Buscar

Apostila da Cultura do Arroz

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ARROZ 
ORIGEM DO ARROZ 
 
 No Mundo, 
 A origem do arroz no mundo tem sido debatida por algum tempo, mas a planta é de 
tal maneira antiga que a época precisa e o lugar de sua primeiro surgimento talvez nunca 
venha a ser conhecido. O que é certo, entre tudo, é que a domesticação do arroz é um 
dos mais importantes progressos na história, pois esse grão alimentou mais pessoas por 
uma maior período de tempo do que qualquer outra cultura. (4) 
 Pelas teorias dos pesquisadores tudo levar a crer que a domesticação muito 
provavelmente teve lugar na região do Korat ou em alguma depressão protegida do norte 
da Tailândia; em um vale ao longo do Planalto de Shan em Myanmar; no sudoeste da 
China; ou em Assan (estado Indiano). (4) 
 A grande variedade de tipos de arroz encontrada na zona das chuvas das 
monções, estendendo-se desde o Oriente da India através de Myanmar, Tailândia, Laos, 
norte do Vietnam, e sul da China. Esta diversidade de espécies, incluindo aquelas 
consideradas por muitos como envolvidas no processo original de domesticação, vem dar 
suporte ao argumento de que as regiões continentais do sudeste da Ásia foi o berço do 
cultivo do arroz. (4) 
 Pesquisas arqueológicas encontraram grãos e casca de O. sativa na região de Non 
Nok Tha no planalto de Korat na Tailândia, datando de 4000 anos A.C. (teste do carbono 
14). Esta evidência junto com a de plantas encontradas na Caverna dos Espíritos na 
fronteira de Myanmar com a Tailândia datando de cerca de 10.000 anos A.C., sugerem 
que a agricultura possa ser mais velha do que se estima atualmente. ( 4 ) 
 Com o incremento do preparo da lama e o transplante de mudas, o arroz acabou 
verdadeiramente domesticado. Na China a história do arroz irrigado nos vales dos rios e 
nas terras baixas é mais antiga que as lavouras de terras altas. No sudeste da Ásia, ao 
contrário, o arroz foi originalmente produzido nas condições de lavouras de sequeiro nos 
planaltos, e somente recentemente ocupou os vastos deltas dos rios. Pessoas migraram 
do sul da China ou talvez norte do Vietnam, carregando a tradição do arroz irrigado para 
as Filipinas durante o segundo milênio A.C. e Deutero-Malays levaram a prática para a 
Indonésia cerca de 1500 A.C. Da China ou Coréia o arroz foi introduzido no Japão não 
depois de 100 A.C.( 4 ) 
 O arroz é uma planta rústica. São muitas as espécies de arroz as quais podem 
florescer ( cultivado fácilmente) numa grande variedade de regiões, climas e paisagens. 
Antes do cultivo do arroz, o arroz selvagem crescia nas regiões do sudeste da Ásia 
atualmente conhecida como Myanmar, antiga Burma, na Tailândia e Vietnam. 
Arqueólogos acreditam que o cultivo do arroz pode ter iniciado no nordeste da Tailândia 
antes de 4.500 A.C. Isto significa que o arroz tem sido cultivado no sudeste da Ásia por 
pelo menos 7000 anos. Porque o arroz tinha uma abundante colheita e estável, com fácil 
cultivo, as lavouras de arroz contribuíram para o crescimento das populações e 
civilizações no sudeste da Ásia. ( 5 ) 
 Apesar das diferentes opiniões sobre a exata origem do cultivo do arroz, muitos 
arqueólogos confirmam que a prática do cultivo do arroz gradualmente se expandiu para o 
sul vindo da região do sul da China e nordeste da Tailândia passando para as ilhas do 
sudeste asiático. ( 5 ) 
 As plantações do arroz, o gosto pelos tubérculos e o cultivo de grãos, fizeram os 
homens a iniciar a terem grande controle sobre o ambiente natural. Este métodos de 
controle da terra também mudou a vida diária das pessoas das antigas civilizações do 
sudetse asiático. ( 5 ) 
 Pyu, localizada atualmente em Burma (Myanmar), foi um dois primeiros reinos que 
estabeleceu um complexo sistema de irrigação servindo de suporte para uma grande 
população. Pyu foi um poderoso reino entre os séculos sexto e oitavo. O reino de Pagan 
no oeste de Burma ganhou proeminência nos séculos nono e décimo segundo. ( 5 ) 
 Por mais de 7000 anos o arroz tem sido o mais importante produto ( colheita-safra) 
na vida das pessoas do sudeste asiático. Por esta razão, o cultivo do arroz faz parte da 
formação da cultura dos povos do Sudeste asiático. Muitas cerimônias, festivais e formas 
de arte dessas regiões do mundo tem alguma coisa a ver com o arroz. A cerimônia de 
“Royal Plowing” na Tailândia é um exemplo preciso de como o ciclo do arroz influi no 
calendário dos ritos anuais.( 5 ) 
 Movimentos para o oeste da India e sul do Sri Lanka também aconteceram muito 
cedo. A data de 2500 A.C. já havia sido mencionada por Mohenjo-Daro, enquanto no Sri-
Lanka, o arroz era a maior cultura por volta de 1000 A.C. A cultura bem que pode ter sido 
introduzida na Grécia e áreas vizinhas do Mediterrâneo durante o retorno de membros da 
expedição de Alexandre “O Grande” da India entre 334 e 324 A.C. Desde um centro na 
Grécia e Sicília, o arroz se difundiu gradualmente atravé do sul da europa e algumas 
regiões no Norte da África.( 4 ) 
 Durante o século 16 e iníco do 17, a malária era a mais importante doença no sul 
da Europa, e se acreditava ser devida ao mal cheiro que vinha das áreas alagadas ( daí a 
origem do nome “ mal aire”). Grande projetos de drenagem foram aplicados no sul da 
itélia, e o cultivo do arroz irrigado foi desencorajado em algumas regiões. De fato, ele foi 
verdadeiramente proibido na proximidades das grandes cidades. Estas medidas foram 
uma significativa barreira para a difusão do arroz na Europa (4 ) 
 Como resultante da Era das Grandes Expedições Européias, as novas terras do 
oeste foram descobertas. O cultivo do arroz foi introduzido no novo mundo pelos pioneiros 
colonos europeus. O portugueses levaram para o Brasil, e os espanhóis introduziram o 
seu cultivo em vários locais da América Central e do Sul. A primeira notícia da América do 
Norte data de 1685, quando a cultura foi implantada nas terras baixas da costa e ilhas do 
que hoje é a Carolina do Sul. No início do século 18 o arroz foi para a Louisiana, mas 
somente no século 20 foi produzido no Vale do Sacramento na Califórnia Também nesta 
época obtiveram-se os primeiros sucessos na produção do arroz na Austrália. (4) 
 A introdução na Europa teria ocorrido pelo contato que houve entre a Macedônia e 
a Índia devido as campanhas de Alexandre Magno.(1) 
 A introdução na América do Norte ocorreu em 1694, pelo Cap. Smith, que o 
trouxe da Madagascar para o Estado da Carolina.(1) 
 No Brasil já havia notícias da cultura do arroz na capitania de São Vicente.(1) 
 É procedente o fato de que o início de lavouras arrozeiras se deu na Bahia antes 
de 1587. A orizicultura praticada como atividade organizada e com fundamentos 
econômicos, teve início em meados do século 18. No Maranhão teve início em 1745, em 
Pernanbuco em 1750, e no Pará em 1772. A primeira exportação de arroz pelo Brasil 
ocorreu em 1773, com arroz produzido no Pará, num total de 13 toneladas destinadas à 
Portugal. A orizicultura foi predominantemente produto de exportação até metade do 
século 19 quando o Brasil passou a grande importador. O arroz asiático das colônias 
européias chegava a preços irrisórios.( 2 ) 
A partir de 1880 o governo federal atribui crescentes taxas ao arroz importado, e 
ele atinge o início do século 20 com um preço elevado no mercado nacional, causando o 
incremento dos investimentos na produção nacional.( 3 ) 
 No RS, nas regiões coloniais desde 1832 se encontram referências à cultura, onde 
eram usadas variedades chamadas “de montanha” ( de sequeiro).(1) 
 A cultura só tomou incremento após o início da irrigação mecânica, fazendo-se a 
elevação da água por meio de bombas.(1) 
 A primeira lavoura irrigada foi instalada em 1904 nas proximidades de Pelotas, 
pelos irmãos Lang. A segunda em 1905, por Oscar Loevens, em Gravataí (Cachoeirinha), 
nos campos onde hoje está situada a Estação Experimental do IRGA. No mesmo ano 
inicia-se a irrigação mecânica em Cachoeira do Sul, onderápidamente se expandiu, 
tornando-a por muito anos o município maior produtor do RS.(1) 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
1- Melhoramentos da Rizicultura no Rio Grande do Sul. Secretaria da Agricultura, 
Indústria e Comércio do RS, maio de 1945. Porto Alegre, 1946. 429p. 
2- Origens, atualidades e perspectivas da orizicultura brasileira. Artigo de Balthazar 
de Bem e Canto, quando presidente do IRGA na Lavoura Arrozeira, mar/abr. 1979. 
3- As origens da orizicultura gaúcha. Ema Julia Massera, Lavoura Arrozeira, jan/fev. 
1983. 
4- A Brief History of Rice. From the publication Rice: Then and Now by R.E Huke and 
E.H. Huke, International Rice Research Institute, 1990. 
5- Mapping Southeast Asia. Internet. 
 
 
 
1. ECOFISIOLOGIA DA CULTURA DO ARROZ 
 
 
1.1 TAXONOMIA 
 
 Engler Cronquist 
Divisão Angiospermae Magnoliophyta 
Classe Monocotylidoeae Liliopsida 
Subclasse ---------------------------- Commelinidae 
Ordem Graminales Cyperales 
Família Gramineae Poaceae 
Gênero Oryza Oryza 
Espécie Oryza sativa Oryza sativa 
 
 A estrutura de uma planta de arroz pode ser agrupada em duas partes: 
 
 Órgãos vegetativos: Raiz, colmo e folhas. 
 Órgãos reprodutivos: Panícula, flor, fruto. 
 
1.2 RAÍZES 
 
Dois TIPOS - Seminal ou primária. 
 - Adventícias ou secundárias. 
 
1.2.1 Raíz Seminal: É apenas uma raiz. Se origina do primórdio existente no embrião. 
Cresce até mais ou menos o estádio de 7 folhas. 
 Em solo bem drenado é a raiz seminal que emerge primeiro do embrião. Caso 
contrário, é o Coleóptilo. 
 
1.2.1 Raízes Adventícias: Se formam dos nós inferiores do colmo. Ramificam-se 
abundantemente concentrando-se, geralmente, até uma profundidade de 0,15 m. As 3 
primeiras saem da parte inferior do nó do coleóptilo, 3 dias após a seminal. Após 2 dias 
mais 2 raízes saem do nó do coleóptilo (parte superior). Estas 5 raízes mais a seminal, 
suprem a plântula em água e minerais, além de fixar a mesma ao solo nos estádios 
iniciais. Quando a planta estiver com 3,2 a 4 folhas emergem 8 novas raízes do primeiro 
nó, com 5 folhas emergem as do segundo nó e crescem até 7 ou 8 folhas, e com 6 folhas 
emergem as do terceiro nó que crescem até a planta ter 8 a 9 folhas. As raízes dos 
perfilhos emergem da mesma maneira sincronizada que a do principal. O número de 
raízes atinge o máximo entorno do estádio de emergência da panícula. O comprimento 
radicular total no florescimento pode atingir 15 a 34 km/m² de superfície de solo. 
 
1.2.2 Fatores que afetam o sistema radicular: Condições de solo, clima, umidade, 
afetam o comprimento final das raízes. porém o fator determinante é o genótipo ou 
cultivar. 
 
a) Tipo de planta: 
 Cultivares de porte baixo, alta capacidade de perfilhamento apresentam o eixo 
principal das raízes com menor diâmetro. Cultivares com maior número de perfilhos férteis 
tendem a possuir um número maior de eixos principais, com menor diâmetro e um maior 
número de raízes superficiais. Cultivares com menor número de perfilhos e maior peso de 
panícula tendem a ter menor número de eixos principais e com maior diâmetro resultando 
sistema radicular mais profundo. 
 
b) Condições de solo: Solos profundos e bem drenados resultam raízes mais profundas, 
enquanto que solos rasos e mal drenados encontramos raízes mais na superfície. 
 
c) Manejo da água: Solo com boa percolação e sistema de inundação intermitente 
provocam o aparecimento de sistemas radiculares com maior número de eixos principais 
e mais profundos. Sem percolação e inundação contínua o número de eixos principais é 
menor e mais superficial. 
 
d) Adubação: O nitrogênio é o elemento que mais influencia a formação do sistema 
radicular do arroz. A concentração de N na base da planta deve ser maior que 1% para 
não sofrer deficiência. Níveis mais altos ocasionam um maior número de eixos e mais 
superficiais, enquanto que níveis mais baixos ocasionam raízes mais longas. 
 
e) Densidade de semeadura: Um maior o número de plantas por m² aumentam o 
número de eixos principais com menor diâmetro e menor comprimento. 
 
1.2.4 Morfologia do sistema radicular de uma cultivar de arroz com alto potencial de 
rendimento: 
a) O número, o comprimento e o diâmetro dos eixos principais deve ser grande. 
b) As raízes laterais e os pêlos absorventes devem ser bem desenvolvidos. 
c) Raízes superficiais abundantes e bem desenvolvidas. 
d) Distribuição de raízes mais profundas. 
 
1.3 COLMO. 
 
De acordo com a altura de uma planta de arroz (comprimento do colmo mais panícula) 
classifica-se o colmo em: 
 curto: menos de 0,70 m 
 médio: de 0,70 a 1,10 m 
 Longo: maior de 1,10 m 
 
 Os colmos são constituídos de nó e entrenós. Em cada nó há uma folha e uma 
gema capaz de emitir afilhos e raízes caulinares. O septo nodal separa dois entrenós. Os 
entrenós maduros são ocos, levemente sulcados e sem pilosidade. os entrenós inferiores 
são curtos, mais grossos e os superiores mais longos e mais finos. A estatura da planta é 
função do número e do comprimento dos entrenós. Uma planta possui de 12 a 22 
entrenós, porém de 4 a 9, dos superiores, podem ultrapassar 5 cm de comprimento. O 
número e o comprimento dos entrenós varia com a cultivar e com o ambiente. As tardias 
formam maior número de entrenós. 
 
1.3.1 Afilhos: É uma característica genética com domínio da pesquisa. Sofre influencia 
do meio ambiente e podem ser de 1 a 30 por planta. Os afilhos saem dos nós inferiores, 
alternadamente, sendo que do colmo principal saem os afilhos primários, destes saem 
os afilhos secundários, que por sua fez podem emitir os afilhos terciários. O primeiro 
afilho surge junto com a quarta folha. O segundo afilho com a quinta folha e o terceiro 
com a sexta folha e assim por diante. Os afilho formados quando surge a quarta e a 
quinta folha são os que provavelmente irão produzir grão. Na produção de sementes o 
afilhamento pode atrapalhar pela diferença de maturação. 
 
1.3.1.1 Fatores que influenciam o afilhamento. 
 
a) Concentração foliar de Nitrogênio: 
maior de 3,5% = bom afilhamento 
2,5% = paralisa o afilhamento 
menor de 1,5% = pode ocorrer morte de afilhos. 
 
b) Fósforo: Necessita de concentração maior que 0,25% para não ser limitante. 
c) Radiação Solar: Quanto maior a radiação solar, maior o afilhamento. 
d) Água: Lâmina alta no início do desenvolvimento prejudica o afilhamento. 
e) Época e cultivar: Plantio atrasado tem pouco afilho, enquanto que o plantio no cedo 
pode ter mais afilhos. 
f) Plantas invasoras: Grande número de invasoras prejudica o afilhamento. 
g) Temperatura da água: A ideal é cerca de 31 graus Celsius. 
h) Temperatura do Ar: Temperatura menores que 19 graus Celsius, restringem o número 
de afilhos. 
 
1.4 Folhas. 
 
São envaginadas, dispostas alternadamente no colmo, uma em cada nó. A primeira 
folha que nasce do colmo principal e dos afilhos é uma bráctea = prophillum. O número de 
folhas varia de 6 a 12. Os colmos principais possuem mais folhas que os afilhos. A folha 
completa possui: Bainha, lâmina, lígula (6 a 15 mm) e aurícula. 
 
FOLHA BANDEIRA: É a última folha, geralmente é mais curta e mais larga. Nas cvs. 
modernas permanece ereta sobre a panícula. 
 
ÂNGULO DE INSERÇÃO DAS FOLHAS: Plantas com folhas espessas e eretas, 
aproveitam melhor a radiação solar. Permitem > número de plantas por área = > índice de 
área foliar = aumento de produção. 
 
1.5 PANÍCULA 
 
 É a inflorescência do arroz, constituída por um grupo de espiguetas uniflorais. A 
ramificação é do tipo racimosa. As panículas podem ser Abertas, Compactas ou 
Intermediárias. De acordo com o ângulo de inserção das ramificações primárias : Eretas, 
Pendentes, Intermediárias. 
 
1.6 FLOR 
 
Possui 6 anteras biloculares, estames unidos de 3 em 3, apresenta 1 ovário com 1 
óvulo, e lodículas que comandam a aberturadas flores. A abertura da Lema e da Pálea 
caracteriza a Antese. Ocorre após a emissão da panícula e inicia no topo da mesma, 
antes mesmo da completa emergência da panícula. O fechamento ocorre entre 50 a 80 
minutos após a abertura, devido ao murchamento das lodículas. Na maioria das cultivares 
a liberação do pólen ocorre antes da antese, ocasionando uma taxa de alogamia < 1%. 
Em dias chuvosos as lodículas não incham e na maioria dos casos não acontece a 
abertura. 
 
1.7 FRUTO 
 
O que chamamos de semente, é na realidade um fruto (cariopse) envolto por duas 
brácteas: Lema (pode ou não arista) e a Pálea. 
 
1.7.1 Estrutura interna da cariopse (GRÃO) 
 
Embrião (contém os primórdios) 
 Endosperma ( tecido de reserva) 
 Tegumento (envolve os outros) 
 Pericarpo (é removido no beneficiamento) 
 
 
2 Fases e estádios de desenvolvimento da planta do arroz. 
 
 O ciclo de desenvolvimento do arroz é dividido em várias etapas que vão desde a 
germinação até a maturação. De modo geral o ciclo dura de 115 a 160 dias. 
 O ciclo apresenta 3 FASES fisiológica e morfologicamente bem distintas: 
 
- Fase vegetativa (50-60 dias) 
- Fase reprodutiva (30-40 dias) 
- Fase de Maturação (35-40 dias) 
 
FIGURA 1 - Escala de crescimento e desenvolvimento da planta de arroz 
 
0 germinação e emergência 
 
 
 
1 plântula 
FASE 
2 afilhamento 
afilhamento máximo 
VEGETATIVA 
3 
elongação do colmo 
________________________________ 
 
4 início da formação da panícula 
 
 
5 crescimento da panícula 
 
 
FASE 
REPRODUTIVA 
6 floração 
_________________________________ 
 
7 grão leitoso 
 
 
8 grão pastoso 
 
FASE DE 
MATURAÇÃO 
9 
maturação 
 
 
 
2.1- Fase Vegetativa: 
 
 Inicia com a germinação e termina quando ocorre a diferenciação do primórdio 
floral (DPF). Esta fase é composta por vários “estádios” . 
 
Germinação e emergência: Ocorre de 5 a até 20 dias após a semeadura. 
 
Plântula: Da emergência até antes de formar o primeiro afilho. Dura de 18 a 20 dias. 
Gasta as reservas do endosperma. 
Afilhamento: Inicia com a quarta folha, com a emissão do primeiro afilho. Dura de 40 a 60 
dias (precoces 45 e tardias até 90 dias). 
 
Afilhamento máximo: Fase em que o afilhamento ocorre com maior intensidade. 
 
Alongamento ou elongação do colmo: Estádio final da fase vegetativa. O entre nó superior 
colmo principal inicia seu alongamento. ( Geralmente ocorre simultaneamente com a 
diferenciação do primórdio floral). 
 
2.2- Fase Reprodutiva: 
Inicia com a DPF e vai até o início da maturação. A DPF ocorre de 70 a 75 dias 
antes da maturação para qualquer cultivar. No início medindo de 1 a 2 mm e coloração 
branca, aparece primeiro no colmo principal da planta (ponto de algodão). A fase 
reprodutiva pode ter início antes, durante, ou após o alongamento, dependendo da 
cultivar. Toda a fase reprodutiva dura de 30 a 40 dias, e possui 3 estádios: 
 
Difernciação do primórdio floral (panícula): O meristema apical dá início à formação do 
primórdio da panícula. Estádio muito sensível à baixas temperaturas, falta de água ou 
nutrientes. 
 
Desenvolvimento da panícula: Período de diferenciação visível da panícula, vai até que 
sua extremidade fique logo abaixo do colo da folha bandeira. A panícula já está formada. 
Na prática corresponde ao emborrachamento. Estádio muito sensível porque é o 
momento em que será determinado o número de espiguetas por panícula. 
 
Floração: É quando a panícula emerge da bainha da folha bandeira. A floração ocorre 
primeiro nas espiguetas da extremidade superior das panículas, e segue para a base até 
que todas se abram. A polinização e a fecundação seguem a mesma ordem, sendo que 
99% será de autofecundação. A planta atinge o tamanho máximo e apresenta cerca de 
5 folhas no colmo principal. 
 
2.3 - Fase de Maturação: 
 
Inicia após a fertilização e vai até o amadurecimento, quando 90% dos grãos da 
panícula estão maduros. O desenvolvimento do grão passa por 3 estádios. 
 
Grão leitoso: Consiste no início do enborrachamento do grão. Os carboidratos são 
canalizados para o grão. As reservas encontram-se no forma de líquido leitoso. 
 
Grão pastoso: O grão fica pastoso, endurecendo em 3 a 5 dias. A coloração caminha do 
verde para o amarelo. O teor de umidade no grão vai diminuindo até atingir de 30 a 26%. 
 
Maduro: Ocorre em aproximadamente 30 dias após a floração. Em regiões mais frias 
pode durar até 65 dias. Os grãos do terço inferior da panícula são os últimos a completar 
o amadurecimento e no início da colheita podem apresentar a cariopse no final do estádio 
grão pastoso (massa firme). 
 
2.3.1 – Maturação fisiológica: Ocorre quando os grãos estão com 40% a 30% de 
umidade. (cerca de 80% dos grãos já estão maduros) 
 
2.3.2 – Maturação de colheita: ocorre quando a umidade dos grãos estiver entre 25 % a 
16 % . (colher 23%) A colheita de sementes abaixo de 16% causa redução no vigor e 
poder germinativo. 
 
 
 
 
 
 
3. Aspectos Climáticos e sua influência na cultura do arroz. 
 
 O arroz é de ampla adaptação, podendo ser encontrado nos mais diferentes tipos 
de clima e solo. 
 
3.1 – Temperatura do ar. 
 
 O arroz se adapta bem a regiões onde a temperatura média está entre 20 e 35 C 
durante o ciclo vegetativo da cultura. A soma térmica do ciclo seria de: 
 
 3000 a 3500 C em cvs. ciclo curto. 
 4400 a 6600 C em cvs. ciclo longo. 
 
 A temperatura tem efeito marcante durante todo o ciclo da cultura. Temp. elevada 
acelera a taxa de desenvolvimento de todas as fases fisiológicas. 
 
Quanto > a temp. numa determinada fase, < a duração da mesma 
 
Pesquisa com diversas cvs. no RS mostraram que há uma relação linear entre a 
temperatura média do ar durante a fase e a sua duração em dias. 
 
GRAUS-DIAS ( unidade de calor ou constante térmica). Usado para estimar a duração 
das fases da planta. 
 
 No RS cvs. de ciclo curto necessitam +ou- 600 graus dias da semeadura até o 
estádio de DPF. 
 
GD = (TEMP. MÁXIMA + TEMP. MÍNIMA) – TEMP. BÁSICA 
 2 
Temp. base do arroz = a 10 C. 
 
3.1.1 – Efeito da Temperatura na Germinação: 
 
 A faixa ideal para a germinação em menor período de tempo está entre os 30 - 35 
C. (22 a 31 (C&K)). Temperaturas acima de 40C são prejudiciais e abaixo de 20°C 
retarda a germinação. Abaixo de 13-11°C inibem a germinação. No RS em condições 
ideais: germinação inicia após 48 horas e a emergência em 5 dias.(semeadura no cedo 
10 dias e no tarde em 6-8 dias) 
 
3.1.2 - Efeito da temperatura sobre o afilhamento: 
 
A temperatura ideal está entre 32°C a 34°C. Temperaturas menores de 19°C 
cessam o afilhamento e maiores são prejudiciais. 
 
3.1.3 - Efeito da temperatura sobre a diferenciação do primórdio floral (DPF). 
 
 A temperatura ótima para a DPF e o desenvolvimento da panícula está entre 20°C 
e 30 °C. Temperaturas abaixo de ±17°C (consideradas baixas temperaturas para o arroz) 
e acima de ±34°C (consideradas altas para o arroz) afetam o número de espiguetas 
produtivas por panícula. Neste estádio temos 2 períodos críticos quanto à baixas 
temperaturas (abaixo de 17°C). 
a) 22 dias antes da emissão da panícula( está ocorrendo a diferenciação das 
ramificações primárias e secundárias) - Ocorre degeneração das ramificações 
primárias e secundárias, não havendo formação de grande número de espiguetas. 
b) 16 dias antes da emissão da panícula - 
Ocorre a degeneração das espiguetas já 
formadas e/ou indução de anormalidades 
nas mesmas, causando esterilidade das 
espiguetas. 
 
OBS: temperaturas baixas na fase reprodutiva 
causam perdas na produção em até 30%. 
 
3.1.4 Efeito de baixas temperaturas no 
desenvolvimento da panícula 
(durante o emborrachamento)- 
 
 A temperatura ideal está entre 25°C a 
30°C. Temperaturas baixas,8 a 10 dias antes 
da emissão da panícula, causam redução no 
número de espiguetas férteis por panícula, e entre os motivos estão a má formação da 
membrana celular no grão de pólen, ou anormalidades ou degeneração do saco 
embrionário e/ou dos grãos de pólen. 
 
3.1.5 – Efeito da baixa temperatura sobre o florescimento: 
 
 A temperatura ótima está entre 30 e 32° C. Temperaturas abaixo de 15°C, se 
ocorrer até 1 hora após a abertura das glumelas, impede a fertilização. Temperaturas 
altas por 1 a 2 horas reduz a deiscência das anteras e reduz a germinação do grão de 
pólen sobre o estigma, causando esterilidade. 
Visualmente, o efeito do frio na planta de arroz , na fase reprodutiva se manifesta 
em: 
 
 a)Esterilidade das espiguetas; 
 b)Má exserção da panícula; 
 c)Espiguetas do terço superior da panícula estéreis, atrofiadas e/ou de coloração 
branca. 
 d)Sementes mal formadas na maturação. 
 
Obs. As cultivares diferem em sua resposta ao frio. 
 
3.1.6 – Efeito da temperatura sobre a maturação: 
 
 A temperatura ideal está em torno de 25° C. 
 A duração do enchimento de grãos está diretamente associada à temperatura. À 
campo com temperatura média diária de 28° C o período dura cerca de 30 dias, com 
temperatura média diária de 18° C passa para 53 dias. Temperatura acima de 35° C 
aceleram a maturação, reduzindo o peso do grão. 
 
 
Fatores que afetam negativamente o enchimento de grãos: 
 
- Temperaturas acima ou abaixo da ótima (25-30° C ) 
- Baixa radiação solar pode reduzir o peso do grão. 
- Ocorrência de doenças que diminuam a área foliar. 
 
3.2 – Temperatura da água de irrigação. 
 
 No caso do arroz irrigado por inundação há diferença entre a temperatura da água 
e a do ar. 
Lâmina de água estagnada: Durante a noite a água pode ficar até 6° C acima da 
temperatura do ar. Durante o dia fica de 1° a 2° C acima da do ar. 
Lâmina corrente: A temperatura da água é sempre inferior a do ar em qualquer período 
do dia. 
 
 A temperatura ótima da água de irrigação está entre 31° e 34° C no afilhamento. 
Temperaturas abaixo de 29° C retardam o afilhamento. Para o momento em que ocorre 
a DPF (diferenciação do primórdio floral) a temperatura ideal fica entre 30° a 32° C . 
Temperaturas abaixo de 25 ° C aumentam a esterilidade das flores. 
 
Obs. Há diferenças entre cvs. E entre estádios de desenvolvimento, mas de maneira geral 
podemos assumir que a temperatura da água não deva ser inferior a 13° C nem superior 
a 43° C. Temperaturas da água acima de 50° C causa a morte de plântulas. 
 
3.3 - Umidade relativa do ar. 
 
Com alta umidade relativa do ar a evapotranspiração é menor, diminuindo o 
crescimento da planta. Na maturação é desejável baixa umidade relativa do ar. 
 
Alta umidade relativa do ar + altas temperaturas = ambiente propício para doenças 
fúngicas. 
 
3.4 - Ventos. 
 
Ventos leves: Podem favorecer as plantas, renovando o ar entre as mesmas, aumentando 
o fornecimento de CO2 . Desfavorecem quando podem conduzir agentes causadores de 
doenças. 
Ventos fortes: Podem acamar as plantas, ou causar a queda de grãos na maturação. 
(colher com 20 a 25% de umidade) 
 
Obs. A Transpiração da planta aumenta na raíz quadrada da velocidade do vento. 
 
3.5 - Granizo. 
 
 Conforme a época e a intensidade pode comprometer a produção, principalmente 
após a floração. 
 
3.6 - Processos determinantes da produção: 
 
 Teoricamente a produção de grãos de uma cultivar de arroz é determinada por 4 
componentes: 
a) número de panículas por m². 
b) número de espiguetas por panícula. 
c) porcentagem de espiguetas férteis. 
d) peso de mil grãos. 
 
 
Produção de grão (ton/ha) = a x b x c x d x 10-3 
 
 
3.6.1- Determinação dos componentes de rendimento: 
 
3.6.1.1- Número de panículas por área. 
 
No transplantio é definido entre a etapa germinativa (estabelecimento) a até 10 dias após 
o estádio de máximo número de perfilhos, dependendo da capacidade de perfilhamento. 
Na semeadura direta é definido em função da densidade de semeadura e da 
porcentagem de emergência. 
 
3.6.1.2- Número de espiguetas por panícula. 
 
É definida entre a diferenciação do primórdio da panícula ao final da meiose. 
 
O Transplantado tende a ter um maior número de espiguetas por panícula do que o 
semeado direto. 
 
3.6.1.3- Porcentagem de espiguetas férteis: 
 
 É definida entre o início da DPF e o final da maturação fisiológica. 
 
3.6.1.4- Peso de mil grãos. 
 
 È definido entre a diferenciação das ramificações secundárias da ráquis até a 
maturidade fisiológica. Basicamente depende do tamanho da casca, determinado até o 
florescimento, e em menor grau, pelo desenvolvimento da cariopse, determinado após o 
florescimento. 
 
 
 
4. Estabelecimento e Condução da Lavoura 
 
4.1. Sistematização do Solo 
 
O arroz irrigado por inundação exige o condicionamento do solo antes do cultivo. 
Sistematização é a criação de um sistema funcional de manejo que permita a 
colocação, manutenção e retirada da lâmina d’água da maneira mais eficiente. 
 
Sistematização consiste: 
-remoção de detritos 
-abertura de canais de drenagem e irrigação 
-construção de estradas internas 
-regularização da superfície do terreno 
-entaipamento 
-construção de estruturas complementares 
 
Conforme o sistema de Cultivo termos: 
 
4.1.1. Sistematização do solo em desnível 
4.1.2. Sistematização do solo em nível 
 
4.1.1. Sistematização do solo em desnível 
 
Transfere-se o solo das elevações para as partes mais baixas do terreno. 
Mantém a declividade natural do terreno. Retém a água com taipas em curva de nível. 
 
Vantagens: 
-menor movimento de terra. 
-menor custo inicial de sistematização 
-melhor drenagem superficial 
 
Desvantagens: 
-maior consumo de água 
-lâmina desuniforme 
-maior dificuldade no controle de invasoras e no manejo de insumos agrícolas 
 
4.1.2. Sistematização do solo em nível 
 
A Área é subdividida em quadros de formato regular. Dentro do quadro o terreno 
é nivelado num plano pré-definido. Quanto < a declividade > área do quadro. Quadros 
de tamanho compatível com as máquinas. Adequada relação comprimento( no máximo 
200m) e largura (entre 20 e 50 m) em função do desnível. Quadros com taipas de 
altura mínima de 20 cm. Estruturas de irrigação e drenagem individual para cada 
quadro, e acessos fácil a cada um. 
 
Vantagens: 
-distribuição mais adequada da água: 
-uniformidade desde o início 
-facilita controle de invasoras 
-menor perda de nutrientes do solo 
-menor incidência de pragas e doenças 
-menor oscilação da temperatura da água e do solo 
-Há > uniformidade da lavoura; 
-> eficiência nos tratos culturais e na colheita 
-melhor aproveitamento do solo (menos taipas) 
-economia de insumos. 
 
Desvantagens: 
-dificulta a alternância de cultivos (solo fica com drenagem superficial deficiente) 
-Custo inicial é mais elevado. 
 
4.2. Sistema de Cultivo do Arroz 
 
Atualmente no RS e SC o arroz irrigado é cultivado em um dos seguintes sistemas 
de preparo e manejo do solo: Sistema Convencional;Cultivo Mínimo; Plantio Direto; 
Pré-Germinado; Mix; Transplante de Mudas. 
 
4.2.1. Sistema Convencional 
 
-65% da área do RS 
-Preparo Primário 
-Arado ou grade pesada: Visam eliminar ou incorporar plantas estabelecidas e 
os restos de cultura, além de soltar a camada superficial do solo. 
-Preparo Secundário 
-Grades ou plainas visando nivelar, destorroar, incorporar herbicidas. 
 
IMPORTANTE: O solo deve estar num ponto de umidade adequada. Solo com 
umidade elevada ocasiona danos físicos na estrutura e aderência aos implementos. 
Com solo muito seco:ocorre a formação de torrões exigindo maior número de 
passadas. 
 
4.2.2. Cultivo Mínimo 
 
-25% da área do RS. 
-Utiliza uma menor mobilização do solo. 
-O preparo é realizado comantecedência, até uma mínima que permita formação de 
cobertura vegetal e compactação das taipas. 
-A semeadura é realizada diretamente sobre o cobertura vegetal dessecada. 
 
4.2.3. Plantio Direto 
 
A semeadura é feita direta sobre solo não preparado anteriormente, devendo-se 
revolver não mais de 25% a 30% da superfície. Faz-se apenas as taipas de base larga 
e perfil baixo e aplainamentos. Oferece redução de custos e controle do arroz 
vermelho. 
 
4.2.4. Sistema pré-germinado 
 
-95% do estado de SC. 
A semeadura é com sementes pré-germinadas em solo previamente inundado. No 
preparo do solo há a necessidade da formação da lama e o nivelamento e alisamento 
são realizados normalmente,com o solo inundado. 
 
1ª FASE do preparo:Visa formar a lama e pode ser em solo seco e posterior 
inundação, ou em solo inundado. 
A) Aração em solo úmido + destorroamento com rotativa sob inundação. 
B)Aração + gradagem ou rotativa em solo seco+rotativa sob inundação. 
C)Rotativa em solo inundado+rotativa sob inundação. 
 
2ª FASE do preparo: Renivelamento e alisamento visando preparar a superfície para 
receber a semente, usando-se pranchões de madeira. 
 
4.2.4.1 O preparo do solo utilizado em áreas extensas (sul do RS). 
 
A) 1 ou 2 arações em solo seco; 
B) 1 ou 2 gradagens para destorroar (com cuidado para deixar torrões pequenos para 
impedir o arraste pelo vento); 
C) aplainamento e entaipamento; 
D) inundação da área com lâmina de no máximo 10 cm pelo mínimo de 15 dias antes 
da semeadura (contr.AV). 
E) alisamento com pranchões de madeira. 
F) semeadura com sementes pré-germinadas (de avião). 
 
4.2.5. Sistema de transplante de mudas 
 
Objetiva, principalmente, a obtenção de sementes de alta qualidade. 
 
A) Produção de mudas: 
São produzidas em caixas com fundo perfurado, cujas dimensões dependem da 
máquina utilizada.São semeadas em torno de 300 g de sementes pré-germinadas por 
caixa (0,60 x 0,30) cobertas com 1 cm de solo. Leva de 2 a 4 dias até a emergência. As 
caixas são empilhadas, cobertas com lona e irrigadas abundantemente. 
 
B) Transplante: 
Feito com mudas de 10 a 12 cm (12 a 18 dias após semeadura) em área previamente 
drenada. Normalmente com 3 a 10 mudas por cova no espaçamento de 14 a 22 cm 
entre covas e 30 cm entre linhas. A irrigação permanente deve iniciar de 2 a 3 dias 
após o enraízamento das mudas. 
 
OBS: Uma máquina transplantadora com 6 linhas rende cerca de 3.000 m2 por hora. 
Usa de 110 a 130 caixas de mudas por hectare, (30 a 40 kg de sementes por ha). 
 
 
Referência: Recomendações Técnicas da Pesquisa Para o Sul do Brasil 2001-2002 
 
 
5.CALAGEM E ADUBAÇÃO 
 
5.1- Calagem. 
Na cultura do arroz pré-germinado a calagem pode ser dispensada, pois a planta 
pega o solo inundado desde o início e a disponibilidade de nutrientes já é 
grande.Quando semeado em solo seco e a inundação iniciar cerca de 30 dias após a 
emergência, o uso da calagem já é recomendado (3 a 6 meses antes da semeadura). 
Quando se planta culturas em rotação ou sucessão, deve-se levar em consideração 
estas plantas para a aplicação do calcário. A calagem também pode minimizar os 
efeitos prejudiciais da toxidez de ferro. Neste caso a análise deve ser feita 
especificamente para este fim. 
 
5.2- Adubação Mineral. 
Baseia-se fundamentalmente na análise do solo. 
 
5.2.1- Fósforo: 
O arroz irrigado tem poucas diferenças de resposta às diferentes formas de 
fósforo. Pode-se usar fertilizantes fosfatados solúveis (superfosfato tríplo, simples) os 
termofosfatos e escórias para solos com teor de P inferior a 3mg/L, e os fosfatos 
naturais isoladamente ou em misturas para solos com teor de P superior a 3mg/L. 
 
5.2.2- Potássio. 
Recomenda-se para o arroz irrigado o uso de cloreto de potássio (KCl) por ser 
mais barato e seguro. O sulfato de potássio (K2SO5) em doses acima de 60 kg/ha de 
K2O e sob temperatura alta, pode liberar H2S em níveis tóxicos para a planta. 
 
5.2.3- Modo de aplicação do fertilizante. 
 Pré-germinado- preparados sob inundação podemos colocar o K2O e o P2O5 
incorporados na formação da lama ou após, no nivelamento da área, antes da 
semeadura. Na semeadura no seco- colocamos o K2O e o P2O5 na semeadura. 
 
5.3 Adubação Nitrogenada. 
 
 Como as formas de N mineral são muito móveis no solo, podendo ser 
lixiviados, a recomendação é de apenas 10 kg de N/ha na adubação de base. 
 Para o Pré-germinado em SC, não se aplica N na semeadura. (Aplica-se N 
apenas na cobertura, no afilhamento e no início da diferenciação do primórdio de 
panícula - Ponto de Algodão) 
 As fontes recomendadas: 
 -Uréia amídica (Amídica) 
 -Sulfato de Amônio (Amoniacal) 
 
OBS: As fontes nítricas não são recomendadsa devido às elevadas perdas que ocorrem 
no solo. 
 
5.3.1 Adubação de cobertura. 
 
 É usado exclusivamente o N e devem ser levadas em consideração alguns 
fatores importantes para o sucesso da prática. 
 
- Teor de Matéria Orgânica; 
- Tipo de cultivar; 
- Histórico da área ( Qual foi a resposta da cultura nos anos anteriores?); 
- Época de semeadura (Quanto mais dentro da época ideal, aumenta a expectativa 
de resposta a doses de N); 
- Incidência de doenças (A brusone é favorecida por excesso de N); 
- Desenvolvimento vegetativo (como ele está ocorrendo, se está bom ou não); 
- Fatores climáticos (temperatura e luminosidade estão relacionados a eficiência na 
utilização de N). 
 
5.3.1.1 Época da aplicação. 
 
RS 
 
Dose única 
 
aplicar no IDPF 
 
 
 
RS 
Dose Parcelada 
(doses maiores que 
50 kg de N/ha) 
1°) no início do 
perfilhamento ou 35 dias 
após a emergência 
2°) no IDPF 
 
cvs modernas 1/2 + 1/2 
cvs tradicionais 1/3 + 2/3 
cvs sequeiro 1/3+2/3(doses totais 
menores de 30 kg de N/ha) 
 
SC 
 
 
 
pré-germinado 
1°) 1/2 no perfilhamento 
(30 dias após semeadura) 
2°) 1/2 no IDPF 
 
 
5.4 -Toxidez de ferro. 
 
 O alagamento do solo, promove a solubilização de ferro, podendo o acúmulo de 
Fe+2 na solução do solo atingir níveis tóxicos ao arroz. 
 A toxidez pode ocorrer por absorção excessiva(toxidez direta) ou por precipitação 
sobre as raízes das plantas(toxidez indireta )provocando oalaranjamento das raízes e 
impedindo a absorção de nutrientes (Ca, mg, K, P, Si, Na, Fe, Mn) 
 
5.4.1 - Controle: 
 A mais econômica é o uso de cultivares tolerantes, tais como; EEA 406, IAS 129 
Formosa, CICA 8, BR-IRGA 414, EPAGRI 106, 107, 108, 109 e BLUEBELLE. 
A calagem prévia do solo elevando o pH para 6 também pode minimizar o 
problema. 
 Em casos específicos, a irrigação intermitente pode ser recomendada, dentro de 
critérios (respeitando os períodos críticos da cultura quanto a falta da lâmina de água) 
 O efeito da toxidez também pode ser diminuído com a antecipação da adubação de 
cobertura ( no geral uma semana antes do IDPF). 
 
 
 
 
 
6.Irrigação e drenagem. 
 
 No RS grandes áreas são cultivadas em taipas em nível. Na grande maioria, as 
lavouras são pouco planificadas, embora tenham o domínio da água. A água é colocada 
no ponto mais alto da lavoura, e conduzida por gravidade, mantendo-se uma lâmina entre 
as taipas que possuem uma diferença de nível entre 5 a 10 cm. 
 
 
 
6.1 - Necessidade de água. 
 
Quantidad
e 
necessária 
de água 
= para 
saturar 
solo 
+ para 
formar 
uma 
lâmina 
+ para compensar 
a 
evapotranspiraçã
o 
+ para repor as 
perdas por 
percolação 
vertical 
+ para suprir as 
perdas dos 
canais de 
irrigação 
 
 Estas quantidades dependem principalmente das: 
 condições climáticas; 
 manejo da cultura; 
 características físicas do solo; 
 dimensões e revestimentos dos canais; 
 ciclo evolutivo da cultura; 
 localização da fonte de água; 
 profundidade do lençol freático. 
 
OBS: A evapotranspiração e a percolaçãosão os responsáveis pela maior porcentagem 
de demanda de água. 
 
6.1.1. Necessidade de água no Sistema de Taipas em Nível. 
 
 Recomenda-se vazões contínuas de 1,5 a 2,0 litros/s/há num período médio de 
irrigação de 80 a 100 dias. Solos franco-arenosos necessitam vazões maiores. 
 
 
6.1.2. Necessidade de água no Sistema Pré- germinado.(SC) 
 
 Preparo do solo com lâmina de 4 a 5 cm gasta cerca de 1000 a 2000 m3 /ha. 
 
 Reposição após herbicida: Encher em 1 ou 2 dias com vazões de 2 a 3 l/s/ha. 
 Manutenção da lâmina : Vazões de 1 l/s/ha. (apresenta baixa percolação devido a 
formação da lama) 
 
6.2. Evapotranspiração. 
 
Nos trópicos: A ET média diária varia entre 4 a 5 mm/dia (época chuvosa) e 5 a 6 
mm/dia (época seca) 
Cima Temperado: A ET média normal do arroz irrigado por inundação varia entre 6,7 a 
7,7 mm/dia. 
 
No RS a ET da Lavoura do Arroz Inundado chega a 7,2 mm/dia e usa-se uma vazão de 2 
l/s/ha, o que resulta em 17,3 mm/dia, com uma eficiência de 42%, menor que os 60% 
considerados como ideal. 
 
6.3. Percolação. 
 
 Em solos com nível freático alto, ou camadas impermeáveis próximas a superfície. 
( como a maioria dos solos cultivados com arroz) – percolação baixa < 10 mm/dia. 
 Em solos leves podem ser > 10 mm/dia ( o que dificulta manter uma lâmina). 
 
OBS: Algum nível de percolação seria benéfico, pois arrastaria possíveis substâncias 
tóxicas oriundas do metabolismo microbiano aneróbico. 
 
6.4. Qualidade da água de irrigação. 
 
 É importante. Quando houver suspeita, deve-se fazer uma análise para se 
estabelecer a concentração dos elementos que podem ser tóxicos a planta. 
 
6.4.1. Salinidade. 
 
 Das culturas atuais, não existe uma que tolere irrigação com água em nível 
igual ou superior a 0,25 % de NaCl. Este teor no início da fase reprodutiva, pode reduzir 
em 50% ou mais a produtividade. 
 
Medida da condutividade elétrica igual ou acima de 2mmhos/cm deve ser suspensa a 
irrigação. 
 
6.5. Manejo da água de irrigação. 
 
 Existe uma interação irrigação/cultivo, e a água além de influir no aspecto 
físico das plantas, influi: 
 
- na disponibilidade dos nutrientes, 
- na população e espécie de invasoras presentes, e 
- na incidência de algumas pragas e doenças. 
 
A cultura necessita de água durante todo o seu ciclo. Porém há 3 períodos mais 
exigentes: 
 
- estabelecimento do cultivo, 
- afilhamento, 
- período entre o IDPF e o enchimento de grãos. 
 
O solo saturado é suficiente para o arroz, mas a presença de lâmina influi na 
população de invasoras (espécie e número). 
 
-Lâminas baixas ou saturação: favorecem gramíneas, ciperáceas, folhas 
largas. 
-Em áreas mal drenadas, ou lâminas altas: favorecem o surgimento e 
desenvolvimento de invasoras aquáticas. 
 
Para determinarmos a altura da lâmina mais adequada, devemos considerar: 
 
a)Cultivar: 
- Tradicional - suportam lâminas mais altas.(EEA 406, IAS 12-9 Formosa) 
- Intermediárias (Blue-belle) e Modernas (outras) – lâmina não deve ultrapassar 10 
cm 
b)Topografia do Solo: 
 
Menor declividade – maior uniformidade da lâmina. 
Maior declividade – maior desuniformidade da lâmina. 
 
6.6 - Quando iniciar a irrigação ? 
 
Vai depender do manejo adotado na lavoura: se no sistema de quadros em nível 
(pré-germinado) ou no sistema de taipas em nível. 
 
6.6.1. Quadros em nível. 
 
A irrigação começa antes da semeadura, no preparo do solo. Semeia-se com uma 
lâmina de 5 a 10 cm. Dependendo da temperatura, deixa-se assim por até 5 dias. Após, 
drena-se o quadro e deixa-se encharcado. Com o crescimento das plantas a lâmina é 
aumentada progressivamente até 10 cm. 
 
6.6.2.Taipas em nível. 
 
O início da irrigação depende das condições de umidade do solo. É comum o uso 
de um banho para favorecer a germinação. Se a umidade do solo permitir, pode-se iniciar 
a inundação 30 dias após a emergência para cultivares precoces e até 40 dias para as 
cultivares ciclo médio e longo.(cuidado com as invasoras) 
 
6.6.2. Interação Herbicida-Água. 
 
É importante para o controle das invasoras. Aplicar o herbicida com as invasoras 
com 1 a 3 folhas aumenta a eficiência e diminui a dosagem. Deve-se iniciar a irrigação 
logo após a aplicação para evitar a reinfestação. Em anos normais isto ocorre de 15 a 20 
dias após a emergência.(início da irrigação) 
 
6.6.3. Eficiência da irrigação. 
 
Pode atingir 50 a 60% na inundação contínua. No RS considerando-se a ET média 7,2 
mm/dia e usando-se 2 l/s/ha na vazão, ou seja 17,3 mm/dia, a eficiência é 42%. 
 
 Toescher(87/88) 
Inundação Contínua 0,65 a 0,59 
Inund. intermitente 0,81 a 0,7 
Aspersão 0,69 a 0,57 
 
 IRGA (97/98) 
Inundação Contínua 1,01 
 
6.6.5. Manejo da lâmina de água no combate ao frio. 
 
Em regiões onde existe a possibilidade de ocorrer frio (<16oC) durante o 
emborrachamento precoce das cvs. modernas, devemos elevar o nível da lâmina para 
mais de 15 cm por um período de 15 a 20 dias, para aumentar o efeito “termoregulador”, 
reduzindo a esterilidae das espiguetas. 
 
6.6.4. Drenagem. 
 
 No geral, quando os grãos estiverem em estado pastoso. Se o solo apresentar 
uma boa drenagem, podemos efetuar a drenagem após o completo enchimento dos 
grãos. No caso de solo argiloso, com difícil drenagem , aconselha-se 10 dias após o 
florescimento pleno(80%) para as cultivares intermediárias, e 15 dias, para as cultivares 
modernas. 
 
 
 
7. Cultivares de arroz 
 
Cultivares registradas no SNPC. (www.agricultura.gov.br/snpc) 
 
7.1 Tipo de Plantas 
 
As cvs. de arroz irrigadas do RS são classificadas, quanto ao tipo de planta em : 
 
-tradicionais 
-intermediárias 
-modernas 
 
7.1.1 Tipo de planta Tradicional 
 
Porte alto, folhas largas e decumbentes, menos exigentes às condições de cultivo; Ciclo 
médio ou semi-tardio; Baixo afilhamento; Boa resistência a doenças; Grãos curtos, 
médios ou longos com secção transversal de forma elíptica e de aceitação restrita; Alto 
vigor na competição com invasoras; Acamam sob alta fertilidade natural ou com altas 
doses de N; Resistentes a solos frios no início do desenvolvimento. 
 
Ex. EEA 406, IAS 12-9 Formosa 
 
7.1.2 Tipo de planta Intermediária 
 
Baixo vigor inicial (principalmente com temp. do solo baixa); Exigentes em preparo do 
solo, N e controle de invasoras. Porte médio, folhas curtas, estreitas, semi-eretas e lisas; 
Ciclo precoce; Baixo afilhamento; Sucetível à brusone e doenças do colmo; Grãos longos 
tipo “patna” ( longo, fino e cilíndrico) de alta qualidade e boa aceitação; Tolera 
semeaduras tardias (ciclo de até 120 dias). 
 
 Ex: Bluebelle 
 
7.1.3 Tipo de planta Moderna 
 
Porte baixo (semi-anão ou filipino); Folhas curtas e eretas, pilosas ou lisas; Geralmente 
com colmos curtos e fortes; Alta capacidade de afilhamento; Exigentes no controle inicial 
das invasoras; Exigentes ao aplainamento do solo (lâmina uniforme devido ao porte baixo 
e médio vigor inicial); Respondem a níveis altos de N; Ciclo precoce a tardio; Grãos na 
maioria tipo patna de casca lisa ou pilosa; Alta esterilidade com redução considerável de 
produção nas semeaduras além da época ideal; Mediana degranação natural. 
 
Exemplo: As cultivares atualmente recomendadas. 
 
7.1.4 Cultivares Indicadas Para o RS e SC 
 
Conf. Anexo 1 ( Pág. 60 e 61 das recomendações para a cultura do arroz irrigado 2001-
2002). 
 
7.2 densidade de Semeadura 
 
A densidade média de sementes varia em função da, cultivar, do método de 
semeadura, do vigor e PG das sementes e das condições ambientais. 
 
Semeadura em linha: 400 a 500 sementes aptas por metro quadrado. 
 
Semeadura à lanço: 500 sementes aptas por metro quadrado na profundidade < 5 cm. 
 
Estas densidades objetivam garantir uma população inicial de 200 a 300 plantas por 
metro quadrado.Espaçamento entre linhas: 13 a 20 cm. 
 
Espaçamentos menores: mais adequadas às semeduras tardias de cvs precoces do tipo 
modernas. 
Espaçamentos maiores: favorecem o afilhamento, desuniformidade da floração, para 
regiões com quedas bruscas de temperaturas 
 
Semeadura em solo inundado (pré-germinado): 
 
-500 sementes aptas por metro quadrado. 
-semear com lâmina de cerca de 5 cm. 
 
 
Semeaduras além da época recomendada, onde possa ocorrer frio na fase reprodutiva, 
usando-se cv. Precoce. 
 
Usamos menor quantidade de sementes/ha para aumentar a desuniformidade de idade 
dos perfilhos para proteger a lavoura de grandes perdas de produtividade. 
 
Semeadura em solo com baixa temperatura: 
 
Usamos maior densidade de sementes para compensar possível morte de plântulas 
menos vigorosas oriundas de sementes com baixa sanidade e vigor. 
 
Semeaduras antes da época: 
Aumentamos a quantidade de sementes não só para melhorar a população inicial mas 
para favorecer a sincronia de maturação das cultuivares que tendem a perfilhar mais. 
 
Época historicamente mais adequada no RS 
 
15/10 a 15/11 
 
No geral todas as cultivares podem ser semeadas com segurança após 15/10. Porém 
somente as cvs. Precoces e/ou tolerantes ao frio podem ser semeadas com segurança 
após 20/11. 
 
7.4 Época de semeadura (SC) 
 
 Atualmente existe uma recomendação por região do estado e por ciclo da cultivar, 
e revisado anualmente pela pesquisa. Informação atualizada encontra-se nas 
Recomendações Técnicas da Pesquisa Para o Sul do Brasil.(2001/2002, pág. 21) 
 
7.5 Época de semeadura (RS) 
 
 Atualmente existe uma recomendação por região do estado e por ciclo da cultivar, 
e revisado anualmente pela pesquisa. Informação atualizada encontra-se nas 
Recomendações Técnicas da Pesquisa Para o Sul do Brasil.(2001/2002, pág. 16) 
 
Exemplo: Para Uruguaiana conforme a Embrapa (RS) 
 
CVS CICLO MÉDIO: 01/10 a 20/11 
Podemos iniciar a semeadura quando a temperatura média do solo desnudo a 5 cm de 
profundidade mostrar-se firme e acima de 20oC. Não é recomendado alterar o final da 
semeadura. 
 
CVS CICLO PRECOCE :11/10 a 10/12: 
É atrasada de 10 a 15 dias para evitar que o período crítico da planta ao frio ocorra em 
dezembro. 
 
CVS CICLO SUPER PRECOCE :21/10 a 20/12: 
É atrasada cerca de 10 dias o início e o fim de semeadura em relação às precoces. 
 
CVS CICLO TARDIO :21/9 a 10/11: 
É antecipada cerca de 10 dias a data final de semeadura em relação às cvs ciclo médio. 
 
 
 
8. QUALIDADE TECNOLÓGICA DO GRÃO DO ARROZ 
 
8.1. Introdução 
 
-Consumidor mais exigente 
-Preferências bastante diversificadas 
-Produto busca se adequar às exigências 
-Produto busca entrar em outros mercados 
-Ter preço diferenciado 
 
8.2. Principais formas de consumo de arroz no Brasil 
Consumido principalmente na forma de grãos inteiros, como produto de mesa. 
Praticamente inexistente o seu uso pela indústria de transformação (alimentar ou não). 
Três tipos de produto para consumo na mesa : IInntteeggrraall,, BBrraannccoo PPoolliiddoo,, PPaarrbbooiilliizzaaddoo. 
 
8.2.1. Arroz Integral 
 O arroz é limpo e seco e descascado. Mais rico em nutrientes que o arroz polido. 
É pouco consumido no Brasil (pessoas com hábitos mais sofisticados e de maior poder 
aquisitivo). 
 
8.2.2. Arroz Branco Polido 
 É a forma predominante de consumo no Brasil. O arroz integral é polido 
removendo-se camadas externas do endosperma e do germe. 
Subprodutos: Além da casca, grãos quebrados e farelo. 
 
2.3. Arroz Parboilizado 
O arroz em casca é submetido a um processo hidrotérmico, antes das etapas de 
descasque e polimento, proporcionando a gelatinização total ou parcial do amido. Pode 
ser Polido ou Integral. 20% do arroz consumido no país. O processo aumenta o valor 
nutricional do arroz polido. Possui teores mais elevados de tiamina, riboflavina e 
niacina. Elevado rendimento de grãos inteiros no beneficiamento. 
 
8.3. Componentes de qualidade 
Comportamento no beneficiamento. 
Qualidade comestível, de cocção e de processamento. 
Valor nutritivo. 
Adequação aos padrões de comercialização do produto. 
 
8.3.1. Comportamento no Beneficiamento 
A preferência dos consumidores é um produto uniforme, sem grãos quebrados 
e/ou danificados. Busca-se bom rendimento de grãos inteiros no processamento. Arroz 
de sequeiro sofre mais variabilidade de um ano para o outro, no rendimento de inteiros, 
devido a estresse ambiental (def. hídrica, doenças, insetos). 
 
8.3.1.1. Influenciam o rendimento de inteiros. 
Sistema de cultivo. 
Características próprias da cultivar. 
Condições climáticas. 
Condições de processamento. 
Teor de umidade dos grãos na colheita e no beneficiamento. 
 
8.3.1.2. Propriedades do grão que influenciam seu comportamento no 
beneficiamento. 
Características das glumas. 
Dimensões e forma do grão. 
Aparência do endosperma. 
Dureza do endosperma. 
Teor de umidade. 
 
8.3.1.2.1 Características das glumas. 
Cv com casca mais escura: resulta um produto mais escurecido após a parboilização, 
diminuindo a aceitação. 
Casca pubescente: quase sempre rejeitados pelos cerealistas por ser mais abrasiva 
(desgaste nas máquinas e alergia nos operadores). 
Grãos mal empalhados: problemas de conservação após a colheita; > danos por 
insetos, prejudica qualidade e aspecto visual do produto. 
 
8.3.1.2.2. Dimensões e formato do grão. 
Comprimento e forma são herdados independentemente e podem ser combinados 
como desejado. Os padrões para classificar em função do comprimento e forma variam 
de um país para outro. No Brasil a preferência é o longo fino (agulhinha). 
 
8.3.1.2.3. Aparência do endosperma. 
Característica importante para o consumidor que prefere endosperma: 
-Translúcido. 
-Sem áreas opacas. 
-Livre de manchas. 
-Livre de imperfeições causadas por insetos ou doenças. 
 
Exemplo: Grãos de arroz com áreas opacas no endosperma: 
Barriga branca: causada por um acondicionamento mais frouxo das partículas de 
amido e proteína, são mais propensas ao quebramento. As manchas desaparecem 
com o cozimento, e não diminuem o valor nutritivo do grão. 
Grão gessado: o gessamento do endosperma ocorre quando o grão é colhido ainda 
imaturo e com alto teor de umidade . 
Cultivares glutinosas ou cerosas: endosperma é naturalmente opaco, e não deve ser 
confundido com defeitos. 
Danos por insetos: também podem causar o endosperma opaco. 
 
8.3.1.2.4. Dureza do endosperma. 
O grau de resistência a rachaduras reflete-se diretamente no rendimento de 
grãos inteiros durante o beneficiamento. Estruturas celulares e intercelulares ( a 
proteína e os fenômenos de hidratação e desidratação do endosperma intervêm 
diretamente na manutenção da integridade estrutural do grão. Principais fatores que 
contribuem para a resistência dos grãos ao trincamento podem ser agrupados sob 
quatro aspectos: 
-Hidratação 
-Amido 
-Parede celular 
-Orientação da estrutura celular 
 
8.3.1.2.5. Teor de umidade. 
Além da característica da cultivar e do método de colheita, é fundamental para a 
obtenção de maior percentual de grãos inteiros, o teor de umidade dos grãos na: 
-Colheita; 
-Secagem, trilha e estocagem; 
-Beneficiamento; 
-Nas várias interações entre esses componentes. 
O maior problema é determinar o ponto adequado de colheita de modo a 
maximizar o retorno econômico que pode ser estimado na ocasião da colheita com 
base na: produtividade da lavoura; qualidade do arroz colhido e nos custos envolvido 
com a secagem do produto. 
Estes fatores são função do teor de umidade do grão sendo os dois primeiros 
dependentes das características da cultivar. De maneira geral recomenda-se colher 
com 18 a 22% de umidade, secar à baixas temperaturas e em tantas etapas quantas 
forem necessárias para evitar a fissura. É preciso ponderar sobre os custosenvolvidos. 
 
8.3.2. Qualidade comestível, de cocção e de processamento. 
Qualidade de cocção: 
-Tempo de cozimento. 
-Absorção de água. 
-Perda de sólidos solúveis. 
-Ganho de volume no cozimento. 
Qualidade comestível (palatabilidade). 
-O aroma. 
-A consistência. 
-Textura do arroz cozido. 
-Comportamento no processamento: 
 
Estes fatores estão ligados às características físico-químicas. Ocorrem uma série 
de alterações no período de pós-maturação do grão para consumo, durante o 
armazenamento, que acabam modificando as propriedades organolépticas do arroz. 
 
8.3.2.1 Propriedades do amido. 
-Teor de amilose e amilopectina. 
-Temperatura de gelatinização. 
-Consistência de gel. 
 
A reação do arroz ao calor, embora tenha outros fatores envolvidos (estádio de 
maturação do grão na colheita, grau de polimento do grão, ou tempo de 
armazenamento) seu comportamento é extremamente dependente da sua composição 
química onde o amido é 90% do grão beneficiado polido. 
 
8.3.2.1.1. Amilose e amilopectina. 
 
Amido, formado por: 
 
Amilose – 1000 unidades de -glucose (cadeia longa, helicoidal e sem ramificação) 
 
Amilopectina- se diferenciam pois apresentam ramificações a cada 20 a 25 unidades 
de -glucose . 
 
Como são moléculas complementares na composição do amido do arroz, 
aumento ou decréscimos no teor de uma delas reflete-se de forma inversa no teor da 
outra e resultam comportamentos igualmente inversos nas propriedades de cocção ou 
processamento. 
Variedades glutinosas (cerosas) - endosperma opaco - quando cozidos 
apresentam-se úmidos e pegajosos. O amido é quase só amilopectina (0 a 2% de 
amilose). Variedades não glutinosas têm de 7 a 34% de amilose. 
 
Escala da Embrapa: 
Alto teor 28 a 32% de amilose. 
Teor intermediário 23 a 27% de amilose. 
Baixo teor 8 a 22% de amilose. 
 
8.3.2.1.2. Temperatura de gelatinização. 
É a temperatura de cozimento na qual a água é absorvida e os grânulos de amido 
aumentam irrversívelmente de tamanho com simultânea perda de cristalinidade. 
Alta* 74° a 80° C 
Intermediária – 68° a 73° C 
Baixa** 63° a 68° C 
* requer mais água e maior tempo de cozimento (rejeitado por quase todo o mercado. 
** excessivamente macios e podem se desintegrar durante o cozimento. 
 
8.3.2.1.3. Consistência de gel. 
Fornece um bom índice da textura do arroz cozido e de seu comportamento após 
o resfriamento. Complementa o teste de amilose e auxilia na discriminação de 
variedades com conteúdo de amilose alto. Conforme a consistência da pasta fria 
devido ao efeito combinado da amilose e da amilopectina, as variedades são 
classificadas em: 
CG Rígida. 
CG Intermediária. 
CG Macia. 
Conteúdo amilótico acima de 25% (alto) apresentam variabilidade quanto à 
consistência de gel. Teor de amilose abaixo de 24%, geralmente a CG é macia 
 
8.3.2.2. Alteração pós-colheita. 
Alterações progressivas das propriedades físico-químicas do arroz após a colheita 
ocorrem, principalmente, nos 3 ou 4 primeiros meses de armazenagem e, 
independente das condições ambientais, são sempre mais intensas no arroz 
beneficiado que no arroz em casca. No cozimento o arroz beneficiado envelhecido 
absorve maior quantidade de água, expande mais, apresenta menor índice de sólidos 
solúveis na água de cocção, e é mais resistente à desintegração dos grãos durante o 
cozimento que o arroz recém colhido. Isto ocorre provavelmente, devido à elevação da 
insolubilidade da proteína e do amido durante o armazenamento, elevando também o 
tempo de cozimento do produto. Estas alterações acabam sendo positivas, em virtude 
do gosto do consumidor. Entretanto outros problemas no armazenamento podem 
prejudicar o consumo como:Ataque de pragas; Fungos; Fermentações; Rancidificação. 
O arroz integral, assim como o mal polido, devido à conservação das camadas mais 
ricas em lipídios, apresentam menos conservação que o polido. 
 
8.3.3. Valor nutritivo. 
É função, principalmente de seu conteúdo protéico. 
Conteúdo calórico de 100 gramas de arroz cozido: 
Integral = 119 calorias. 
Branco polido = 109 calorias. 
Parboilizado = 106 calorias. 
 
8.3.3.1. Carboidratos. 
O arroz é uma excelente fonte de carboidratos complexos, os quais por serem de 
absorção lenta, são capazes de prover o organismo com energia por períodos 
prolongados. 
 
8.3.3.2. Proteína. 
É de boa qualidade pois contém os 8 aminoácidos essenciais ao homem. O 
conteúdo protéico é grandemente influenciado pelo ambiente. 
Alta radiação solar na maturação= diminui o teor de proteína no grão. 
Baixa densidade de semeadura, maior disponibilidade de N no solo, controle adequado 
de doenças, bom manejo da água = aumentam o teor de proteína. 
Sob condições tropicais, o teor é menor nas temporada secas e maior nas úmidas. 
O arroz polido tem 7% de proteína e o integral 8%. A lisina é 3,8% a 4% da proteína 
(excelente teor). O conteúdo protéico do arroz polido pode ser influenciado pelo: 
-Tipo e quantidade de fertilizante aplicado. 
-Fatores climáticos e ambientais. 
-Estádios de maturação do grão. 
-Características varietais. 
-Grau de polimento do grão no beneficiamento. 
 
8.3.3.3. Vitaminas e sais minerais. 
É importante fonte de minerais e vitaminas contendo quantidades apreciáveis de 
tiamina, riboflavina e niacina, bem como fósforo, ferro e potássio. O polimento reduz 
drasticamente os teores de vitaminas e sais minerais. A parboilização mantém as 
vitaminas do complexo B pela pela migração para o interior do grão, durante o 
encharcamento e a fixação durante a gelatinização. 
 
8.3.4. Padrões de comercialização. 
As normas de Identidade, Qualidade, Embalagem e Apresentação do Arroz 
proporcionam um sistema de comercialização por Classes e Tipos, que leva em 
consideração os fatores de qualidade associadas à limpeza, uniformidade, condições 
sanitárias e pureza do produto. 
 
8.3.4.1. Grupos. 
De acrodo com a forma de apresentação do produto a ser comercializado: 
Arroz em casca. 
Arroz beneficiado. 
 
8.3.4.2. Sub-grupos. 
Arroz em casca natural. 
Arroz em casca parboilizado. 
Arroz beneficiado integral. 
Arroz beneficiado polido. 
Arroz beneficiado parboilizado. 
Arroz beneficiado parboilizado integral. 
 
8.3.4.3. Classes. 
Qualquer dos sub-grupos pode ser incluido em uma das 5 classes, conforme as 
dimensões dos grãos inteiros após o descasque e polimento. No mínimo 80% dos 
grãos inteiros tem que ter as dimensões previstas. 
Grão Longo-fino 
Comprimento  6 mm 
Espessura  1,90 mm 
Relação comprimento/largura  2,75 mm. 
Grão longo: comprimento  6 mm. 
Grão médio: comprimento entre 5 mm a menos de 6 mm. 
Grãos curtos: comprimento < 5 mm. 
Misturado: quando não se enquadra em nenhuma das classes anteriores, mistura de 2 
ou mais classes, sem predominância de nenhuma (80%). 
 
8.3.4.4. Tipos. 
São 5 tipos expressos em numerais (1, 2, 3, 4 e 5), e definidos de acordo com o 
percentual de ocorrência de defeitos e com o percentual de grãos quebrados e quirera. 
Os percentuais máximos de defeitos permitidos em cada um dos 5 tipos encontram-se 
expressos em tabelas de tolerância, para cada subgrupo, a serem aplicadas na 
tipificação do produto. 
 
8.3.4.5. Produto sem enquadramento. 
Quando não atendem às exigências podem ser: 
Abaixo do padrão: pode ser comercializado como tal, pode ser rebeneficiado, 
desdobrado e recomposto. 
Desclassificado: comercialização é proibida por estar em mau estado de conservação 
(fermentado, mofado, odor estranho, teores de micotoxinas acima dos limites. 
 
8.3.4.6. Renda no benefício. 
Percentual total de arroz beneficiado (grãos inteiros, quebrados e quirera). A 
legislação prevê Renda Base em nível nacional de 68% . 
 
8.3.4.7. Rendimento do grão. 
Expresso pelo percentual de grãos inteiros e de quebrados. A legislação prevê 
rendimento de grãos de 40% inteirose 28% quebrados e quirera. Rendimentos 
inferiores ou superiores aos estabelecidos pela Renda Base, devem ser corrigidos pela 
aplicação de coeficientes específicos. 
 
8.3.4.8. Outros critérios considerados. 
-Teor de umidade. 
-Percentual de matérias estranhas e impurezas. 
Se acima de determinados limites, devem ser usados para efeito de desconto no 
peso líquido do lote em questão. 
 
 
 
9. Variedades exóticas de arroz. 
 
No Brasil, a variedade predominante é conhecida como arroz "agulhinha" e é mais 
cultivada na região sul. Alguns estados da região central ainda produzem a variedade 
"amarelão", também conhecida como "semente americana", e no Maranhão ainda é 
possível encontrar a variedade "cateto" ou "catete" (miudinho, em tupi-guarani ). 
 
Variedades internacionais 
 
Arbório 
Ao contrário do agulhinha, de grãos longos e compridos, o Arroz Arbório possui 
grãos arredondados. Ele não deve ser preparado ou substituído pelo arroz comum, e nem 
deve ser servido com feijão: durante o cozimento os seus grãos liberam mais amido e, ao 
invés de ficar soltinho, ele fica ligado, cremoso. É essa vocação para a cremosidade que 
faz dele o arroz ideal para se fazer risotos. 
 
Aromático 
O arroz aromático ou Jasmine tem grãos alongados, levemente translúcidos. É a 
variedade de arroz preferida por gourmets de todo o mundo, tanto pelo aroma natural que 
se desprende desde o cozimento como pelo sabor delicado, levemente amanteigado. 
 
Arroz Selvagem 
É um grão raro, produzido por uma planta aquática que cresce espontaneamente 
nas margens dos Grandes Lagos norte-americanos e canadenses. Sua textura crocante e 
seus grãos escuros atraem tanto pelo sabor único, com leve acento de avelãs, como pelo 
aroma marcante, que lembra ervas torrada. Conhecido como o "caviar dos grãos", 
apresenta uma parte externa firme e escura, enquanto o interior é claro e macio, 
formando um contraste atraente de cor e textura. 
 
Arroz Sasanishiki 
 Originário da parte Norte da ilha de Honshu, o Sasanishiki já era cultivado antes 
mesmo do tempo dos samurais. A qualidade dos grãos reside no frescor, no sabor 
delicado e neutro, na textura úmida e nos grãos unidos, macios, que permitem a 
modelagem durante o preparo.

Outros materiais