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Costrução Sustentável

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FACULDADE DE IPORÁ – FAI 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 
 
 
Relatório, apresentado a Faculdade de 
Iporá - FAI, como parte das exigências 
para a obtenção de nota na disciplina de 
tecnologia de materiais para a construção 
civil. 
 
 
 
IPORÁ 
MAIO/2017 
 
2 
 
FACULDADE DE IPORÁ – FAI 
TECNOLOGIA DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 
 
 
 
Discentes: Ana Paula Cardoso 
Sousa, Cristiane Lopes Pimenta 
e Leidiane Costa Carvalho. 
 Docente: Henrique Ferraz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IPORÁ 
MAIO/2017 
 
3 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................4 
2. PROJETOS AUTOSSUSTENTÁVEIS......................................................................6 
2.1 CASA FOLHA................................................................................................6 
2.2 CASA CONTÊINER......................................................................................6 
2.3 IMPLANTAÇÃO DE UMA OBRA SUSTENTÁVEL..................................7 
3. TAIPA DE PILÃO......................................................................................................7 
4. TIJOLO ECOLOGICO / TIJOLO DE SOLO CIMENTO..........................................8 
4.1. TIJOLO DE SOLO CIMENTO RECICLADO..............................................9 
5. MADEIRA CERTIFICADA.......................................................................................9 
5.1. MADEIRA DE DEMOLIÇÃO....................................................................10 
6. BAMBU OU AÇO VERDE......................................................................................10 
7. CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA....................................................................11 
7.1.APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE APARELHO DE AR-
CONDICIONADO........................................................................................15 
8. TELHADO VERDE..................................................................................................15 
8.1.UM OUTRO TIPO DE TELHADO VERDE, OS COOL ROOLFS............16 
8.2.VANTAGENS...............................................................................................16 
8.3.DESVANTAGENS.......................................................................................17 
8.4.CUSTO..........................................................................................................17 
8.5.VARIAÇÕES DE TELHADO VERDE........................................................18 
8.6.TELHADOS VERDES SÃO REALMENTE SUSTENTÁVEIS.................19 
8.7.GRANDES ECONOMIAS............................................................................20 
8.8.POLITICAS E POLITICOS..........................................................................21 
9. COLETA E RECICLAGEM DE RESIDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL............21 
10. ENERGIA SOLAR....................................................................................................22 
10.1. GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA.......................22 
10.2. AQUECIMENTO SOLAR......................................................................23 
11. CONCLUSÃO...........................................................................................................24 
12. BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................25 
 
 
 
 
4 
 
Introdução 
A primeira definição de desenvolvimento sustentável foi cunhada pelo Brundtland 
Report, em 1987, afirmando que desenvolvimento sustentável é aquele que atende às 
necessidades do presente, sem comprometer o atendimento às necessidades das 
gerações futuras. No final da década de 1980 e início da década de 1990, as questões de 
sustentabilidade chegaram à agenda da arquitetura e do urbanismo de forma incisiva, 
trazendo novos paradigmas. Atualmente na busca de minimizar os impactos ambientais 
provocados pela construção, surge o paradigma da construção sustentável. No âmbito da 
Agenda 21 em Países em Desenvolvimento, a construção sustentável é definida como: 
"um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os 
ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade 
humana e encorajem a equidade econômica". 
 
 
 
 
 Figura 1: Desafio Sustentabilidade Figura 2: Construções verdes 
Cenário da Construção Civil e Conceito de Construção Sustentável: As cidades e seu 
metabolismo são as grandes responsáveis pelo consumo de materiais, água e energia, 
sendo assim razoável pensar que, em um futuro próximo, continuarão a produzir grande 
impactos negativos sobre o meio natural. Muitos destes impactos negativos são gerados 
pelo setor da construção civil, que responde por 40% do consumo mundial de energia e 
por 16% da água utilizada no mundo. De acordo com dados do Worldwatch Institute, a 
construção de edifícios consome 40% das pedras e areia utilizados no mundo por ano, 
além de ser responsável por 25% da extração de madeira anualmente. 
Certificação e Avaliação Ambiental: A questão ambiental vem sendo debatida em todo 
o mundo, e tornou-se necessário adequar a arquitetura a esta demanda, alguns países 
criaram critérios de avaliação para construções sustentáveis. 
Atualmente, praticamente cada país europeu, além de Estados Unidos, Canadá, 
Austrália, Japão e Hong Kong, possui um sistema de avaliação de edifícios. No Brasil, o 
atestado de boa conduta ambiental e social mais difundido é a Certificação LEED do 
5 
 
USGreen Building Council (GBC) [Conselho Norte Americano de Prédios Verdes]. A 
certificação para empreendimentos sustentáveis Alta Qualidade Ambiental (AQUA), 
que foi adaptada para atender as características ambientais do país. 
Construção Sustentável: Além dos impactos relacionados ao consumo de matéria e 
energia, há aqueles associados à geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Os 
desafios para o setor da construção são diversos, porém, em síntese, na edificação, 
entende-se como essenciais: adequação do projeto ao clima do local, minimizando o 
consumo de energia e otimizando as condições de ventilação, iluminação e aquecimento 
naturais; previsão de requisitos de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida 
ou, no mínimo, possibilidade de adaptação posterior; atenção para a orientação solar 
adequada, evitando-se a repetição do mesmo projeto em orientações diferentes; 
utilização de coberturas verdes; e a suspensão da construção do solo (a depender do 
clima). Na escolha dos materiais de construção: a utilização de materiais disponíveis no 
local, pouco processados, não tóxicos, potencialmente recicláveis, culturalmente 
aceitos, propícios para a autoconstrução e para a construção em regime de mutirões, 
com conteúdo reciclado. Com relação à energia, recomenda-se o uso do coletor solar 
térmico para aquecimento de água, de energia eólica para bombeamento de água e de 
energia solar fotovoltaica, com possibilidade de se injetar o excedente na rede pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
DESENVOLVIMENTO 
1. Projetos autossustentáveis. 
Edificações que não emitem nenhum impacto à natureza já são realidade. No 
entanto, o sonho da casa autossustentável não é barato, muito menos fácil. Os 
projetos são construídos especialmente em prol da eficiência energética, adicionados 
de coletores de água da chuva, aproveitamento do vento e até mesmo hortas 
domésticas. 
1.1. Casa Folha – Angra dos Reis RJ. 
A primeira casa sustentável estálocalizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O 
projeto que tem cobertura em forma de folhas, buscou inspiração em arquiteturas 
brasileiras indígenas, fruto de climas quentes e úmidos. 
 
Figura 3: Vista superior – casa flor. Figura 4: Vista da casa flor em Angra dos Reis. 
1.2. Casa Contêiner – Cotia – SP. 
A segunda casa sustentável está em São Paulo. Um projeto diferente e ousado que 
usa quatro contêineres restaurados de 12,2 metros de comprimento, 2,44 de largura e 
2,90 de altura, que receberam isolamento de lã de PET e telhas tipo sanduíche de 
poliuretano para garantir o conforto térmico. Telhados verdes foram instalados sobre 
os contêineres do térreo, mais um recurso para controlar a temperatura da casa. 
 
Figura 5: Frente da casa de contêiner Figura 6: Detalhamento da casa. 
 
7 
 
1.3.Implantação de uma obra sustentável 
 Durante a escolha do terreno e da implantação do edifício devem ser observados os 
aspectos físicos, ambientais, socioeconômicos e culturais do entorno. A permeabilidade 
do solo é um importante mecanismo de drenagem da água da chuva, que previne 
alagamentos e inundações, comuns nas grandes cidades em função da alta taxa de 
ocupação. Respeitar a volumetria do terreno, reduzindo as movimentações de terra, 
também causa menos danos ao meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Projeto de uma Construção Ecológica. 
Após a definição das necessidades ambientais de cada edificação os espaços começam a 
tomar forma, locados para reduzir a quantidade de material utilizado, aproveitando a luz 
e a ventilação natural para criar sistemas passivos de condicionamento térmico e 
economia de energia. Mecanismos de reaproveitamento de água da chuva ou águas 
cinzas são avaliados pelos profissionais de arquitetura para reduzir o consumo de água 
doce tratada. Não existe um projeto padrão de construção sustentável, cada local e cada 
obra são únicos, devendo ser meticulosamente projetados por profissionais capacitados, 
respeitando as normas técnicas e legislações impostas a cada região. 
2. Taipa de Pilão 
Até os meados do século XIX as construções em taipa de pilão eram comuns no Brasil. 
Antes da própria definição de arquitetura sustentável, tratava-se de um sistema que 
utilizava o barro como principal componente nas estruturas das edificações. 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: O Museu do Ipiranga tem paredes de Taipa de Pilão. Foto: Soldon. 
3. Tijolo ecológico / Tijolo de Solo Cimento 
 O tijolo ecológico é também conhecido como tijolo de solo-cimento, pois é feito a 
partir da mistura de terra, cimento, areia e aditivos, que são prensados em uma máquina 
específica para essa finalidade. Ele é chamado de ecológico por esse processo de 
fabricação, que não envolve a queima – e consequente liberação de CO2 – como nos 
tijolos de cerâmica, e também porque sua utilização dispensa o uso de vigas e pilares, 
constituindo um sistema autoportante. Isso evita o desperdício de material como as 
fôrmas de madeira que são usadas para criar os pilares. Outra vantagem é a 
possibilidade de passar a tubulação de elétrica e hidráulica conforme a parede vai sendo 
montada, sem quebradeira, o que otimiza o tempo, o custo e novamente o gasto de 
material. 
 Depois de prontas, as paredes podem receber apenas verniz para proteção, deixando 
os tijolos aparentes, ou então receber acabamento com massa e qualquer tipo de 
revestimento, como pintura ou cerâmica. O tijolo pode também receber pintura sem 
aplicação de massa, deixando a textura aparente. Essa possibilidade de deixar o tijolo 
aparente reduz os gastos com revestimentos, ajudando a fazer com que este seja um 
sistema mais econômico. O fato de ser mais barato, neste caso, não significa que o 
sistema tenha menor qualidade. Na verdade é o contrário, já que o conforto térmico e 
acústico é melhor do que o dos tijolos comuns, de cerâmica ou de concreto. 
É importante, no entanto, que a execução seja feita por mão-de-obra especializada, para 
que as paredes fiquem realmente niveladas e alinhadas. 
 
9 
 
 
 
Figura 9: Tijolo solo cimento Figura 10: Construção com tijolo solo cimento 
 
3.1.Tijolo de Solo Cimento Reciclado 
Essa variação do tijolo de solo cimento foi desenvolvida por pesquisadores da Unesp 
que reciclaram resíduos de construção e obras demolidas para criar um tijolo de baixo 
custo, com propriedades semelhantes ao tijolo de solo cimento tradicional. Os resíduos 
de demolição possuem características granulares que oferecem maior resistência e 
redução de custo. 
4. Madeira Certificada 
 Nem sempre é fácil determinar a procedência dos materiais utilizados, para isso 
existem os selos de certificação que garantem que a madeira seja derivada de áreas de 
manejo florestal e reflorestamento. A madeira é um material nobre e renovável, desde 
que os recursos sejam extraídos corretamente. A produção madeireira proveniente do 
manejo florestal contribui para absorver um dos principais gases de efeito estufa, o 
CO2. É amplamente utilizada nas estruturas, revestimentos de paredes, forros e pisos e 
na decoração. 
 
Figura 11: Madeira de demolição com certificado. 
4.1. Madeira de Demolição 
10 
 
A madeira reciclada, ou também chamada de madeira de demolição, virou artigo de 
luxo entre os arquitetos de interiores, presentes nos melhores projetos. Um material que 
até então era descartado está sendo amplamente utilizado, já que existem diversas 
empresas especializadas em reaproveitar madeiras de demolição. 
 
5. Bambu ou aço verde 
 Países em desenvolvimento apresentam grandes demandas por concreto armado, mas 
frequentemente não contam com os meios de produzir todo o aço necessário para suprir 
essas demandas. O Future Cities Laboratory de Singapura sugere uma alternativa a 
esse bem manufaturado: o bambu. Abundante, sustentável e extremamente resistente. 
Nos ensaios de resistência, o bambu se mostra mais adequado que a maior parte dos 
outros materiais, inclusive o concreto armado. Ele alcança essa resistência devido à sua 
estrutura tubular oca, um produto da evolução ao longo de milênios para resistir aos 
esforços do vento em seu habitat natural. O bambu tem o potencial de se tornar 
futuramente um substituto ideal nos locais onde o aço não pode ser produzido. 
Na Índia, existem estruturas construídas com quatro pavimentos”, exemplifica Vitor 
Marçal, apostando que o “aço verde” e a “madeira do futuro” ainda irão revolucionar 
a construção civil brasileira. 
 
Figura 12: Bambu na estrutura de concreto Figura 13: Bambu na estrutura de concreto 
As universidades que pesquisam o bambu como elemento-estruturante também 
atuam para que o material possua norma técnica, junto à ABNT, a fim de que possa ser 
usado na construção civil brasileira. Como material de construção, o bambu precisa 
11 
 
estar maduro, ser cortado da forma correta, passar por tratamento adequado, secar de 
forma progressiva e ser bem armazenado. 
 
6. Captação de água da chuva 
Projetos e consultoria de aproveitamento de água da chuva reduzindo o uso da água 
pública em sua casa ou empresa. A coleta de água a partir do telhado para o reservatório 
tem uso imediato e eficiente, uma maneira sustentável de contribuir com o meio 
ambiente e fazer o uso racional dos nossos recursos naturais. A captação de água de 
chuva é uma prática muito difundida, principalmente nos países europeus. 
Além das vantagens já citadas, existem várias outras, tais como: 
• A minimização do consumo de água da rede pública; 
• A mitigação de problemas relacionados à escassez dos recursos hídricos; 
• O armazenamento da água de chuva em cisternas pode ser visto também como umaforma de contribuir para a redução de enchentes (e/ou estiagens) nos grandes 
centros urbanos; 
• A água pluvial pode ser utilizada em diversas aplicações domésticas como na 
descarga de vaso sanitário, irrigação de jardim, lavagem de pisos, etc., evitando o 
consumo excessivo e desnecessário de água potável; 
• É um sistema de baixo investimento com tempo de retorno consideravelmente 
curto; 
• Faz alusão ao desenvolvimento sustentável, além de ser um princípio 
ecologicamente correto; 
• A água coletada é de boa qualidade, porém, para determinados fins é necessário um 
tratamento adequado; 
• É uma maneira de disponibilizar água tratada para regiões mais distantes e 
carentes. 
• De tal forma, surge a oportunidade de economizar na conta de água utilizando 
alguns dispositivos que captam e armazenam a água da chuva. 
 Existem várias técnicas para coletar e armazenar a água da chuva e a aplicação de 
cada uma delas depende de fatores como custo, objetivo do uso, área disponível, 
dentre outros. Vamos conhecer algumas dessas técnicas. 
12 
 
 
Figura 14: Sistema de captação de água. 
 Antes de passar para as técnicas, vamos entender um pouco mais sobre a água da 
chuva (água pluvial). Primeiro, você deve eliminar da mente a ideia de que a água 
pluvial é potável por ter passado por um processo de evaporação. Quando as gotas de 
chuva descem, elas passam pelos poluentes presentes na atmosfera e chegam ao solo 
com o pH alterado e a presença de várias substâncias que encontra pelo caminho. A 
chuva ácida é um exemplo disso. 
 Se a água passa por telhados ou calhas, a qualidade pode ser pior ainda. Esses locais 
tendem a acumular sujeira (folhas, gravetos, fezes de animais e até os próprios animais 
mortos), tornando a água totalmente imprópria para o consumo humano. 
 As cisternas utilizadas para armazenar água pluvial ganharam destaque nos últimos 
anos por meio do movimento denominado “Cisternas Já”, o qual objetiva capacitar a 
população sobre a captação e armazenamento dessa água. Consistem em dispositivos 
que permitem coletar e armazenar a água de chuva sem muita complicação. 
13 
 
 
Figura 15: Funcionamento de uma minicisterna. Imagem: imguol.com 
 Pela imagem acima é possível perceber que uma mini cisterna, por exemplo, possui 
uma estrutura simples, a qual pode variar de acordo com as necessidades do projeto. É 
possível optar por construir a própria cisterna ou comprar a estrutura pronta. O custo de 
construir uma mini cisterna varia entre R$150,00 e R$300,00. É importante manter a 
cisterna sempre limpa, por mais que a água não seja usada para usos potáveis. O 
recomendado é utilizar 10mL de água sanitária para cada 100L de água, a cada 2 dias. 
Ainda, é preciso ficar atento ao filtro, verificando se ele está funcionando 
adequadamente. 
 Em alguns projetos é possível instalar um sistema de bombeamento que leva a água do 
reservatório para uma caixa de água (separada da caixa de água potável!), a qual é 
interligada a tubulações como o vaso sanitário e a máquina de lavar roupa. Há, ainda, a 
opção de captar a água por meio de um telhado verde, do qual é encaminhada para o 
reservatório. 
14 
 
 
Figura 16: Projeto de reservatório de água pluvial com bombeamento para uma caixa de água. 
Alguns autores usam o termo cisterna para denominar apenas o local de armazenamento 
da água e tratam o projeto no todo como o dimensionamento do reservatório, outros 
autores projetam uma cisterna antes do reservatório e há os que tratam apenas como 
reservatório. Não há um consenso sobre os termos ou sobre o melhor projeto, o ideal é 
verificar algumas referências e escolher as que melhor atendem às necessidades do caso. 
Como todo projeto, é preciso verificar a viabilidade antes de construir. 
 
Figura 17: Projeto de reservatório de água pluvial para um prédio. 
Há uma infinidade de materiais de consulta disponíveis na internet que ensinam a fazer 
desde o cálculo da precipitação média na área do projeto até a instalação completa. Os 
benefícios você vai sentir ao longo do tempo, como a redução no valor da conta de água 
e tranquilidade caso ocorra uma situação que exija redução do consumo, em casos de 
seca ou problemas no abastecimento de água, por exemplo. 
15 
 
6.1. Aproveitamento de água dos aparelhos de ar-condicionado. 
 Nos condicionadores de ar, o dreno é a parte responsável por remover a água 
produzida pelo aparelho. Quando em operação, o equipamento retira a umidade do 
ambiente em que está instalado, realizando o processo de condensação, que é quando a 
água passa do vapor para o líquido. Todo ar condicionado tem um sistema de drenagem, 
independentemente do tipo. 
 Nesse projeto a água que é descartada dos aparelhos de ar-condicionado também será 
aproveitada, sendo armazenada juntamente com a água da chuva e terão a mesma 
finalidade. 
 
Figura 18: Ar condicionado. 
 
 
7. Telhado verde 
O telhado verde é uma técnica de arquitetura que consiste na aplicação e uso de solo e 
vegetação sobre uma camada impermeável, geralmente instalada na cobertura de 
residências, fábricas, escritórios e outras edificações. Suas principais vantagens são 
facilitar a drenagem, fornece isolamento acústico e térmico, produzir um diferencial 
estético e ambiental na edificação, e compensar parcialmente a área impermeável que 
foi ocupada no térreo da edificação. 
Outra vantagem bastante interessante é que o telhado verde pode reduzir a temperatura 
interna da casa em até 5°C, dependendo da região onde se localiza. 
16 
 
 
Figura 19: Casa com telhado verde. 
7 . 1 . U m o ut r o t i po d e te lh ado v e rd e , o s ‘ c o o l ro of s ’ 
O telhado verde é, talvez apenas abaixo das placas fotovoltaicas, o detalhe 
construtivo mais comentado no mundo da sustentabilidade. Suas vantagens são 
amplamente discutidas, como ajudar a evitar as ilhas de calor, as emissões de gases 
do efeito estufa e conter alagamentos. O termo ‘Telhado Verde’ é comumente 
utilizado para descrever telhados cobertos com vegetação. No entanto o sistema é 
muito mais amplo: coberturas com painéis solares, brancas com alta emissividade e 
refletividade ou até mesmo telhados com telhas shingle de grande duração podem 
ser considerados telhados verdes. 
 
Figura 20: Telhado cool roofs. 
7.2.Vantagens 
• Diminui a ilha de calor; 
• Regula a drenagem de águas pluviais, mais do que diversos outros sistemas de 
captação; 
• Sequestra o gás carbônico e produz oxigênio; 
• Cria e preserva habitats; 
17 
 
• Isolamento térmico e resfriamento por evaporação; 
• Atrativos e na moda (mas não são feitos para pisar!). 
 
7.3.Desvantagens 
• Maior custo; 
• Mais energia empregada na fabricação; 
• Sujeita a vazamentos caso mal instalada; 
• Falta de expertise na área; 
• Cuidados necessários com o vento e fogo. 
7.4.Custo 
O telhado verde possui uma variação de preço entre R$100,00 a 150,00/m2 
dependendo do tipo e região, e é certamente um custo de implantação inicial maior 
(geralmente o dobro) do que telhados convencionais ou lajes impermeabilizadas. 
Dificilmente uma solução comum irá durar mais de 20 anos sem manutenção, já o 
telhado verde, apesar de exigir cuidados específicos e periódicos, pode durar o 
dobro, além de proteger a laje concentrando e suportando as diferenças de 
temperatura e insolação. 
 
Figura 21: t e l h a d o v e r d e d o r o c k f e l l e r c e n t e r ’ s r o o f t o p g e r d e n s . 
 
 
 
 
 
7.5.Variações de Telhado Verde 
Existem 2 tipos principais: 
18 
 
• Intensivo (ou semi): mais espesso e suporta uma maior variedade de plantas. No 
entanto é mais pesada e exige maior manutenção. A espessura mínima de instalação é 
de 20cm. Deve-se existir um cuidado especial na consideração dos cálculosestruturais, 
que considera nos edifícios em concreto armado no Brasil uma carga média de 
300kg/m². 
 
F i g u r a 2 2 : F o n t e : g r e e n r o o f g u i d e . c o . u k 
 • Extensivo: mais fino e leve, com no máximo 8cm de espessura e coberta tipicamente 
com forração. É mais viável financeiramente, no entanto não suporta tanta carga de 
águas pluviais. 
 
 
F i g u r a 2 3 : F o n t e : g r e e n r o o f g u i d e . c o . u k 
 
7.6.Telhados verdes são realmente sustentáveis? 
A resposta é simples: SIM e NÃO. Depende do ponto de vista! 
19 
 
• SIM, porque possuímos as diversas vantagens já citadas acima. 
• NÃO, porque a energia empregada e as emissões para a fabricação do telhado verde 
só será revertida a longuíssimo prazo. 
O ciclo de vida precisa ser grande para compensar todo o esforço, que dificilmente 
acontecerá. Mas um estudo recente realizado em Chicago demonstrou um gasto de 
40.000 BTUs para a fabricação e instalação das camadas plásticas impermeabilização e 
de proteção contra raízes de um telhado verde. Esse custo ambiental será revertido só 
após 40 anos, 
 
Figura 24: Componentes do telhado verde 
Dessa forma, após avaliação estrutural, o telhado poderá ser extensivos, intensivos ou 
semi - intensivos. Para a IGRA, International Green Roof Association, (2011), os 
critérios descritos natabela 1, podem ser utilizados para caracterizar três formas 
diferentes de Telhados Verdes: 
 
20 
 
 
Figura 25: Tabela 1 – Características dos tipos de telhado verde. 
7.7. Grandes economias (financeiras e humanas): 
 A cidade de Chicago possui hoje a maior área de telhados verdes dos EUA. É uma 
lição que foi aprendida à duras penas, mais precisamente após a onda de calor de 
1995 que chegou a 52 graus e vitimou 750 pessoas em um período de apenas 5 dias. 
O custo de um telhado verde hoje caiu de US$75,00/m² para US$45,00/m², e existe 
uma facilidade grande na manutenção já que o material é bem difundido. 
 
F i g u r a 2 6 : F o t o d a c o b e r t u r a d o F i g u r a 2 7 : E u m v i s ã o i n f r a v e r m e l h a 
C h i c a g o C i t y h a l l … d e m o n s t r a n d o a d i m i n u i ç ã o d e 
 t e m p e r a t u r a n a s á r e a s d e 
 t e l h a d o v e r d e . 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
7.8.Políticas & políticos: 
Existem diversas leis e decretos sendo aprovadas na câmaras sugerindo a 
obrigatoriedade dos telhados verdes com vegetação. Além disso o inventivos criados 
geralmente são pouco vantajosos, geralmente relacionados a um abatimento leve no 
IPTU, bem diferente dos EUA e outras cidades do mundo onde encontramos 
incentivos reais de até 50% do valor da instalação. 
Exemplo: 
 
Figura 28: Empresa Cola-Cola 
No ano passado a empresa multinacional Coca-Cola, que comprou a marca Matte Leão, 
inaugurou a sua nova fábrica de chás, no município de Fazenda Rio Grande, no Paraná, 
construída dentro dos padrões LEED, certificada pela Green Building Council. o diretor 
geral do grupo SABB – Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil –, Axel de Meeûs, 
afirmou que a economia proporcionada pelo telhado verde, captação de água da chuva, 
painéis solares e triagem de resíduos, deve compensar os custos construtivos em apenas 
cinco anos, além de impactar menos o meio ambiente e proporcionar melhor conforto 
térmico para os funcionários que ali trabalham. 
 
 
8. Coleta e reciclagem de resíduos da construção civil. 
Nos últimos anos, a conscientização sobre a importância da gestão de resíduos da 
construção civil tem crescido e as soluções começam a surgir na forma de 
empreendimentos de reciclagem, que reaproveitam tais materiais, reintroduzindo-os em 
22 
 
novos ciclos produtivos para fabricar novos produtos. A cartilha dá dicas para quem 
quer investir em um empreendimento nesse setor. 
 
Figura 29: Estação Resgate 
Em São Paulo, o empresário Gilberto Meirelles fez dos entulhos gerados pela 
construção civil uma empresa lucrativa. A Estação Resgate recicla os dejetos retornando 
os materiais descartados ao mercado construtivo. 
9. Energia Solar. 
A energia solar está além dos painéis dos telhados. Estes, é claro, tem um papel 
importante na captação de radiação solar e usam o calor para esquentar água e produzir 
energia, mas o Sol pode ser aproveitado de forma mais simples no seu projeto – basta 
posicionar as janelas de forma estratégica e aproveitar melhor a luminosidade ao longo 
do dia. 
9.1. Geração de energia solar fotovoltaica 
A energia fotovoltaica é a energia elétrica produzida a partir de luz solar, e pode ser 
produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos. Quanto maior for a radiação solar 
maior será a quantidade de eletricidade produzida. O conjunto de placas fotovoltaicas 
no telhado para a captação da luz solar e consequentemente a geração de energia. Essa 
energia alimenta toda a casa e o que sobra passa pelo relógio de entrada e vai para a 
rede da concessionária local gerando créditos que serão consumidos durante a noite 
(período em que não é gerado energia). Com isso pretende-se reduzir a quase zero o 
consumo de energia fornecido pela concessionária, contribuindo com o meio ambiente e 
gerando também uma economia financeira significativa. 
23 
 
 
Figura 30: Placas fotovoltaicas. 
9.2.Aquecimento solar. 
O aquecimento solar é o uso de energia solar para o aquecimento de água para banho, 
piscina e processos industriais, interessante por ser uma fonte energética abundante e 
gratuita. O projeto busca aproveitar ao máximo as fontes de energia limpa, como por 
exemplo, o sol. Além das placas fotovoltaicas serão instaladas placas de aquecimento de 
água para alimentar toda a tubulação de água quente da casa (inclusive o spa), o que 
ocasionará em uma grande economia de energia, tendo visto que o consumo dos 
chuveiros elétrico é responsável por grande parte do consumo geral de uma residência. 
 
Figura 31: Aquecedor solar de água para o banho. 
24 
 
CONCLUSÃO 
Estamos vivendo em um mundo onde devemos pensar no futuro das crianças, mas 
porque isso? Simplesmente pelo fato de que estamos deixando o meio ambiente de lado, 
e isso está levando a graves consequências, onde a cada dia se desmata mais, acaba com 
rios, visando isso a Construção Civil, resolveu tomar iniciativa e ser mais sustentável. 
Como responsável por parte dos problemas ambientais, a construção civil está buscando 
soluções para minimizar efeitos danosos ao meio ambiente. A construção civil é a 
atividade humana que mais impacta o meio ambiente, consumindo cerca de 75% dos 
insumos do planeta e mais de 30% dos gases do efeito estufa são resultado dessa 
atividade. Pensando em trabalhar juntamente gestão ambiental e as novas construções, 
alguns projetos estão buscando atender requisitos do selo LEED, servindo como 
exemplo de construção ecologicamente correta, como o Colégio Estadual Erich Walter, 
no Rio de Janeiro que é a primeira escola a conseguir certificação LEED School, 
própria para escolas com projeto sustentável. Observando criteriosamente todos os 
pontos destacados neste estudo, o telhado verde como sistema construtivo é uma opção 
eficaz para o problema ambiental mundial. Buscar soluções para ajudar na recuperação 
do meio ambiente não está somente nas mãos das grandes construtoras e 
incorporadoras. Todos podem fazer algo para contribuir com essa melhora. O emprego 
de tintas hidrossolúveis que não agridem o ambiente ou coberturas brancas que 
promovem conforto interno nas edificações reduzindo o consumo de ar condicionado e 
a instalação de telhados verdes ao invés de telhados tradicionais são soluções práticas 
quepodem ser adotadas. Outro aspecto importante é que com a instalação de telhados 
verde, as cidades se tornam ambientes habitáveis, recuperando espaços e trazendo o 
benefício da convivência de espécies não comumente vistas nas grandes cidades como 
formigas, aranhas, besouros, maçaricos, entre outros, além de espécies de plantas como 
as orquídeas que, em Zurique na Suíça, numa cobertura verde de 95 anos, é um refúgio 
para novas espécies. 55 Nesse sentido, os profissionais da construção civil passam a ter 
um compromisso com o meio ambiente, indicando e aplicando em seus projetos ações 
que potencializem a recuperação e equilíbrio do meio nos grandes centros urbanos. 
Embora a solução eficaz apresentada neste estudo, a aplicação de telhados verdes como 
forma de minimizar os impactos ambientais, de início seja um acréscimo no custo da 
obra, a economia de energia gerada pós construção, a retenção e o aproveitamento das 
águas de chuva prevenindo enchentes, os benefícios psicológicos e sociais entre outros, 
justificam o investimento inicial. 
25 
 
12.Bibliografia 
CIDADES SUSTENTÁVEIS.Disponivel em:http:mma.gov.br.Acessado em 01 de maio 
de 2017 
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de maio de 2017 
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http:cimentoitambe.com.br. Aceso o em 01 de maio de 2017 
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http:blogdaengenharia.com. Acessado em 01 de maio de 2017 
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de 2017 
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http:confea.org.br. Acessado em 01 de maio de 2017 
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http:2030studio.com.Acessado em 01 de maio de 2017 
CASAS BRASILEIRAS SUSTENTAVEIS. Disponível em: http:sustentaeaqui.com.br. 
Acessado em 01 de maio de 2017 
SEBRAE DICAS DE CONSTRUÇÃO SUSTENTAVEL. Disponível em: 
http:sustentarqui.com.br.Acessado em 01 de maio de2017 
PROJETO CASA SUSTENTAVEL: Disponível em: http:ideiasdeprojetos.com. 
Acessado em 01 de maio de 2017 
COBERTURA DE TELHADO VERDE: Disponível em: 
http:infraestruturaurbana.pini.com.br. Acessado em 01 de maio de 2017

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