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4/11/2016 1 TANQUES SÉPTICOS E UNIDADES DE TRATAMENTO COMPLEMENTAR DISCIPLINA: SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO 2016/2 Eng. Civil, MSc. Danilo Gonçalves Batista INTRODUÇÃO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO A ausência, total ou parcial, de serviços públicos de esgotos nas áreas urbanas, suburbanas e rurais exige a implantação de algum meio de disposição dos esgotos locais, com o objetivo de evitar a contaminação do solo e da água. A defasagem na implantação dos serviços públicos, em relação ao crescimento populacional, principalmente nos países em desenvolvimento, permite prever que as soluções individuais para o destino dos esgotos serão ampla e permanentemente adotadas. A fossa séptica é uma solução técnica e econômica para dispor os esgotos de residências isoladas. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 2 INTRODUÇÃO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO CONCEITO: Fossa séptica é um dispositivo de tratamento de esgotos destinado a receber a contribuição de um ou mais domicílios, dando aos esgotos um grau de tratamento compatível com a sua simplicidade e custo. DEFINIÇÃO. Fossas sépticas são câmaras construídas em alvenaria de tijolos ou pré- moldadas em concreto, e destinadas a reter os despejos por um período de tempo especificamente estabelecido, de forma a permitir a sedimentação dos sólidos e a retenção do material graxo (gorduras e óleos) contidos nos esgotos, transformando-os, bioquimicamente, em substâncias mais simples e estáveis. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S FUNCIONAMENTO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO Em uma fossa séptica ocorrem os seguintes fenômenos: RETENÇÃO DOS ESGOTOS - o esgoto é retido na fossa por um período de tempo racionalmente estabelecido, que pode variar de 12 a 24 horas, dependendo das contribuições afluentes. SEDIMENTAÇÃO E FLOTAÇÃO - 60 a 70% dos sólidos em suspensão nos esgotos sedimentam-se formando o “lodo”. Óleos, graxas e gorduras ficam flutuando formando a “escuma”. DIGESTÃO ANAERÓBIA - ambos, lodo e escuma são atacados por bactérias anaeróbias, provocando a destruição, total ou parcial, da matéria orgânica e de organismos patogênicos. REDUÇÃO DE VOLUME - do fenômeno anterior, digestão anaeróbia, resultam gases, líquidos e acentuada redução de volume dos sólidos retidos e digeridos, que adquirem características estáveis capazes de permitir que o efluente líquido das fossas sépticas possa ser disposto em melhores condições de segurança. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 3 FUNCIONAMENTO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTOS IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S EFICIÊNCIA DAS FOSSAS SÉPTICAS Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO A remoção de DBO varia de 30 a 60%, conforme a ABNT. Os sólidos em suspensão podem ser reduzidos até 60%. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 4 DEFINIÇÕES – EXTRAÍDAS DA NBR 7229 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO Taxa de acumulação de lodo: Número de dias de acumulação de lodo fresco equivalente ao volume de lodo digerido a ser armazenado no tanque, considerando redução de volume de quatro vezes para o lodo digerido. Digestão: Decomposição da matéria orgânica em substâncias progressivamente mais simples e estáveis. Efluente: Parcela líquida que sai de qualquer unidade de tratamento. Escuma: Matéria graxa e sólidos em mistura com gases, que flutuam no líquido em tratamento. Tanque séptico: Unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo horizontal, para tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S INDICAÇÕES DO SISTEMA Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO O uso do sistema de tanque séptico somente é indicado para: área desprovida de rede pública coletora de esgoto; alternativa de tratamento de esgoto em áreas providas de rede coletora local; retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede coletora com diâmetro e/ou declividade reduzidos para transporte de efluente livre de sólidos sedimentáveis. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 5 FUNCIONAMENTO GERAL DE UM TANQUE SÉPTICO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTOS IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S DETALHES E DIMENSÕES DE UM TANQUE SÉPTICO DE CÂMARA ÚNICA Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO 4/11/2016 6 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS - Distâncias mínimas Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO Os tanques sépticos devem observar as seguintes distâncias horizontais mínimas: 1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltração e ramal predial de água; 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água; 15,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Nota: As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa mais próxima aos elementos considerados. CONTRIBUIÇÃO DE DESPEJOS Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO No cálculo da contribuição de despejos, deve ser considerado o seguinte: número de pessoas a serem atendidas; 80% do consumo local de água. Em casos plenamente justificados, podem ser adotados percentuais diferentes de 80% e, na falta de dados locais relativos ao consumo, são adotadas as vazões e contribuições constantes na Tabela 1; nos prédios em que haja, simultaneamente, ocupantes permanentes e temporários, a vazão total de contribuição resulta da soma das vazões correspondentes a cada tipo de ocupante. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 7 MEDIDAS INTERNAS MÍNIMAS Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO As medidas internas dos tanques devem observar o que segue: profundidade útil: varia entre os valores mínimos e máximos recomendados na Tabela 4, de acordo com o volume útil obtido; diâmetro interno mínimo: 1,10 m; largura interna mínima: 0,80 m; relação comprimento/largura (para tanques prismáticos retangulares): mínimo 2:1; máximo 4:1. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S DIMENSIONAMENTO DO TANQUE SÉPTICO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula: V = 1000 + N (CT + K Lf) ONDE: V = volume útil, em litros; N = número de pessoas ou unidades de contribuição; C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela1); T = período de detenção, em dias (ver Tabela 2); K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco (ver Tabela 3); Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1) S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 8 Exemplo de dimensionamento Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO Dimensionar uma fossa séptica para uma residência com cinco habitantes. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S -Adotar a residência como padrão médio - Admitindo um valor de temperatura média para o mês mais frio do ano compreendido entre o intervalo 10 ºC e 20º, para o caso de Goiânia, e um intervalo entre limpezas da fossa de 2 anos. Adotar TABELAS PARA DIMENSIONAMENTO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista 4/11/2016 9 TABELAS PARA DIMENSIONAMENTO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista TABELAS PARA DIMENSIONAMENTO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista 4/11/2016 10 TABELAS PARA DIMENSIONAMENTO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista TABELAS PARA DIMENSIONAMENTO Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista 4/11/2016 11 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO SUMIDOUROS S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S O sumidouro é uma unidade de depuração e disposição final do efluente do sistema tanque séptico, verticalizado em relação à vala de infiltração. Devido à esta característica, seu uso é favorável somente nas áreas onde o lençol freático é profundo. Pode-se dizer, de maneira simples, que o sumidouro é um poço escavado no solo, cuja finalidade é promover a depuração e disposição final do esgoto no nível subsuperficial do terreno. Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO Critérios e parâmetros do projeto S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S as paredes deverão ser revestidas de alvenaria de tijolos, assentados com juntas livres, ou de anéis pré-moldados de concreto, convenientemente furados; o interior pode ter ou não um enchimento de cascalho, pedra britada ou coque, com recobrimento de areia grossa. Este material não pode ser rejuntado, permitindo assim uma fácil infiltração do líquido no terreno. as lajes de cobertura deverão ser construídas em concreto armado e dotadas de uma coluna de exaustão e de uma abertura de inspeção, com tampão de fechamento hermético, cuja menor dimensão em seção, será de 0,60 m. as dimensões do sumidouro são determinadas em função da capacidade de absorção do terreno, devendo ser considerada, como superfície útil de absorção, a do fundo e das paredes laterais, até o nível de entrada do efluente do tanque séptico. Um critério de dimensionamento mais prudente, considera somente a área das paredes laterais como sendo a área de infiltração; deve-se garantir uma distância mínima de 1,50 m entre o fundo do sumidouro e o nível máximo do lençol freático, que é atingido nas épocas de chuva. 4/11/2016 12 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO Dimensionamento de sumidouro S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S As dimensões dos sumidouros são determinadas em função da capacidade de absorção do terreno; Como segurança, a área do fundo não deverá ser considerada, pois o fundo logo se colmata. A área de infiltração necessária em m² para o sumidouro é calculada pela fórmula: onde: A = Área de infiltração em m²(superfície lateral); V = Volume de contribuição diária em l/dia, que resulta da multiplicação do no de contribuintes (N) pela contribuição unitária de esgotos (C); Ci = Coeficiente de infiltração ou percolação ( l/m2 x dia ). Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO Dimensionamento de sumidouro S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 13 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Dimensionamento de sumidouro S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Sumidouro S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 14 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTOS IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO UNIDADES DE TRATAMENTO COMPLEMENTAR Filtro anaeróbio de leito fixo com fluxo ascendente; filtro anaeróbio. Filtro aeróbio submerso. Valas de filtração e filtros de areia. Lodo ativado por batelada (LAB). S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S REGULAMENTAÇÃO: NBR 13969 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação 4/11/2016 15 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO FILTRO ANAERÓBIO DE LEITO FIXO COM FLUXO ASCENDENTE; FILTRO ANAERÓBIO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S DEFINIÇÃO: Reator biológico com esgoto em fluxo ascendente, composto de uma câmara inferior vazia e uma câmara superior preenchida de meio filtrante submersos, onde atuam microorganismos facultativos e anaeróbios, responsáveis pela estabilização da matéria orgânica. Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO FILTRO ANAERÓBIO DE LEITO FIXO COM FLUXO ASCENDENTE; FILTRO ANAERÓBIO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S O filtro anaeróbio consiste em um reator biológico onde o esgoto é depurado por meio de microorganismos não aeróbios, dispersos tanto no espaço vazio do reator quanto nas superfícies do meio filtrante. Este é utilizado mais como retenção dos sólidos. DIMENSIONAMENTO O volume útil do leito filtrante (Vu), em litros, é obtido pela equação: Vu = 1,6 NCT onde: N é o número de contribuintes; C é a contribuição de despejos, em litros x habitantes/dia (conforme a tabela 3 da NBR 13969 ); T é o tempo de detenção hidráulica, em dias (conforme a tabela 4 da NBR 13969 ). NOTA - O volume útil mínimo do leito filtrante deve ser de 1 000 L. 4/11/2016 16 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO FILTRO ANAERÓBIO DE LEITO FIXO COM FLUXO ASCENDENTE; FILTRO ANAERÓBIO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S A altura do leito filtrante, já incluindo a altura do fundo falso, deve ser limitada a 1,20 m. A altura do fundo falso deve ser limitada a 0,60 m, já incluindo a espessura da laje. Construção do fundo falso: no caso de haver dificuldades de construção de fundo falso, todo o volume do leito pode ser preenchido por meio filtrante. Nesse caso, o esgoto afluente deve ser introduzido até o fundo, a partir do qual é distribuído sobre todo o fundo do filtro através de tubos perfurados. A altura total do filtro anaeróbio, em metros é obtida pela equação: H = h + h1+ h2; ONDE: H é a altura total interna do filtro anaeróbio; h é a altura total do leito filtrante; h1 é a altura da calha coletora; h2 é a altura sobressalente (variável). Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Filtro anaeróbio tipo retangular totalmente enchido de britas (sem laje de concreto) S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 17 Filtro anaeróbio tipo retangular tot. enchido de britas (s/ laje) S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Filtro anaeróbio tipo circular totalmente enchido de britas (sem laje de concreto) S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 18 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Filtro anaeróbio tipo circular totalmente enchido de britas (sem laje de concreto) S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Filtro anaeróbio tipo circular com entrada única de esgoto - Com cobertura em laje S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 19 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Filtro anaeróbio tipo circular com entrada única de esgoto - Com cobertura em laje S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Filtro anaeróbio tipo circular com entrada única de esgoto - Com cobertura em brita S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 20 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Filtro anaeróbio de fluxo ascendente – exemplo. S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO FILTRO AERÓBIO SUBMERSO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S DEFINIÇÃO: Reator biológico composto de câmara reatora contendo meio filtrante submerso, basicamente aeróbia, onde ocorre a depuração do esgoto, e a câmara de sedimentação, onde os flocos biológicos são sedimentados e retornados para a câmara reatora. 4/11/2016 21 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO FILTRO AERÓBIO SUBMERSO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S O filtro aeróbio submerso é o processo de tratamento de esgoto que utiliza um meio de fixação dos microorganismos, imerso no reator, sendo o oxigênio necessário fornecido através de ar introduzido por meio de equipamento. Sua característica é a capacidade de fixar grandes quantidades de microorganismos nas superfícies do meio, reduzindo o volume do reator biológico, permitindo depuração em nível avançado de esgoto, sem necessidade de recirculação de lodo, como acontece com o lodo ativado. O filtro aeróbio submerso é composto de duas câmaras, sendo uma de reação e outra de sedimentação. A câmara de sedimentação deve ser separada da câmara de reação através de uma parede com abertura na sua parte inferior para permitir o retorno dos sólidos por gravidade. Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO FILTRO AERÓBIO SUBMERSO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S DIMENSIONAMENTO. CÂMARA DE REAÇÃO: Vur = 400 + 0,25 NC CÂMARA DE SEDIMENTAÇÃO: Vus = 150 + 0,20 NC onde: Vur e Vus são os volumes úteis das câmaras de reação e de sedimentação; N é o número de contribuintes à unidade; C é o volume de esgoto por pessoa por dia (litros/dia x pessoa - ver tabela 3 da NBR 13969 ). 4/11/2016 22 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO FILTRO AERÓBIO SUBMERSO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista FILTRO AERÓBIO SUBMERSO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 23 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO VALAS DE INFILTRAÇÃO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO VALAS DE INFILTRAÇÃO S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 24 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO VALAS DE FILTRAÇÃO E FILTROS DE AREIA S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S DEFINIÇÃO: FILTRO DE AREIA: Tanque preenchido de areia e outros meios filtrantes, com fundo drenante e com esgoto em fluxo descendente, onde ocorre a remoção de poluentes, tanto por ação biológica quanto física. VALA DE FILTRAÇÃO: Vala escavada no solo, preenchida com meios filtrantes e provida de tubos de distribuição de esgoto e de coleta de efluente filtrado, destinada à remoção de poluentes através de ações físicas e biológicas sob condições essencialmente aeróbias. VALAS DE FILTRAÇÃO 4/11/2016 25 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO FILTROS DE AREIA S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S De acordo com a NBR 7229/1993, a areia do filtro deve ter as seguintes características: · ser isenta de argila, terra, calcário, ou quaisquer substância capaz de ser atacada pelo esgoto, ou de endurecer formando uma massa compacta ou impermeável; · seu diâmetro efetivo pode variar na faixa de 0,25 mm a 1,2 mm; · o coeficiente de uniformidade deve ser inferior a 4; · a profundidade do leito formado poderá variar entre 60 e 110 cm. Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO FILTROS DE AREIA S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S De acordo com a NBR 7229/1993, a areia do filtro deve ter as seguintes características: · ser isenta de argila, terra, calcário, ou quaisquer substância capaz de ser atacada pelo esgoto, ou de endurecer formando uma massa compacta ou impermeável; · seu diâmetro efetivo pode variar na faixa de 0,25 mm a 1,2 mm; · o coeficiente de uniformidade deve ser inferior a 4; · a profundidade do leito formado poderá variar entre 60 e 110 cm. Quando utiliza-se uma areia mais grossa, tem-se um baixo tempo de retenção do efluente aplicado, impossibilitando uma adequada decomposição biológica. Para este caso, tem-se, como aspecto positivo, o fato de se poder aplicar altas taxas. 4/11/2016 26 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Exemplo de filtro de areia tipo circular S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Exemplo de filtro de areia tipo circular S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 27 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTOLODO ATIVADO POR BATELADA (LAB). S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S DEFINIÇÃO: Processo de tratamento essencialmente aeróbio, onde as etapas de depuração e a separação dos flocos biológicos são realizadas em um mesmo tanque, intermitentemente. Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO LODO ATIVADO POR BATELADA (LAB). S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S É o processo de tratamento que consiste na retenção de esgoto no tanque reator, onde se processa a depuração e formação de flocos de microorganismos basicamente aeróbios, cujo oxigênio necessário é fornecido através de ar injetado pelos equipamentos. Os flocos são separados do líquido tratado na fase de sedimentação no mesmo reator, drenando-se o efluente. Similarmente ao filtro aeróbio submerso, essencialmente o LAB se compõe de um único tanque reator onde se processam a remoção de poluentes, sedimentação dos sólidos e drenagem do efluente tratado, de modo cíclico. 4/11/2016 28 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO LODO ATIVADO POR BATELADA (LAB). S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Uma parte do lodo biológico gerado no processo deve ser retirada periodicamente (lodo excedente) e enviada para tanque séptico para digestão anaeróbia. O sistema de liga/desliga do equipamento de aeração deve ser através de timer, com sistema de drenagem manual ou automático. Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Esquema operacional de um reator de LAB S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S 4/11/2016 29 Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista Esquema operacional de um reator de LAB S IS T E M A S D E T R A T A M E N T O D E E S G O T O S Eng. Civil, MSc. Danilo Gonçalves Batista
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