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Princípios do Direito de Família 2017

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Direito de Família
Maria Berenice Dias:
Direito de Família x Direito daS FamíliaS
Ampliação do conceito de entidade familiar
Paulo Lobo:
Consagração da força normativa dos princípios explícitos e implícitos pela CF/88
Princípios implícitos:
Frutos da interpretação do sistema constitucional ou
Oriundos da harmonização das normas constitucionais específicas (p. ex. princípio da afetividade)
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Princípios
Princípios fundamentais:
Dignidade da pessoa humana
Solidariedade
Princípios gerais:
Igualdade
3.1	Igualdade entre os filhos
3.2	Igualdade entre os cônjuges e companheiros
3.3	Igualdade na chefia familiar
Liberdade
Afetividade
Convivência familiar
Melhor interesse da criança
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Dignidade da Pessoa Humana
O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas, solteiras, separadas e viúvas. 
Súmula 364 do STJ: O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
O princípio constitucional da busca da felicidade, que decorre, por implicitude, do núcleo de que se irradia o postulado da dignidade da pessoa humana, assume papel de extremo relevo no processo de afirmação, gozo e expansão dos direitos fundamentais, qualificando-se, em função de sua própria teleologia, como fator de neutralização de práticas ou de omissões lesivas cuja ocorrência possa comprometer, afetar ou, até mesmo, esterilizar direitos e franquias individuais. - Assiste, por isso mesmo, a todos, sem qualquer exclusão, o direito à busca da felicidade, verdadeiro postulado constitucional implícito, que se qualifica como expressão de uma idéia-força que deriva do princípio da essencial dignidade da pessoa humana. (g.n.) (RE 477554 AgR/MG.)
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Solidariedade Familiar
Jurisprudência:
Alimentos x união estável rompida anteriormente ao advento da Lei 8.971, 29/12/1994. A união duradoura entre homem e mulher, com o propósito de estabelecer vida em comum, pode determinar a obrigação de prestar alimentos ao companheiro necessitado, uma vez que o dever de solidariedade não decorre exclusivamente do casamento, mas também da realidade do laço familiar. (STJ, REsp 102.819/RJ, Rel. Min. Barros Monteiro, 4ª Turma, j. 23/11/1998, DJ 12/04/1999, p. 154).
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Igualdade
Igualdade entre os filhos
Art. 227, §6º, CF/88 - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
art. 1.596, CC/2002. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Igualdade entre os cônjuges e companheiros
Art. 226, CF/ 88
 § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
§5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
art. 1.511, CC/2002 - O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.
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Igualdade
Igualdade na chefia familiar
Art. 226, §§5º e 7º, CF/ 88 
§5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
§7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
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Igualdade
Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
III - mútua assistência;
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
 Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.
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Igualdade
Art. 1.634.  Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:     
I - dirigir-lhes a criação e a educação;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;     (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.  
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Liberdade
Art. 1.513, CC/2002
É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família.
Art. 1.614, CC/2002
O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.
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Afetividade
CF/88:
igualdade de filhos;
convivência familiar (e não só a origem biológica) é prioridade assegurada à criança e ao adolescente;
funcionalização da família para o desenvolvimento da personalidade de seus membros;
redirecionamento dos papeis masculino e feminino.
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Convivência Familiar
Relação afetiva diuturna e duradoura entre as pessoas que compõem o grupo familiar;
Supõe ambiente comum, mas não necessariamente o mesmo espaço físico;
Substrato de verdade real da família socioafetiva.
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Melhor Interesse da Criança
Art. 227, CF/88 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos:
Art. 15 da Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA)
A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
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Melhor Interesse da Criança
Art. 16 da Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA)
O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
opinião e expressão;
crença e culto religioso;
brincar, praticar esportes e divertir-se;
participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
participar da vida política, na forma da lei;
buscar refúgio, auxílio e orientação.

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