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ALIMENTOS
SEMINÁRIO 
 
VISÃO HISTÓRICA
Poder familiar (pátrio poder).
Filhos ilegítimos.
Investigação de paternidade (a fim de buscar alimentos). 
Obrigação alimentar do marido em favor da mulher inocente e pobre. 
Honestidade como condição para obter pensão alimentícia. 
Castidade (provar que era pura, recatada, além de fiel ao ex- marido).
Com a Lei do Divórcio (L6.515/77), o dever alimentar entre os cônjuges passou a ser recíproco. 
O consorte responsável pela separação é quem pagava alimentos ao inocente (só o inocente fazia jus à pensão alimentícia).
 O Código Civil anterior, vedava a renúncia aos alimentos, a obrigação alimentar era intransmissível.
CONCEITO 
“Todos têm direito de viver, e viver com dignidade. Surge, desse modo, o direito a alimentos como princípio da preservação da dignidade humana (CF 1.III). Por isso os alimentos têm a natureza de direito de personalidade, pois asseguram a inviolabilidade do direito à vida, à integridade física. Inclusive, foram inseridos entre os direitos sociais (CF 6.°). Depois dos cônjuges e companheiros, são os parentes os primeiros convocados a auxiliar aqueles que não têm condições de subsistir por seus próprios meios. A lei transformou os vínculos afetivos em encargo de garantir a subsistência dos parentes. Trata-se do dever mútuo auxílio transformado em lei. Aliás, este é um dos motivos que leva a Constituição a emprestar especial proteção à família (CF 266). Parentes, cônjuges e companheiros assumem, por força de lei, a obrigação de promover o sustento uns dos outros, aliviando o Estado e a sociedade desse ônus. Tão acentuado é o interesse público para que essa obrigação seja cumprida que é possível até a prisão do devedor de alimentos (CF 5.°LXVII)” – (Maria Berenice Dias, Alimentos, 513) 
JURISPRUDÊNCIA – CONCEITO DE ALIMENTOS
TJ-RJ - APELACAO APL 00443490620128190021 RJ 0044349-06.2012.8.19.0021 (TJ-RJ) - Data de publicação: 23/01/2014. Ementa: ALIMENTOS - PLEITO RECURSAL DE MAJORAÇÃO VERBA QUE DEVE ATENDER AO TRINÔMIO NECESSIDADE, POSSIBILIDADE E RAZOABILIDADE. DEVER ALIMENTAR.O conceito de alimentos abrange outras carências e necessidades igualmente relevantes àquelas restritas à sobrevivência, como a educação, a saúde, o lazer, o vestuário, o transporte, e outras, dependendo sempre da condição de vida da pessoa necessitada, e da possibilidade daquele a quem os alimentos são exigidos. A possibilidade do réu foi demonstrada e afirmada pelo mesmo, em sua contestação, bem como a necessidade do menor. Provimento ao recurso. Fonte: www.jusbrasil.com.br
NATUREZA JURÍDICA
“A fundamentação do dever de alimentos se encontra no princípio da solidariedade, ou seja, a fonte da obrigação alimentar são os laços de parentalidade que ligam as pessoas que constituem uma família, independentemente de seu tipo: casamento, união estável, famílias monoparentais, homoafetivas, sociafetiva (eudemonista) [...] omissis [...] A natureza jurídica dos alimentos está ligada à origem da obrigação [...] omissis [...] Trata-se de obrigação alimentar que repousa na solidariedade familiar entre os parentes em linha reta e se estende infinitamente. Na linha colateral, é necessário reconhecer que a obrigação vai até o quarto de parentesco, guardando simetria do direito sucessório. O encargo alimentar decorrente do casamento e da união estável tem origem no dever de mútua assistência, que existe durante a convivência e persiste mesmo depois de rompida a união [...] omissis [...] Para o direito, alimento não significa somente o que assegura a vida. A obrigação alimentar tem um fim precípuo: atender às necessidades de uma pessoa que não pode prover a própria subsistência” - (Maria Berenice Dias, Alimentos, 513 e 514) 
JURISPRUDÊNCIA (NATUREZA JURÍDICA)
TJ-DF - Apelação Cível APC 20130110243547 (TJ-DF). Data de publicação: 10/11/2015. Ementa: DIREITO CIVIL. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. BENEFÍCIO PAGO A EX-CÔNJUGE. DEVER DE PRESTAR ALIMENTOS. BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE. DIVÓRCIO. LONGO PERÍODO DE SEPARAÇÃO. RETORNO AO MERCADO DE TRABALHO. PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE. 1. O dever de prestar alimentos entre os cônjuges separados judicialmente possui natureza excepcional e meramente suplementar. 2. De acordo com o binômio necessidade-possibilidade previsto no Código Civil (art. 1.694, § 1°), são devidos alimentos quando quem pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, a própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento (art. 1.695). 3. Mesmo transcorrido longo período desde a separação do casal, permanece a obrigação de prestar alimentos quando a atual situação financeira da parte alimentada não favorece seu retorno ao mercado de trabalho, prevalecendo, no caso, o princípio constitucional da solidariedade. 4. Recursos conhecidos e não providos. Fonte: www.jusbrasil.com.br
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Responsabilidade do Alimento
Decorrentes da lei, a responsabilidade quanto ao alimento, ou seja, tudo que é necessário para subsistência e vida digna desde alimentos básicos, vestuário, moradia, saúde, educação até status social, se apresenta como::
Dever familiar - relação entre pais e filhos menores, cônjuges e companheiros, para sustento e mutua assistência. (Arts. 1.566, III, IV, e 1.724 CC/02). Na separação judicial contribuirão na proporção dos seus recursos (Art. 1.703 CC/02)
Obrigação alimentar - Fundada no parentesco (Art. 1694 CC/02), engloba ascendentes, descendentes e graus com reciprocidade (Cabendo Enunciado 341 do CJF/STF, relação socioafetiva para fins do Art. 1696 CC/02), podendo ser divisível e transmissível.
Pressupostos do dever
	Estão localizados nos termos dos arts. 1.694 e 1.695 do CC/02.
Vínculo de parentesco, casamento ou união estável, inclusive homoafetiva.
Enunciado 341 do CJF/STJ – Inclui-se a parentabilidade socioafetiva (Parentesco) – elemento gerador de obrigação alimentar (Art 1.696 CC/02)
Necessidade do alimentado ou credor;
Possibilidade do alimentante ou devedor (Analisado a riqueza do devedor) – Enunciado n.573 do CJF/STJ, da Vl jornada de Direito Civil.*
* Neste item, constitui o binômio (Necessidade/Possibilidade)
Flávio Tartuce, complementa que alguns doutrinadores falam sobre trinômio alimentar 
Para Maria Berenice Dias: O trinômio é assim constituído de proporcionalidade, necessidade, possibilidade.
Para Paulo Lobo: O trinômio é: necessidade, possibilidade e razoabilidade
CLASSIFICAÇÕES DE ALIMENTOS/ESPÉCIES
 Conforme Flávio Tartuce, são divididos em 3 fontes, são elas:
Legais ou Familiares, onde a falta de pagamento cabe prisão civil do devedor. 
Casamento;
União Estável;
Parentesco (incluindo Gravídicos, ou seja, nascituro e a gestante).
B) Convencionais: decorrentes da vontade do instituidor (obrigação assumida contratualmente), não cabe prisão.
Contrato;
Testamento;
Legado.
CONTINUAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES
Indenizatórios, Ressarcitórios ou Indenitários: decorrem da prática de um ato ilícito. Não cabe prisão.
 Ex.: Homicídio ou qualquer hipótese em que haja dependentes do morto.
QUANTO A SUA NATUREZA/EXTENSÃO
A) CIVIS / CÔNGRUOS – Visa a condição, status social, anterior da pessoa (Art. 1.694 C.C/02), isto é, seguindo a necessidade da razoabilidade.
B) INDISPENSÁVEIS OU NATURAIS - Refere-se ao indispensável a sobrevivência com dignidade.
Alimentação,
Saúde,
Educação (eventualmente),
Moradia e Vestuário.
C) PARA CARLOS ROBERTO GONÇALVES – COMPENSATÓRIA: Prevê compensar desequilíbrios econômicos decorrentes do término da relação.
QUANTO A FINALIDADE
Definitivos ou regulares: Fixados definitivamente conforme acordo de vontades ou de sentença judicial, já transitada em julgado, desde 2007 (Lei A Lei 11.441/2007), possibilita fixar por escritura pública, quando houver separação ou divórcio extrajudicial, mesmo sendo definitivo, pode ser revisto caso ocorra alteração substancial, cabendo majoração, diminuição ou exoneração do encargo.
Alimentos provisórios: Segue rito especial em
caráter de urgência (liminar), com comprovação pré constituída de parentesco, casamento ou companheirismo, fixa antecipadamente no despacho inicial proferido na ação de alimentos Lei 5.478/68, tendo repercussão prática.
CONTINUAÇÃO QUANTO A FINALIDADE
C) Alimentos provisionais: Fixados por liminar como medida cautelar, sem ser rito especial, mantendo a parte que os pleiteia no curso da lide (ad litem), até o resultado da prova pré constituída (investigação de paternidade ou reconhecimento de dissolução da união estável); tem natureza satisfativa, antecipando os efeitos da sentença definitiva.
Alimentos transitórios: Obrigação de alimento por tempo determinado (ressalva quando o alimentado não tenha como readquirir sua autonomia financeira) a favor do ex-cônjuge ou ex-companheiro, cabível para pessoas com idade, condição e formação profissional compatível, com provável inserção no mercado de trabalho, necessitando dos alimentos até que atinjam autonomia financeira, emancipando-se da tutela do alimentante, automaticamente se extingue a obrigação. Recente jurisprudência do STJ, REsp 1.025.769/MG – Informativo, 444.
QUANTO AO TEMPO
Pretéritos: segundo princípio da atualidade, por regra, não podem ser pleiteados, ficaram no passado, salvo quando existe uma sentença pré-fixada ou acordo entre partes com prazo prescricional de 2 anos do vencimento. (Art. 206, 2º do CC);
Presentes: Os atuais, possíveis de pleitear;
Futuros: Os alimentos pendentes que poderão ser acordados oportunamente.
QUANTO A FORMA DE PAGAMENTO
Alimentos próprios ou in naturas - Pagos em espécie, seja no fornecimento de alimentação, sustento e hospedagem, sem prejuízo do dever de prestar o necessário para a educação dos menores (Arts. 1701, caput, CC/02). Pode modificar a forma de prestação alimentar, se demonstrar razão pela qual a modalidade não mais atende a finalidade da obrigação.
Alimentos Impróprios – Pagos mediante pensão, cabe ao devedor escolher mas não tem poder absoluto, a determinação é definida pelo juiz, que fixa a forma de cumprimento da prestação (Art. 1701 Parágrafo único do CC/02), em geral por salário mínimo, mas podem ser atualizados de acordo com índices oficiais (Art. 1.710 do CC/02) .
Alimentos Gravídicos
Alimentos Gravídicos:
Direito de alimento ao nascituro, representado pela mãe, o pai participa durante a gestação com as despesas adicionais , iniciando no momento da concepção até o parto, como alimentação especial, medicamentos, exames complementares, parto, isto é, toda a necessidade que seja indispensável para a gestante. Essas despesas são compartilhados entre os pais.
Contudo, baseado somente em indícios de paternidade. (hoje o exame de DNA é possível fazer no feto) 
	Regulamentado pela Lei 11.804/08
	
Comprovação Alimentos Gravídicos
Petição inicial de alimentos gravídicos - comprovação de gravidez e indícios de paternidade do réu (cartas, e-mails, comprovação de hospedagem, fotografias comprovando relacionamento, etc., condizentes com período de concepção) , ausentes provas que indiquem paternidade, é inviável a fixação de alimentos provisórios. Ressaltamos que o vinculo provisório da paternidade pode ser desconstituído após nascimento, momento que permite exame de paternidade sem risco para criança.
O art 9  moldou a  Lei n. 11.804 , " em caso de resultado negativo do exame pericial de paternidade, o autor responderá, objetivamente, pelos danos materiais e morais causados no réu", vetado porém , pois afrontava o principio constitucional do acesso à justiça, restando a responsabilidade da autora com base no art 186 do CC prova de dolo ou culpa em sentido estrito do causador do dano, responsabilizada (autora) somente se revelada total ausência de cautelas mínimas, ou seja, somente dolo ou culpa gravíssima de fundamento para sentença condenatória.
Uma vez julgada improcedente a ação de alimentos, descabe a ação de repetição de indébito por parte do suposto pai ( principio da irrepetibilidade dos alimentos )
* Lei n. 11.804/ 2008  - cabe prisão civil do devedor nos alimentos gravídicos, inclusive deferidos em qualquer caso de tutela de urgência ( V Jornada de Direito Civil do Conselho de Justiça Federal, enunciado 522 )
TIPOS DE ALIMENTOS
ALIMENTOS IN NATURA: são os indispensáveis para garantir a subsistência, como alimentação, vestuário, saúde, habitação, educação etc. 
TJ-RS - Apelação Cível AC 70064688724 RS (TJ-RS). Data de publicação: 10/07/2015. Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. ALIMENTOS. FILHA MENOR DE IDADE. FIXAÇÃO. BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE. DISCORDÂNCIA DO VALOR FIXADO A TÍTULO DE ALIMENTOS IN NATURA. A fixação dos alimentos deve atender ao binômio necessidade (de quem pede) e possibilidade (de quem paga). Existindo a possibilidade de a substituição dos alimentos alcançados in natura (moradia) por percentual do salário do alimentante desequilibrar a relação alimentar impõe-se desprover o pedido. Afinal, trata-se do pagamento di imóvel de residência da alimentada. NEGARAM PROVIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70064688724, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 02/07/2015). Fonte: www.jusbrasil.com.br
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TIPOS DE ALIMENTOS
ALIMENTOS IN PECUNIA (OU ALIMENTOS CIVIS): destinam-se a manter a qualidade de vida do credor, de modo a preservar o mesmo padrão e status social do alimentante. 
TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70059353904 RS (TJ-RS). Data de publicação: 16/04/2014. Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO. ALIMENTOS. FILHOS MENORES. ACORDO DE ALIMENTOS. PAGAMENTO DA DIFERENÇA DE VALOR DA PENSÃO DEVE SER COBRADO EM AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. CABE O DESCONTO EM FOLHA DO VALOR ACERTADO NO ACORDO, IN PECUNIA. Viabilidade de operacionalizar o pagamento mediante desconto na folha de pagamento do alimentante. RECURSO PROVIDO EM PARTE. (Agravo de Instrumento Nº 70059353904, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 11/04/2014). Fonte: www.jusbrasil.com.br
CARACTERÍSTICAS
Direito personalíssimo, intransferível, exercido apenas pelo seu titular, sendo esta uma característica essencial, qual emana as demais:
Incessivel: Tem caráter personalíssimo, vedado a cessão de alimentos futuros, exceto para prestações vencidas.
Segundo Orlando Gomes, o direito a prestação de alimentos é por definição e substância intransferível, todavia se a prestação estiver vencida pode ser objeto de transação.
Impenhorável: por possuir caráter essencial a subsistência. Art. 1707CC/02 o crédito alimentar é insuscetível de cessão, compensação ou penhora.
Incompensável; O ordenamento jurídico, não permite a compensação do direito a alimentos por constituir meio de extinção da obrigação, a qual poderá causar prejuízo insanável ao alimentando.
CARACTERÍSTICAS
Imprescritível; Não há prazo prescricional para propor Ação, porém prescreve em 2 anos o direito de pleitear pensões se fixado em sentença ou acordos a partir do vencimento.
art. 198CC/02 não corre prescrição contra incapaz. 
Intransacional; Devido ao caráter personalíssimo é impossibilitado servir como objeto de transação, permitido apenas ao direito de pedir alimentos, sendo indispensável a intervenção do Ministério Público. 
Atual; art. 1710CC/02 as prestações alimentícias serão atualizadas de acordo com o índice oficial estabelecido.
A atualização tem como objetivo garantir a segurança e melhor definição nas prestações. 
Irrepetível; Não há restituição dos valores pagos, mesmo que a ação seja declarada improcedente. 
Irrenunciável; art. 1707CC/02 é vedado a renúncia do direito a alimentos, todavia é possível renunciar ao exercício.
Pessoas obrigadas a prestar alimentos
Em razão da dissolução da união conjugal
Perdura o dever de mútua assistência – independente da vontade;
Ineficácia da renúncia em pacto antenupcial ;
Impossibilidade de buscá-lo em momento posterior ;
 Flávio Tartuce defende a possibilidade – Princípios
constitucionais: solidariedade e dignidade humana
Renda líquida dos bens havidos em comum;
Fim do instituto da culpa;
Bens provenientes da dissolução X alimentos.
O dever cessa com nova união: casamento ou união estável (art. 1.708, CC/02);
Procedimento indigno em relação ao devedor (art. 1.708, parágrafo único, CC/02)
Pessoas obrigadas a prestar alimentos
Decidiu o STJ:
“O fato de a mulher manter relacionamento afetivo com outro homem não é causa bastante par a dispensa da pensão alimentar prestada pelo ex-marido, acordada quando da separação consensual, diferentemente do que aconteceria na união estável. Precedentes. Recurso não reconhecido”
(REsp. 107.959-RS, 4º T., rel. Ruy Rosado de Aguiar, j. 7-6-2001, RT 797/200).
Pessoas obrigadas a prestar alimentos
Em razão da nulidade do casamento
Persistência do dever de assistência recíproca durante o processo de desconstituição
Independentemente de boa ou má-fé
Possibilidade de concessão de alimentos provisionais;
Não cabe distinção quanto ao vício e se é nulo ou anulável. 
Vício nulo ou relativo: os efeitos retroagem à data do matrimônio (art. 1.561, CC/02);
Casamento putativo: ao cônjuge de boa-fé assegurado o direito a prestação de alimentos. 
Pessoas obrigadas a prestar alimentos
União estável
Reconhecimento da prestação alimentar entre os conviventes – Lei 8.971/94.
Também inserido no art 1.694 CC/02, (o mesmo que trata entre os cônjuges).
Extinção do instituto da culpa com EC 66/10 – Quanto a concessão e qualificação
Revogação tácita art 1.702 e 1.704 CC/02
Pessoas obrigadas a prestar alimentos
Em razão do parentesco
Art. 1696, CC - O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Art. 1.697, CC - Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Pessoas obrigadas a prestar alimentos
Em razão do parentesco
Colisão com o direito sucessório que vai até o 4º grau.
Relação de ônus e bônus.
Rol taxativo – não inclui parentes por afinidade (Controvérsia jurisprudencial e doutrinária).
TJDF – “Quem assumi paternidade de uma criança, que não é filha biológica, deve pagar pensão alimentícia...Embora a menor não seja filha biológica do autor, não se pode ignorar um outro tipo filiação reconhecida pela doutrina e pela jurisprudência: a paternidade socioafetiva.
 
 TJDFT, Ap.20.070.510.006.227, 6ª T.
Pessoas obrigadas a prestar alimentos
Paternidade socioafetiva
Filiação sócio afetiva e Prevalência sobre o vínculo jurídico e genético.
Segundo Belmiro Pedro Welter, o filho afetivo tem direito aos alimentos dos pais genéticos não apenas quando ocorre a impossibilidade de alimentação pelos pais afetivos, mas também quando há necessidade de complementação de verba alimentar.
Belmiro Pedro Welter, Teoria Tridimensional do direito de família, 232.
Pessoas obrigadas a prestar alimentos
Decisão TJMA:
Apelação em ação ordinária declaratória de exoneração de prestação alimentícia c/c anulação de reconhecimento de paternidade. Exame de DNA negativo. Inexistência do poder familiar. Exoneração de prestar alimentos. Impossibilidade. 1. Embora inexista o poder familiar com a quebra do laço parental, a obrigação daí decorrente deve perdurar porquanto há substrato jurídico para manter o dever de alimentos é a existência do laço socioafetivo entre as partes. 2. Recurso conhecido e improvido.
TJMA, Autos 2010.004938-8(0348384-86.2007.8.04.0001), 1ª Cív. Ceva., rel. Des. Sabino da Silva Marques, j. 18/04/2011
Meios para garantir o pagamento da pensão
Ação de alimentos Lei 5.478/68;
De acordo com a lei citada, a ação de alimentos é de rito especial, a qual exige o cumprimento de alguns requisitos pelo credor:
Pedido: demonstrar suas necessidades, provar parentesco, obrigação de prestação de alimentos pelo devedor, indicar recursos dos quais o devedor dispõe. Se houver provas pré-constituídas, o juiz decidirá liminarmente, determinando o pagamento provisório dos alimentos (tutela antecipada). Se as provas forem apresentadas por cônjuge casado em regime de comunhão universal de bens, o alimentando terá direito a cinquenta por cento da renda líquida do alimentante.
 
Citação: O devedor é citado no prazo de 48h, informando o dia e hora da audiência de conciliação e julgamento, após o juiz fixa prazo de 15 dias para o alimentante apresentar a contestação (princípio do contraditório e ampla defesa) art. 5º, LV CF/88. Neste caso a resposta do réu ocorre após a audiência de conciliação e mediação devido ao caráter de urgência da ação. art. 5º, LXXlll CF/88 (celeridade do processo).
Meios para garantir o pagamento da pensão
Execução: se fundada em título extrajudicial, para prestação de alimentos, o juiz determinará ao devedor o pagamento no prazo de três dias.
O não pagamento de três prestação anteriores ao ajuizamento da execução e prestações vencidas no curso do processo, acarretará em prisão do alimentante. arts. 528, § 2º e § 7º CPC/15.
Execução por quantia certa;
Recai sobre bens, frutos e rendimentos do executado, arts. 824, 825, ll CPC/15.
Penhora: é permitido penhora para prestação de alimentos sobre: 
Soldos, salários, remunerações e proventos destinados ao sustento do devedor e de sua família. art. 833, IV, § 2º CPC/15.
Diante da impossibilidade de desconto de pensão em Folha de Pagamento do alimentante, seja fixado em sentença ou acordo, as prestações poderão ser cobradas de alugueres ou de quaisquer outros rendimentos do devedor. art. 17 Lei 5.478/68.
Ação de alimentos
Ação de alimentos Lei 5.478/68;
De acordo com a lei citada, a ação de alimentos é de rito especial, quem puder apresentar prova pré-constituída do parentesco. Certidão de nascimento (parentesco) e certidão de casamento ou união estável, (dever alimentar).
Para quem não tem os documentos citados acima, terá que ajuizar ação ordinária.
Alimentos naturais e civis:
Os alimentos provisionais serão fixados pelo Juiz nos termos do art. 1.706 CC/02
 Ação revisional de alimentos Lei 5.478/68 art. 13;
Regra especial de competência ou foro do domicílio ou residência do alimentando, art. 53, II CPC/15
art. 1.699 CC/02 Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.
BIBLIOGRÁFIAS
Manual de Direito das Famílias (de acordo com: I -Lei 12.344/2010 (Regime obrigatório de bens); II – Lei 12.398/2011 (Direito de visita dos avós).
Autora: Maria Berenice Dias.
Editora Revista dos Tribunais.
8.ª edição – revista, atualizada e ampliada.
Fechamento dessa edição: 26 de maio de 2011. 
Manual de Direito Civil Volume único 7a. Edição 2017, TARTUCE, Flávio
 
GRUPO – 3 
Beatriz Maria Santana	
Cleidina Xavier de Jesus
Eduardo de Sousa Carvalho Simões
Max Aragão de Oliveira
Vivian Simões de Lima 
 
FADISP – Faculdade Autônoma de Direito
Curso: Ciências Jurídicas (DIREITO).
Disciplina: Direito de Família. 
Docente: Janaina Paiva Sales.
6º semestre.
Data da apresentação: 27 de outubro de 2017.
5º andar.
Local: Rua João Moura, 313, Jardim Paulista - SP.

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