maria não gosta de João. Logo, Astrogildo não irá fazer compras. P11. (ESAF) Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se Carla não foi ao casamento, Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou o navio afundou. Ora, o navio não afundou. Logo, a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento. b) Camile e Carla não foram ao casamento. c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou e) Vera e Vanderléia não viajaram P12. (ESAF) Se Beraldo briga com Beatriz, então Beatriz briga com Bia. Se Beatriz briga com Bia, então Bia vai ao bar. Se Bia vai ao bar, então Beto briga com Bia. Ora, Beto não briga com Bia. Logo, a) Bia não vai ao bar e Beatriz briga com Bia. b) Bia vai ao bar e Beatriz briga com Bia. c) Beatriz não briga com Bia e Beraldo não briga com Beatriz. d) Beatriz briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz. e) Beatriz não briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz P13. (ESAF) Se Flávia é filha de Fernanda, então Ana não é filha de Alice. Ou Ana é filha de Alice, ou Ênia é filha de Elisa. Se Paula não é filha de Paulete, então Flávia é filha de Fernanda. Ora, nem Ênia é filha de Elisa nem Inês é filha de Isa. a) Paula é filha de Paulete e Flávia é filha de Fernanda. b) Paula é filha de Paulete e Ana é filha de Alice. c) Paula não filha de Paulete e Ana é filha de Alice. d) Ênia é filha de Elisa ou Flávia é filha de Fernanda e) Se Ana é filha de Alice, Flávia é filha de Fernanda P14. (ESAF) Ricardo, Rogerio e Renato são irmãos. Um deles é médico, outro é músico, e o outro é professor. Sabe-se que 1) ou Ricardo é médico, ou Renato é médico 2) ou Ricardo é professor, ou Rogério é músico 3) ou Renato é músico, ou Rogério é músico 4) ou Rogério é professor , ou Renato é professor. Portanto, as profissões de Ricardo, Rogerio e Renato são respectivamente a) professor, médico, músico b) médico, professor, músico c) professor, músico, médico d) músico, médico, professor e) médico, músico, professor P15. (ESAF) Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Se Iara fala italiano, então ou Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês. Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol. Mas Elton fala espanhol se somente se não for verdade queFrancisco não fala francês. Ora, Francisco não fala francês e Ching não fala chinês. Logo, a) Iara não fala italiano e Débora não fala dinamarques b) Ching não fala chinês e Débora fala dinamarquês c) Francisco não fala francês e Elton fala espanhol d) Ana não fala alemão ou Iara fala italiano e) Ana fala alemão e Débora fala dinamarquês P16. (ESAF) Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de um grupo de cinco suspeitos: Arnaldo, Celso, Edu, Juarez e Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um deles respondeu: Arnaldo: Sou inocente Celso: Edu é o culpado Edu: Tarso é culpado Juarez: Arnaldo disse a verdade Tarso: Celso mentiu Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que todos outros disseram a verdade pode-se concluir que o culpado é a) Armando b) Celso c) Edu d) Juarez e) Tarso curso cecília menon | raciocínio lógico II © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 11 P17. Cinco colegas foram a um parque de diversões e um deles entrou sem pagar. Apanhados por um funcionário do parque, que queria saber qual deles entrou sem pagar, eles informaram: -‘‘Não fui eu, nem o Manuel”, disse Marcos. -”Foi o Manuel ou a Maria”, disse Mário. -”Foi a Mara”, disse Manuel. -”O Márcio está mentindo”, disse Mara. -”Foi a Mara ou o Marcos”, disse Maria. Sabendo-se que um e somente um dos cinco colegas mentiu, conclui-se logicamente que quem entrou sem pagar foi: a) Mário b) Marcos c) Mara d) Manuel e) Maria curso cecília menon | raciocínio lógico II © curso cecília menon www.ceciliamenon.com.br É terminantemente proibido a cópia parcial, total ou distribuição deste material. 12 GABARITO P1. d P2. c P3. e P4. b P5. d P6. a P7. Inválido. P8. Silogismo válido P9. Argumentação válida, apesar de não fazer sentido do ponto de vista da realidade prática. P10. Argumento válido. P11. e P12. c P13. b P14. e P15. a P16. e P17. c
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