Buscar

Ética Cristã Medieval TF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

0 
 
FACULDADE SÃO MIGUEL 
LICENCIATURA EM LETRAS/INGLÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA PESQUISA SOBRE ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL DO 
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS DA FACULDADE SÃO 
MIGUEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2014 
1 
 
FACULDADE SÃO MIGUEL 
LICENCIATURA EM LETRAS/INGLÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA PESQUISA SOBRE ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL DO 
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS DA FACULDADE SÃO 
MIGUEL 
 
 
 
 
 
 
Pesquisa realizada pelo acadêmico: Thomaz Rêne Lins da Paixão, sob a orientação do Prof. 
Me. João Murilo Santos, como um dos requisitos para conclusão da disciplina Ética e 
Cidadania Na Sala de Aula do curso de Licenciatura Em Letras Português/Inglês da 
Faculdade São Miguel. 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2014 
2 
 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução ................................................................................................................................... 3 
1. ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL .......................................... Error! Bookmark not defined. 
1.1 ÉTICA CRISTÃ. ......................................................................................................... 5 
1.2. A ÉTICA CRISTÃ FILOSOFICA .............................................................................. 7 
1.3. DECADÊNCIA DO PODER ECLESIATICO. ........................................................... 8 
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 10 
BIBLIOGRAFIA ............................................... Error! Bookmark not defined.1 
 
 
3 
 
Introdução 
 
A filosofia católica que começa permear nesse contexto histórico, apresenta-se imensa 
na obscuridade intelectual, qual limita o desenvolvimento livre do intelecto humano racional. 
Dar-se-á início nesse período o domínio das verdades reveladas pela palavra Divina, o que 
não permite a contestação por parte de quem a ouve. Impedindo desta maneira a atuação da 
razão na busca do conhecimento, outra acontecia dentro da filosofia grega clássica. Ainda, 
nesse âmbito, ocorre a limitação ética, pela índole religiosa e dogmática. 
No objetivo de fortalecer as revelações divinas junto os intelectuais, a Filosofia Católica 
aproveita a herança da Antiguidade, particularmente de Platão e Aristóteles, evidente só 
depois de uma submissão cristã. Começa aí, um processo elaborado da aplicabilidade da Ética 
Cristã, ou ética Medieval, junto a uma sociedade com vistas a outro mundo (o Divino), 
transportando os valores e fim, até então humano, a Deus-Onipotente. Dando início aos 
mandamentos supremos que passam a atuar como reguladores do comportamento humano. 
Mandamentos estes que oriunda as regras de condutas - moral e ética - procedentes de Deus e 
com sua finalidade nEle. 
Assim sendo, o ser humano só alcança sua plena realização, quando o próprio se eleva a 
esta ordem sobrenatural, o que só lhe é possível, quando passa a viver segundo as verdades 
reveladas, ausentando-se dos valores existenciais da humanidade. Norteando nossa visão, a 
Ética Medieval, apresenta-se alicerçada totalmente nos princípios cristãos, impõem a 
sociedade um dogma, no qual seu princípio supremo moral que, por vir de Deus, tem para si 
um caráter imperativo absoluto e incondicional. Tentando regular o comportamento dos 
homens dentro desta sociedade. 
 
 
Palavra Chave: Conduta Cristã, Vontade de Deus, Submissão Crista, Poder Eclesiástico 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. ÉTICA CRISTÃ MEDIEVAL 
O cristianismo se eleva sobre as ruínas da sociedade antiga; depois de uma longa e 
sofrida luta, transforma-se na religião oficial de Roma (séc. IV) e termina por impor o seu 
domínio durante dez séculos. Ruindo o mundo antigo, a escravidão cede o seu lugar ao regime 
de servidão e, sobre a base deste, organiza-se a sociedade medieval como um sistema de 
dependências e de vassalagens que lhe confere um aspecto estratificado e hierárquico. Nesta 
sociedade, caracterizada também pela sua profunda fragmentação econômica e política, 
devida à existência de uma multidão de feudos, a religião garante uma certa unidade social, 
porque a política está na dependência dela e a Igreja – como instituição que vela pela defesa 
da religião – exerce plenamente um poder espiritual e monopoliza toda a vida intelectual. A 
moral concreta, efetiva, e a ética – como doutrina moral – estão impregnadas, também, a um 
conteúdo religioso que encontramos em todas as manifestações da vida medieval. 
O papel da Igreja romana durante a Idade Média era: 
1. Expandir o cristianismo em meio a diversidade cultural da época; 
2. Articular a religião; 
3. Aplicar os valores éticos e morais do cristianismo dentro da sociedade. 
 
 
Ordem Feudal 
 
 
 
 
 
 
Trabalhadores 
Nobreza 
Clero 
DEUS 
5 
 
 
1.1 ÉTICA CRISTÃ 
 A ética cristã – como a filosofia cristã em geral – parte de um conjunto de verdades 
reveladas a respeito de Deus, das relações do ser humano com o seu criador e do modo de 
vida prático que o ser humano deve seguir para obter a salvação no outro mundo. 
Deus, criador do mundo e do ser humano, é concebido como um ser pessoal, bom, 
onisciente e todo poderoso. O ser humano, como criatura de Deus, tem seu fim último em 
Deus, que é o seu bem mais alto e o seu valor supremo. Deus exige a sua obediência e a 
sujeição a seus mandamentos, que neste mundo humano terreno tem o caráter de imperativos 
supremos. 
Assim, pois, na religião cristã, o que o ser humano é e o que deve fazer definem-se 
essencialmente não em relação com uma comunidade humana (como a polis) ou com o 
universo inteiro, mas, antes de tudo, em relação a Deus. O ser humano vem de Deus e todo o 
seu comportamento – incluindo a moral deve orientar-se para ele como objetivo supremo. A 
essência da felicidade (a beatitude) é a contemplação de Deus; o amor humano fica 
subordinado ao divino; a ordem sobrenatural tem a primazia sobre a ordem natural humana. 
Também a doutrina cristã das virtudes expressa esta superioridade do divino. Embora 
assimile – como virtudes fundamentais – a prudência, a fortaleza, a temperança e a justiça, já 
proclamadas por Platão e que são as virtudes morais em sentido próprio, admite determinadas 
virtudes supremas ou teologais (fé, esperança e caridade). Enquanto as fundamentais regulam 
as relações entre os seres humanos e são, por isto, virtudes em escala humana, as teologais 
regulam as relações entre o ser humano e Deus e são, por conseguinte, virtudes em escala 
divina. 
O cristianismo pretende elevar o ser humano de uma ordem terrestre para uma ordem 
sobrenatural, na qual possa viver uma vida plena, feliz, e verdadeira, sem as imperfeições, as 
desigualdades e injustiças terrenas. Propondo a solução de graves problemas do mundo num 
mais além, o cristianismo introduz uma ideia de uma enorme riqueza moral: a da igualdade 
dos seres humanos. Todos os seres humanos sem distinção – escravos e livres, cultos e 
ignorantes são iguais diante de Deus e são chamados a alcançar a perfeição e a justiça num 
mundo sobrenatural. 
A mensagem cristã da igualdade é lançada num mundo social em que os seres humanos 
conhecem a mais espantosa desigualdade: a divisão entre escravos e seres humanos livres, ou 
entre servos e senhores feudais. A ética cristã medieval não condena esta desigualdade social 
e chega, inclusive,a justificá-la. 
A igualdade e a justiça são transferidas para um mundo ideal, enquanto aqui se mantém 
e se sanciona a desigualdade social. Significa isso, talvez, que a mensagem cristã carecia de 
efetividade e cumpria somente uma função social justificativa? O problema deve ser 
enfrentado de uma maneira não abstrata. 
6 
 
Estado de sujeição; submissão mas no quadro das condições histórico-sociais de seu 
tempo. E, considerando estas, não se pode dar uma resposta simplista. De fato, o cristianismo 
deu aos seres humanos, pela primeira vez, incluindo os mais oprimidos e explorados, a 
consciência da sua igualdade, exatamente quando não existiam as condições reais, sociais, de 
uma igualdade efetiva, que como hoje sabemos – passa historicamente por uma série de 
eliminações de desigualdades concretas (políticas, raciais, jurídicas, sociais e econômicas). Na 
Idade Média, a igualdade só podia ser espiritual, ou também uma igualdade para o amanhã 
num mundo sobrenatural, ou ainda uma igualdade efetiva, mas limitada no nosso mundo real 
à algumas comunidades religiosas. Por isto, tinha de coexistir necessariamente com a mais 
profunda desigualdade social, enquanto não se criassem as bases materiais e as condições 
sociais para uma igualdade efetiva. Assim, pois, a mensagem cristã tinha um profundo 
conteúdo moral na Idade Média, isto é, quando era completamente ilusório e utópico propor-
se a realização de uma igualdade real de todos os seres humanos. 
Contudo, a ética cristã tende a regular o comportamento dos seres humanos com vistas a 
outro mundo (a uma ordem sobrenatural), colocando o seu fim ou valor supremo fora do ser 
humano, isto é, em Deus. Disto decorre que, para ela, a vida moral alcança a sua plena 
realização somente quando o ser humano se eleva a esta ordem sobrenatural; e daí decorre, 
também, que os mandamentos supremos que regulam o seu comportamento, e dos quais 
derivam todas as suas regras de conduta, procedem de Deus e apontam para Deus como fim 
último. O cristianismo como religião oferece assim ao ser humano certos princípios supremos 
morais que, por virem de Deus, têm para ele o caráter de imperativos absolutos e 
incondicionados. Assim, acreditar em Cristo pressupunha uma série de regras que todo 
indivíduo deveria seguir para merecer um lugar após a sua morte no Paraíso celeste, ao lado 
de Deus. 
 Objetivando fazer os povos merecerem esse lugar no Paraíso, a Igreja instruía os fiéis a 
não pecarem, obedecendo aos mandamentos divinos e fazendo caridade. Essa caridade, por 
sua vez, além da ajuda ao próximo, também estavam diretamente relacionadas à doação de 
bens para a Igreja Católica, a fim de ajudá-la a prosseguir em sua missão. 
 Os nobres, então, como forma de se livrarem do que a religião considerava seus pecados 
terrenos, deveriam doar à Igreja bens materiais, como dinheiro, terras e riquezas. Portanto, o 
crescimento do poder dessa instituição e o tamanho de sua fortuna estão diretamente 
relacionados com a capacidade que a Igreja tinha de fazer com que os fiéis acreditassem nas 
verdades que ela pregava. Mais do que acreditar nelas, os fiéis deveriam temer a ira divina e o 
risco de queimarem no fogo do Inferno após a morte. 
 Mas como a Igreja fazia os povos acreditarem nisso e a obedecerem? Em primeiro lugar, 
não foi fácil o processo de definição sobre quais práticas cristãs eram certas ou erradas. Desde 
o século IV, sob o Imperador romano Constantino, começaram a definir-se os dogmas, com o 
Concílio de Nicéa, realizado em 325. Os dogmas são as verdades inquestionáveis que 
norteiam os católicos. No decorrer dos séculos, outros dogmas foram sendo criados, alguns 
foram reafirmados, outros negados. 
 
7 
 
 
1.2 A ÉTICA CRISTÃ FILOSOFICA 
 O cristianismo não é uma filosofia, mas uma religião (isto é, antes de tudo, uma fé e um 
dogma). Apesar disto, faz-se filosofia na Idade Média para esclarecer e justificar, lançando 
mão da razão, o domínio das verdades reveladas ou para abordar questões que derivam das 
(ou surgem em relação com as) questões teológicas. Por isto, dizia-se naquele tempo que a 
filosofia é serva da teologia. Subordinando-se a filosofia à teologia, também se subordina a 
ética. Assim, no âmbito da filosofia cristã da idade Média, verifica-se também uma ética 
limitada pela sua índole religiosa e dogmática. Nesta elaboração conceitual dos problemas 
filosóficos em geral, e morais em particular, aproveita-se a herança da Antiguidade e 
particularmente de Platão e de Aristóteles, submetendo-os respectivamente a um processo de 
cristianização. Este processo transparece especialmente na ética de Santo Agostinho (354-
430) e Santo Tomás de Aquino (l226-1274). 
A purificação da alma, em Platão, e a sua ascensão libertadora até elevar-se à 
contemplação das ideias, transforma-se em Santo Agostinho na elevação ascética até Deus, 
que culmina no êxtase místico ou felicidade, que não pode ser alcançada neste mundo. 
Contudo, Santo Agostinho se afasta do pensamento grego antigo ao sublinhar o valor da 
experiência pessoal, da interioridade, da vontade e do amor. A ética agostiniana se contrapõe, 
assim, ao racionalismo ético dos gregos. 
A ética tomista coincide nos seus traços gerais com a de Aristóteles, sem esquecer, 
porém que se trata de cristianizar a sua moral como, em geral, a sua filosofia. Deus, para 
Santo Tomás, é o bem objetivo ou fim supremo, cuja posse causa gozo ou felicidade, que é 
um bem subjetivo (nisto se afasta de Aristóteles, para quem a felicidade é o fim último). Mas, 
como em Aristóteles, a contemplação, o conhecimento (como visão de Deus) é o meio mais 
adequado para alcançar o fim último. Por este acento intelectualista, aproxima-se de 
Aristóteles. 
 Na sua doutrina político-social, atém-se à tese do ser humano como ser social ou 
político, e, ao referir-se às diversas formas de governo, inclina-se para uma monarquia 
moderada, ainda que considere que todo o poder derive de Deus e o poder supremo caiba à 
Igreja. 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
1.3 A DECADÊNCIA DO PODER ECLESIASTICO 
 O poder desfrutado pela Igreja cresceu progressivamente até o século X, quando 
surgiram as primeiras contestações significativas. No século IX, no mosteiro de Cluny, na 
França, seus monges iniciaram um movimento pela moralização da Igreja, questionando o 
modo de vida de muitos clérigos que levavam uma existência mundana. Os monges de Cluny 
condenavam, por exemplo, a venda de objetos e relíquias sagradas e a intromissão de 
autoridades temporais (nobres ou reis) em assuntos religiosos. 
 Em 1073, um dos monges deste mosteiro foi escolhido para ser papa. Adotando o 
nome de Gregório VII, procurou fazer valer em toda a Igreja os princípios defendidos pela 
ordem de Cluny. 
 A atitude papal não foi aceita pelo poderoso imperador do Sacro Império Romano 
Germânico, Henrique IV, habituado a usar seu poder para escolher e empossar (investir) os 
bispos que melhor conviesse aos seus interesses. Iniciaram-se sérios desentendimentos entre 
Igreja e Estado, até que o imperador germânico foi excomungado pelo papa (1075). 
Seguiram-se várias guerras, que só cessaram em 1122 com a Concordata de Worms, que 
determinava a escolha dos bispos conjuntamente pelo papa e pelo rei. O papa cuidaria da 
investidura espiritual e o imperador, após o juramento de fidelidade, da temporal. Algum 
tempo depois, entretanto, reacenderam-se os conflitos entre o papado e o Sacro Império. 
 Se, de um lado, a Questão das Investiduras, como ficou conhecido o episódio, 
demonstrara o imenso poder da Igreja na Europa feudal, de outro, evidenciava-se a existência 
de forças dispostas acontestar tal situação, prenunciando novos enfrentamentos. Mas seria 
somente no século XIV que se estabeleceria o enfraquecimento do poder da Igreja. O conflito 
ocorrido entre o papa Bonifácio VIII e o rei francês Filipe, o Belo, arruinou o poder papal. 
Desse confronto resultou o surgimento de vários papas, quebrando a unidade da Igreja, no que 
foi chamado de Cisma do Ocidente (1378-1417). 
 Além disso, não foi só a autoridade papal a ser questionada. A partir do século X, a 
própria visão que a Igreja tinha da vida e do mundo começou a mudar. Surgiram inúmeras 
heresias (movimentos ou atos que se opunham ao ideário católico), as quais centravam fogo 
especialmente na riqueza que a Igreja possuía. Exemplos dessas heresias foi o movimento 
iniciado no século XIII por Pedro Valdo de Lyon, na França, o qual pregava a pobreza, não 
admitia o culto aos santos, nem a existência do purgatório. Além disso, os valdenses, como 
eram chamados os seus seguidores, defendiam a autonomia dos fiéis frente aos clérigos. 
Também os albigenses constituíam uma heresia, concentrada na cidade de Albi, na França. 
Estes hereges contestavam não só alguns dos ensinamentos da Igreja como também o modo 
de vida da maioria do clero. 
 Para fazer frente à expansão dos movimentos heréticos, além da fundação das ordens 
monásticas – beneditinos, gregorianos e dominicanos –, a Igreja organizou verdadeiros 
9 
 
exércitos, chamados Cruzadas para levar os ensinamentos cristãos oficiais aos povos não-
cristãos e combater os que não quisessem aceita-los. 
Criou ainda, em 1231, quando o papa era Gregório IX, o Santo Ofício da Inquisição, cujo 
tribunal tinha a incumbência de prender, processar, julgar e punir todo aquele que fosse 
considerado uma ameaça para a fé católica. 
O imenso poder adquirido pela Igreja permitiu-lhe representar, melhor que qualquer outra 
instituição do período, a ordem teocêntrica feudal a fornecer a base ideológica da época 
medieval. Seus membros, únicos indivíduos letrados numa sociedade predominantemente 
analfabeta, pregavam a resignação e o conformismo diante do sofrimento e a preocupação 
quase exclusiva com a vida após a morte, contribuindo, assim, para a manutenção da ordem 
vigente. 
 
 
 
10 
 
CONCLUSÃO 
 
O período da Ética Cristã Medieval é revelado por um conjunto de concepções 
teológicas, isto é, pela religiosidade. A ética era ditada pela Igreja Católica que empregava 
argumentos dos filósofos grego Aristóteles e Platão para refazerem seus dogmas para os 
limites da vida cristã, exaltando o cristianismo, isto é, o relacionamento do homem com Deus 
como fonte de vida. O homem renuncia sua vontade e submete-se à perfeita vontade de Deus. 
Esta por sua vez é a ideia de que todos os homens são iguais e que a vida do homem não era 
natural, mas sobrenatural independente de sua vida natural. 
Destaca-se também Santo Agostinho seguidor de ideias platônicas e São Tomás de 
Aquino seguidor de ideias aristotélicas. 
1. Agostinho: Pregava a espiritualidade de dois aspectos: o homem é composto de 
alma e corpo e vive na dicotomia entre material e espiritual. Santo Agostinho 
afirmava que “O amor é a essência da vida moral”. 
2. Tomás de Aquino: Pregava que a felicidade é experiência individual com Deus, 
experiência que decorre do conhecimento, isto é, o conhecimento nos leva a 
verdade, a forma de chegar a Deus é através do conhecimento. 
 Compreende-se então que a Ética Cristã Medieval desenvolve-se em dois estágios: 
teológico e metafísico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por fim, dentro da própria Igreja começou um movimento de discórdia condenado o 
seu desmando e luxo, com o Cisma do Oriente (separação entre Estado e Igreja) a autoridade 
do papa foi contestada (século X), surgindo os chamados movimentos heréticos. Para 
combater os movimentos heréticos foram fundadas as ordens beneditinas, gregorianas e 
dominicanas. A Igreja também organizou exércitos (os cruzados) e criou o tribunal da Santa 
Inquisição. 
 
Questões Filosóficas 
 
Pensamento Religioso Metafísico 
Teológico 
11 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_crist%C3%A3 
 
http://pt.scribd.com/doc/90369281/A-etica-medieval 
 
http://educalara.blogspot.com.br/2010/04/influencia-grega-na-etica-medieval-e.html 
 
https://www.google.com.br/search?q=etica+medieval&tbm=isch&tbo=u&source=univ
&sa=X&ei=CVh7U4nECZORqAb7wYG4Cw&ved=0CE4QsAQ&biw=1093&bih=514 
 
	Introdução
	CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_crist%C3%A3
	http://pt.scribd.com/doc/90369281/A-etica-medieval
	http://educalara.blogspot.com.br/2010/04/influencia-grega-na-etica-medieval-e.html
	https://www.google.com.br/search?q=etica+medieval&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=CVh7U4nECZORqAb7wYG4Cw&ved=0CE4QsAQ&biw=1093&bih=514

Outros materiais