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Psicologia da Saúde Unidade II (1)

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Psicologia e Saúde
Profa. Ms. Fernanda Brunkow
Unidade II
A evolução dos conceitos de saúde e doença ao longo 
da história 
Medicina pré-histórica: de 15mil anos 
ac. até 500 ac.
 Sul da Franca, há cerca de 5 mil anos ac. : Xamã 
(sacerdote ou pajé).
Crenças em espíritos bons e espíritos maus.
 Não havia razão óbvia para o estado de doença, 
assim, ela era atribuída à feitiçaria ou possessão por um 
espírito maligno.
Imagem: Xamã em ritual para expulsar maus espíritos de enfermo.
O tratamento da doença consistia em uma cirurgia 
primitiva chamada trepanação.
Curandeiros perfuravam o crânio de seus pacientes 
para permitir que os demônios que causavam a 
doença deixassem o corpo do paciente.
 Dados arqueológicos indicam que este método era 
amplamente utilizado na Europa, no Egito, na Índia e na 
América Central e do Sul.
Medicina pré-histórica: de 15mil anos 
ac. até 500 ac.
Imagem1: Crânio perfurado por trepanação.
Imagem2: Instrumento utilizado para trepanação.
Medicina pré-histórica: de 15mil anos 
ac. até 500 ac.
 2000 ac o homem passa a perceber o papel de 
higiene na saúde e na doença e foram feitas tentativas 
de melhorar a saúde pública.
Os antigos egípcios, por exemplo, realizavam rituais de 
limpeza para impedir que vermes causadores de 
doenças infectassem o corpo.
 Na mesopotâmia fabricava-se sabão, projetavam-se 
instalações sanitárias e construíam-se sistemas para o 
tratamento de esgotos públicos.
Medicina Grega e Romana: 500ac até 
500dc. 
 Avanços em saúde pública e saneamento na Grécia e 
em Roma durante os séculos VI e V ac. 
 Roma: Cloaca Máxima.
Grande Sistema de drenagem construído para drenar 
um pântano que, mais tarde, assumiu funções de um 
Sistema de esgotos moderno. O primeiro esgoto de que 
se tem registro.
 Banheiros públicos eram comuns em Roma por volta do 
século I ac.
Imagem1: Cloaca Máxima visão externa.
Imagem2: Cloaca Máxima visão interna.
Medicina Grega e Romana: 500ac até 
500dc. 
 Primeiro aqueduto trouxe água pura para Roma já em 
312 ac. 
 Aquedutos são galerias subterrâneas ou expostas à 
superfície que servem para conduzir água. Os mais 
antigos que se tem conhecimento eram baseados em 
uma superfície livre com pequena inclinação para 
favorecer ao escoamento da água.
 Limpeza de ruas e controle do suprimento de alimentos 
por um grupo de oficiais, os Aediles.
Imagem: Quase todas as civilizações da antiguidade construíram seus aquedutos, 
mas foi com os romanos que houve um grande desenvolvimento dos aquedutos. 
Seu sistema de abastecimento envolvia 11 aquedutos e o maior deles possuía 90 Km 
de extensão.
 Hipócrates, filósofo grego (460 a 377 ac) retirou o 
foco no misticismo e superstição sendo o primeiro a 
afirmar que a doença era um fenômeno natural e 
que suas causas (portanto seu tratamento e 
prevenção) poderiam ser conhecidos e mereciam 
estudos sérios.
Medicina Grega e Romana: 500ac até 
500dc. 
Medicina Grega e Romana: 500ac até 
500dc. 
 Hipócrates propôs a Teoria Humoral, que considerava o 
bem-estar como um estado de perfeito equilíbrio entre 
quatro fluídos corporais básicos: sangue, bilie amarela, 
bilie negra e fleuma.
 Segundo Hipócrates, manter o balanço adequado 
indivíduo deveria ter um estilo de vida saudável, 
incluindo exercícios, descanso suficiente, boa dieta e 
evitar excessos.
Medicina Grega e Romana: 500ac até 
500dc. 
O médico grego Claudius Galeno expandiu a Teoria 
Tumoral de Hipócrates. Galeno conduziu vários estudos 
de dissecação de animais e tratou ferimentos de 
gladiadores romanos, descobrindo novos fatos sobre a 
saúde e a doença. 
Galeno escreveu volumes a respeito de anatomia, 
saúde e dieta.
Imagem: Elementos da teoria humoral de Hipócrates.
Medicina Grega e Romana: 500ac até
500dc. 
Teoria Humoral:
 Excesso de Sangue: contribuía para uma personalidade 
sanguínea (otimista e alegre). Sangue demais aumentava a 
susceptibilidade da pessoa à epilepsia, angina, disenteria e 
artrite. O tratamento consistia em abertura de uma veia para 
remover sangue, banhos frios e enemas.
 Excesso de bile amarela: contribuía para uma personalidade 
colérica (temperamento ardente). Era acometida por 
úlceras de boca, icterícia e distúrbios estomacais. 
Encontrava alívio por meio de sangrias, dietas líquidas, 
enemas e banhos refrescantes.
Medicina Grega e Romana: 500ac até
500dc. 
Teoria Humoral:
 Excesso de Fleuma: contribuía para uma personalidade 
fleumática (triste e lenta).Propensa a dores de cabeça, 
resfriados e acidentes vasculares cerebrais. O tratamento 
consistia em banhos quentes, diuréticos e ervas que 
induzissem a náusea.
 Excesso de bile negra: contribuía para uma personalidade 
melancólica e sombria. Era acometida por úlceras e 
hepatite. O tratamento era realizado por uma dieta especial, 
banhos quentes, eméticos e queima de tecido corporal com 
um ferro quente (cauterização)..
Medicina não ocidental 
Medicina chinesa tradicional: 
 Fundamentada no princípio de que a harmonia interna é 
essencial para a boa saúde. Qi (chi) é esta energia vital 
que circula entre os chamados meridianos do corpo. O Qi
oscila com as mudanças no bem-estar físico e emocional 
de cada pessoa.
Capacidade do Qi de manifestar-se de várias formas 
dependendo de sua tendência para Yin ou Yang.
 Baseia-se na acupuntura, terapia com ervas, meditação, 
treinamentos físicos, alimentação baseada na teoria dos 
cinco elementos, entre outros.
Medicina não ocidental 
Medicina chinesa tradicional: 
 Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.
Relação com doenças: tendência ao emagrecimento, 
inflamação, febre, insônia, ansiedade.
 Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio, o silêncio, o 
fim.
Relação com doenças: tendência à obesidade, sonolência, 
hipotermia, timidez, depressão, coma.
Imagem1: Símbolo que representa as energias Yin e Yang.
Imagem2: O chi circula através dos meridianos em ritmo estabelecido pela 
transformação em Yin e Yang sucessivamente.
Medicina não ocidental 
Medicina tradicional Indiana:
 Ayurveda originada na Índia em torno do séc VI ac, 
coincidindo aproximadamente com a vida de Buda.
 Ayur: longetividade Veda: conhecimento. 
 Fundamentada na crença de que o corpo humano 
representa um universo inteiro em microssomo e que a 
chave para a saúde é manter o equilíbrio entre o universo 
microscósmico e macrocósmico.
Medicina não ocidental 
Medicina tradicional Indiana:
Cinco elementos que compõem o universo: éter, ar, fogo, 
água e terra.
O corpo humano também seria formado por buddhi
(discernimento), ahamkara (ego) e manas (mente).
Quando algum dos 5 elementos está em desequilíbrio no 
organismo inicia-se o processo de doença.
Tratamentos: alimentação adequada, fitoterapia, yoga e 
massagens.
Medicina não ocidental 
A idade média e a Renascença: de 
500 dc até 1450 dc. 
Idade Média: 
 Retorno às explicações sobrenaturais para a saúde e 
doença. Influência da Igreja m todas as áreas da vida.
 Pelos homens e animais possuírem alma e livre-arbítrio, 
não estavam sujeitos às leis da natureza. Proibição da 
dissecação e análise.
 Doença era vista como punição de Deus por algum 
mal realizado. Doenças epidêmicas como surtos de 
peste (doença bacteriana conduzida por ratos e outros 
roedores) eram vistas como sinal da ira de Deus.
A idade média e a Renascença: de 
500 dc até 1450 dc. 
Idade Média: 
 A Igreja passa a controlar as práticas da medicina e o 
“tratamento” frequentemente envolvia tentativas de 
expulsar espíritos do corpo das pessoas doentes.Exemplo:
Peste bubônica. 
Causa: Ira de Deus. Indivíduo pecador.
Tratamento: Confissões e rezas com o intuito de conseguir 
o perdão de Deus.
A idade média e a Renascença: de 
500 dc até 1550 dc. 
Renascença: 
 Surgimento da investigação científica. Revitalização do 
estudo da anatomia e da prática médica.
 Andreas Vesalius anatomista e artista. Estudo a partir da 
dissecação humana composto por sete volumes dos 
órgãos internos, musculatura e sistema esquelético do 
corpo humano.
 Refutação das teorias de Hipócrates e Galeno.
A idade média e a Renascença: de 
500 dc até 1550 dc. 
Renascença: 
 Influência do filósofo e matemático René Descartes que 
introduziu o conceito do corpo humano como uma 
máquina. 
 Descreveu todos os reflexos básicos do corpo.
 Acreditava que a doença ocorria quando a máquina 
estragava e o dever do médico era consertar a 
máquina.
A idade média e a Renascença: de 
500 dc até 1550 dc. 
Renascença: 
 Dualismo cartesiano: natureza mental e natureza física 
do ser humano como separadas. Rejeitava a ideia de 
que a mente influenciava o corpo e vice-versa.
O estudo da mente era deixado para a filosofia e a 
religião (não-científico), enquanto o estudo do corpo 
era reservado à medicina (científico).
O Racionalismo da pós Renascença 
de 1550 dc. Até 1850 dc. 
Concentração em causas biológicas da doença.
Giovanni Morgagni publicou o primeiro livro de 
anatomia médica com base em centenas de autópsias 
humanas.
 Defendeu a Teoria Anatômica de que as causas de 
muitas doenças residiam em problemas nos órgãos 
internos e nos sistemas muscular e esquelético do corpo. 
O Racionalismo da pós Renascença 
de 1550 dc. Até 1850 dc. 
 Uso clínico da termometria (mensuração da 
temperatura).
 Invenção do microscópio prático por Leeuwenhoek. 
Possibilitou a observação das células sanguíneas e a 
estrutura básica dos músculos. 
O Racionalismo da pós Renascença 
de 1550 dc. Até 1850 dc. 
 Robert Hooke, cientista inglês contemporâneo de 
Leeuwenhoek, observou cavidades pequenas 
separadas por paredes nos tecidos das plantas.
 Hooke deu o nome para tais cavidades de células e 
suas observações tornaram-se fundamento da teoria 
celular.
Imagem: Robert Hooke, primeiro pesquisador a apresentar o conceito de célula.
Século XIX
 Rudolf Virchow: Teoria celular da doença
- A doença é resultado de anormalidades nas células do 
corpo.
 Louis Pasteur: Contribuições para a ciência.
- Isolou a bactéria responsável pelo bicho-da-seda que 
ameaçava a indústria de seda na França.
- Após demonstrar que um microrganismo causava a 
raiva, desenvolveu uma vacina contra ela.
- Desenvolveu experimentos que demonstravam que a 
vida só poderia existir a partir da vida já existente, 
conflitando com a geração espontânea.
Experimento Pasteur: 
Dois frascos com líquido semelhante à mingau. Fervura para 
matar possíveis organismos presentes. Um dos frascos 
permitia a entrada de ar (e os microorganismos presentes 
nele) e o outro não permitia. Apenas no frasco que permitia 
a entrada de ar houve a proliferação de microorganismos.
Séc XIX
 Pasteur abriu caminho para procedimentos cirúrgicos 
assépticos (livres de germes).
 Desenvolvimento da Teoria dos Germes: a doença é 
causada por bactérias, vírus e outros microrganismos 
que invadem as células e fazem com que elas 
funcionem de modo impróprio.
Séc XIX
William Morton: dentista norte-americano que introduziu 
o gás éter como anestésico. Possibilitou a execução de 
diversas operações em pacientes.
Wilhelm Roetgen: descobriu o raio X, possibilitando que 
os médicos observassem os órgãos internos de forma 
direta.
Exercício D
Coloque os dados a seguir em ordem cronológica na linha do tempo em 
relação à evolução das concepções de saúde ao longo da história e 
acrescente dados.
1. Teoria Celular da doença (o que é; quem a introduziu)
2. Proibição da dissecação e análise (qual o motivo da proibição)
3. Invenção do microscópio prático (quem inventou; que avanços isto 
possibilitou)
4. Rene Descartes (como entendia a doença)
5. Trepanação (quem utilizava; por qual motivo)
6. Teoria dos germes (possibilitada por quais estudos; o que é)
7. Teoria Humoral (quem a desenvolveu; qual era sua principal premissa)
8. Cloaca Máxima (que povo a fez; qual foi sua contribuição na saúde)
Gabarito
1. Teoria Celular da doença (Virchow; teoria segundo a qual a 
doença é resultado de anormalidades nas células do corpo)
2. Proibição da dissecação e análise (Foi proibida na Idade 
Média. Acreditava-se que os animais e homens possuíam alma 
e livre-arbítrio e não eram sujeitos às leis da natureza)
3. Invenção do microscópio prático (Leeuwenhoek; foi possível 
observar células e a estrutura básica dos músculos)
4. Rene Descartes (entendia o corpo humano como uma 
máquina e diferenciava mente e corpo)
5. Trepanação (utilizada por xamãs; furos cranianos feitos para 
expulsar demônios que produziam doenças)
Gabarito
6. Teoria dos germes (possibilitada pelos estudos de Pasteur; teoria 
segundo a qual a doença é causada por vírus, bactérias e outros 
microrganismos que invadem as células do corpo)
7. Teoria Humoral (Hipócrates; a doença era produto do 
desequilíbrio entre quatro fluídos corporais chamados de 
Humores)
8. Cloaca Máxima (Romanos; trouxe água pura e condições de 
saneamento básico para a população)
5
Medicina pré-
histórica
7 e 8
Medicina Grega 
e Romana
2 
Idade Média
4
Renascença
1 e 3 
Racionalismo e 
Séc XIX
6
Séc XIX
Unidade II
O Século XX e o início de uma nova era
Tendências que moldaram a Psicologia da Saúde
O Séc XX e o início de uma nova era
Contínuos avanços na medicina, apoiada nas 
construções do conhecimento científico do século XIX.
 Foco na fisiologia e na anatomia: doença tem causas 
estritamente biológicas. 
 Ignora a influência de aspectos sociais e psicológicos 
na relação saúde e doença. 
O Modelo Biomédico
Motivado pela teoria celular e pela teoria dos germes, 
tornou-se aceito a partir do séc XIX e compreende a 
visão dominante da medicina atualmente.
 Possui três características distintas:
1. A doença é resultado de um patógeno (vírus, bactéria 
ou algum outro microrganismo que causa a doença). 
Reducionismo (não eram considerados outros fatores).
2. Dualismo mente-corpo, doutrina cartesiana. 
3. Saúde como ausência de doenças.
O Modelo Biomédico
Medicina Psicossomática
O modelo biomédico mostrou-se incapaz de explicar 
transtornos que não apresentavam causa física 
observável, como aquelas descobertas por Sigmund 
Freud (1856-1939), que inicialmente obteve formação 
como médico.
 As pacientes de Freud exibiam sintomas como perda 
da fala, surdez e até paralisia.
Conflitos emocionais inconscientes “convertidos” em 
forma física: transtornos de conversão.
Medicina Psicossomática
O modelo psicossomático foi um movimento reformista 
dentro da medicina, denominado em decorrência das 
raízes psico, que significa mente, e soma que significa 
corpo.
Medicina psicossomática diz respeito ao diagnóstico e 
ao tratamento de doenças físicas supostamente causas 
por processos deficientes na mente.
Medicina Psicossomática
Fraquezas do modelo psicossomático:
- Categorização arbitrárias de algumas doenças como 
sendo totalmente físicas e outras completamente 
psicológicas.
- Metodologia de estudo de caso. Método pouco 
confiável, pois o que ocorre com um indivíduo pode ser 
atípico e enganoso como base para uma teoria geral.
- Reducionismo: um único problema psicológico seriasuficiente para desencadear uma doença.
A Medicina Comportamental
 Atualmente, sabe-se sabemos que doença, assim como a 
boa saúde, baseiam-se na interação combinada de 
fatores múltiplos, incluindo a hereditariedade, o ambiente 
e a formação psicológica individual.
 Entre eles, estão fatores do hospedeiro (como 
vulnerabilidade ou resiliência genética), fatores 
ambientais (como exposição a poluentes químicos 
perigosos), fatores comportamentais (como dieta, 
exercícios, hábito de fumar) e fatores psicológicos (como 
otimismo e “tenacidade” geral). 
A Medicina Comportamental
 Primeira metade do século XX: Behaviorismo.
 John Waston (1878-1958) e B. F. Skinner (1904-1990).
 Psicologia como estudo científico do comportamento 
humano. Comportamento definido como respostas do 
organismo observáveis ou não.
 Aprendizagem: condicionamento clássico e 
condicionamento operante.
A Medicina Comportamental
Condicionamento clássico: associação de dois estímulos 
ambientais.
- Um estímulo X elicia uma resposta Y naturalmente.
- O estímulo A não elicia a resposta Y. 
- O estímulo X é apresentado junto com o estímulo A 
quando elicia a resposta Y naturalmente.
- O estímulo A sozinho passa a eliciar a resposta Y.
S R
A Medicina Comportamental
Condicionamento operante: Um comportamento é 
fortalecido quando produz uma consequência desejável 
(reforço) e enfraquece quando produz uma consequência 
indesejável (punição).
R C
Resposta Consequência
Filho faz bagunça no 
quarto.
Pai briga com ele. Consequência indesejável (punição). 
Enfraquece o comportamento de 
fazer bagunça. 
Alunos estudam para a 
prova.
Tiram nota boa e 
ganham elogios da 
professora.
Consequência desejável (reforço).
Fortalece o comportamento de 
estudar.
Alunos conversam durante 
a aula.
Professora chama a 
atenção.
Consequência indesejável (punição). 
Enfraquece o comportamento de 
conversar durante a aula.
A Medicina Comportamental
 Neal Miller (1909) utilizou técnicas de condicionamento 
operante para ensinar cobaias (e, posteriormente 
pessoas) a adquirirem controle sobre certas funções 
corporais. Por exemplo, ensinou pessoas a controlar sua 
pressão sanguínea e frequência cardíaca. 
Biofeedback.
 Natureza interdisciplinar da medicina comportamental: 
antropologia, psicologia, biologia molecular, genética, 
bioquímica, etc.
O surgimento da psicologia da Saúde
 Em 1973 a American Phychological Association (APA) 
indicou uma força tarefa para explorar o papel da 
psicologia no campo da saúde. Formularam-se quatro 
objetivos deste novo campo:
1. Estudar de forma científica as causas e origens de 
determinadas doenças.
2. Promover a saúde.
3. Prevenir e tratar doenças.
4. Promover políticas de saúde pública e aprimoramento 
do sistema de saúde pública.
Tendências que moldaram a 
Psicologia da Saúde
Quatro tendências principais em saúde pública, 
psicologia e medicina contribuíram para moldar a 
Psicologia da Saúde.
 1ª Tendência: Aumento na expectativa de vida
- Há menos de 100 anos a expectativa de vida era de 
pouco mais de 50 anos nos EUA. Em 1999, a expectativa 
de vida passou para 79,7 para as mulheres e 73,8 para 
os homens.
Expectativa de vida: número de anos que é provável que 
um bebê recém nascido viva.
Tendências que moldaram a 
Psicologia da Saúde
 2ª Tendência: Surgimento de transtornos relacionados com o 
estilo de vida
- Durante os séculos XVII, XVIII e XIX as pessoas morriam 
principalmente por falta de água potável, alimentos 
contaminados e infecções contraídas pelo contato com 
pessoas doentes. Com as melhoras em higiene pessoal, 
nutrição e saúde pública ocorreu um grande declínio neste 
índice.
- Atualmente as principais causas de morte em países 
desenvolvidos são o câncer , o AVC e doenças cardíacas 
que estão relacionadas com o estilo de vida.
- Ex.: Relação com o hábito de fumar e doenças cardíacas, 
câncer de pulmão e de garganta.
Tendências que moldaram a 
Psicologia da Saúde
 3ª Tendência: Necessidade de ir além do modelo biomédico
- Dificuldade encontrada pela biomedicina para prever novos 
casos de doenças cardíacas levou os pesquisadores a 
descobrir que fatores psicológicos (por ex. a maneira de 
reagir ao estresse) combinam com fatores de risco físicos 
para determinar o risco à saúde do indivíduo.
- Explicar por que uma forma de tratamento pode curar uma 
doença em determinada pessoa e não em outra. Influencia 
de fatores psicológicos e sociais.
- Efeito placebo: o poder da crença de uma pessoa na 
eficácia de um tratamento pode influenciar sua intervenção.
Tendências que moldaram a 
Psicologia da Saúde
 4ª Tendência: Aumento dos custos do atendimento em saúde
- Rápido aumento dos custos dos serviços de saúde.
- 1980 custo anual com serviços de saúde nos EUA foi de 156 
bilhões de dólares (1000 por pessoa). Atualmente estes custos 
somam 1,5 trilhão de dólares (3900 dólares por pessoa).
- Necessidade de focar a atenção na eficácia do custo para 
promover e manter a saúde. 
- Ênfase na psicologia da Saúde em modificar 
comportamentos de risco das pessoas, antes que eles 
causem doenças, tem o potencial de reduzir os custos com a 
saúde de forma expressiva.
Causa da Morte Número
anual
Tratamento Custo por 
paciente U$
Fatores comportamentais
Doença cardíaca 500.000 Cirurgia de ponte de 
safena
30.000 Fumar, sedentarismo, dieta 
deficiente
Câncer 510.000 Radioterapia e 
quimioterapia
29.000 Fumar, sedentarismo, dieta 
deficiente
AVC 150.000 Reabilitação 22.000 Fumar, sedentarismo, dieta 
deficiente
Lesões 142.500 Tratamento e 
reabilitação
570.000 Consumo de álcool, falta do 
cinto de segurança
Infecção com HIV 1,5milhão Farmacologia 75.000 Atividade sexual de risco, uso
de agulhas contaminadas
Mortes evitáveis e custos associados

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