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Antinflamatórios hormonais corticosteróides

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Antinflamatórios hormonais: corticosteróides 
São os antinflamatórios esteroidais, quando a administração for feita em longo prazo há um estímulo para parar a produção endógena, quando for retirar o medicamento deve ser feito de forma gradativa para que o corpo inicie novamente a produção. Não atua em causa de base, na causa primária, somente reduz a inflamação, deve ser associado a outro medicamento para tratar o que está causando a inflamação.
 Os corticoides são produzidos no córtex das adrenais, na zona fasciculadas, a partir de moléculas de colesterol. A secreção é controlada por feedback, e pode ser estimulada por vários fatores, o hipotálamo ao receber estímulos como temperatura, estresse, exercícios, dor, distúrbios metabólicos, libera ACTH para a produção de cortisol. O cortisol não é armazenado, ele é sintetizado de forma cíclica, pelo ciclo circadiano, pela manhã ele é produzido, e sendo utilizado durante o dia. Gatos têm a inversão deste ciclo circadiano, com a liberação de cortisol a noite. O cortisol tem efeitos metabólicos importantes, tem efeito negativo sobre macrófagos, cargas exageradas deixam o indivíduo imunossuprimido. Farmacologicamente a hidrocortisona é muito parecida com o cortisol, corticoides sintéticos tem como objetivo de atividade anti-inflamatória e imunossupressora (maior dose), apresentam ação em receptores nucleares, eles atravessam a membrana celular, se ligam a receptores protéicos nucleares e exercem a sua função, em gatos há menos receptores desta forma a dose deve ser ajustada.
 Para a ação anti-inflamatória os corticóides inibem a síntese da fosfolipase A2, estimulam a produção da lipomodulina-1 (que inibe a fosfolipase), ou bloqueiam a expressão gênica da COX2, de toda forma com a inibição da fosfolipase há inibição de toda a cascata de inflamação. Os não esteroidais já atuam na cascata de inflamação, na lipoxigenase ou ciclo-oxigenase (COX1 OU COX2). 
Ações fisiológicas e farmacológicas: em relação a células do sistema imune, o cortisol inibe a resposta do macrófago e faz a sensibilização dos linfócitos, fazendo uma imunossupressão humoral, inibe a proliferação de fibroblastos (retarda o processo de cicatrização), e bloqueia a resposta celular aos mediadores inflamatórios. Nas células em geral, o cortisol faz a estabilização das membranas o que impede a entrada de toxinas e substâncias indesejáveis. No metabolismo de carboidratos há um aumento da gliconeogênese e diminui a utilização periférica da glicose, aumentando a reserva de glicogênio. No de proteínas aumenta o catabolismo e inibe o anabolismo, levando a pausa no crescimento, retarda processos cicatriciais e inibe produção de anticorpos. Em relação a lipídios há um aumento do catabolismo de lipídios, e reduz as reservas, reserva mais em órgão, como fígado. Com relação ao metabolismo de água e eletrólitos pode haver retenção de sódio e eliminação de potássio. No sistema hematopoiético há uma depressão generalizada do sistema imunológico, aumenta neutrófilos e plaquetas, porém não há a resposta humoral para que a celular seja ativada. No sistema reprodutor no início da gestação podem ser teratogênicos, e no final da gestação podem induzir o parto. Farmacocinética: podem ser administrados por via oral pois todos antinflamatórios apresentam uma boa absorção quando administrados desta forma, parenteralmente pode ser IV, IM, intra-articular, subconjuntival. Na pele quando o uso é prolongado ou em grande extensão pode haver efeitos sistêmicos. 
Biotransformação e excreção: 70% é metabolizado no fígado, e o restante são extra-hepáticos, provavelmente no rim, a eliminação é feita quase que exclusivamente pela urina.
 Classificação e apresentações comerciais: as variedades se diferenciam em relação pela meia-vida plasmática e potência, ligação reduzida de ligação a proteínas plasmáticas, menor velocidade de excreção e maior afinidade com receptores. 
São classificados pela meia-vida plasmática:
 • Curta-ação: menor que 12h
 • Ação intermediárias: 12h a 26h
 • Longa ação: maior que 36h
 Colírios com antiinflamatório esteroidal deve-se ter o cuidado do animal não apresentar uma úlcera na córnea pois haverá menor cicatrização e facilitará para úlcera aumentar.

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