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22/09/2017 1 Farmacognosia de Drogas Farmacognosia de Drogas que contêm que contêm QuinonasQuinonas Ruibarbo (Rheum palmatum L.) Compostos orgânicos produtos da oxidação de fenóis (redução fenóis) 2 grupos C=O conjugados com pelo menos 2 ligações C=C Coloridos – conjugação – cromóforos Denominações: antranóides, derivados antracênicos, derivados hidroxiantracênicos. 9,10-antraquinona Introdução O O OHOH 1 36 8 9 10 Ocorrência e Distribuição + 1500 quinonas Batérias, fungos, líquens, gimnospermas, angiospermas, ouriços-do-mar e cochonilhas. Plantas superiores Antraquinonas: Rubiaceae, Caesalpiniaceae (sene), Rhamnaceae (cáscara), Polygonaceae (ruibarbo) Liliaceae (aloe), Verbenaceae e Asphodelaceae. Naftoquinonas: Bignoniaceae (ipê roxo), Juglandaceae, Plunbaginaceae, Boraginaceae, Lythraceae, Ebenaceae, Droseraceae, Benzoquinonas: Myrsinaceae, Boraginaceae, Primulaceae e Iridaceae Características Químicas Nomenclatura Benzoquinonas O O 4 1 1 2 O O 1,4-benzoquinona 1,2-benzoquinona Ainda não foram descobertas aplicações terapêuticas para as benzoquinonas naturais. São encontradas nos artrópodos, sendo raras nos vegetais superiores. Características Químicas Nomenclatura Naftoquinonas O O O O 18 5 1 4 2 1,4-naftoquinona 1,2-naftoquinona Algumas naftoquinonas são antibacterianas e fungicidas, outras apresentam atividade antiprotozoárias e antivirais. Entretanto, nenhuma naftoquinona natural é atualmente utilizada com fins terapêuticos. São encontradas nos fungos, sendo esporádicas nas Angiospermas. naftaleno Características Químicas Nomenclatura Antraquinonas 9,10-antraquinona O O 1 4 9 105 8 Derivadas do antraceno, as antraquinonas são abundantes na natureza, sendo encontradas em fungos, liquens e nas Angiospermas. Apresentam importante atividade terapêutica. antraceno 22/09/2017 2 Características Químicas Variação Estrutural O O OHOH 1 36 8 9 10 C1 e C8 -OH C9 e C10 -CO C3 -CH3, -OCH3 e -CO2H C6 -OH e -OCH3 O- glicosídeos em C1, C8 ou C6. C-glicosídeos em C10 (derivados da antrona) O e C-Heterosídeos OH O OH O GlicO OH O OH HO Glic OH O OH O HO Antraquinona-livre Antraquinona-O-heterosídeo Antraquinona-c-heterosídeo Introdução O O OHOH OH O O OH OH OH Chiconina Alcalina (Natural Red 20) Alkanna tinctoria Boraginaceae O OOH O O OH OH Juglona Alizarina (raízes Rubia tinctorum L.), usada no (Natural Brown 7) Egito, Pérsia e Índia O O OH OH OH Aloe-emodina Antraciclinas Introdução O O OH O O O O H( )n Lapachol Ubiquinona (Ubidecarenona ou coenzima Q10) OH OHOO O OH OH O OH HO OH HO HOHO H OH OHOOH O OH OH HOHO H Cascarosídeo A Aloína A Formas reduzidas e oxidadas de antraquinonas HO O OHOH OHOH O HO Emodina-diantrona [ O] [ O] Emodina HO OOH OH O HO OOH OH HO OOH OH OH HO OH OHOH Emodina-antrona Emodina-antranol [ O] Emodina-oxantrona 1 2 3 45 6 7 8 9 10 Nas drogas secas, geralmente encontram-se mais oxidados que na planta fresca (enzimas de auto-oxidação). PLANTA FRESCA: glicosídeos de antronas monoméricas oxidação glicosídeos antraquinônicos Secagem dimerização glicosídeos de diantronas 22/09/2017 3 Propriedades Físico-Químicas e Reatividade Antroquinonas são substâncias cristalinas de cor amarela ou vermelha. As antronas e antranóis são geralmente amarelos, enquanto as antraquinonas são laranjas ou vermelhas e as naftodiantronas são violeta-avermelhada As antraquinonas são mais estáveis; antronas e diantronas são relativamente estáveis em solução aquosa ácida, mas em presença de base são rapidamente oxidadas a antraquinonas Quinonas hidroxiladas transformam-se nos ânions fenolatos correspondentes, em meio alcalino, apresentando coloração púrpura a violeta. e _ /2H + O O O O OH OH e _ Benzoquinona Semiquinona Hidroquinona Propriedades Físico-Químicas e Reatividade Possuem alta reatividade e são agentes oxidantes. Extração Solventes apolares: clorofórmio (obtenção de quinonas poliméricas: di, tri, tetrâmeros), acetona, éter etílico, hexano A extração com metanol pode levar a produção de artefatos metoxilados 7-metiljuglona 2-3-metoxi-derivados Método extrativo: Maceração, percolação Para extração de formas reduzidas deve-se tomar alguns cuidados para evitar a oxidação: Extração em condições anaeróbicas com uso de CO2 sólido ou nitrogênio líquido Isolamento e purificação Realizado por cromatografia em coluna usando gel de sílica ou resinas como Sephadex LH-20 e/ou Amberlite XAD-2 e CCD preparativa. Podem ser usadas CCC e eletroforese capilar (isolamento antraquinonas ruibarbo) Eluente Acetato de etila Caracterização Química Reações químicas • Reação com substâncias redutoras ditionato de sódio hidroquinona (incolor) • Reação de Bornträeger meio alcalino alteração da cor da quinona 1,8-di-hidroxi-antaquinonas Vermelho 1,2-di-hidroxi-antaquinonas Azul violeta Antrona e diantrona Amarelo Vermelho Caracterização Química Reações químicas p-quinonas sol etanólica de 2,4-dinitrofenil-hidrazina laranja até violeta ou verde •Reagente de Craven cianoacetato de etila em sol etanólica de NH4OH azul intenso Detecta p-benzo ou naftoquinonas com H ou Cl adjacente à carbonila do anel quinônico 22/09/2017 4 Caracterização Química Métodos físico-químicos • Quinonas apresentam coloração intensa no visível e no UV O espectro de UV de benzoquinonas é mais característico que o de naftoquinonas e antraquinonaa • No IV as carbonilas são responsáveis por bandas intensas e típicas (1630-1700cm-1) • Para elucidação estrutural: RMN 1H e 13C, espectros de massas e difração de raio X Caracterização Química Análise Quantitativa •Metodologias que envolvem suas propriedades oxidantes •Reação de Bornträeger espectrofotômetro •Solução metanólica de acetato de magnésio absorção a 515 nm •CLAE •CCD seguida de densitometria Biossíntese Ácido chiquímico Acetato-chiquimato Acetato-Mevalonato Biossíntese de Antraquinonas via Ácido Chiquímico OH OH OH OHO HO OH O O O Ácido chiquímico Ácido cetoglutárico O OH OH O O Ácido o-succinilbenzóico HO OH OH O Ácido mevalônico O O Antraquinona Biossíntese de Antronas via Acetato/Mevalonato SCoA O ACoS OH O O 4 Malonil CoA AcetilCoA S - CoA O O O O O 3 Malonil Coa O O O O O O O O HO OH O OH NADPH NADPH+ S - CoA O O O O HO 3 Malonil Coa O O O O O O O OH O OH Crisofanol-antrona Emodina-antrona Atividade Biológica • Defesa contra insetos e outros patógenos Espécies de Leguminosae apresentaram toxicidade para cupins Encontrou-se quinonas em Cinchona ledgeriana em partes da planta infectadas com fungos patogênicos Primina do gênero Primula, demostrou ação protetora contra insetos fitófagos • Atividade alelopática Juglona de Juglans regia inibe a germinação de outras plantas 22/09/2017 5 Atividade Farmacológica • LAXANTE • Diversas naftoquinonas presentes em gêneros da família Ebenaceae, Bignoniaceae e Plunbaginaceae apresentamação contra Leishmania • Naftoquinonas de Kigelia pinnata também são responsáveis por atividade antibacteriana, antifúngica e antitumoral • Atividade antiviral (herpes do tipo I) (SYDISKIS et al.,1991) Mecanismo de Ação • Estimulação direta da contração da musculatura lisa do intestino, aumentando a motilidade intestinal (relacionado a liberação de histamina). • Inibição da reabsorção de água através da inativação da bomba Na+/K+-ATPase. • Inibição dos canais de Cl- Farmacocinética • Heterosídeos antranóides são farmacologicamente inertes e entram inalterados no cólon, onde são metabolicamente alterados por bactérias, liberando as substâncias ativas. • Os antranóides são absorvidos a partir do cólon e excretados como conjugados de glucoronídeo ou sulfato na urina, tornando-as amarelo-escura avermelha. São excretados também bile, saliva e leite. • O efeito dos antranóides aparece em torno de 6-12 horas após a administração. Efeitos Adversos e Toxicologia • Consumo regular leva ao escurecimento da mucosa do reto e cólon. • Alterações morfológicas no reto e cólon, tais como fissuras anais, prolápsos hemorroidais, entre outras. • Dor abdominal e cólica. • Em altas doses diarréia. • Processos inflamatórios e degenerativos, com risco de redução do peristaltismo, conduzindo à atonia. • Perda de eletrólitos, K+, por ex. Efeitos Adversos e Toxicologia • Administração contínua produz melanosis coli (desordem de pigmentação da parede do cólon). • Novo agente etiológico de asma e renite, principalmente em pessoas envolvidas na manipulação (Giavina-Bianchietal.,1997). • Heterosídeos antraquinônicos de Cassia angustifolia e C. fistula são genotóxicos (Mukhopadhyay et al.,1998). Contra-indicação, interações e dose • Os antranóides são contra-indicados em obstrução intestinal total ou parcial. • Gravidez e amamentação. • Hipersensibilidade a droga. • Interações com glicosídeos cardíacos e outras drogas podem ocorrer indiretamente como resultado de desequilíbrio eletrolítico (hipocalcemia). • A dose diária não deve exceder 20-30 mg de antranóides Planta Antranóides integrais (%) Dose diária (g) Ruibarbo 2-3 1 Folhas de sene 2-3 1 Frutos de sene 3-6 0,5-1 Casca de frângula 6-9 0,5 Cáscara > 8 0,5 Aloe 20-40 0,1 22/09/2017 6 Relação Estrutura-Atividade Os glicosídeos antraquinônicos são mais ativos, porém possuem baixa lipossolubilidade. Antronas e diantronas são 10 mais ativas que as formas oxidadas Hidroxilas nas posições 1 e 8 são essenciais para ação laxante.O O OHOH 1 36 8 9 10 Drogas Antraquinônicas Cáscara-sagrada Nome científico: Rhamnus purshianus DC Sinonímia científica: Frangula purshiana DC Família: Rhamnaceae Parte usada: Casca dos caules Pequeno arbusto Distribuição: Região do pacífico da América do Norte Cáscara-sagrada Usos terapêuticos • Em doses baixas é colagogo e laxante • Em doses altas é purgante OBS: As casca do caule dessecadas devem ser aquecidas a 100o C por 1 a 2 horas ou estocadas no mínimo por 1 ano antes da utilização, Para a oxidação de antronas que podem causar vômito, espasmos e diarréia nos usuários. Gênero:Rhamnus Outras atividades farmacológicas • Rhamnus formosana apresenta atividade antiinflamatória (WEI et al.,2001) • Rhamnus nakaharai utilizado na medicina popular de Taiwan para o tratamento de constipação, inflamação tumor e asma ( KO et al.2003) • Rhamnus triquerta apresenta atividade antiflamatória e antiúlcera (GOEL et al., 1991) • Rhamnus lycioides apresenta ação anti-hipertensiva (Terencio et al.,1991) O R3 OGli R1 OH R2 O R3 OH OR1 OH R2 R1 R2 R3 Cascarosídeos OH Gli H A OH H Gli B H Gli H C H H Gli D R1 R2 R3 H Gli H Aloína A H H Gli Aloína B Ram H Gli Aloinosídeo A Ram Gli H Aloinosídeo B Substâncias ativas Contém pelo menos 8% de antranóides integrais, dos quais 2/3 são cascarosídeos • 80-90% de C-heterosídeos • 10-20% de O-glicosídeos Forma de utilização Preparações na forma de extratos secos e líquidos são usadas, como componentes em produtos farmacêuticos Não é adequado para chás devido ao seu odor desagradável 22/09/2017 7 Algumas Especialidades Farmacêuticas • Eparema: associação de extratos de Cáscara-sagrada, boldo e ruibarbo Apresentação: solução,drágea e flaconetes • Enterotonus infantil: associação de salicilato de fisostigmina, sulfato de atropina, extrato fluido de R. purshianus Apresentação: frasco conta-gotas • Licor de cacau Vermífugo deXavier: Associação depiperazina e Cáscara-sagrada Apresentação: frasco • Chofranina: Associação de Cáscara-sagrada e alcachofra Apresentação: flaconetes, comprimidos e solução • Cápsulas de Cáscara-sagrada Apresentação: 200, 90 e 80 mg Drogas Antraquinônicas Frângula (Amieiro-preto e Sanguinheiro) Nome científico: Rhamnus fragula L. Família: Rhamnaceae Parte usada: Casca dos caules Pequeno arbusto ou árvore decídua Distribuição: Largamente disseminado na Europa e no oeste da Ásia Substâncias ativas • A casca contém 6-9% de glicosídeos de antraquinonas • Possuem principalmente O-glicosídeos de antronas e diantronas, têm por isso ação mais suave Frangulina Glicofrangulina Buckthorn Nome científico: Rhamnus cathartica L. Família: Rhamnaceae Parte usada: Casca dos caules Hábito: arbustivo Seus frutos são utilizados na medicina veterinária e como corantes Substâncias ativas: Emodina, aloe-emodina, crisofanol, Glicosídeos da reína, frangula-emodina, rhamnicosídeo e alaterina Crisofanol Ruibarbo Nome científico: Rheum palmatum L., Rheum tanguticum e Rheum officinale L. Família: Polygonaceae Distribuição: Ásia Parte usada: rizomas Rheum officinale 22/09/2017 8 Ruibarbo • Utilizado há séculos na China para constipação • Para calores, problemas renais e gástricos • Desinteria, homeostase sanguínea, ajuda na circulação • Tem valor medicinal e como alimento • São produzidos na China e exportados com vários nomes comerciais Rheum officinale Ruibarbo • Constituíntes: antraquinonas e seus heterosídeos, diantronas, estilbenos, antocianidinas, flavonóides, polifenóis, óleos essenciais, ácidos orgânicos, cromenos, cromanona, chromona, heterosídeos e vitaminas. Substâncias ativas Rheum palmatum O O OHOH R1 R2 R1 R2 H CH3 Crisofanol OH CH3 Emodina OCH3 OH Fisciona H COOH Reína Sene, Sene-da-Índia, Sene-de-Tinevelly e Sene de Alexandrina Nome científico: Cassia angustifolia Sinonímia científica: Senna alexandria Miller Vahl., Cassia acutifolia L., Cassia senna L., Família: Leguminosae, subfamília Caesalpiniaceae Distribuição: Somália, na península arábica E Índia Parte usada: folíolos e frutos Drogas Antraquinônicas Sene • Esse nome vem do árabe Senna e Cassia que vem do hebreu “qetsiah”, e significa cortar fora (o córtex de algumas plantas era extraído para ser usado). • Segundo Isaac, o Judeu egípcio, que viveu 850-900 d.C.,o sene foi levado de Meca para o Egito • Foi introduzido na medicina européia no séc.IX ou X pelos árabes. • É colhido em abril e setembro cortando-se o topo da planta 15 cm acima do solo. • O princípio ativo de senna foi primeiramente isolado e caracterizado por Stoll em 1941. • Identificou-se os senosídeos A e B, posteriormente identificou-se os senosídeos C e D Drogas Antraquinônicas Sene • A droga vegetal nãocontém menos que 2,5 % de glicosídeos calculados em senosídeo B (European Pharmacopeia, 2002). Já o extrato seco titulado de sene contém no mínimo 5,5 % e no máximo 8,0 % de heterosídeos calculados em senosídeos B (Farmacopéia Portuguesa, 2002). • Principais constituíntes: antraquinonas livres e seus heterosídeos, flavonóides, taninos e substâncias amargas. Substâncias ativas: Crisofanol, aloe-emodina, antranolreina, reina-8-glicosídeos, reína diglicosídeo, reína-antrona, antrona-8-glicosídeo, senosídeos A, B, C e D O OHOH OH O O OHOH OH Reína-antrona Aloe-emodina Babosa ou Aloés Nome científico: Aloe barbadensis Miller, Aloe ferox Miller e seus híbridos com A. africana Mill e A. spicata Baker. Planta perene e suculenta Família: Liliaceae Distribuição: Climas secos e quentes Parte usada: Látex dessecado das folhas Drogas Antraquinônicas Aloe ferox 22/09/2017 9 Babosa ou Aloés • Há 3500 a.C., um antigo papiro descreve as valiosas propriedades medicinais de Aloe • Dioscorides utilizava Aloe para o tratamento de problemas na pele • Na África do Sul existem 130 espécies, das quais algumas se atribuem poderes místicos. São utilizadas como tonificante, para eczema e como vermífugo. • São utilizadas externa e internamente para o tratamento de feridas profundas, para inflamação, como purgante e laxante, auxiliar da digestão e para aborto. Aloe barbadensis Propriedades farmacológicas Atividade antifúngica Atividade citotóxica Atividade antiinflamatória Atividade angiogênica Cicatrizante em feridas e queimaduras Imunomodulador Hipoglicêmico Gastroprotetor Composição química de Aloe • Antraquinonas: aloe-emodina, ácido aloético, aloina, antranol, barbaloina, isobarbaloina, emodina. • Sacarídeos: celulose, glicose, mannose, aldopentose acemannana, glicomannana, glicomannana acetilada, galactogalacturana, glicogalactomannana, galactoglicoarabinomannana • Vitaminas: B1, B2, B6, C, -caroteno, colina, ácido fólico, tocopherol • Enzimas: amilase, carboxypeptidase, catalase, cyclooxidase, lipase, oxidase •Substâncias de baixa massa molar: arachidonic acid, colesterol, Giberelina, ligninas, ácido salicílico, sitosterol e outros esteróides, triglicerídos e ácido úrico. O R3 OH OR1 OH R2 R1 R2 R3 H Gli H Aloína A H H Gli Aloína B Ram H Gli Aloinosídeo A Ram Gli H Aloinosídeo B Atividade farmacológica das substâncias de Aloe • Glicoproteínas: efeito cicatrizante por estimular a proliferação celular, Antialégico • Polissacarídeos: cicatrizante, antiinflamatório, anticancer, imunomodulação, Antimicrobiano, antitumor. • Aloesina responsável por proliferação celular e inibição da síntese de melanina. • Antraquinonas: purgante, antiinflamatório, antiprotozoário, atividade antioxidante, proliferação celular na cicatrização, anticancer, antibacteriana, genotóxica e mutagênica (aloe-emodina e emodina). Ipê-Roxo, Pau-d’arco Nome científico: Tabebuia heptaphylla Vel. Família: Bignoniaceae Origem: América do Sul e Central Parte usada: Casca dos caule Drogas Antraquinônicas Ipê-Roxo, Pau-d’arco • Lenho resistente que confere madeira de valor comercial • Utilizada como corante • A casca da árvore é utilizada na medicina popular como adstringente, adstringente, febrífugo e antireumático. • Na década de 70, a publicidade envolvendo o uso de extratos à base de Tabebuia spp. contra diversos tipos de câncer quase colocou essa planta em risco de extinção. Drogas Antraquinônicas 22/09/2017 10 Ipê-Roxo, Pau-d’arco Composição Lenho: lapachol,desidro--lapachona Cascas: furanoftoquinonas Atividade farmacológica •As furanoftoquinonas são citotóxicas •O lapachol é antitumoral in vivo •Já foi já foi testado clinicamente, mas as pesquisas foram supensas devido a baixa disponibilidade, necessitando de altas doses, o que o tornava tóxico • Os efeitos tóxicos são prolongamento do efeito protorombina, devido a semelhança química com a vitamina K O O OH Lapachol Bibliografia ALMEIDA, E.R. Plantas Medicinais Brasileiras. Ed Hemus, 1993, 370 p BRITISH HERBAL MEDICINE ASSOCIATION. British Herbal Pharmacopoeia. 4th. England:BHMA, 1996. BRUNETON, J.; DEL FRESNO, A.V. Farmacognosia, Fitoquímica e Plantas Medicinais. 2 ed. Espanha:Acribia, 2001, 1099 p. CHOI, S.; CHUNG, M.-H. A Review On The Relationship Between Aloe Vera Components And Their Biologic Effects Seminars in Integrative Medicine, v. 1, n. 1, p. 53-62, 2003. CORREA, M.P. 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