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1 Hist ria da Psicologia Escolar no Brasil

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19/09/2017 
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História da Psicologia 
Escolar no Brasil 
Barbosa, R. M. & Marinho-Araujo, C. 
M. (2010). Psicologia escolar no Brasil: 
considerações e reflexões históricas. 
Estudos de Psicologia, 27(3), 393-402. 
 
Por que as crianças não 
aprendem? 
Problema central 
•Na Europa e nos EUA desenvolvem-se as 
primeiras iniciativas em Psicologia Escolar; 
 
•EUA: Estudos em Psicometria e Psicologia 
Experimental (Stanley Hall); 
 
•França: Intervenção Psicológica e 
instrumentos psicométricos para avaliar a 
inteligência humana (Alfred Binet, Piaget). 
Séc. XIX-XX 
•A psicologia desenvolve-se no Brasil 
para atender a problemas da educação, 
especialmente na formação de 
professores; 
 
•Algumas influências nesse campo vem 
de médicos que estudaram no exterior 
e trouxeram noções de psicanálise para 
serem ensinadas nas escolas normais. 
Séc. XX 
•Nas escolas normais também 
funcionavam laboratórios de 
psicologia onde eram desenvolvidas 
pesquisas junto aos alunos com 
dificuldades de aprendizagem: 
 
 Medição do desenvolvimento 
mental, inteligência e maturidade 
para leitura e escrita. 
Séc. XX 
•Em 1927, em São Paulo, a partir dos 
estudos de Psicologia Aplicada, é criado 
o Serviço de Inspeção médico-Escolar 
que, 11 anos mais tarde se torna a 
primeira Clínica de Orientação Infantil. 
 
•Nessa mesma época, Lourenço Filho cria 
o laboratório de Psicologia Educacional 
na Escola Normal de São Paulo. 
Séc. XX 
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•Também no final da década de 1920, 
o baiano Isaías Alves montou um 
serviço de testes na Escola Normal do 
DF (Instituto de Educação): 
 
 Uma das suas produções foi uma 
adaptação do teste Binet-Simon 
Séc. XX 
•Em 1930, Minas Gerais, o professor 
europeu Édouard Claparède (mestre de 
Piaget na Universidade de Genebra) 
ministra curso de Psicologia Educacional 
na Escola Normal, em que funcionava 
laboratório de Psicologia desde 1927. 
 
Quando retorna à Europa é substituído 
por Helena Antipoff. 
Séc. XX 
 Os primeiros psicólogos brasileiros 
(antes do reconhecimento da 
profissão em 1962) eram graduados 
em Filosofia e Pedagogia, com 
especialização em Psicologia obtida 
no 4º ano do curso, após estágio nos 
serviços psicológicos existentes. 
Séc. XX 
•Caráter clínico-terapêutico e 
psicométrico: As primeiras 
experiências em psicologia escolar 
tinham caráter diagnóstico e 
remediativo em relação aos 
problemas de desenvolvimento e 
aprendizagem, pela forte influência 
da medicina. 
Séc. XX 
• Explicações para o fracasso escolar 
baseadas nos resultados obtidos por 
meio de instrumentos de medição da 
inteligência, atributos afetivos, 
motores e outros que ora localizavam 
a problemática no indivíduo, ora 
relacionavam as dificuldades às 
condições socioeconômicas e/ou ao 
ambiente familiar. 
Séc. XX – Década de 1970 
 A ideia de cura das dificuldades de 
aprendizagem, delegada à Psicologia, 
contribuiu para a passividade dos 
agentes escolares: A escola se exime 
da responsabilidade pelo fracasso 
escolar. 
Séc. XX – Década de 1970 
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•Fatores como a interação professor-aluno 
em sala de aula e a diversificação de 
estratégias de ensino não se configuram 
como relevantes para a compreensão das 
dificuldades de aprendizagem; 
 
•Essa concepção de psicologia escolar 
contribui para processos de categorização, 
segregação e marginalização do que é 
considerado “diferente”. 
 
Séc. XX – Década de 1970 
•Período de redemocratização do país; 
 
•Insatisfação com o modelo de 
psicologia escolar vigente. Necessidade 
de ressignificar as práticas; 
 
•Primeiros passos para uma psicologia 
escolar crítica, baseada no estudos em 
psicologia sócio-histórica. 
 
Séc. XX – Década de 1980 
•Criação da Associação Brasileira de 
Psicologia Escolar e Educacional 
(ABRAPEE); 
 
•GT Psicologia Escolar: pesquisa, 
formação e prática da ANPEPP 
intensifica produção científica na 
área, por meio de publicações e 
congressos. 
Séc. XX – Década de 1990 
•Produção científica: 
Adoção de postura crítica e 
comprometida com o desenvolvimento 
social e com a inclusão pelo psicólogo 
escolar; 
Atuação do psicólogo escolar como 
membro efetivo do contexto 
educacional; 
Reflexões sobre a formação e a atuação 
do psicólogo na sociedade atual. 
Séc. XX – Década de 1990 
•Discussão teórica e novos arranjos da 
atuação do psicólogo escolar: 
Atuação institucional; 
Participação do psicólogo na formação de 
professores e na elaboração do PPP da 
escola; 
Experiências de estágios baseadas em 
metodologias de pesquisa-ação (boa parte 
da produção na área vem do relato de 
experiências). 
Séc. XXI 
•Ainda acontecem práticas avaliadoras e 
classificatórias e o psicólogo tem sido 
cobrado para tais, embora o profissional 
tenha conhecimento da necessidade de 
atuação preventiva e no desenvolvimento do 
coletivo; 
 
•Professores ainda associam a atuação 
psicológica a um trabalho 
predominantemente clínico e individualizado. 
Séc. XXI 
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•Psicologia Educacional ou Psicologia 
Escolar? 
 
•Psicologia da educação como disciplina 
aplicada à educação ou como disciplina 
ponte entre a educação e a psicologia 
(COLL, 2005)? 
 
•Identidade do psicólogo escolar X 
formação. 
Psicologia escolar 
contemporânea 
 A nova conjuntura de produção teórica e 
reflexão teórico-prática na Psicologia 
Escolar causa certo desconforto na 
psicologia elitizada, de tradição 
puramente clínica, mas reforça a luta 
pelo compromisso social da psicologia, 
partindo do pressuposto de escola como 
lócus privilegiado de valorização e 
desenvolvimento do ser humano. 
Psicologia escolar 
contemporânea

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