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Centro Cirúrgico, Higienização, Escovação e Paramentação 17 02 2016

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Habilidades Cirurgicas - Centro Cirúrgico, Higienização, Escovação e Paramentação – 17/02/2017
6 – Conhecer a CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING para artigos (materiais) cirúrgicos
(Centers for Diseases Control – USA)
O departamento do hospital responsável por grande parte do reprocessamento de equipamentos, dispositivos e materiais médicos – incluindo instrumentos e equipamentos cirúrgicos – é a central de materiais (ou de esterilização). Nele, os profissionais de assistência à saúde (PASs) devem transportar, classificar, desmontar, limpar, desinfetar, inspecionar, acondicionar, esterilizar, armazenar e distribuir os itens reprocessados.
Para auxiliar os PASs a escolher a estratégia de limpeza adequada para reprocessar os artigos médico-hospitalares, E. H. Spaulding desenvolveu, em 1968, uma classificação para itens a serem desinfetados ou esterilizados com base em seus graus de risco de infecção para os pacientes. Os hospitais ainda usam esse esquema para orientar as atividades de desinfecção e esterilização. O Sistema de Classificação de Spaulding divide os instrumentos e itens de assistência ao paciente em três categorias, as quais se referem ao uso indicado do dispositivo e não ao potencial grau de risco de contaminação. Por exemplo, a categoria “não críticos” não significa que seus itens não podem transportar contaminantes, mas que seu grau de risco a PASs e pacientes não é crítico. As categorias do sistema de Spaulding são as seguintes:
Críticos. São objetos que entram em contato com os tecidos estéreis ou o sistema vascular e têm alto risco de transmitir infecções. Incluem instrumentos cirúrgicos, cateteres cardíacos e vasculares, implantes e objetos inseridos no sistema vascular, como agulhas. Os itens críticos de assistência ao paciente são reprocessados para tornarem-se estéreis, ou seja, todos os micro-organismos, incluindo esporos de bactérias, são destruídos. Bisturi, agulhas, rompem barreiras, invadem tecidos.
Semicríticos. Essa categoria inclui os itens que entram em contato com a pele não intacta ou membranas mucosas, como os equipamentos de terapia respiratória e anestesia e endoscópios flexíveis. São processados com desinfecção de alto nível para eliminar todos os micro-organismos – exceto elevado número de esporos bacterianos. Entra em alguns orifícios naturais, mas não rompem barreiras.
Não críticos. Os itens não críticos para os pacientes são aqueles que entram em contato apenas com a pele intacta; como esta é uma barreira eficaz contra a maioria dos micro-organismos, esses itens têm menor risco de transmitir infecções. Incluem muletas, medidores de pressão, estetoscópios e vários outros acessórios de cuidados, assim como outros, por exemplo, equipamentos para recreação. Os itens não críticos são processados com formas de desinfecção de nível baixo ou intermediário. Só entram em contato com a pele integra, oxímetro, esfigmomanômetro. 
7 - Conceitos de ASSEPSIA E ANTISSEPSIA, exemplificar 
Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
Ex: ?
Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes.
	A antissepsia se dá em duas fases:
Limpeza com soluções degermantes e fricção (mecânica).
Antissepsia propriamente dita com soluções de iodóforos ou clorexidina.
	Ex: O antisséptico clorexidine faz a antissepsia, antes de procedimentos invasivos, com um tempo de ação residual de 5 a 6 horas. Já o álcool a 70% glicerinado tem ação imediata e faz a antissepsia de procedimentos que não necessitam de efeito residual por serem de curta duração.
Saiba mais:
O surto de casos de encefalopatias espongiformes transmissíveis ou mais especificamente de uma forma variante da Doença de Creutzfeld Jakob (“mal da vaca louca”) que era transmissível do gado contaminado para humanos na década de 1990 na Europa suscitou o estudo de medidas para diminuir o potencial de transmissão dessa doença durante uma anestesia. Esse grupo de doenças é transmitido por prions ou pequenas particular proteináceas que nos casos afetados são encontradas principalmente no sistema nervoso central, porção posterior do olho, porém em estudos pós-morte também foram encontrados no apêndice vermiforme, baço e tonsilas palatinas. O último achado tem implicações potenciais em anestesia, pois a contaminação das tonsilas palatinas e potencialmente da cavidade oral podem contaminar laringoscópios e, o mais importante, os prions são resistentes a maioria dos procedimentos de esterilização e são pequenos os suficientes para se alojar na superfície do aço inoxidável 6 . Outro achado relevante foi descrito por Hirsch e colaboradores que encontraram a presença de linfócitos em 30% de 20 lâminas estudadas após uma única laringoscopia. Tal achado que foi independente do grau de dificuldade ou presença de tonsilectomia prévia. Os autores sugerem que as lâminas de laringoscopia sejam descartáveis frente ao potencial de transmissão da encefalite espongiforme. O mesmo valeria para os tubos endotraqueais e máscaras laríngeas8 . Contudo, essa não é medida de consenso e o mais aceito é que os laringoscópios sejam submetidos à limpeza meticulosa e pelo menos desinfecção de alto grau utilizando, por exemplo glutaraldeido alcalino a 2% que é não corrosivo para metais.
8 – Conhecer as soluções usuais de antissépticos, ações e efeitos
ANTISSÉPTICOS 
Um antisséptico adequado deve exercer a atividade gemicida sobre a flora cutâneo-mucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas. Muitos testes in vitro foram propostos para avaliar a ação de antissepticos, mas a avaliação definitiva desses germicidas só pode feita mediante testes in vivo. Os agentes que melhor satisfazem as exigências para aplicação em tecidos vivos são os iodos, a cloro-hexidina, o álcool e o hexaclorofeno.
Compostos de Iodo – O iodo é um agente bactericida com certa atividade esporicida. Esta, contudo, é influenciada por condições ambientais como a quantidade de material orgânico e o grau de desidratação. Além disso, o iodo é fungicida e, de certo modo, ativo contra o vírus.
Iodóforos – Além de conservar inalteradas as propriedades germicidas do iodo, apresenta as seguintes vantagens sobre as soluções alcoólicas e aquosas desse agente, pois não queima, não mancha tecidos, raramente provoca reações alérgicas, não interfere no metabolismo e mantém ação germicida residual. São chamados de iodóforos e liberam o iodo lentamente, permitindo uma estabilidade maior para a solução. 
Os compostos de iodo têm ação residual, entretanto sua atividade é diminuída em virtude da presen-ça de substâncias alcalinas em matérias orgânicas.
	Cloro-hexedina ou clorhexedina - Age melhor contra bactérias Gram-positivas do que Gram-negativas e fungos. Tem ação imediata e tem efeito residual. Apresenta baixo potencial de toxicidade e de fotossensibilidade ao contato, sendo pouco absorvida pela pele integra.
	Sabões e detergentes – Os sabões têm ações detergentes, que remove a sujidade, detritos e impurezas da pele ou outras superfícies. Determinados sabões apresentam formação de espuma que extrai e facilita a eliminação de partí- culas. A formação de espuma representa, além da ação citada, um componente psicológico de vital importância para a aceitação do produto. O cuidado maior que se deve ter no manuseio do sabão é evitar seu contato com a mucosa ocular, contato prolongado com a pele, que pode produzir irritação local
9 – Entender: DEGERMAÇÃO, FUMIGAÇÃO, DESINFECÇÃO,
ESTERILIZAÇÃO
Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de microorganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. 
Fumigação: é a dispersão sob forma departículas, de agentes desinfectantes como gases, líquidos ou sólidos.
Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente destruídos. 
Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.
10 – Manejo dos instrumentos cirúrgicos, colocar laminas no cabo de bisturi, abrir e fechar pinças hemostáticas 
BIBLIOGRAFIA
http://dicasparaenfermeiros.blogspot.com.br/2015/01/antissepsia-x-assepsia.html
Josenília Maria Alves Gomes, Assepsia e Antissepsia: Mitos e Verdades
Moriya T, Módena JLP, Assepsia e antissepsia técnicas de esterilização Medicina (Ribeirão Preto)
Medicina.net

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