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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Cálculo Aplicado Aula 4 Prof. Nelson Castanheira CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 Conversa inicial Olá, bem-vindo a aula 4 de Cálculo Aplicado. Estudamos como proceder para a coleta de dados em uma pesquisa. Verificamos que uma das formas de apresentar esses dados, de forma organizada, é em uma tabela. Essa tabela, por sua vez, pode gerar um gráfico que dá uma visão mais clara dos resultados obtidos na pesquisa. No material online, o professor Nelson Castanheira apresenta os temas que serão abordados nesta aula. Não perca! Contextualizando Sabemos que a Estatística nos permite calcular medidas de tendência central e medidas de dispersão, a partir dos dados coletados em uma pesquisa. Esses cálculos partem de dados que foram organizados e dispostos em tabelas. A partir de uma tabela podemos representar graficamente os resultados da pesquisa. Você sabe construir qualquer tipo de gráfico? Você sabe analisar um gráfico? Você sabe interpretar um gráfico? É sobre isso que estudaremos nessa aula! Para começar, consulte o material sobre Séries Estatísticas a seguir: Vamos agora falar um pouco sobre Séries Estatísticas? Você sabe o que é isso? Uma série estatística nada mais é que uma tabela à qual é associada um critério que a especifica. Assim, temos: Série temporal, que é aquela cujo critério que a especifica é o tempo; Série geográfica, que é aquela cujo critério que a especifica é o local; Série específica, que é aquela cujo critério que a especifica é o fato (o fenômeno em observação); Série mista, que é aquela na qual temos dois ou três critérios (dentre tempo, local e fato) simultaneamente presentes. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 Uma série estatística, ou seja, uma tabela, resume perfeitamente o resultado de uma pesquisa qualquer que tenha sido o critério adotado. Mas há pessoas que preferem visualizar esses resultados em um gráfico. Assim, é comum utilizarmos os dados de uma tabela para construir o gráfico correspondente. Que tipo de gráfico utilizar? Isso é você quem decide. Utilize o gráfico de sua preferência, dentre aqueles que consegue construir com facilidade utilizando as ferramentas do software instalado em seu computador. Os mais utilizados são: o de setores (conhecido como pizza), o de colunas, o de barras e o de linhas. Há, ainda, o chamado histograma, que é um gráfico construído a partir de um gráfico de colunas. Para exemplificar, vamos supor a tabela a seguir, onde representamos uma distribuição de frequências com os resultados de uma prova realizada por 80 pessoas, cujas notas variaram de 0 a 10 em intervalos de 1 ponto. Resultados da prova de Estatística Aplicada Notas (Xi) Frequência (fi) 0 1 4 1 2 8 2 3 10 3 4 12 4 5 12 5 6 14 6 7 10 7 8 5 8 9 3 9 10 2 Fonte: dados obtidos em uma turma do 2º ano de Administração do Centro Universitário Uninter Para a representação gráfica desse resultado, veja os gráficos de 1 a 3. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 Gráfico 1 – Exemplo de gráfico de colunas Fonte: elaborado pelo autor Gráfico 2 – Exemplo de gráfico de barras Fonte: elaborado pelo autor Gráfico 3 – Exemplo de gráfico de setores (pizza) 4 8 10 12 12 14 10 5 3 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 N Ú M ER O D E A LU N O S NOTAS OBTIDAS NOTA OBTIDA NA PROVA DE ESTATÍSTICA 0 a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 4 4 a 5 5 a 6 6 a 7 7 a 8 8 a 9 9 a 10 0 2 4 6 8 10 12 14 16 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Número de alunos N o ta s d o s al u n o s Número de alunos por nota 0 a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 4 4 a 5 5 a 6 6 a 7 7 a 8 8 a 9 9 a 10 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 Fonte: elaborado pelo autor Tema 1: Construção e Tipos de Gráficos Gráfico é uma representação do resultado de uma pesquisa a partir de dados coletados, ordenados e dispostos em uma tabela. Há vários tipos de gráficos, mas nessa aula estudaremos somente os mais utilizados na Estatística. O propósito de se transformar uma tabela em um gráfico é permitir uma rápida e fácil visualização dos resultados, o que torna a análise e a interpretação desses resultados mais objetiva. Construção de um gráfico Os gráficos podem ser classificados em cinco tipos básicos: diagramas, cartogramas, organogramas, fluxogramas e estereogramas. Nos limitaremos aqui ao estudo dos diagramas, que se dividem em gráficos de linhas e de superfície. Os gráficos de linhas, por sua vez, se subdividem em poligonais e curvas. Os gráficos de superfícies se subdividem em gráfico de colunas, de barras, de setores (pizza) e histograma. Para a construção de um gráfico, precisamos conhecer seus principais aspectos e elementos: 4 8 10 12 12 14 10 5 3 2 Resultados da prova de Estatística 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 a. Título na parte superior, devidamente numerado; b. Legenda na parte inferior, utilizada para identificação e explicação sucinta do conteúdo; c. Eixos com o nome ou o símbolo das variáveis neles representadas; d. A escala do gráfico, normalmente representada da esquerda para a direita no eixo horizontal e de baixo para cima no eixo vertical. Um gráfico construído com esses elementos torna-se autoexplicativo. Construindo um gráfico de colunas Como exemplo, suponhamos que fizemos uma pesquisa da velocidade instantânea de um corpo em seis diferentes momentos de observação e obtivemos os seguintes dados, representados na tabela. Velocidade instantânea de um veículo Momentos Velocidade instantânea (km/h) 1 38 2 50 3 62 4 45 5 30 6 28 Para a construção do gráfico correspondente à tabela, vamos representar no eixo X (o eixo horizontal) os seis momentos de observação e no eixo Y (o eixo vertical) a velocidade instantânea do corpo no momento da observação. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 Construindo um gráfico de barras Como exemplo, suponhamos que fizemos uma pesquisa da quantidade de alunos matriculados em seis diferentes cursos de uma Universidade na modalidade a distância e obtivemos os seguintes dados, representados na tabela. Alunos matriculados em seis cursos de uma Universidade Cursos Alunos matriculados Administração 4.584 Ciências Contábeis 3.455 Pedagogia 9.408 Letras – Português 2.144 Engenharia Mecânica 3.401 Engenharia de Produção 6.677 38 50 62 45 30 28 0 10 20 30 40 50 60 70 Momento 1 Momento 2 Momento 3 Momento 4 Momento 5 Momento 6 V e lo c id a d e i n s ta n tâ n e a ( k m /h ) Momentos da medição G r á f ico 4 - Ve l o c ida de i n s t an tân ea d e u m ve í c u l o CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 Para a construção do gráfico correspondente à tabela, vamos representar no eixo X (o eixo horizontal) a quantidade de alunos matriculados e no eixo Y (o eixo vertical) os seis cursos pesquisados. Construindo um gráfico de setores (pizza) Como exemplo, vamos representar a população de cada uma das regiões geográficas do Brasil. Obtivemos os seguintesdados, representados na tabela. População nas regiões geográficas do Brasil em 01/07/2013 Região geográfica População Norte 16.983.484 Nordeste 55.794.707 Centro-oeste 14.993.191 Sudeste 84.465.570 Sul 28.795.762 TOTAL 201.032.714 4584 3455 9408 2144 3401 6677 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 Administração Ciências Contábeis Pedagogia Letras – Português Engenharia Mecânica Engenharia de Produção Alunos matriculados na modalidade a distância C u rs o s p e s q u is a d o s Gráfico 5 - Alunos matriculados em seis cursos de uma Universidade CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 Para a construção do gráfico correspondente à tabela, vamos representar em cada fatia da pizza (setor) a população das cinco regiões geográficas do Brasil. Observe que cada divisão da pizza tem o tamanho proporcional do valor que ela representa. Construindo um histograma Para a construção de um histograma, suponhamos que o resultado de um teste de Estatística, aplicado a uma turma de 69 alunos, foi o representado na tabela. 16.983.484; 8,45% 55.794.707; 27,75% 14.993.191; 7,46% 84.465.570; 42,02% 28.795.762; 14,32% Gráfico 6 - População brasileira em 01 de julho de 2013 Norte Nordeste Centro-oeste Sudeste Sul CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 O Histograma consiste em uma sucessão de colunas (retângulos), como o representado no gráfico 7. Observar que no eixo horizontal representamos as classes (ou intervalos) dos valores obtidos em uma pesquisa e no eixo vertical representamos a frequência de ocorrência de cada classe (ou intervalo). Resultado de um teste de Estatística CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 Leitura Obrigatória Leia as páginas 24 a 44 do livro “Estatística Aplicada a Todos os Níveis”, do professor Nelson Castanheira, disponível no link a seguir. http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/101.html Complementando os estudos, acesse os seguintes materiais: http://macbeth.if.usp.br/~gusev/Graficos.pdf www.infoescola.com/estatistica/histograma/ No material online, o professor Nelson Castanheira fala mais sobre a construção e os tipos de gráficos. Tema 2: Análise e Interpretação de Gráficos Ao realizarmos uma pesquisa, vamos obter dados que, uma vez organizados, serão dispostos em tabelas e, consequentemente, poderão ser representados pela utilização de um gráfico. Tão importante quanto a escolha de um tipo de gráfico e a sua construção, é a análise e a interpretação desse gráfico. O primeiro passo da análise é verificarmos que grandezas estão sendo representadas nos eixos horizontal e vertical do gráfico ou, no caso de gráfico de setores (pizza), o que está representado em cada fatia. O segundo passo é interpretarmos o gráfico para que possamos tomar uma decisão. Suponhamos, como exemplo, a representação gráfica do crescimento de uma dívida ao longo do tempo, nos critérios de capitalização simples (utilização de juros simples) e de capitalização composta (utilização de juros compostos). CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 Comportamento de uma dívida ao longo do tempo O que observamos nesse gráfico? Observamos que no eixo horizontal está representado o tempo em dias, enquanto no eixo vertical está representada a dívida em reais. Observamos também que no dia zero há uma dívida em reais. Na medida em que o tempo avança, a dívida vai crescendo com o seguinte comportamento: a. Na capitalização simples, onde foi utilizado o juro simples, a dívida cresce linearmente; b. Na capitalização composta, onde foi utilizado o juro composto, a dívida cresce exponencialmente. Disso, se deduz que devemos uma dívida em capitalização composta, optando quando possível para uma dívida em capitalização simples, pois ao longo do tempo a dívida em capitalização composta é muito maior que na capitalização simples. Analisando outro exemplo, suponhamos que o gráfico a seguir está representando as vendas de três vendedores de veículos, ao longo dos quatro trimestres de determinado ano. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 Vendas de veículos da marca X ao longo do ano 20XX Vamos então interpretar esse gráfico. O vendedor A apresentou queda nas suas vendas durante todo o ano, tendo vendido 32 unidades no primeiro trimestre, 27 no segundo, 22 no terceiro e 18 no quarto. Durante o mesmo período, o vendedor B apresentou aumento constante em suas vendas, subindo trimestre a trimestre, tendo iniciado com 28 unidades vendidas no primeiro trimestre, 33 unidades no segundo, 37 unidades do terceiro e 40 unidades no quarto. O vendedor C, por sua vez, apresentava crescimento nas unidades vendidas durante os três primeiros trimestres do ano, mas diminuiu suas vendas no quarto trimestre. 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Vendedor a 32 27 22 18 Vendedor B 28 33 37 40 Vendedor C 19 20 25 20 32 27 22 18 28 33 37 40 19 20 25 20 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 V en d as n o t ri m es tr e Veículos vendidos em 20XX Vendedor a Vendedor B Vendedor C CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 Leitura Obrigatória: Leia as páginas 24 a 44 do livro “Estatística Aplicada a Todos os Níveis”, do professor Nelson Castanheira. http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/101.html Complementando os estudos, acesse o artigo a seguir: http://vestibular.mundoeducacao.bol.uol.com.br/enem/interpretacao- graficos-no-enem.htm No material online, o professor Nelson Castanheira aborda mais alguns aspectos sobre a análise e a interpretação de gráficos. Tema 3: Funções Crescentes, Decrescentes e Constantes Antes de entrarmos no assunto gráfico de uma função, vamos recordar o que se entende por função. Imaginemos dois conjuntos, A e B, não vazios. Chamamos de função A em B e representamos por f: A → B ou por y = f(x) a qualquer relação binária que associa a cada elemento de A um único elemento de B. Em outras palavras, a cada x A está associado um único y B. Assim, nenhum elemento do conjunto A pode ficar sem ter relação a um único elemento do conjunto B. Como exemplo, suponhamos os conjuntos A = {1, 3, 4 , 6 , 9} e B = {3 , 7 , 9 , 13 , 19} e observemos que entre eles há a seguinte relação: f(x) = 2x + 1. Vamos representar essa relação por um Diagrama de Venn. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 Figura 1 – Diagrama de Venn com a relação y = 2x + 1 O gráfico de uma função definida pela formação y = f(x) pode ser representado em um sistema de coordenadas cartesianas: no eixo horizontal representamos os valores de x e no eixo vertical representamos os valores de y, sendo y uma função de x. Veja a figura a seguir. Sistema cartesiano de coordenadas Observe que a interseção dos eixos é o ponto 0 (zero). À direita e acima da origem os valores são positivos. À esquerda e abaixo da origem os valores são negativos. Vamos então fazer o gráfico da função definida pela lei de formação: y = 2x + 1. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 16 Para tal, vamos atribuir a x alguns valores e calcular os correspondentes valores de y, ou seja, de f(x). Parax = -1, temos que y = -1 Para x = 0, temos que y = 1 Para x = 1, temos que y = 3 Para x = 2, temos que y = 5 Para x = 3, temos que y = 7 Com esses pontos, que denominamos pares ordenados, já conseguiremos fazer o gráfico correspondente à função. Veja a figura a seguir. Gráfico da função y = 2x + 1 Observe que cada ponto do gráfico corresponde a um par ordenado, ou seja, corresponde a um valor de x e a um valor de y. É importante observar que toda função pode ser representada por um gráfico no plano cartesiano, mas a recíproca não é verdadeira, ou seja, nem todo gráfico no plano cartesiano está representando uma função. Observe, ainda, que esse gráfico é sempre crescente. Vamos agora, como outro exemplo, representar o gráfico da função y = 4, ou seja, y é igual a uma constante. Veja a figura a seguir. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 17 Gráfico da função y = 4 Observe que o gráfico resultante da função y = 4 é uma constante, ou seja, o gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo horizontal. Mais um exemplo. Vamos agora representar graficamente a função y = - 3x + 2. Para tal, vamos atribuir a x alguns valores e calcular os correspondentes valores de y, ou seja, de f(x). Para x = -1, temos que y = 5 Para x = 0, temos que y = 2 Para x = 1, temos que y = -1 Para x = 2, temos que y = -4 Para x = 3, temos que y = -7 Com esses pontos, que denominamos pares ordenados, já conseguiremos fazer o gráfico correspondente à função. Veja a figura a seguir. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 18 Gráfico da função -3x + 2 y = f(x) Observe que esse gráfico é sempre decrescente. E quando a função y = f(x) for do segundo grau, como fica o gráfico correspondente? Vamos supor a função polinomial de 2º grau, também conhecida como função quadrática: f(x) = ax2 + bx + c, com a ≠ 0. Toda função polinomial de 2º grau é representada graficamente por uma curva denominada de parábola. Para sabermos se essa parábola está acima ou abaixo do eixo x, se ela está ou não cortando o eixo x ou, ainda, se ela está tangenciando o eixo x, são necessárias algumas análises. Precisamos saber qual o sinal do número “a”. Se a > 0, a parábola terá a sua concavidade voltada para cima e se a < 0, a parábola terá a sua concavidade voltada para baixo. Para posicionar corretamente a parábola no plano cartesiano, precisamos conhecer o valor de Δ, onde Δ = b2 – 4ac. Quando Δ > 0, a parábola intercepta o eixo x em dois pontos distintos a que chamaremos x1 e x2. Quando Δ = 0, a parábola tangencia o eixo x, pois x1 = x2. Quando Δ < 0, a parábola não intercepta o eixo x, estando ou acima ou abaixo dele. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 19 Como exemplo, vamos analisar a função y = x2 – 5x + 6 e vamos representa-la graficamente. Δ = b2 – 4ac Δ = (–5)2 – 4. 1. 6 Δ = 25 – 24 Δ = 1 Como Δ > 0, a parábola intercepta o eixo x em dois pontos distintos. Como a > 0, a concavidade da parábola está voltada para cima. Parábola com a concavidade para cima (a > 0) Observe que o gráfico, da esquerda para a direta, é inicialmente decrescente até atingir um ponto mínimo, a partir do qual ele é crescente. Esse ponto mínimo chama-se vértice da parábola (V). Para sabermos os pontos em que a parábola corta o eixo x, precisamos calcular as raízes x1 e x2 da função, objeto de nosso estudo a seguir. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 20 Leitura Obrigatória: Leia as páginas 101 a 130 do livro “Tópicos de matemática aplicada”, dos autores Nelson Castanheira, Alex Rocha e Luiz Roberto Dias de Macedo, disponível no link a seguir. http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/278.html Complementando o estudo de funções, assista ao vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=bim6KI5xxFs No material online, o professor Nelson Castanheira fala mais sobre as funções crescentes, decrescentes e constantes. Tema 4: Raízes Vamos inicialmente aprender a calcular as raízes de uma função do primeiro grau. Uma função polinomial do primeiro grau é uma função da forma y = ax + b, com a ≠ 0. Como exemplos, temos as funções: y = 4x + 8 (observar que a = 4 ; b = 8) y = –9x + 3 (observar que a = –9 ; b = 3) y = 2 3 𝑥 + 5 (observar que a = 2 3 ; b = 5) y = 𝑥 5 − 3 4 (observar que a = 1 5 ; b = − 3 4 ) E como procedemos para a obtenção da raiz de uma função polinomial do primeiro grau? Para tal, consideramos y = 0 e isolamos a incógnita x, que é a raiz da função. Ou seja, a determinação da raiz de uma função do primeiro grau é a determinação do valor de x. Temos que: y = ax + b Se fizermos y = 0, temos: ax +b = 0 Isolando o termo que possui x, temos: CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 21 ax = –b Logo, x = –b/a Vejamos nossos quatro exemplos dados anteriormente e calculemos as raízes. y = 4x + 8 4x + 8 = 0 4x = –8 x = –8/4 x = –2 y = –9x + 3 –9x + 3 = 0 9x = 3 x = 3 y = 2 3 𝑥 + 5 2 3 𝑥 + 5 = 0 2 3 𝑥 = –5 2x = –15 x = –7,5 y = 𝑥 5 − 3 4 𝑥 5 − 3 4 = 0 𝑥 5 = − 3 4 4x = –15 x = –15/4 x = –3,75 Observe que, ao determinarmos o valor de x considerando y igual a zero, determinamos o valor em que a reta corta o eixo horizontal, ou seja o eixo x. Vale ressaltar que: CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 22 Quando a > 0, temos uma função crescente. Quando a < 0, temos uma função decrescente. Quando a = 0, temos uma função constante. Vamos agora aprender a calcular as raízes de uma função do segundo grau. Uma função polinomial do segundo grau é uma função da forma y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0. Uma função do segundo grau tem duas raízes e, para determina-las, utilizamos a fórmula de Bhaskara: 𝑥 = −𝑏±√𝑏2−4𝑎𝑐 2𝑎 , sendo b2 – 4ac = Δ Vimos no capítulo anterior que, quando Δ > 0, a parábola intercepta o eixo x em dois pontos distintos a que chamaremos x1 e x2, quando Δ = 0, a parábola tangencia o eixo x, pois x1 = x2 e quando Δ < 0, a parábola não intercepta o eixo x pois não tem raízes reais, estando ou acima ou abaixo dele. Para a determinação das raízes, iguala-se a função a zero, ou seja, fazemos y = 0. Analisemos alguns exemplos. Vamos calcular as raízes da função polinomial: y = x2 – 5x + 6 Primeiramente igualaremos a função a zero, ou seja: x2 – 5x + 6 = 0 Aplicando Bháskara, temos: x = −(−5)±√(−5)2−4.1.6 2.1 x = 5±√25−24 2 x = 5±√25−24 2 x = 5±√1 2 Como Δ > 0, teremos duas raízes diferentes, a saber: CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 23 x1 = 5+1 2 x1 = 3 x2 = 5−1 2 x2 = 2 Assim, a parábola corta o eixo x nos pontos 2 e 3. Como a > 0, a parábola terá a sua concavidade voltada para cima, conforme estudado no capítulo anterior. Veja a figura a seguir. Gráfico da função y = x2 – 5x + 6 Observe que quando x = 0, y = 6, ou seja a parábola corta o eixo vertical (eixo y) no ponto y = 6. Vamos agora calcular as raízes da função polinomial y = x2 – 4x + 4 Primeiramente igualaremos a função a zero, ou seja: x2 – 4x + 4 = 0 Aplicando Bháskara, temos: x = −(−4)±√(−4)2−4.1.4 2.1 CCDD –Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 24 x = 4±√16−16 2 x = 4±√0 2 x = 4±0 2 Como Δ = 0, teremos duas raízes iguais, a saber: x1 = 4+0 2 x1 = 2 x2 = 4−0 2 x2 = 2 Assim, a parábola tangencia o eixo x no ponto 2. Como a > 0, a parábola terá a sua concavidade voltada para cima. Veja a figura a seguir. Gráfico da função y = x2 – 4x + 4 Observe que quando x = 0, y = 4, ou seja a parábola corta o eixo vertical (eixo y) no ponto y = 4. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 25 Mais um exemplo. Vamos calcular as raízes da função polinomial y = –2x2 + 4x – 5 Primeiramente igualaremos a função a zero, ou seja: –2x2 + 4x – 5 = 0 Aplicando Bháskara, temos: x = −4±√(4)2−4.(−2).(−5) 2.(−2) x = −4±√16−40 −4 x = −4±√−24 −4 Como Δ < 0, não há solução no campo dos números Reais. Então, a parábola não corta nem tangencia o eixo x. Como a < 0, a parábola terá a sua concavidade voltada para baixo. Veja a figura a seguir. Gráfico da função y = –2x2 + 4x – 5 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 26 Observe que quando x = 0, y = –5, ou seja a parábola corta o eixo vertical (eixo y) no ponto y = –5. Leitura Obrigatória: Leia as páginas 116 a 130 do livro “Tópicos de matemática aplicada”, dos autores Nelson Castanheira, Alex Rocha e Luiz Roberto Dias de Macedo, disponível no link a seguir. http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/278.html Para saber mais sobre os gráficos, acesse os vídeos a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=v5_FTxcBSSg https://www.youtube.com/watch?v=2N02Iqgk8Ls No material online, o professor Nelson Castanheira fala mais sobre as raízes! Trocando Ideias Está com alguma dúvida sobre o conteúdo? Não perca tempo e entre em contato com o nosso tutor. Ele sempre está disponível para ajudá-lo. Na Prática 1. As notas de um professor que participou de um processo seletivo em que a banca avaliadora era composta por cinco membros estão apresentadas no gráfico a seguir. Sabe-se que cada membro da banca atribui duas notas ao professor, uma relativa aos conhecimentos específicos da área de atuação e outra aos conhecimentos pedagógicos, e que a média final do professor foi CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 27 dada pela média aritmética de todas as notas atribuídas pela banca avaliadora. Utilizando um novo critério, essa banca avaliadora resolveu descartar a maior e a menor notas atribuídas ao professor. A nova média, em relação à média anterior, é: a. 0,25 ponto maior. b. 1,00 ponto maior. c. 1,00 ponto menor. d. 1,25 ponto maior. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 28 e. 2,00 pontos menor. 2. Construa um gráfico de colunas a partir dos dados da tabela a seguir. Vendas do Maurício em um semestre Quantidade vendida Janeiro/20XX 28 Fevereiro/20XX 33 Março/20XX 20 Abril/20XX 18 Maio/20XX 25 Junho/20XX 35 3. Construa um gráfico de setores (pizza) a partir dos dados da tabela a seguir. Participação de certo produto no mercado brasileiro Fatia de participação Marca A 27% Marca B 15% Marca C 18% Marca D 32% Marca E 8% 4. Analise o gráfico e na sequência responda às perguntas. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 29 a. Qual dos vendedores apresentou vendas sempre crescentes? b. Qual dos vendedores apresentou vendas sempre decrescentes? c. Qual dos vendedores vendeu mais unidades nos 4 meses? 5. Dadas as três funções do primeiro grau a seguir, qual delas é crescente, qual delas é decrescente e qual delas é constante? a. y = –8 b. y = –9x + 4 c. y = 2x – 7 6. Calcule a raiz da função: y = 3x – 12 7. Calcule a raiz da função: y = x2 – 7x + 6 8. Desenhe o gráfico da função: y = 3x – 12 18 16 12 8 22 25 20 22 10 14 17 25 19 25 28 0 5 10 15 20 25 30 Janeiro Fevereiro Março Abril U n id ad es v en d id as n o s m es es d e ja n ei ro a a b ri l Título do Gráfico Vendedor A Vendedor B Vendedor C Vendedor D CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 30 9. Desenhe o gráfico da função: y = x2 – 7x + 6 10. O dono de uma farmácia resolveu colocar à vista do público o gráfico mostrado a seguir, que apresenta a evolução do total de vendas (em Reais) de certo medicamento ao longo do ano de 2011. Questão com interpretação de gráficos no Enem de 2012 De acordo com o gráfico, os meses em que ocorreram, respectivamente, a maior e a menor venda absolutas em 2011 foram: a. Março e abril. b. Março e agosto. c. Agosto e setembro. d. Junho e setembro. e. Junho e agosto. Confira a resolução dessas atividades no material online. Síntese Nessa aula, fizemos um estudo completo sobre gráficos. Primeiramente, verificamos como construir um gráfico e relacionamos os seus principais tipos. Na sequência, fizemos a análise e a interpretação de gráficos. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 31 Finalmente, estudamos o gráfico de uma função de primeiro e de segundo graus e aprendemos como determinar suas raízes. Assista às considerações finais do professor Nelson Castanheira sobre os conteúdos abordados nesta rota no material online. Referências BUSSAB, Wilton de O.; MORETTIN, Pedro A. Estatística básica. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. CASTANHEIRA, Nelson Pereira. Estatística aplicada a todos os níveis. 5. ed. Curitiba: Intersaberes, 2010. MACEDO, Luiz Roberto Dias de; CASTANHEIRA, Nelson Pereira; ROCHA, Alex. Tópicos de matemática aplicada. 2. ed. Curitiba: Intersaberes, 2008.
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