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1 Visão integral do ser humano A Psicossomática não é propriamente uma especialidade médica, mas uma forma de os profissionais de saúde buscarem uma visão do ser humano de forma integral, sem a dicotomia entre corpo e mente. O ser humano é analisado inserido em um contexto cultural, relacional, social e familiar. Uma perspectiva que nos lembra a nossa aula 2, que ecoa o conceito de saúde da OMS. É nesta perspectiva que o que profissional de saúde encontra, em seu processo de cuidar, antes de tudo uma pessoa que apresenta uma doença, mas que apresenta uma forma singular de vivenciar seu próprio ser e o mundo que a rodeia. A enfermidade, neste sentido, “é a expressão de um tropeço existencial, uma disfunção no processo de viver...” (Mello 202 p.21). A psicossomática evidencia que os processos biológicos e mentais e físicos são simultâneos e que podem se exteriorizar tanto no registro mental quanto no registro físico” (Mello, 2002, p. 21). Mas, além desta simples relação causal, a Psicossomática é, sobretudo, uma visão integral do ser humano. É a concepção atual de que toda doença humana é psicossomática. Não é um exagero dizer que toda e qualquer doença é psicossomática? – você deve estar se perguntando. Como podemos entender esta proposição? 2 Se a incidência da doença é num ser total, constituído por um soma (corpo) e uma subjetividade que são radicalmente inseparáveis, separar corpo de mente é uma forma artificial de considerar o ser que adoece? Não parece então evidente que sempre há uma influência na mente de quem apresenta uma doença e um adoecer psíquico se apresenta necessariamente correlacionado com processos bioquímicos? A orientação atual da pesquisa psicossomática é de uma possível influência da mente tropeço existencial, uma disfunção no processo de viver. (Mello, 2002, p. 21).
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