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Organização Pedagógica da Escola Avaliação Institucional Aula 4 Profa. Me. Fernanda Scaciota Simões da Silva Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 2 Olá! Seja bem-vindo! Assista ao vídeo a seguir para conhecer os conteúdos que serão trabalhados nesta aula. Não deixe de conferir! Introdução Este é o nosso último capítulo! E para encerrarmos este momento de reflexão, vamos trabalhar com o livro do professor Ivo José Both: “Avaliação – ‘voz da consciência’ da aprendizagem”. É neste capítulo que poderemos dialogar com o autor, salientando pontos importantes da avaliação institucional: seus objetivos e sua busca por uma educação de qualidade. Bons estudos! O que Objetivar em uma Avaliação Institucional? Uma gradativa cultura institucional do caráter formativo e de sensibilização da comunidade acadêmica, com o entendimento do valor acadêmico e social, é o que deve preceder à organização de um programa de avaliação institucional, de orientação e de qualificação dos segmentos acadêmicos e de fortalecimento das virtudes da implementação de programas de avaliação institucional. Em outras palavras, um programa de avaliação institucional é de responsabilidade de todos, de toda a comunidade universitária, e não deve ser especificamente atribuído a uma comissão central, própria de avaliação. Esse Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 3 programa deve ter a adesão dos diferentes segmentos que representam as diferentes Instituições de Ensino Superior (IES), sejam elas na modalidade presencial ou a distância. Se pensarmos na modalidade da Educação a Distância (EAD), cabe à avaliação institucional ter como objetivo (BOTH, 2011, p. 150-153): 1. Conclamar a comunidade acadêmica, a sociedade e os ex-alunos para uma permanente reflexão, uma autocrítica e a participação no desenvolvimento universitário e social, com olhares diferentes, de professores (o que ensinar, o porquê, o como), dos alunos (grade curricular, mercado de trabalho, envolvimento social), dos ex-alunos (atuação profissional, condições técnicas e científicas) e da sociedade (o controle social da comunidade escolar); 2. Dignificar a função docente e dos tutores e coordenadores de polos, que são garantidores da efetividade da aprendizagem dos alunos em um processo de EAD que garante a estabilidade do processo educativo de responsabilidade de cada um e de todos; 3. Conscientizar os determinantes para a qualidade e o sucesso de ensino, pesquisa, pós-graduação e extensão; 4. A atitude responsável dos alunos diante do processo de ensino- aprendizagem; 5. O reajuste de conteúdos e métodos de ensino próprios da EAD, com o papel do professor dinâmico e a necessidade do emprego de novas tecnologias; 6. A reflexão permanente da comunidade universitária e da autocrítica diante dos processos educativos; 7. Apontar o nível de qualidade do processo de ensino-aprendizagem; 8. Listar os principais entraves do desenvolvimento institucional e o que contribui para esse desenvolvimento. Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 4 Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre a avaliação institucional. Confira! Dimensões da Avaliação Seja atuando somente na modalidade presencial, semipresencial ou a distância, é importante incentivar iniciativas de interesse interno para cada Instituição de Ensino Superior que desenvolva seu respectivo programa de avaliação institucional. Ou seja, a metodologia que cada IES venha a utilizar para a implementação de seu programa de avaliação deve ser livre, embora não deva se afastar dos principais indicadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Desse modo, deve atender a dez dimensões da avaliação indispensáveis tanto na avaliação do desempenho existente quanto na sua aplicação (BOTH, 2011, p. 155-161). 1. Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) – missão da instituição, levando em conta a finalidade para que ela foi criada em seu meio de inserção, de forma estrita, e nacionalmente, de forma genérica. É o plano que compreende o universo maior de um planejamento, que engloba os principais programas, projetos, atividades e serviços e dá impulso e dimensionamento à sua implementação. 2. Política de ensino, pesquisa, pós-graduação e extensão – compromisso de ponta com as IESs, onde o desenvolvimento do ensino faz-se necessariamente com pesquisa, considerando que não ocorre ensino sem pesquisa. Estes devem andar sempre juntos, e pesquisar deve ser uma atividade constante de todo professor, individualmente, mas de preferência Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 5 com a participação de alunos. Subentende-se que é por meio da pesquisa que se pode dar roupagem nova a conteúdos e conhecimentos existentes desde longa data. Pesquisar com a participação efetiva do aluno significa perceber, de diversas maneiras, significados de conteúdos e rever conceitos. 3. Responsabilidade social da instituição – dever pela responsabilidade social, em que não basta cumprir tarefas e funções se os resultados também não forem voltados para o benefício da sociedade. O bem-estar deve ser associado ao processo de aprendizagem, cumprindo o objetivo de favorecer direta ou indiretamente a sociedade. 4. Comunicação com a sociedade – entender, participar, interessar-se e comunicar-se com a sociedade. 5. Políticas de pessoal – RH, pessoal docente, administrativo e técnico. No vídeo a seguir, você poderá acompanhar a apresentação das dimensões da avaliação institucional. Não deixe de assistir! A avaliação institucional é importante tanto para a educação presencial como para a educação a distância. Isso porque um sistema de avaliação institucional é filosofia e objetivo central de toda IES, uma espécie de questão de honra, em que um programa de avaliação institucional é considerado o carro-chefe que irá apontar a realidade tanto qualitativa como quantitativa de cada IES. Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 6 Em outras palavras, é necessário considerar que a avaliação institucional deve ser vista de forma ampla, abrangente e mais completa possível, considerando a realidade de cada IES e seu dia a dia, dentro de uma visão de conjunto e de continuidade do processo acadêmico. Cabe então pensar no todo de cada IES: o ensino na graduação e na pós-graduação, a pesquisa, a extensão, o quadro funcional, as questões administrativas, a infraestrutura e as condições de recursos tecnológicos e de mobiliários. Ou seja, o todo de cada IES é o que produz a “essência fomentadora e facilitadora de aprendizagem da população estudantil” (BOTH, 2011, p. 168). Um programa de avaliação institucional cumpre o objetivo de incessante percepção, observação e intervenção, indispensáveis na análise e na histórica marca do processo acadêmico de uma IES. Isso ocorre a partir do momento em que considera todos os aspectos a serem analisados e refletidos e proporciona mudanças e retomadas. Com a avaliação institucional há uma tomada de decisões a partir dos resultados demonstrados. Avaliar sugere tomada de consciência, de decisões, de correção de rumos toda vez que for preciso, de forma crítica e questionadora, do fazer e do pensar institucional. Assim, todo programa de avaliação institucional deve ser implementado sem medos ou desconfianças, sem melindres ecom muita maturidade. Desse modo deve-se evitar a falta de conscientização dos participantes no processo avaliativo ou a desconfiança de que os resultados realmente resultarão em Por meio da avaliação institucional será proporcionada uma visão clara que possibilitará a tomada de medidas e irá redimensionar a realidade na busca da qualidade. Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 7 mudanças, irradiando reflexos sociais e públicos, reflexos na sociedade em que a IES está inserida, e revelando a responsabilidade com os reflexos sociais. Essa avaliação não deve ser nem punitiva nem produtora de premiações ou ter caráter meritocrático e, também, não deve ser produtora de absoluta neutralidade. Ela deve ser, sim, uma avaliação institucional indispensável para a vida universitária e, portanto, processo de sustentação da boa qualidade institucional. É somente com muita ética e coerência que se conquista a credibilidade da IES e de seus resultados, vistos como “a porta de entrada para o sucesso de uma avaliação institucional” (BOTH, 2011, p. 170). Isso ressignifica o caráter político de orientação para a tomada de decisão pedagógica, científica e tecnológica, na constante busca da dimensão da autoavaliação. Sendo assim, temos que levar em consideração que a avaliação institucional acompanha todo o processo de aprendizagem das pessoas que estão distantes, em diferentes lugares. Para saber mais sobre a importância da avaliação institucional, assista ao vídeo a seguir. É certo que existem diversas críticas aos processos avaliativos: Que não levam em consideração as condições contextuais (os níveis socioeconômicos dos alunos, das escolas e do corpo de funcionários); Que não são usados na transformação de políticas e práticas da comunidade educacional; Que oportunizam uma visão de senso comum, em que muito se faz para se “cair em achismos”; Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 8 Que tais processos engessam as práticas e as políticas educativas; Que se resumem a uma planilha ou a um quadro de indicadores; Que produzem uma aceitação ingênua dos resultados por parte do coletivo institucional; Que poucos dão atenção aos resultados, o que demonstra uma pré(concepção) ou um preconceito. Entretanto, mesmo com essas críticas não se discute mais se devemos ou não realizar uma avaliação institucional, pois é certo que ela se firmou como processo de análise qualitativa da qualidade de nossa educação. Onde quer que estejam sendo implementadas ações de aprendizagem é fundamental uma avaliação, que deve ser encarada “com competência acadêmica, seriedade permanente, rigor incondicional e paciência de educadores” (BOTH, 2011, p. 172). Assim, não há um modelo, uma fórmula mágica de programa de avaliação institucional para todas as IES, pois cada uma apresenta a sua realidade e a sua especificidade de acordo com o seu tamanho e a sua realidade acadêmica, dentro de um direcionamento de orientações emanadas pelo MEC. Sendo assim, a avaliação institucional é imprescindivelmente (BOTH, 2011, p. 173-175): 1. Um processo contínuo de aperfeiçoamento do desempenho acadêmico; 2. Uma ferramenta para o planejamento e a gestão universitária; 3. Um processo sistemático de prestação de contas à sociedade; 4. Um agente sustentador das funções de docentes, de coordenação de polo e de tutoria central e local de educação a distância. Desse modo, é fundamental uma avaliação institucional rumo a uma boa qualidade organizacional e de desempenho, em relação (BOTH, 2011, p. 179): Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 9 1. À missão, à filosofia e às finalidades institucionais; 2. À equipe gerencial central, aos coordenadores de polos, tutores centrais e locais; 3. Às prioridades institucionais focadas nos planos docentes e nos projetos pedagógicos dos cursos; 4. Às condições em quantidade e qualidade suficientes de recursos humanos, técnicos, tecnológicos, logísticos, de infraestrutura e financeiros. A boa qualidade está ao alcance das IES, mesmo que não seja de fácil conquista, pois toda IES está em um estado potencial de avanços e melhorias, na expectativa de resultados qualitativos de sua organização administrativa e acadêmica. Assim, é importante que cada IES liste seus objetivos e comprometa-se com a avaliação institucional (BOTH, 2011, p. 183-184): Identificando se o projeto pedagógico cumpriu as suas principais finalidades e com que qualidade; Apontando se o nível de qualidade docente foi adequado e suficiente; Averiguando se as orientações prestadas pela tutoria central e local foram adequadas e suficientes; Identificando se a administração central e a coordenação prestaram apoio e condições adequados e suficientes aos polos de atendimento presencial no que tange à infraestrutura, logística e tecnologia; Identificando se a qualidade do material didático impresso ou de outro meio enviado aos alunos favoreceu significativamente a aprendizagem; Revelando se as orientações do guia didático, ou outro material, foram adequadas e suficientes; Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 10 Averiguando se as atividades e as avaliações favoreceram significativamente a aprendizagem; Certificando-se se a acessibilidade às dependências do polo é favorável a todos os alunos. Por fim, é sempre bom lembrar que vale a pena avaliar e ser avaliado! Acompanhe no vídeo a seguir as críticas e orientações pertinentes à avaliação institucional para a qualidade da educação. Não perca! Síntese No vídeo a seguir, a professora Fernanda fará a síntese dos assuntos apresentados nesta aula. Não deixe de assistir! Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 11 1. Se pensarmos na modalidade da Educação a Distância (EAD), cabe à avaliação institucional ter como objetivo: a. Conscientizar os determinantes para a qualidade e o sucesso de ensino, pesquisa, pós-graduação e extensão. b. Conscientizar os determinantes para a qualidade e o sucesso de ensino, pós-graduação e extensão. c. Conscientizar os determinantes para a qualidade e o sucesso de ensino, pesquisa e extensão. d. Conscientizar os determinantes para a qualidade e o sucesso de pesquisa, pós-graduação e extensão. Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 12 2. Existem diversas críticas aos processos avaliativos. Com relação a esse tema, marque V para verdadeiro e F para falso. ( ) Levam em consideração as condições contextuais (os níveis socioeconômicos dos alunos, das escolas e do corpo de funcionários). ( ) Não são usados na transformação de conceitos e opiniões da comunidade educacional. ( ) Tais processos engessam as práticas e as políticas educativas. ( ) Produzem uma aceitação ingênua dos resultados por parte do coletivo institucional. a. V - F - V - F. b. F - F - V - V. c. F - F - V - F. d. V - V - F - F. Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 4 13 Referências Both, I. J. Avaliação – “voz da consciência” da aprendizagem. Curitiba: Ibpex, 2011. (Avaliação Educacional).
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