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Instrumental cirúrgico, fios, agulhas, materiais de diérese, hemostasia e síntese

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Habilidades Cirurgicas – Instrumental cirúrgico, fios, agulhas, materiais de diérese, hemostasia e síntese – 17/03/2017
FIOS cirúrgicos : classificação
1 - Quanto a origem 
	Os fios de sutura podem ser classificados em:
Biológicos (ou naturais) – (1)oriundos de vegetais: algodão e linho; e (2)oriundos de animais: categute (intestino de ovinos e bovinos), colágeno e seda (casulo das larvas do bicho da seda);
Sintéticos – náilon (poliamida), dracon (poliéster), propileno (poliolefina);
Metálicos – aço inoxidável.
Os fios sintéticos tem a maior vantagem de gerar pouca reatividade tecidual.
2 – Assimilação:
Absorvíveis: Entender o mecanismo da assimilação
Não-absorvíveis ou inabsorvíveis:
	No que se refere ao aspecto de assimilação os fios cirúrgicos são divididos em duas grandes categorias: fios absorvíveis e não-absorvíveis.
Dentre os absorvíveis temos:: (1)aqueles que são absorvidos em curtíssimo espaço de tempo – categute simples – sete a dez dias; (2) em curto espaço de tempo – categute cromado – 15 a 20 dias; (3) em médio espaço de tempo – ácido poliglicólico e poliglactina 910 – 50 a 70 dias; (4) em moderado espaço de tempo – poliglecaprona – 90 a 120 dias; e (5) em longo espaço de tempo – polidioxanona – 90 a 180 dias;
	Os fios não-absorvíveis, como definição, permanecem indefinidamente nos tecidos, sendo encapsulados (formação de tecido fibroso em volta de sua estrutura, mas não são digeridos, embora possam sofrer alterações em sua estrutura. Dentre eles temos o algodão, linho, náilon, polipropileno, seda, poliéster, poliéster com algodão e aço inoxidável. 
Apesar de classificados como não absorvíveis, alguns são biodegradáveis após longo período: o náilon sofre degradação enzimática de 20% ao ano, a seda é absorvida por fagocitose em aproximadamente 2 anos.
MECANISMO?
Quais são os processos de absorção?
Não-absorvíveis ou inabsorvíveis (reação inflamatória mínima)
Algodão, linho, náilon, polipropileno, seda, poliéster, poliéster com algodão, politetrafluoroetileno e aço inoxidável
Biodegradáveis
Náilon (20% de degradação enzimática ao ano); e.
Seda (absorvido por fagocitose em aproximadamente 2 anos).
3 – Propriedades Físicas: compreender e entender
- Estrutura: 
Os fios podem ser monofilamentares ou multifilamentares (ou polifilamentar) existindo alguns que se encontram nas duas categorias (apresentações).
Monofilamentares – produzidos com um único filamento, são menos maleáveis do que os multifilamentares. Os monofilamentares tem mais memória.
Multifilamentares – vários filamentos torcidos ou trançados entre si, levando a uma maior flexibilidade e mais fácil manuseio; em sua fabricação, essas várias fibras podem se encontrar simplesmente trançadas e torcidas, ou podem ser recobertas por um único fio, com o objetivo de diminuir a reação tecidual. São mais traumatizantes e ásperos ao passarem através dos tecidos, levando a maior arrasto tecidual. (FIG 29.1)
Geralmente, os fios monofilamentares apresentam menor potencial para o desenvolvimento de infecções. Os multifilamentares tendem a ser mais vulneráveis à força de cisalhamento, particularmente em sua forma trançada, e, desse modo, mais suscetíveis à ruptura. Entretanto, os monofilamentos podem ser enfraquecidos pela pinça cirúrgica ou outros instrumentos.
- Diâmetro: 
O diâmetro de um fio de sutura varia entre padrões predeterminados pela indústria. Assim, partindo-se de um padrão denominado “0”, que representa 0,40 mm de diâmetro. Por exemplo: 0,4 mm é representado por “0”, 0,04 é representado por 1-0; 0,004 é representado por 2-0. Enquanto 1, 2, 3, 4, 5 e 6 sendo este o fio cirúrgico de maior diâmetro e de menor diâmetro (00 ou 2-0, 000 ou 3-0, 4-0, 5-0, e assim por diante até 12-0, que é o fio cirúrgico de menor diâmetro. 
Considerando o fio isoladamente, quanto maior o aumento do diâmetro maior é a resistência ou força tênsil. Não há contudo, qualquer ganho em se utilizar um fio com força tensil maior que a necessária para a sutura do tecido em esteja sendo empregado. A escolha deve ser feita pelo fio mais fino possível para o tecido em que está sendo trabalhado, sem prejuízo do resultado de forma a utilizar a menor quantidade de tecido estranho ao organismo.
- Força Tênsil: (ou resistência)
Para que uma estrutura anatômica suturada possa resistir aos estímulos mecânicos habituais, a força tênsil de um fio tem que ser mantida até se completar o processo de cicatrização. 
Resistência é a força oposta pelos tecidos à sua junção ou reunião, ao passo que força tênsil é a força que vence essa resistência dos tecidos. 
** [aprofundar] Quanto maior a força tênsil de um fio, menor o diâmetro que necessita ser utilizado, resultando em menor quantidade de corpo estranho nas feridas cirúrgicas.
Força tensil = resistência/diâmetro
De um modo geral, tecidos compostos por grande quantidade de fibras colágenas, como pele, fáscia, aponeurose e tendões, representam os tecidos mais resistentes. Para esse tipo de tecido, recomenda-se, então o uso de fios que mantenham a força tênsil por um período maior de tempo, até que haja a recuperação ideal das fibras de colágeno e a cicatriz apresente resistência. Em contrapartida, tecidos com grande vascularização e que cicatrizam rapidamente (peritônio, órgãos intra-abdominais, musculo e tecido gorduroso) não necessitam de fios com grande resistência tênsil.
	Dentre os fios de uso comum, os biológicos (categuete, algodão, linho e seda) possuem menor força tênsil, e o aço inoxidável, a maior. Os fios sintéticos sintéticos estão entre esses extremos(QUADRO 29.4)
- Coeficiente de Fricção: 
Consiste na facilidade com que a sutura desliza através do tecido e dos nós. 
Quanto maior o coeficiente de fricção de um fio, maior a sua dificuldade em deslizar pelos tecidos, ocasionando maior arrasto tecidual. Por outro lado, quanto menor o coeficiente de fricção, mais o fio sofre deslizamento e maior a instabilidade dos nós.
e)- Memória: 
É definida como a capacidade inerente de um material ( como o fio cirúrgico) retornar à sua forma original depois de manuseado e deformado, relacionando-se com duas outras características, a plasticidade e a elasticidade. 
A plasticidade de um material diz respeito à sua possibilidade de expansão quando submetido à tração para estiramento. Quanto mais estirado, menor a tendência de retorno à forma original (e isso também depende da outra característica do material, a elasticidade, que se traduz pela sua capacidade de retornar à forma e comprimento originais, quando estirado). Assim, quanto maior a memoria de um fio, maior a rigidez, mais difícil o manuseio e menor a segurança do nó realizado com ele (ou seja, fica mais suscetível ao deslizamento). Os fios de polipropileno e náilon monofilamentares são os que exibem mais acentuadamente esse fenômeno. Nesses casos, devemos adicionar seminós até conseguir uma segurança contra o deslizamento. Portanto, nesses casos deve-se adicionar ao menos cinco a sete nós para proporcionar uma segurança à sutura.
4 – QUAL É O MELHOR FIO DE SUTURA ? Características do fio ideal (pág 310)
Ser estéril (asséptico), menor coeficiente de atrito, menor reação tecidual(polifilamentar), ser barato.
As características ideiais para um fio de sutura são: (1) ser flexível; (2) mostrar grande resistência à tração e à torção; (3) ter fácil manuseio; (4) apresentar calibre fino e regular; (5) proporcionar facilidade para o nó cirúrgico; (6) desencadear pouca reação tecidual; (7) ser facilmente esterilizável; (8) não servir como nicho para o assentamento de infecções; e (9) ter baixo custo.
Devemos estar atentos para duas situações principais: (1) em tecidos que, ordinariamente, cicatrizam lentamente, como pele, fáscia e tendões, devem ser usualmente empregados fios não-absorvíveis ou absorvíveis em longo espaço de tempo (até seis meses); e (2) em tecidos que cicatrizam rapidamente, como estômago, intestino e bexiga, podem ser empregados fios absorvíveis em médio espaço de tempo.
Emsíntese, o melhor fio é aquele que: (1) apresenta maior força tênsil, permitindo que seja utilizado com menor diâmetro; (2) propicia menor arrasto tecidual; (3) permite nós cirúrgicos seguros, com mínimo fenômeno de deslizamento e memória; (4) produz menor grau de reação inflamatória tecidual; (5) propicia menor multiplicação de microorganismos; e (6) é o de mais baixo custo.
5 – INSTRUMENTAL Cirúrgico
Tipos de agulhas: 
¼, 3/8, 1/2; 5/8;
Tipos de pinças, tesouras, bisturi 348
Bisturis 7, 4 e 5 – sendo as lâminas 10 a 15 e 20 a 25 usadas nos cabos 4 e 5. 
Tesouras de formato curvo e reto com pontas romba, semi-aguda, aguda.
Bolinha representa agulha cilíndrica, esse tipo traumatiza menos o tecido.
Triangular representa uma agulha cortante, corta o tecido, lesa mais o tecido.
três etapas dirÊse, hemóstase, sintese

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