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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - PROJETO INTEGRADO 1 FÔRMAS DE MADEIRA PARA CONCRETO ARMADO Alunos; Prof.ª Curso semestre Depto de Engenharia Resumo Neste presente trabalho vamos abordar somente as fôrmas de madeira para concreto armado, com o intuito de demonstrar, a sua importância no mercado da construção civil, os tipos de madeira e dimensões, os escoramentos e contraventamentos de madeira e demais reforços, como parte parcial para uma boa execução do projeto. Para que o produto final seja de qualidade é importante que elabore um plano prévio progressivo para a desforma das fôrmas, afim de evitar futuras patologias no projeto. Palavras-chave: Fôrmas de madeira. Escoramentos. Concreto armado. Introdução Com o grande crescimento da indústria da construção civil no mundo, os projetos visam cada vez mais reduzir prazos e custos afim de obter resultados mais rápidos. Uma das formas de obter os resultados é o uso de novas tecnologias, e com isso as empresas do setor investem cada vez mais, para melhorar a produtividade, desempenho e qualidade dos serviços e produtos executados. No Brasil o sistema de fôrmas de madeira passou a ser o mais utilizado pelas construtoras por ser mais acessível, de baixo custo e sendo executado de forma correta, pode ser reutilizado. No presente trabalho, vamos demonstrar a importância das fôrmas de madeira e seus escoramentos para concreto armado, principalmente em sapatas, pilares, vigas e lajes. 1. Fôrmas de madeira para concreto armado CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - PROJETO INTEGRADO 2 As fôrmas de madeira para concreto armado são elementos fundamentais e provisórios em uma construção, além de garantir uma boa qualidade da estrutura, a sua principal função é moldar os elementos de concreto fresco, resistindo a todas as ações provenientes das cargas variáveis resultantes das pressões do lançamento do concreto fresco até que o concreto se torne autoportante conforme, ABNT (2009). As fôrmas mais utilizadas na construção civil são fabricadas de madeira, aço, alumínio, plástico e papelão, porém em nosso estudo vamos abordar somente as fôrmas de madeira. As fôrmas de madeira são as mais utilizadas na construção civil, tanto em pequenas, médias e grandes edificações. Muitas são as razões para as fôrmas de madeira ter seu uso mais difundido na construção civil. Entre elas estão: a utilização de mão-de-obra de treinamento relativamente fácil (carpinteiro); o uso de equipamentos e complementos pouco complexos e relativamente baratos (serras manuais e mecânicas, furadeiras, martelos etc.); boa resistência a impactos e ao manuseio (transporte e armazenagem); ser de material reciclável e possível de ser reutilizado e por apresentar características físicas e químicas condizentes com o uso (mínima variação dimensional devido à temperatura, não-tóxica etc.). 1.1. Tipos de madeira para fôrmas As madeiras basicamente mais utilizadas para a execução das fôrmas são; tabuas de madeira serrada, como; pinho de 2ª e 3ª qualidade, o cedrilho e o timburi, chapas de madeira compensada, como; peroba e eucaliptos. As tábuas de pinho de 2ª e 3ª qualidade, sendo as bitolas comerciais mais utilizadas são de seção: 2,5 x 30,0 cm ( 1" x 12 "), 2,5 x 25,0 cm ( 1"x 10 "), 2,5 x 20,0 cm ( 1" x 8" ). As tábuas podem ser reduzidas a qualquer largura, desdobradas em sarrafos, dos quais os mais comuns são os de 2,5 x 15,0 cm; 2,5 x 10,0 cm; 2,5 x 7,0 cm; 2,5 x 5,00 cm. Já as placas de madeira compensada mais usadas para fôrma, tem dimensões de 2,20 x 1,10 m e espessura que variam de 6,0; 10,0; 12,0mm. As chapas de 6 compensado podem ter acabamento resinado, para utilização em estrutura de concreto armado revestida e acabamento plastificado, para utilização em estrutura de concreto armado aparente. A escolha de qual material a utilizar é feita pelo construtor, conforme as características da construção e do projeto. CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - PROJETO INTEGRADO 3 Para os escoramentos das fôrmas (pontaletes) são utilizadas madeiras de eucalipto ou peroba como os caibros 5,0 x 6,0 cm; 5,0 x 7,0 cm; 8,0 x 8,0 cm; as vigas 6,0 x 12,0 cm e 6,0 x 16,0 cm, conforme (Milito 2017). 2. Concreto armado Concreto armado é um tipo de estrutura que utiliza armações feitas com barras de aço no seu interior, essas ferragens são utilizadas devido a baixas resistências aos esforços de tração do concreto, que tem alta resistência a compressão. 2.1. Vantagens do concreto armado ➢ O custo de manutenção do concreto armado é muito baixo. ➢ Uma estrutura em concreto armado pode ser moldada de diversas maneiras e formatos, e é mais durável do que qualquer outro sistema de construção. 2.2. Funções das fôrmas para concreto armado A execução de fôrmas de qualidade para estruturas de concreto é essencial para garantir as seguintes exigências construtivas, conforme Daldegan (2017): ➢ Manter a geometria das peças estruturais; ➢ Manter o posicionamento e alinhamento das peças estruturais; ➢ Suportar e conter o concreto fresco, até o mesmo alcançar uma resistência mínima; ➢ Conferir características à superfície das peças estruturais, como superfícies texturizadas ou lisas; ➢ Proteger o concreto contra grandes variações de temperatura e reduzir efeitos da retração; ➢ Garantir estanqueidade para evitar a perda de água e finos, garantindo boa qualidade do produto final. CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - PROJETO INTEGRADO 4 3. Sapatas As sapatas são parte da fundação, normalmente utilizadas em terrenos onde o solo seja estável. Elas são dimensionadas para suportar as tensões de tração que agem sobre a fundação, para que não recaiam sobre o concreto e sim na armadura. O tipo mais utilizado na construção é a sapata isolada, geralmente são executadas em formatos circular, quadrada, retangular e trapezoidal. Elas são dimensionadas para suportar as cargas sobre uma coluna ou pilar, como demonstra na figura 01, (fonte própria). As fôrmas de madeira para sapata são normalmente executados para que sustente e trave o molde, garantindo que não desforme, quando for lançado o concreto. Sarrafos (Pinho) 2,5 x 7,00 cm. Madeira serrada (Pinho) 2,5 x 25,00 cm Figura 01 - (fonte própria) 4. Pilares Antes da concretagem dos pilares é importante verificar o seu prumo, e se está travada nos engastalhos e contraventa-las. O engravatamento das fôrmas deverá ser executada a cada 50 cm, em caso de pilares altos fazer uma abertura de janela a (2,00 metros de altura) para o lançamento do concreto, evitando com que forme bicheira nos pés conforme a figura 02, (Milito 2017). Existem outras maneiras de reforçar os pilares através de arame recozidos, nº 12 ou nº 10, espaguetes, e tensores, conforme a figura 03, (Milito 2017). As gravatas mais utilizadas são do tipo 1 - sarrafo simples, tipo 2 – dois sarrafos e tipo 3 – caibro com dois sarrafos, conforme a figura 04, (Milito 2017). Verificar se as fôrmas foram limpas e aplicado o desmoldante, para facilitar a desforma, aumentar a durabilidade e o aproveitamento das madeiras, contribuindo com o meio ambiente e reduzindo os gastos. CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - PROJETO INTEGRADO 5 . Figura 02 - (Milito 2017) Figura 03 - (Milito 2017) Tipo 1 = sarrafo simples, de 2,5 x 7,0 ou 2,5 x 10,0 cm; Tipo 2 = dois sarrafos de 2,5 x 7,0 ou 2,5 x 10,0 cm; Tipo 3 = caibro com dois sarrafos de 2,5 x 7,0 ou 2,5 x 10,0 cm. Figura 04 - (Milito 2017) 5. Vigas As fôrmas deverão ser contraventadas a cada 50 cm, através de gravatas, mão francesa, entre outras, para evitar abertura e vazamento do concreto, conforme a figura 05 e 06, (fonte própria). Todas as formas deverão ser limpas e molhadas antes da concretagem e verificar a estanqueidade. Caso a concretagem for interrompida por mais de três horas (3) a sua retomada só poderá acontecer depois de setenta e duas horas (72), para não prejudicar o concreto anterior já executado. Figura 05 – (fonte própria) Figura 06 – (fonte própria) CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - PROJETO INTEGRADO 6 6. Lajes As fôrmas deverão ter amarrações, escoramentos e contraventamentos suficientes para não sofrerem deslocamentos ou deformações durante o lançamento do concreto, conforme a figura 07, (fonte própria). Depois da armação, deverão ser limpos as pontas dos arames utilizadas para a fixação das barras, através de imã. Todas as fôrmas das lajes, pilares, sapatas e vigas deverão ser limpas e umedecidas antes da concretagem, para evitar que os arames absorvam água do concreto. As passarelas para movimentação de pessoal e transporte de concreto deverão ser moveis e apoiadas diretamente nas fôrmas conforme na figura 08, (Milito 2017). A armadura deverá ser totalmente coberta para evitar a corrosão, colaborando para maior durabilidade da edificação e da laje. Figura 07 - (fonte própria) Figura 08 - (Milito 2017) 6.1. Cuidados com os pontaletes; Para evitar recalques no terreno, deverão ser colocados tabuas ou pranchas nos pés dos pontaletes para que as cargas sejam distribuídas em uma área maior do terreno e colocar cunhas duplas nos pés de todos pontaletes para facilitar a desforma, conforme a figura 09, (GUIMARÃES, 2012). Figura 09 - (GUIMARÃES, 2012) CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - PROJETO INTEGRADO 7 7. Prazo para desformas A retirada das fôrmas e do escoramento somente poderá ser feita quando o concreto estiver suficientemente endurecido para resistir aos esforços que nele atuarem. Um plano prévio de desforma pode reduzir custos, prazos e melhorar a qualidade. A desforma deve ser progressiva a fim de impedir o aparecimento de fissuras e trincas. Na tabela 01, segue um exemplo de desforma em comparação com concreto armado comum e o concreto armado de alta resistência inicial, conforme (FIORATTI, 2017). Prazo de desforma Tipos de fôrmas Concreto comum Concreto com ARI (Alta resistência inicial) Paredes, pilares e faces laterais de vigas 3 dias 2 dias Lajes até 10 cm de espessura 7 dias 3 dias Faces inferiores de vigas com reescoramento 14 dias 7 dias (?) Lajes com mais de 10 cm de espessura e faces inferiores de vigas com menos de 10 m de vão 21 dias 7 dias Arcos e faces inferiores de vigas com mais de 10 m de vão 28 dias 10 dias Tabela 01 - (FIORATTI, 2017) 8. Conclusão CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - PROJETO INTEGRADO 8 A utilização de fôrmas de madeira tem-se desenvolvido significativamente, nos últimos anos. A evolução da técnica reflete num maior número de obras, na área da Construção Civil. Levando em consideração o baixo custo, as fôrmas de madeira sendo executado de forma correta, podem ser reutilizadas, e com isso reduz significativamente os custos em um projeto e contribui para a preservação do meio ambiente. 9. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15696: Fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto — Projeto, dimensionamento e procedimentos executivos. 1 ed. Rio de Janeiro Rj: Abnt, 2009. 27 p. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/312784274/NBR-15696-2009-Formas-e-Escoramentos-Para- Estruturas-de-Concreto-Projeto-Dimensionamento-e-Procedimentos-Executivos>. Acesso em: 02 nov. 2017. MILITO, José Antônio de. TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS.2017. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/973830/livro- tecnicas-de-construcao-civil-e-construcao-de-edificios>. Acesso em: 30 set. 2017. DALDEGAN, Eduardo. Formas para concreto: Tipos de formas e principais cuidados. 2017. Disponível em: <http://engenhariaconcreta.com/formas-para-concreto-tipos-de-formas-e- principais-cuidados/>. Acesso em: 29 set. 2017. 9.1. Lista de figuras Figura 01 - (fonte própria) Figura 02 - MILITO, José Antônio de. TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS.2017. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/973830/livro-tecnicas-de-construcao-civil-e- construcao-de-edificios>. Acesso em: 30 set. 2017. Figura 03 - MILITO, José Antônio de. TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS.2017. Disponível em: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - PROJETO INTEGRADO 9 <https://www.passeidireto.com/arquivo/973830/livro-tecnicas-de-construcao-civil-e- construcao-de-edificios>. Acesso em: 30 set. 2017. Figura 04 - MILITO, José Antônio de. TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS.2017. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/973830/livro-tecnicas-de-construcao-civil-e- construcao-de-edificios>. Acesso em: 30 set. 2017. Figura 05 – (fonte própria) Figura 06 – (fonte própria) Figura 07 – (fonte própria) Figura 08 – MILITO, José Antônio de. TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS.2017. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/973830/livro-tecnicas-de-construcao-civil-e- construcao-de-edificios>. Acesso em: 30 set. 2017. Figura 09 - GUIMARÃES, Isadora. Lajes Treliçadas: Escoramentos. 2012. PET ENGENHARIA CIVIL. Disponível em: <https://blogdopetcivil.com/tag/laje-trelicada/>. Acesso em: 06 nov. 2017. 9.2. Tabela 01 FIORATTI, Prof. Netúlio Alarcon. Estruturas e Formas. 2017. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/thaynahcorrea/estrutura-e-formas>. Acesso em: 18 out. 2017.
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