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Aula 07 Questões Comentadas Direito Previdenciário (Prof. Ivan Kertzman) p/ INSS - Técnico de Seg Soc - 2016 Professor: Ivan Kertzman Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 35 AULA 07: REFORMAS PREVIDENCIÁRIAS SUMÁRIO PÁGINA 1. Lista de Questões 1 2. Gabarito 08 3. Questões Comentadas 09 1. LISTA DE QUESTÕES DA AULA Nesta aula, elaborei questões sobre as Reformas Previdenciárias ocorridas no ano de 2015, abrangendo a Lei 13.135, de 17/06/2015, a Lei 13.183, de 04/11/2015 e a Lei Complementar 150, de 01/06/2015 e outras alterações ocorridas no tumultuado ano de 2015. Questão 1 Joana, empregada doméstica, recebe remuneração no valor de um salário mínimo mensal. Ela tem 3 filhos de 7, 9 e 12 anos. Neste caso, ela terá direito a receber 3 cotas de salário-família mensal, pagos diretamente pela previdência social. Questão 2 A montadora de veículos Carro Forte aderiu ao programa de proteção do emprego com a finalidade de evitar a despedida em massa por conta da forte crise econômica que abalou o setor automotivo. Assim, reduziu a jornada de trabalho dos empregados, reduzindo também o valor de seus salários. Por conta da adesão ao programa, o Governo Federal pagará uma compensação financeira aos empregados. A montadora Carro Forte deve pagar contribuição previdenciária sobre o valor desta compensação paga pelo Governo. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 35 Questão 3 Caio, pescador, exerce a sua atividade em uma embarcação de arqueação bruta de 15. Neste caso, caio será enquadrado como segurado especial do Regime Geral de Previdência Social. Questão 4 Cláudio, segurado empregado do RGPS desde 1990, era casado há apenas 6 meses com Tereza, de 36 anos de idade. Cláudio faleceu em decorrência de doença que já era portador desde antes do casamento. Nesta situação, Tereza não terá direito a pensão por morte. Questão 5 Arthur, 30 anos, empregado de uma operadora de telefonia há três anos, conheceu Maria, 28 anos, em uma festa de Halloween, em que os dois se apaixonaram perdidamente. Um mês após o primeiro encontro, Arthur e Maria se casaram e comemoraram com uma linda festa em Praia do Forte. Seis meses depois do casamento, se separaram ficando acordado que Arthur pagaria pensão alimentícia no valor de R$ 1.500,00 para Maria. Dois meses depois da separação, Arthur faleceu em virtude de um infarto fulminante. Nesta situação, Maria terá direito a pensão por morte por 10 anos. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 35 Questão 6 Lúcio se casou com Kátia quando os dois tinham 26 anos. Ambos trabalhavam na mesma empresa. Depois de 20 anos de casados, ainda trabalhando na mesma empresa, Kátia faleceu. Neste caso Lúcio terá direito à pensão por morte vitalícia. Questão 7 Carla perdeu seu marido Pedro em um trágico acidente. Somente 50 dias após o óbito ela requereu a pensão por morte. Nesta situação, a pensão será devida a partir da data do requerimento, haja vista que foi ultrapassado o prazo de 30 dias para o requerimento que lhe daria direito ao benefício retroativo desde a data do óbito. Questão 8 &OiXGLR��JDUoRP��QR�SULPHLUR�HPSUHJR�Ki�DSHQDV���DQR�GR�EDU�³6y�0DLV� 8PD´��ORFDOL]DGR�QD�&DSLWDO�)HGHUDO��IRL�GHVSHGLGR�SRU�FRQWD�GD�FULVH�TXH� assola R�%UDVLO��5HYROWDGR��GHFLGLX�³DFHUWDU�DV�FRQWDV´�FRP�D�FXOSDGD�GH� sua demissão e se dirigiu a um evento público onde a presidente iria fazer um discurso. Revoltado, atirou uma pedra na cabeça da Chefe de Estado, a ferindo gravemente. Cláudio foi preso imediatamente em flagrante. Sua filha, Patrícia, de apenas 5 anos requereu o auxílio-reclusão. Neste caso, Patrícia terá direito ao benefício por apenas 4 meses ou até durar a prisão, pois seu pai não tinha completado as 18 contribuições necessárias para o escalonamento do benefício. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 35 Questão 9 Mariana matou o seu marido Juarez, segurado do RGPS, após encontrá-lo na cama com outra mulher, tendo sido condenada pelo júri a 15 anos de reclusão em regime fechado, por homicídio doloso. Mariana recorreu da decisão e aguarda julgamento do tribunal. Nesta situação, a pensão por morte que lhe foi concedida deve ser mantida, não sendo afetada pela citada decisão. Questão 10 José, segurado especial, se associou a cooperativa de crédito rural para viabilizar o financiamento de sua produção rural. Nesta situação, José ficará excluído da condição de segurado especial, pois somente lhe é permitida a vinculação à cooperativa de crédito agropecuária. Questão 11 Diego, 30 anos, e Leo 20 anos, são irmãos órfãos e moram juntos, cabendo a Diego o sustento do irmão, vez que trabalha como gerente de uma loja de venda de sapatos. Diego não é casado e nem tem filhos. Já Leo se casou há um ano com Júlia, que também não trabalha. Caso Diego faleça o seu irmão terá direito ao benefício de pensão por morte. Questão 12 Maria, empregada doméstica, perdeu um braço devido ao agravamento de um corte que sofreu enquanto preparava um churrasco, em momento de lazer no final de semana, precisando gozar auxílio-doença por 4 meses. Na situação relatada, Maria não terá direito ao auxílio-acidente após a cessação do auxílio-doença acidentário. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 35 Questão 13 Mário caseiro da casa de veraneio de Marcos Antônio sofreu acidente ao cortar a grama do jardim, ficando afastado de suas atividades por apenas 15 dias. Na situação narrada, Marcos Antônio está obrigado a emitir a Comunicação de Acidente do Trabalho ± CAT, até um dia útil após o acidente. Questão 14 Joana, empregada doméstica sofreu acidente do trabalho tendo se afastado de suas atividades por 90 dias. Ela gozará de estabilidade no emprego por 12 meses após a cessação do auxílio-doença acidentário. Questão 15 Para os empregados domésticos a carência deve contar a partir do recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores. Questão 16 Taís trabalhava em uma fábrica de bonecas recebem R$ 2.000,00 reais por mês como última remuneração antes do afastamento por motivo de doença. O INSS calculou o seu salário de benefício em R$ 2.500,00, aplicando a renda mensal de 91%, resultando no valor do auxílio-doença de R$ 2.275,00. Na situação narrada o benefício concedido a Taís não poderá ser superior a R$ 2.000,00. Direito Previdenciário para o Concursode Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 35 Questão 17 Carlos Augusto, 30 anos de contribuição e 65 anos de idade, não tem direito a aposentadoria sem a utilização do fator previdenciário, por não cumpriu os requisitos da fórmula 95, vez que não trabalha como professor. Questão 18 Sophia completará 30 anos de contribuição no ano de 2020 quando terá 57 anos de contribuição. Nesta situação, Sophia poderá se aposentar por tempo de contribuição, sem a incidência do fator previdenciário. Questão 19 Goreth trabalhou durante os últimos 20 anos como professora do ensino fundamental. Anteriormente, já havia trabalhado 6 anos em uma loja de confecções. Ela possui hoje 55 anos de idade, já podendo se aposentar or tempo de contribuição sem a incidência do fator previdenciário, vez que pode converter os 6 anos que trabalhou em atividade comum em 5 anos de atividade de professora, totalizando 25 anos de docência. Questão 20 Sandra, empregada doméstica, trabalhou durante 3 anos na casa de Anabela. Durante este período Anabela não reteve e nem repassou as contribuições previdenciárias de Sandra. Nesta situação, este período não contará no cálculo de futuros salários de benefício, pois não houve contribuição sequer do empregado doméstico. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 35 Questão 21 Diferentemente do empregado que exigi a não eventualidade para caracterização da relação de emprego, para caracterização do segurado como empregado doméstico é necessário que ele atende ao requisito da continuidade. Apesar de a lei até hoje não ter definido o conceito de continuidade, a jurisprudência já firmou posicionamento de que contínuo é o trabalho exercido a partir de três dias por semana. Questão 22 Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde. Questão 23 Mike, americano, veio passar o carnaval em Salvador, ficando hospedado na casa de sua amiga de infância Patrícia. Impressionado com a receptividade que teve durante a festa resolveu não mais retornar aos Estados Unidos, fixando residência em Salvador. Apenas, com o objetivo de conseguir um visto de permanência no Brasil, se casou com Patrícia, que resolveu ajudar o amigo a viabilizar o seu desejo de permanência. Depois de 3 anos casados formalmente, Patrícia, que era empregada de uma multinacional americana com filial no Brasil, falece. Mike receberá pensão por morte, não existindo qualquer previsão na legislação de procedimento para exclusão da pensão nesta situação. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 35 Questão 24 Genebaldo, aposentado do INSS, estava com dívida com o seu cartão de crédito. Para quitar esta onerosa dívida contratou um empréstimo consignado, autorizando o desconto das parcelas do valor de seu benefício previdenciário. Nesta situação, o valor máximo que do desconto efetuado corresponde a 35%, do valor do benefício. Questão 25 Rodrigo, inválido, 38 anos de idade, é casado há 10 anos com Karina, gerente de marketing de um grande shopping, há mais de 5 anos. Karina faleceu deixando a pensão por morte para Rodrigo, que 7 anos depois da data de início do benefício, recuperou a capacidade para o trabalho. Neste caso, Rodrigo receberá o benefício por mais 8 anos após a recuperação da capacidade para o trabalho. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 35 2. GABARITO 1) E 2) C 3) C 4) E 5) E 6) C 7) E 8) E 9) C 10) E 11) E 12) E 13) C 14) E 15) E 16) E 17) E 18) C 19) E 20) E 21) E 22) C 23) E 24) C 25) C Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 35 3. QUESTÕES COMENTADAS Questão 1 Joana, empregada doméstica, recebe remuneração no valor de um salário mínimo mensal. Ela tem 3 filhos de 7, 9 e 12 anos. Neste caso, ela terá direito a receber 3 cotas de salário-família mensal, pagos diretamente pela previdência social. Questão errada Joana realmente tem direito a 3 cotas mensais de salário família, pois os empregados domésticos passaram a ter direito ao salário-família desde a regulamentação da Lei Complementar 150/2015, a partir de 01/10/2015. Ocorre que, neste caso o benefício deve ser pago pelo empregador doméstico que deve se compensar dos valores a pagar da guia do Simples Doméstico. Vejamos o que dispõe o artigo 68, da Lei 8.213/91: Art. 68. As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições, conforme dispuser o Regulamento. § 1o A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 anos os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalização da Previdência Social. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 35 Desta forma, a questão está errada por afirmar que o salário-família de Joana deve ser pago pela previdência social. Questão 2 A montadora de veículos Carro Forte aderiu ao programa de proteção do emprego com a finalidade de evitar a despedida em massa por conta da forte crise econômica que abalou o setor automotivo. Assim, reduziu a jornada de trabalho dos empregados, reduzindo também o valor de seus salários. Por conta da adesão ao programa, o Governo Federal pagará uma compensação financeira aos empregados. A montadora Carro Forte deve pagar contribuição previdenciária sobre o valor desta compensação paga pelo Governo. Questão certa Em 07/07/2015 foi publicada a MP 680, que criou o Programa de Proteção do Emprego ± PPE. Este programa foi formatado para tentar evitar demissões durante a crise econômica que o Brasil está passando. As empresas que aderirem ao PPE poderão reduzir, temporariamente, em até 30%, a jornada de trabalho de seus empregados, com a redução proporcional do salário. Para que esta redução sejaefetuada, é necessária à celebração de acordo coletivo de trabalho específico com o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade econômica preponderante, conforme disposto em ato do Poder Executivo. A redução temporária da jornada de trabalho deverá abranger todos os empregados da empresa ou, no mínimo, os empregados de um setor específico, podendo ter duração de até seis meses, prorrogáveis até doze meses. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 35 Os empregados que tiverem seu salário reduzido farão jus a uma compensação pecuniária equivalente a 50% do valor da redução salarial e limitada a 65% (sessenta e cinco por cento) do valor máximo da parcela do seguro-desemprego, enquanto perdurar o período de redução temporária da jornada de trabalho. Esta compensação será paga pelo Governo Federal, sendo custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. O salário a ser pago com recursos próprios do empregador, após a redução salarial, não poderá ser inferior ao valor do salário mínimo. As empresas que aderirem ao PPE ficam proibidas de dispensar arbitrariamente ou sem justa causa os empregados que tiverem sua jornada de trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar a adesão ao PPE e, após o seu término, durante o prazo equivalente a um terço do período de adesão. Incide contribuição previdenciária sobre esta compensação financeira, assim, mesmo ela sendo paga pelo Governo, as empresas e os empregados serão obrigados a pagar contribuição sobre estes valores (art. 28, §8°, d, da Lei 8.212/91). Questão 3 Caio, pescador, exerce a sua atividade em uma embarcação de arqueação bruta de 15. Neste caso, caio será enquadrado como segurado especial do Regime Geral de Previdência Social. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 35 Questão certa O Decreto 8.424, de 31/03/2015 alterou a conceituação do pescador artesanal (art. 9°, § 14, do Decreto 3.048/99), passando a defini-lo como aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que: I - não utilize embarcação; ou II - utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009. De acordo com o artigo 8°, I, a, da citada Lei 11.959/2009, pesca FRPHUFLDO�DUWHVDQDO�p�D�³SUDWLFDGD�GLUHWDPHQWH�SRU�SHVFDGRU�SURILVVLRQDO�� de forma autônoma ou em regime de economia familiar, com meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado, podendo utilizar embarcações de pequeno poUWH´� O artigo 10, §1°, I, desta mesma Lei classifica as embarcações que operam na pesca comercial em: I ± de pequeno porte: quando possui arqueação bruta - AB igual ou menor que 20; II ± de médio porte: quando possui arqueação bruta - AB maior que 20 e menor que 100; III ± de grande porte: quando possui arqueação bruta - AB igual ou maior que 100. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 35 Desta forma, o pescador artesanal pode, atualmente, utilizar embarcação que possuir arqueação bruta de até 20. Caio, então, é segurado especial, vez que utiliza embarcação de arqueação de 15. Questão 4 Cláudio, segurado empregado do RGPS desde 1990, era casado há apenas 6 meses com Tereza, de 36 anos de idade. Cláudio faleceu em decorrência de doença que já era portador desde antes do casamento. Nesta situação, Tereza não terá direito a pensão por morte. Questão errada A Lei 13.135, de 17/06/2015 exigiu que para que o cônjuge, o companheiro ou a companheira faça jus à pensão por morte escalonada em função da idade, o casamento ou o início da união estável tenha ocorrido há, ao menos, dois anos da data do falecimento do instituidor do benefício, excetuando-se os casos em que o óbito do segurado tenha sido decorrente de acidente de qualquer natureza ou doença profissional ou do trabalho. Caso não conte com os 24 meses de união ou casamento, e o óbito não seja decorrente de acidente, a pensão por morte será concedida por um prazo de apenas quatro meses, conforme disposto no artigo 77, §2°, V, b, da Lei 8.213/91. Na situação narrada na questão, Tereza terá direito ao benefício durante 4 meses. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 35 Questão 5 Arthur, 30 anos, empregado de uma operadora de telefonia há três anos, conheceu Maria, 28 anos, em uma festa de Halloween, em que os dois se apaixonaram perdidamente. Um mês após o primeiro encontro, Arthur e Maria se casaram e comemoraram com uma linda festa em Praia do Forte. Seis meses depois do casamento, se separaram ficando acordado que Arthur pagaria pensão alimentícia no valor de R$ 1.500,00 para Maria. Dois meses depois da separação, Arthur faleceu em virtude de um infarto fulminante. Nesta situação, Maria terá direito a pensão por morte por 10 anos. Questão errada O ex-cônjuge ou ex-companheiro que recebe pensão alimentícia tem direito a pensão por morte vitalícia, independentemente de o segurado possuir 18 contribuições ou do tempo mínimo de união antes da separação. Isso porque o artigo 77, §2, V, somente previu o prazo de duração da pensão por morte para o cônjuge ou companheiro, não incluindo tal escalonamento para os ex que recebem pensão de alimentos. Questão 6 Lúcio se casou com Kátia quando os dois tinham 26 anos. Ambos trabalhavam na mesma empresa. Depois de 20 anos de casados, ainda trabalhando na mesma empresa, Kátia faleceu. Neste caso Lúcio terá direito à pensão por morte vitalícia. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 35 Questão certa Quando Kátia faleceu, Lúcio já tinha mais de 2 anos de união e Kátia já contava com mais de 18 contribuições. Considerando que Lúcio tinha 46 anos de idade na data do óbito de Kátia, ele tem direito à pensão por morte vitalícia, nos termos do art. 77, V, c, da Lei 8.213/91. Vejamos a tabela de escalonamento do prazo em função da idade do cônjuge ou companheiro: Idade do companheiro ou companheira Duração do benefício Menores que 21 anos 3 anos A partir de 21 anos até 26 anos 6 anos A partir de 27 anos até 29 anos 10 anos A partir de 30 anos até 40 anos 15 anos A partir de 41 anos até 43 anos 20 anos A partir de 44 anos Vitalícia A questão está certa. Questão 7 Carla perdeu seu marido Pedro em um trágico acidente. Somente 50 dias após o óbito ela requereu a pensão por morte. Nesta situação, a pensão será devida a partir da data do requerimento, haja vista que foi ultrapassado o prazo de 30 diaspara o requerimento que lhe daria direito ao benefício retroativo desde a data do óbito. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 35 Questão errada Antes da publicação da Lei 13.183, de 04/11/2015, a pensão por morte deveria ser requerida até 30 dias da data do óbito para retroagir o pagamento desde a data do falecimento. Esta lei, todavia, ampliou o prazo de requerimento com retroação para 90 dias. Desta forma a questão está errada, pois o benefício de Carla deve ser pago desde a data do óbito. Questão 8 Cláudio, garçom, no primeiro emprego há apenas 1 DQR�GR�EDU�³6y�0DLV� 8PD´��ORFDOL]DGR�QD�&DSLWDO�)HGHUDO��IRL�GHVSHGLGR�SRU�FRQWD�GD�FULVH�TXH� DVVROD�R�%UDVLO��5HYROWDGR��GHFLGLX�³DFHUWDU�DV�FRQWDV´�FRP�D�FXOSDGD�GH� sua demissão e se dirigiu a um evento público onde a presidente iria fazer um discurso. Revoltado, atirou uma pedra na cabeça da Chefe de Estado, a ferindo gravemente. Cláudio foi preso imediatamente em flagrante. Sua filha, Patrícia, de apenas 5 anos requereu o auxílio-reclusão. Neste caso, Patrícia terá direito ao benefício por apenas 4 meses ou até durar a prisão, pois seu pai não tinha completado as 18 contribuições necessárias para o escalonamento do benefício. Questão errada A regra do escalonamento e dos 4 meses de benefício é válida para pensão por morte ou para o auxílio-reclusão concedido aos cônjuges ou companheiros. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 35 Tal regra não se aplica aos filhos que devem receber o benefício, em regra, até completarem 21 anos, nos termos do artigo 77, §2°, II, da Lei 8.213/91. A questão está errada. Questão 9 Mariana matou o seu marido Juarez, segurado do RGPS, após encontrá-lo na cama com outra mulher, tendo sido condenada pelo júri a 15 anos de reclusão em regime fechado, por homicídio doloso. Mariana recorreu da decisão e aguarda julgamento do tribunal. Nesta situação, a pensão por morte que lhe foi concedida deve ser mantida, não sendo afetada pela citada decisão. Questão certa De acordo com o art. 74, §1°, da Lei 8.213/91, alterada pela Lei 13.135/2015, não terá direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado. Assim, o dependente que mata dolosamente o segurado, não fará jus à pensão por morte. No caso narrado, o processo ainda não transitou em julgado, então, o benefício deve ser mantido. A assertiva está correta. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 35 Questão 10 José, segurado especial, se associou a cooperativa de crédito rural para viabilizar o financiamento de sua produção rural. Nesta situação, José ficará excluído da condição de segurado especial, pois somente lhe é permitida a vinculação à cooperativa de crédito agropecuária. Questão errada A lei 13.183, de 04/11/2015 alterou o texto do artigo 11,§8°, V, da Lei 8.213/91, incluindo a permissão para o segurado especial se associar a cooperativa de crédito rural. Antes desta alteração somente era possível a associação em cooperativa agropecuária. Questão 11 Diego, 30 anos, e Leo 20 anos, são irmãos órfãos e moram juntos, cabendo a Diego o sustento do irmão, vez que trabalha como gerente de uma loja de venda de sapatos. Diego não é casado e nem tem filhos. Já Leo se casou há um ano com Júlia, que também não trabalha. Caso Diego faleça o seu irmão terá direito ao benefício de pensão por morte. Questão errada Após a publicação da Lei 13.135, de 17/06/2015, que alterou a redação do art. 16, III, da Lei 8.213/91, o irmão menor de 21 anos é considerado dependente dos pais, mesmo que seja emancipado antes desta idade. A emancipação pode ocorrer pelo casamento, pela concessão dos pais, pela existência de relação de emprego que garanta o próprio sustento ou pela colação de grau em curso superior de ensino, a partir dos 16 anos. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 35 Poucos dias após a publicação da Lei 13.135, os legisladores resolveram alterar novamente o texto do art. 16, da Lei 8.213/91, modificando a mais uma vez a definição do irmão, com a publicação do Estatuto da Pessoa com Deficiente (Lei 13.146/2015), publicado em 07/07/2015, que passará a viger após 180 dias da data de publicação, ou seja, a partir de 03/01/2016. Nesta nova norma, o irmão emancipado deixará novamente de ser enquadrado como dependente previdenciário. Brincadeira de mau gosto com os concurseiros! Assim, tecnicamente, o irmão menor que se emancipar até 02/01/2016 não perde a qualidade de dependente, mas se a emancipação ocorrer no período de vigência da nova norma, a partir de 03/01/2016, ele perderá a qualidade de dependente. É de matar qualquer estudante! Observem, no entanto, que o INSS publicou entendimento interno no sentido de que a Lei 13.146, que seria vigente somente a partir de 03/01/2006, deveria ter efeitos retroativos no que se refere ao irmão emancipado, lhe retirando o direito a ser considerado dependente previdenciário. Esta absurda interpretação foi publicada apenas em documento interno para os servidores da autarquia. Nesta instabilidade legislativa, não sabemos ao certo como as questões de concurso público cobrarão este tema até 03/01/2015, mas após esta data, não há dúvida que a emancipação do irmão faz com que ele perca a qualidade de dependente. Acreditamos que qualquer questão sobre este assunto pode ser alvo de anulação, então, não seria prudente para qualquer banca examinadora incluí-lo nas provas. Em uma interpretação do texto legal, conforme explicitado, a questão estaria correta até 03/01/2016, pois até esta data a emancipação do irmão não faz com que este perca a qualidade de dependente, nos termos do artigo 16, com redação dada pela Lei 13.135/2015. Nesta Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 35 interpretação, que acreditamos ser a tecnicamente mais correta, a questão estaria certa. O INSS, sem um fundamento convincente, todavia, orientou em sentido diverso, entendendo que a Lei 13.146 teria efeitos retroativos para excluir o irmão emancipado do rol de dependentes. Nesta interpretação a questão estaria errada. O gabarito seguiu a interpretação do INSS sobre o tema, apesar de acreditar que esta questão deveria ser anulada. Para editais publicados a partir de 03/01/2015, no entanto, a polêmica deixará de existir, pois não haverá dúvida de que a partir desta data o irmão emancipado deixará de ser considerado dependente previdenciário. Questão 12 Maria, empregada doméstica, perdeuum braço devido ao agravamento de um corte que sofreu enquanto preparava um churrasco, em momento de lazer no final de semana, precisando gozar auxílio-doença por 4 meses. Na situação relatada, Maria não terá direito ao auxílio-acidente após a cessação do auxílio-doença acidentário. Questão errada O auxílio-acidente é o benefício concedido, como forma de indenização, ao segurado empregado, o empregado doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva, conforme as situações discriminadas no Anexo III do Decreto 3.048/99, que implique: Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 35 a) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam; b) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam a época do acidente; c) impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam a época do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social. Os empregados domésticos passaram a fazer jus ao auxílio-acidente após a regulamentação da EC 72/2013, com a publicação da Lei Complementar 150, de 01/06/2015, que estendeu este benefício aos trabalhadores domésticos. Como Maria é empregada doméstica e sofreu acidente que resultou em sequela, ela terá direito ao auxílio-acidente após a cessação do auxílio- doença. Questão 13 Mário caseiro da casa de veraneio de Marcos Antônio sofreu acidente ao cortar a grama do jardim, ficando afastado de suas atividades por apenas 15 dias. Na situação narrada, Marcos Antônio está obrigado a emitir a Comunicação de Acidente do Trabalho ± CAT, até um dia útil após o acidente. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 35 Questão certa Os empregados domésticos passaram a ter direito aos benefícios acidentários a partir da vigência da LC 150, de 01/06/2015. Desta forma, a empresa ou empregador doméstico deverão comunicar à Previdência Social os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados e avulsos, até o primeiro dia útil posterior à ocorrência, e, em caso de morte, de imediato, nos termos do artigo 22, da Lei 8.213/91. A questão está certa. Questão 14 Joana, empregada doméstica sofreu acidente do trabalho tendo se afastado de suas atividades por 90 dias. Ela gozará de estabilidade no emprego por 12 meses após a cessação do auxílio-doença acidentário. Questão errada Vejamos o que dispõe o artigo 118, da Lei 8.213/91: Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Observem que tal garantia não é estendida ao empregado doméstico, pois este não trabalha para empresa. A questão está errada por afirmar que Joana gozará de estabilidade. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 35 Questão 15 Para os empregados domésticos a carência deve contar a partir do recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores. Questão errada Desde a publicação da Lei Complementar 150, de 01/06/2015, as contribuições dos empregados domésticos gozam de presunção de recolhimento, tal como já ocorria com o empregado. Assim, a carência é contada desde a filiação ao RGPS. Vejamos a atual redação do artigo 27, da Lei 8.213/91: Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições: I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos; II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13. A questão está errada. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 35 Questão 16 Taís trabalhava em uma fábrica de bonecas recebem R$ 2.000,00 reais por mês como última remuneração antes do afastamento por motivo de doença. O INSS calculou o seu salário de benefício em R$ 2.500,00, aplicando a renda mensal de 91%, resultando no valor do auxílio-doença de R$ 2.275,00. Na situação narrada o benefício concedido a Taís não poderá ser superior a R$ 2.000,00. Questão errada De acordo com o artigo 29, §10 o auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12, a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes. A questão está errada por afirmar que o auxílio-doença concedido a Taís não poderá ser superior a sua última remuneração antes do afastamento. Questão 17 Carlos Augusto, 30 anos de contribuição e 65 anos de idade, não tem direito a aposentadoria sem a utilização do fator previdenciário, por não cumpriu os requisitos da fórmula 95, vez que não trabalha como professor. Questão errada Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 35 Apesar de Carlos Augusto não ter cumprido os requisitos da fórmula 95, prevista no artigo 29-C, da Lei 8.213/91, ele tem direito a aposentadoria por idade, pois já cumpriu as 180 contribuições exigidas para a carência e os 65 anos de idade. Na aposentadoria por idade, a utilização do fator previdenciário é facultativa, então, Carlos Augusto poderá se aposentar sem a utilização do fator. A questão está errada. Questão 18 Sophia completará 30 anos de contribuição no ano de 2020 quando terá 57 anos de contribuição. Nesta situação, Sophia poderá se aposentar por tempo de contribuição, sem a incidência do fator previdenciário. Questão certa A Lei 13.183/2015 trouxe também uma regra de progressão das fórmulas 85 e 95, que passa a valer a partir da data da publicação da norma e perdura até 30/12/2018. A partir desta data as citadas fórmulas serão majoradas em um ponto, conformetabela abaixo: A PARTIR DE: Pontos Homens Pontos Mulheres 31 de dezembro de 2018 96 86 31 de dezembro de 2020 97 87 31 de dezembro de 2022 98 88 31 de dezembro de 2024 99 89 31 de dezembro de 2026 100 90 Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 35 Sophia terá completado 87 pontos, considerando a soma de sua idade com o seu tempo de contribuição (30 + 57). Ela cumpriu, então, os requisitos para a aposentadoria por tempo de contribuição sem o fator previdenciário, que exigirá 87 pontas da mulher no ano de 2020. A questão está correta. Questão 19 Goreth trabalhou durante os últimos 20 anos como professora do ensino fundamental. Anteriormente, já havia trabalhado 6 anos em uma loja de confecções. Ela possui hoje 55 anos de idade, já podendo se aposentar or tempo de contribuição sem a incidência do fator previdenciário, vez que pode converter os 6 anos que trabalhou em atividade comum em 5 anos de atividade de professora, totalizando 25 anos de docência. Questão errada De acordo com o artigo 29-C, § 3º, para efeito de aplicação do disposto no caput e no § 2º, o tempo mínimo de contribuição do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio será de, respectivamente, trinta e vinte e cinco anos, e serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição. Percebemos que a lei não prevê possibilidade de conversão de atividade comum em atividade de professor, exigindo 25 anos exclusivos na atividade de docência para a utilização diferenciada da fórmula 85 e 95. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 35 A questão está errada. Questão 20 Sandra, empregada doméstica, trabalhou durante 3 anos na casa de Anabela. Durante este período Anabela não reteve e nem repassou as contribuições previdenciárias de Sandra. Nesta situação, este período não contará no cálculo de futuros salários de benefício, pois não houve contribuição sequer do empregado doméstico. Questão errada Vejamos o artigo 34, da Lei 8.213/91, alterado pela LC 150/2015: Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal do benefício, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão computados: I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso, os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis, observado o disposto no § 5o do art. 29-A; II - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do auxílio- acidente, considerado como salário de contribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria, nos termos do art. 31; III - para os demais segurados, os salários-de-contribuição referentes aos meses de contribuições efetivamente recolhidas. Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 35 Desta forma, Sandra não será prejudicada pelo não recolhimento das contribuições previdenciárias. A questão está errada. Questão 21 Diferentemente do empregado que exigi a não eventualidade para caracterização da relação de emprego, para caracterização do segurado como empregado doméstico é necessário que ele atende ao requisito da continuidade. Apesar de a lei até hoje não ter definido o conceito de continuidade, a jurisprudência já firmou posicionamento de que contínuo é o trabalho exercido a partir de três dias por semana. Questão errada A jurisprudência majoritária sempre considerou que, para a caracterização da continuidade, é necessário que a empregada doméstica trabalhe ao menos 3 vezes por semana na residência de seu empregador. Havia decisões, no entanto, que consideravam que o requisito da continuidade somente era atendido quando o trabalho ocorresse por, no mínimo, 4 dias da semana. Vejamos o que diz a Súmula 19, do TRT da 1ª Região: ³75$%$/+$'25� '20e67,&2�� ',$5,67$�� 35(67$d2� LABORAL DESCONTÍNUA. INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. A prestação laboral doméstica realizada até três vezes por semana não enseja configuração do vínculo empregatício, por ausente o requisito da continuidade previsto no art. 1º da Lei ���������´ Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 35 Assim, com este entendimento, faxineira diarista que laborasse até três vezes por semana não era considerada empregada doméstica, mas prestadora de serviços. Felizmente, a recém-aprovada Lei Complementar 150, de 01/06/2015, que regulamentou a EC 72/2013, conhecida como PEC das domésticas, pôs fim à discussão sobre a continuidade do emprego doméstico, definindo que o empregado doméstico é quem trabalha por mais de dois dias na semana para uma mesma casa ou família (art. 1°). A questão está errada por afirmar que a lei até hoje não defini o requisito da continuidade. Questão 22 Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde. Questão certa A questão está certa, reproduzindo parte do texto do art. 60, §5°, da Lei 8.213/91, incluído pela Lei 13.135/2015. Vejamos: § 5o Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 35 das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) I - órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (SUS); Questão 23 Mike, americano, veio passar o carnaval em Salvador, ficando hospedado na casa de sua amiga de infância Patrícia. Impressionadocom a receptividade que teve durante a festa resolveu não mais retornar aos Estados Unidos, fixando residência em Salvador. Apenas, com o objetivo de conseguir um visto de permanência no Brasil, se casou com Patrícia, que resolveu ajudar o amigo a viabilizar o seu desejo de permanência. Depois de 3 anos casados formalmente, Patrícia, que era empregada de uma multinacional americana com filial no Brasil, falece. Mike receberá pensão por morte, não existindo qualquer previsão na legislação de procedimento para exclusão da pensão nesta situação. Questão errada De acordo com o artigo 74, § 2°, da Lei 8.212/91, incluído pela Lei 13.135/2015, perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 35 formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. Assim, percebemos que há procedimento previsto na legislação para exclusão do benefício de pensão por morte em caso de simulação do casamento. A questão está errada. Questão 24 Genebaldo, aposentado do INSS, estava com dívida com o seu cartão de crédito. Para quitar esta onerosa dívida contratou um empréstimo consignado, autorizando o desconto das parcelas do valor de seu benefício previdenciário. Nesta situação, o valor máximo que do desconto efetuado corresponde a 35%, do valor do benefício. Questão certa De acordo com o artigo 115, da Lei 8.213/91, alterada pela Lei 13.183, de 04/11/2015, podem ser descontados dos benefícios: VI - pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, ou por entidades fechadas ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do valor do benefício, sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusivamente para: Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 35 a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito. Como o valor do empréstimo consignado objetivou pagar as dívidas do cartão de crédito de Genebaldo, o limite do desconto pode ser de 35% conforme afirmado na questão. A proposição está certa. Questão 25 Rodrigo, inválido, 38 anos de idade, é casado há 10 anos com Karina, gerente de marketing de um grande shopping, há mais de 5 anos. Karina faleceu deixando a pensão por morte para Rodrigo, que 7 anos depois da data de início do benefício, recuperou a capacidade para o trabalho. Neste caso, Rodrigo receberá o benefício por mais 8 anos após a recuperação da capacidade para o trabalho. Questão certa Vejamos o disposto no artigo 77, §2°, V, da Lei 8.213/91, que trata do prazo de pagamento do benefício de pensão por morte ao cônjuge ou companheiro: V - para cônjuge ou companheiro: Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 35 a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos PtQLPRV� GHFRUUHQWHV� GD� DSOLFDomR� GDV� DOtQHDV� ³E´� H� ³F´; b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado; c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; Direito Previdenciário para o Concurso de Técnico do Seguro Social Curso Questões Comentadas Prof Ivan Kertzman ʹ Aula 07 Prof. Ivan Kertzman www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 35 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. Como Rodrigo era inválido na data do óbito de Karina, ele deve receber o benefício até cessar a invalidez, salvo se esta ocorreu antes do prazo mínimo para o recebimento do benefício do dependente comum, que na idade de 38 nos é de 15 anos. Como Rodrigo recuperou a capacidade para o trabalho antes dos 15 anos, ele deve gozar o benefício até completar este tempo, contado da data do óbito. Então, como já havia gozado 7 anos como inválido, resta 8 anos para cessação de sua pensão. A questão está certa.
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