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PROF. RONNEY FERNANDES ALEXANDRA PAULA SANTOS SIQUEIRA MICROBIOLOGIA APLICADA Isolamento e identificação de fungos GOIÂNIA 2017 Alexandra Paula Santos Siqueira MICROBIOLOGIA APLICADA Isolamento e identificação de fungos Relatório Científico apresentado ao Prof. Ronney Fernandes como parte da avaliação da disciplina de Microbiologia Aplicada do Curso de Bacharel em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – Campus Goiânia. GOIÂNIA 2017 1. OBJETIVO Observar e Identificar as colônias de fungos e analisar suas estruturas macromorfológicas e micromorfológicas 2. INTRODUÇÃO Os fungos são seres vivos que apresentam grande variedade de modos de vida, encontrados amplamente na natureza, podem desempenhar efeitos benéficos e maléficos para a humanidade. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; com o parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam. Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o às moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa. Os fungos de interesse médico, possuem dois tipos morfológicos: leveduras, que são unicelulares e bolores ou fungos filamentosos, que são multicelulares. As leveduras têm como estrutura primária, células que se reproduzem por brotamento, único ou múltiplo, em geral, de forma arredondada. Estas células são esporos de origem assexual e se denominam blastoconídios. Alguns gêneros de leveduras menos importantes em micologia médica, reproduzem-se por fissão. Os fungos filamentosos possuem como elemento constituinte básico a hifa, que pode ser septada ou não septada (cenocítica). A partir da hifa formam-se esporos, para propagação das espécies. Na grande maioria dos fungos, os esporos podem ser chamados de conídios, pois nascem diretamente delas ou sobre estruturas ligas a elas. Esses conceitos fundamentais representam a base para a identificação de um fungo, pois a classificação de filamentosos é feita, em regra, pelas características morfológicas, tanto macroscópicas (cor, aspecto, textura da colônia, etc.), quanto microscópicas (forma e cor da hifa, presença ou não de septos, tipo e arranjo de esporos, etc.), além da velocidade de crescimento (lenta, moderada ou rápida). A identificação de leveduras, ao contrário, é feita, principalmente, por características fisiológicas, desde que, a morfologia destes fungos não é muito variada e não permite distinção entre espécies e, em regra, entre gêneros. 3. MATERIAIS UTILIZADOS • 3 placas de petri com colonias isoladas de microrganismos (fungos) • Microscópio • Corantes (Fucsina) • Laminas e lamínulas • Papel absorvente 4. METODOLOGIA • ANALISE MACROMORFOLÓGICA Pegou-se 3 placas de petri denominadas A,B e C, com colônias de fungos desconhecidos e analisou-se a morfologia a olho nú e anotou-se os resultados em seguida. • ANALISE MICROMORFOLÓGICA Pegou-se uma lâmina com já com as amostras de fungo a serem analisada, colocou-se o corante (fuscina) e em seguida colocou-se a lamínula, secou-se o excesso com papel absorvente e observou-se as estruturas no microscópio. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES • ANALISE MACROMORFOLÓGICA Com a realização da análise foi possível apontar algumas características de fungos e assim identificar qual sua espécie. Tabela 1: identificação macromorfológica dos fungos. PLACAS A B C Micélio Levedura Levedura Filamento-aéreo Cor da colônia Amarelado Branca Preta Presença de pigmento Caramelo Branca Esbranquiçado Bordos - - Inteiro Superfície Mucóide-Cremosa- Pastosa Mucóide-Cremosa- Pastosa Algodonosa- Pulverulenta Sulcos Ausente Ausente Ausente Tipo Úmida Úmida Seca Protuberância Presente Presente Ausente Elevação Levantada Levantada Levantada • ANALISE MICROMORFOLÓGICA Na coloração com fucsina foi possível observar que existem dois tipos morfológicos de fungos: as leveduras e os bolores. As leveduras são unicelulares e podem ter diferentes formatos (oval, circular etc. ) e se reproduzem por brotamento. Outras formas de reprodução não são possíveis de se visualizar por esta coloração. Os bolores são fungos filamentosos possuindo hifas septadas ou não septadas. Na sua reprodução assexuada, é possível visualizar no micélio vegetativo o clamidoconídio ou artroconídio, e no micélio reprodutor, os esporos endógenos em esporangióforos e esporos exógenos conídios em conidióforos. A lâmina A levada ao microscópio pode-se observar pequenas esferas, caracterizando leveduras (sem imagem) A lâmina B levada ao microscópio pode-se observar pequenas esferas, pois este também são leveduras e na imagem abaixo, observa-se claramente as colônias coloridas com corante. A lâmina C levada ao microscópio pode-se observar que o fungo é um bolor com filamento, podemos concluir que esporos são endógenos formados em esporangióforos podendo ver na imagem o filamento e a capsula do fungo. Figura 2: Colônia fungo C Figura 1: Colônia fungo B 6. CONCLUSÃO O isolamento dos fungos se faz necessário em diversas situações, como no estudo da microbiologia fúngica de determinada região, avaliação de poluição ambiental, determinação do grau de contaminação de determinados ambientes, verificação de contaminação de alimentos e medicamentos, obtenção de amostras de interesse industriais, diagnostico etiológico de micoses, obtenção de amostras para o preparo de antígenos, estudo da correlação da alergia com a presença de fungo no ambiente entre outros. O isolamento realizado na prática trouxe novos conhecimentos e fixação da teoria apresentada em sala de aula, podendo ver os fungos no microscópio e realizar a análise morfológica dos mesmos. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA • AVISA. microbiologia, 2004. disponivel: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/mod_7_2004.pdf> acesso em 22/01/2017 às 13:00hr
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