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Oftalmologia - Capitulo 3 erros de refração

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69Erros de refração
cap. 03 Introdução
Figura 01: Diversos modelos de óculos do século XIV.
Introdução
Histórico
Existem muitos relatos, ao longo da história, de 
tentativas de solucionar as alterações refrativas, 
sendo descritas desde medicações “miraculosas” 
até tratamentos cirúrgicos extremos.
Durante muito tempo, na antigüidade, o indi-
víduo portador de algum erro de refração im-
portante, e de conseqüente baixa na acuidade 
visual, via-se limitado em suas possibilidades de 
exercício profissional. 
O primeiro relato conhecido de uso de auxílio 
óptico descreve uma “pedra de leitura”, com su-
perfície clara e curva, utilizada por monges ao 
redor do ano 1000 d.C. Funcionava como uma 
lente de aumento, facilitando o ato de leitura aos 
idosos.
Foram necessários séculos para que fosse desen-
volvido o conceito de se criar um auxílio óptico 
prático, com lentes corretivas, e que pudesse ser 
usado em uma armação adaptada ao rosto de 
cada pessoa. Os óculos se tornaram extrema-
mente úteis e populares, sendo que sua inven-
ção foi creditada a Salvino D’Arnato, falecido em 
Florença, em 1317.
O aprimoramento dos óculos vem ocorrendo 
desde então, com estudos que visam a melho-
rar as muitas variáveis que existem em sua com-
posição e manufatura. 
É notória a importância dessa criação, e sua con-
tribuição à história da humanidade tem seu valor 
destacado desde o início, conforme comentou 
o monge dominicano, Frei Giordano de Pisa, no 
século XIV: “Ainda não faz 20 anos que a arte de 
fazer óculos foi descoberta, uma das mais úteis 
da terra...” (Figura 01).
70 Erros de refração
cap. 03Introdução
Figura 02: Luz, seu comprimento de onda e outros tipos de radiação.
Luz
A luz visível é uma forma de energia radiante, 
sendo composta por diferentes comprimentos 
de onda (de 390nm a 760nm), e capaz de gerar 
estímulo visual nos fotorreceptores retinianos. 
Outras formas de radiação não possuem essa 
propriedade por estarem fora do espectro detec-
tável pela retina humana (p. ex. radiações ultra-
violetas e infravermelhas) (Figura 02).
Os raios de luz se propagam de forma retilínea, 
cada um deles de modo independente do outro. 
Podem se apresentar de 3 formas: paralelos, con-
vergentes ou divergentes 
71Erros de refração
cap. 03 Introdução
Figura 03: Tipos de lentes Convergentes (positivas) e Divergentes (negativas).
Exprime-se a vergência de uma lente pelo in-
verso de sua distância focal medida em metros. 
Corresponde ao poder que cada lente possui de 
mudar a trajetoria dos raios luminosos
Dioptria = 1 
 Foco
A representação gráfica das lentes apresenta os 
seguintes componentes:
- Eixo principal: eixo onde estão o raio de curva-
tura da lente, o centro óptico e o foco
- Raio de curvatura: raio da circunferência da len-
te
- Centro óptico: porção central da lente
- Foco: metade do raio de curvatura
 
Os raios de luz que incidem sobre lentes esféri-
cas possuem padrões conhecidos: 
- raio que incide no centro óptico não sofre mu-
dança em sua trajetória.
- raio que incide paralelo passa pelo foco.
- raio que incide sobre o foco emerge paralelo
De acordo com o tipo de lente, se positiva ou ne-
gativa, a construção da imagem acontece como 
mostrado nas figuras abaixo (Figuras 04a, 04b, 
04c).
ponde à relação da velocidade de propagação 
da luz entre dois meios diferentes. O IR do ar é 
considerado padrão, tendo valor aproximado de 
1 (um).
Lentes esféricas são meios transparentes limita-
dos por superfícies curvas ou plano-curvas. Há 
2 tipos principais: convergentes e divergentes, 
conhecidas, respectivamente, como positivas e 
negativas (Figura 03).
Princípios Ópticos
A luz que se propaga através de uma interface, 
separando dois meios ópticos diferentes (p. ex. 
água e ar), pode sofrer três tipos de fenômenos 
ópticos: reflexão, absorção ou refração.
Denomina-se índice de refração a constante ori-
ginada na relação entre o seno do ângulo de in-
cidência e o seno do ângulo de refração. Corres-
72 Erros de refração
cap. 03Introdução
Figura 04b: Lentes Positivas (Objeto depois do foco): imagem virtual e direta.
Figura 04c: Lentes Negativas: imagens virtuais e diretas.
Figura 04a: - Lentes Positivas (Objeto do infinito ao foco): imagem real e invertida.
73Erros de refração
cap. 03 Introdução
Figura 06: Principais componentes refracionais do olho.
Figura 05: Estruturas Anatômicas do Olho: Componentes que influenciam a trajetória da luz: Córnea (curvatura, espessura e índice de 
refração), Cristalino (curvatura e diâmetro), Humor Aquoso (índice de refração), Humor Vítreo (índice de refração) e Fóvea.
Os principais componentes refrativos do olho 
são: córnea (tem o valor refrativo mais elevado), 
cristalino e diâmetro axial ocular (Figura 06).
O Olho e seus componentes
O olho é composto por diversas estruturas 
anatômicas que podem influenciar a trajetória 
da luz; existe uma alta complexidade óptica 
nesse órgão (Figura 05).
74 Erros de refração
cap. 03Principais erros de refração e sua correção
Figura 07: Olho emétrope: imagem formada sobre a fóvea.
Principais erros de refração e sua correção
Emetropia
O olho é considerado emétrope quando, sem 
interferência da acomodação , recebe na fóvea 
(área central da retina) imagens nítidas de obje-
tos situados no infinito. (Figura 07)
Essa condição de emetropia depende da relação 
entre o poder refrativo do segmento anterior (da 
córnea e do cristalino, principalmente) e o diâ-
metro ântero-posterior do olho. 
75Erros de refração
cap. 03 Principais erros de refração e sua correção
Figura 08: Olho amétrope: imagem formada fora da retina.
Figura 09a e 09b: Visão de olho emétrope (09a) e visão de olho amétrope (09b)
Ametropia
Condição em que o olho, quando sem inter-
ferência da acomodação, não recebe na fóvea, 
imagens nítidas de objetos situados no infinito.
(Figura 08).
Pode ser de 3 tipos: miopia, hipermetropia e 
astigmatismo.
76 Erros de refração
cap. 03Principais erros de refração e sua correção
Figura 10: Olho míope: imagem anterior à retina.
Miopia
Condição em que objetos posicionados no in-
finito têm suas imagens formadas anteriormente 
à retina (Figura 10).
Pode acontecer por duas razões: 
1. o poder de refração do olho é excessivo em 
relação a seu diâmetro ântero-posterior.
2. o diâmetro ântero-posterior é grande em rela-
ção ao poder de refração ocular.
A principal queixa relacionada à miopia é a 
dificuldade de ver nitidamente objetos distantes.
77Erros de refração
cap. 03 Principais erros de refração e sua correção
Figura 11: Olho hipermétrope: imagem posterior à retina.
Hipermetropia
Condição em que, sem interferência da acomo-
dação, objetos posicionados no infinito têm suas 
imagens formadas posteriormente à retina. (Fig-
ura 11).
Pode acontecer por duas razões: 
1. o poder de refração do olho é reduzido em 
relação a seu diâmetro ântero-posterior.
2. o diâmetro ântero-posterior é pequeno em 
relação ao poder de refração ocular.
A principal queixa relacionada às hipermetropias 
médias e altas é a dificuldade em ver objetos 
próximos com nitidez e conforto visual.
78 Erros de refração
cap. 03Principais erros de refração e sua correção
Figura 12: Olho astigmata: imagem distorcida sobre a retina.
Astigmatismo
Em olhos com astigmatismo, os dois meridianos 
principais da córnea e/ou do cristalino têm cur-
vaturas diferentes, portanto, poderes dióptricos 
diferentes, não permitindo a formação de ima-
gem nítida sobre a fóvea, resultando na percep-
ção de imagens distorcidas. (Figura 12).
As principais queixas relacionadas ao astigma-
tismo são: 
- astenopia (“cansaço visual”)
- imagem “borrada” 
- cefaléia (dor de cabeça)
- lacrimejamento 
79Errosde refração
cap. 03 Principais erros de refração e sua correção
Classificações do Astigmatismo
Há grande variedade de classificações possíveis 
ao astigmatismo. Para para compreendê-los, é 
necessário entender o conceito de meridianos 
principais, que correspondem aos que apresen-
tam maior e menor raio de curvatura. Os astig-
matismos são classificados:
• Quanto à regularidade de cada córnea:
Regular: Quando os meridianos principais da 
córnea estão posicionados de forma perpendi-
cular entre si.
Irregular: Quando não estão perpendiculares en-
tre si.
• Quanto à posição do meridiano mais curvo da 
córnea:
A - favor - da - regra: o meridiano mais curvo si-
tua-se a 90º ± 15º.
Contra - a - regra: o meridiano mais curvo situa-
se a 180º ± 15º.
Oblíquo: o meridiano mais curvo situa-se fora 
dos valores anteriores.
• Quanto à posição do meridiano mais curvo em 
ambos os olhos:
Simétrico: quando ambos os meridianos são si-
métricos em relação à linha média, por exemplo, 
um meridiano mais curvo de um olho a 45º e o 
outro olho a 135º.
Assimétrico: quando assimétricos em relação à li-
nha média, por exemplo, um olho a 45º e o outro 
não a 135º.
• Quanto ao estado refrativo de cada olho:
Simples: um dos meridianos da córnea é emétro-
pe enquanto o que lhe é perpendicular é mais ou 
menos curvo. No primeiro caso, o astigmatismo 
é miópico simples e no segundo, hipermetrópico 
simples.
Composto: os meridianos principais da córnea 
são amétropes desigualmente em valor. Quan-
do as imagens desses meridianos são formadas 
anteriormente à retina trata-se de astigmatismo 
composto miópico;se posteriormente, astigma-
tismo composto hipermetrópico.
Misto: ambos os meridianos da córnea são amé-
tropes, sendo um míope e outro hipermétrope.
80 Erros de refração
cap. 03Principais erros de refração e sua correção
Figura 13: Conóide de Sturm: Linhas Focais, Intervalo de Sturm e Círculo de Menor Confusão.
Conóide de Sturm
Trata-se da representação gráfica dos raios que 
atravessam um meio esferocilíndrico, por exem-
plo um olho com astigmatismo. Como existe di-
ferença de curvatura nos meridianos corneanos 
principais, não há um ponto focal único. Cada 
meridiano possui seu foco. O intervalo delimita-
do pelos focos dos meridianos principais chama-
se “intervalo de Sturm”. O “círculo de menor con-
fusão”, representa a situação em que os focos dos 
meridianos principais (linhas focais) encontram-
se igualmente equidistantes da retina. (Figura 
13).
81Erros de refração
cap. 03 Principais erros de refração e sua correção
Figura 14: Lente negativa: focalizando imagem em olho míope.
Corrigindo Ametropias
Indica-se um tipo específico de lente para corri-
gir cada tipo de ametropia: 
- Para miopia, lentes divergentes (ou negativas) 
(Figura 14)
82 Erros de refração
cap. 03Principais erros de refração e sua correção
Figura 15: Lente positiva: focalizando a imagem em olho 
hipermétrope.
- Para hipermetropia, lentes convergentes (posi-
tivas) (Figura 15)
83Erros de refração
cap. 03 Principais erros de refração e sua correção
Figura 16: Lente cilíndrica: focalizando imagem em olho 
astigmata.
- Para astigmatismo, lentes cilíndricas ou esfero-
cilíndricas. (Figura 16)
84 Erros de refração
cap. 03Principais erros de refração e sua correção
Na miopia, o objetivo é prescrever a lente de me-
nor poder dióptrico que proporcione a melhor 
visão.
Na hipermetropia, os objetivos são:
• Prescrever uma correção que permita acomo-
dação residual sem sintomas.
• Prescrever a lente de poder dióptrico que per-
mita a melhor visão com conforto.
Para correção do astigmatismo, o tipo de lente 
é indicado conforme a classificação do mesmo:
• astigmatismo simples, lentes cilíndricas
• astigmatismo composto, lentes tóricas (associa-
ção de lentes esféricas com lentes cilíndricas).
O eixo do cilindro da lente que será prescrita é 
posicionado perpendicular ao meridiano que se 
pretende corrigir. Por exemplo: para um pacien-
te que apresente o meridiano horizontal emé-
trope e o meridiano vertical hipermétrope de 
+2,00D (astigmatismo hipermetrópico simples), 
prescreve-se lente cilíndrica de poder equivalen-
te (+2,00D) posicionada no eixo de 180º.
Equivalente Esférico
O equivalente esférico corresponde ao valor de 
uma correção esférica simples que posiciona o 
círculo de menor confusão do conóide de Sturm 
sobre a retina, obtendo assim uma imagem mais 
nítida.
 É calculado somando-se a metade da correção 
cilíndrica à correção esférica. Exemplos:
1. plano / -3,00 DC = -1,50 DE
2. +2,00DE / -1,00DC x 180º = +1,50D
3. -1,50DE / -0,50DC x 130º = -1,75DE
85Erros de refração
cap. 03 Tratamento convencional - correção
Figuras 17a e 17b: Lentes de contato rígida e gelatinosa.
Tratamento convencional - correção
Auxílios Ópticos
Para a correção clínica das ametropias, utilizam-
se auxílios ópticos. Os principais tipos são: ócu-
los, lentes de contato. Para a correção cirúrgica, 
dispõe-se da cirurgia refrativa e de lentes intra- 
oculares.
Óculos
Utilizam-se óculos com lentes corretivas dos 
seguintes tipos: convergentes (ou positivas) para 
hipermetropia; divergentes (ou negativas) para 
miopia; e cilíndricas para astigmatismo.
Quando a miopia ou a hipermetropia ocorrem 
em associação ao astigmatismo, pode-se utilizar 
uma combinação de lentes esféricas (divergen-
tes ou convergentes), com lentes cilíndricas.
Lentes de Contato
Lentes de contato são utilizadas diretamente 
sobre a córnea, e podem, assim como os óculos, 
corrigir ametropias.
Existem, basicamente, 2 tipos: rígidas e gelatino-
sas. (Figuras 17a e 17b)
Suas principais indicações são: 
- Altas ametropias.
- Anisometropias (situação em que existe dife-
rença refracional entre os olhos)
- Astigmatismos irregulares (que não obteriam 
boa acuidade visual com óculos) 
- Para a prática esportiva
- Com finalidade estética
86 Erros de refração
cap. 03Tratamento cirúrgico - prós e contras
Figura 18: Catarata causando alteração na formação da imagem.
Figura 19: Pós-operatório: Lente intra-ocular posicionada.
Tratamento cirúrgico: prós e contra
Cirurgia
É possível corrigirem-se as ametropias por meio 
cirúrgico. 
Na maioria das vezes, a cirurgia refrativa é re-
alizada com aplicação de energia laser para re-
modelar a córnea, e pode ser uma opção de 
tratamento para alguns pacientes.
Indicações:
- Intolerância ao uso de lentes de contato
- Anisometropias importantes (situação em que 
existe grande diferença refracional entre os o-
lhos) 
- Esportistas
- Com finalidade estética
Outra possibilidade, quando há associação de 
ametropia e de catarata (opacificação do cris-
talino), é a utilização de uma lente intra-ocular 
(que substitui o cristalino opaco removido), com 
poder dióptrico calculado calculado de modo 
a fazer com que o paciente fique emétrope (ou 
próximo da emetropia) no pós-operatório. (Figu-
ras 18 e 19)
87Erros de refração
cap. 03 Tratamento cirúrgico - prós e contras
Cirurgia Refrativa
A cirurgia refrativa compreende os procedimen-
tos cirúrgicos que têm por finalidade diminuir e, 
se possível, eliminar os erros de refração (miopia, 
hipermetropia e astigmatismo). Há que se acres-
centar a essa finalidade, corretiva, a de preservar 
a qualidade da visão.
Esta modalidade cirúrgica está presente na prá-
tica clínica de profissionais de oftalmologia há 
pelo menos uma década. O advento do exci-
mer laser e o aumento dos níveis de segurança 
e eficácia das cirurgias refrativa tornaram esta 
técnica um procedimento cirúrgico previsível e 
confiável, o que a fez popularizar-se não só entre 
os profissionais da área como também entre os 
pacientes.
Atualmente, a principal modalidade de cirurgia 
refrativa é a corneana, por meio do excimerlaser, 
seja na superfície (PRK) ou lamelar (LASIK). Ob-
serva-se a atual fase da cirurgia a laser persona-
lizada, em que a correção baseia-se nas informa-
ções fornecidas pela aberrometria, adequando a 
aplicação do laser às características particulares 
do olho de cada paciente. Com isso, procura-se 
aprimorar a qualidade óptica do resultado da ci-
rurgia.
Outra importante modalidade de cirurgia refra-
tiva merece destaque: os implantes refrativos 
intraoculares. De um lado, os implantes fácicos, 
que podem ser de fixação angular, de fixação 
iriana e de câmara posterior. De outro, os im-
plantes afácicos, em que se realiza a extração 
do cristalino transparente, com finalidade refra-
tiva. Os procedimentos intraoculares podem ser 
reversíveis e, se não modificarem a superfície 
da córnea, melhoram a qualidade da visão. No 
entanto, apresentam os riscos inerentes a um 
procedimento intraocular e, ainda, são passíveis 
de questionamentos éticos. Ressalte-se que os 
avanços tecnológicos têm oferecido implantes 
e técnicas cirúrgicas cada vez mais delicados, 
previsíveis e seguros, antevendo-se um papel re-
levante dessa modalidade técnica no futuro da 
cirurgia refrativa.
Critérios de contra-indicação cirúrgica
• Miopia ou astigmatismo composto: ametropia 
total acima de 12 D.
• Hipermetropia acima de 5 D. 
• Astigmatismo superior a 6 D. 
• Ceratocone diagnosticado ou suspeito pela to-
pografia.
• Opacificação do cristalino com ou sem perda de 
acuidade visual. 
• Candidatos présbitas que não aceitam a pos-
sibilidade de ter que usar correção óptica para 
perto após a cirurgia refrativa.
• Candidatos com instabilidade refracional ou 
idade inferior a 18 anos. 
• Situação em que a relação risco/benefício da 
cirurgia parece não ser satisfatória para o candi-
dato ou para o médico oftalmologista.
Contra-indicações com base na paquimetria
Teoricamente, a espessura mínima do leito resi-
dual estromal deve ser de 250 micras após a ci-
rurgia de LASIK e 340 após a PRK.
Pacientes com córneas muito finas podem ser 
considerados de risco em função do desenvolvi-
mento de ectasias no pós-operatório, recomen-
dando-se valores mínimos pré-operatórios de 
500 micras para a realização do procedimento.
É importante lembrar que não existem medidas 
de segurança absoluta. Por isso é sempre neces-
sário levar em consideração, juntamente com a 
espessura, a curvatura, a refração e a idade do 
paciente, avaliando cada caso individualmente.
88 Erros de refração
cap. 03Tratamento cirúrgico - prós e contras
Contra-indicações com base na topografia
Para ablações miópicas, é ideal não ultrapassar o 
limite inferior de 35 dioptrias. Para cada dioptria 
corrigida aplana-se em média 0,70 dioptria. Para 
ablações hipermetrópicas, por sua vez, é ideal 
não ultrapassar o limite superior de 48,5 diop-
trias. Para cada dioptria corrigida de hipermetro-
pia, encurva-se em média 0,70 dioptria.
As principais contra-indicações relacionadas à 
curvatura corneana referem-se aos casos de as-
tigmatismos irregulares e assimétricos, represen-
tando, muitas vezes, casos de ectasias subclíni-
cas.
Condições gerais
Gravidez e lactação
A cirurgia refrativa deve ser contra-indicada em 
pacientes grávidas até o término da gravidez. Ela 
também deve ser contra-indicada durante a fase 
de aleitamento materno, em função das flutua-
ções visuais decorrentes das alterações nos hor-
mônios encontradas nesse período, e das medi-
cações tópicas e orais, que podem interferir no 
processo de amamentação.
Perfil psicológico
A relação médico-paciente é fundamental na ci-
rurgia refrativa e qualquer comprometimento na 
mesma deve ser considerada uma razão suficien-
te para postergar ou mesmo contra-indicar a ci-
rurgia. Pacientes com perfil psicológico alterado 
ou em uso de psicotrópicos devem ter a cirurgia 
refrativa contra-indicada pelo menos durante a 
fase de tratamento. Pacientes com depressão e 
labilidade emocional tendem a se mostrar mais 
insatisfeitos no pós-operatório e dificultar a re-
lação médico-paciente, bem como aqueles com 
grau de exigência ou tolerância acima da média, 
os quais devem ser analisados individualmente e 
com muita cautela.
Histórico familiar de ectasia corneana
Pacientes que possuem familiares com ectasia 
corneana precisam de um cuidado especial, pois 
a presença dos genes na mesma família é maior 
que na população geral. Na apresentação de 
qualquer alteração topográfica ou paquimétrica, 
a cirurgia deve ser contra-indicada. Entretanto, o 
histórico familiar de ectasia não representa ne-
cessariamente uma contra-indicação para cirur-
gia refrativa. Em caso de estabilidade refracional, 
exames pré- operatórios normais (após acompa-
nhamento seriado) e idade superior a 25 anos, 
pode-se considerar a realização da cirurgia refra-
tiva, preferencialmente com a técnica PRK.
Presença de patologias oculares
Na presença de patologias oculares prévias, é 
necessário um detalhado acompanhamento 
pré-operatório a fim de esclarecer a etiologia e o 
tratamento envolvidos.
Ectasias corneanas
O ceratocone clínico ou subclínico é considera-
do uma contra-indicação para a realização da 
cirurgia refrativa, da mesma forma que outras 
ectasias corneanas, como degeneração marginal 
pelúcida e ceratoglogo.
O herpes ocular representa uma contra-indica-
ção clássica para a cirurgia refrativa, pois a luz 
ultravioleta emitida pelo excimer laser e a medi-
cação pós-operatória podem gerar uma recidiva 
do quadro.
Degenerações ou distrofias epiteliais corneanas 
ou da membrana basal epitelial representam te-
oricamente uma contra-indicação para a LASIK. 
Nesses casos, deve ser indicada a PRK (com de-
89Erros de refração
cap. 03 Tratamento cirúrgico - prós e contras
sepitelização mecânica ou automática com ex-
cimer laser no modo PTK), pois a realização de 
LASIK resulta em defeitos epiteliais no flap que 
interferem na cicatrização.
Olho seco leve e moderado não representam 
contraindicações para a cirurgia refrativa, desde 
que sejam controlados adequadamente no pré-
operatório. Nesse caso, é preferível a PRK, pois 
causa menor lesão das fibras nervosas, devido 
ao fato de a ablação ser mais superficial. O pro-
cesso reparativo após a cirurgia refrativa requer 
lágrimas em quantidade e qualidade para a cica-
trização adequada. Na avaliação pré-operatória, 
deve-se dar especial atenção para a avaliação 
do filme lacrimal. O olho seco previamente à ci-
rurgia deve ser tratado com lágrimas artificiais, 
suplemento alimentar, inserção de plug lacrimal 
para retenção de lágrimas, e, em casos especiais, 
não prescindir do uso tópico de ciclosporina a 
0,05%. Enquanto o controle clínico adequado do 
olho seco não for obtido, o procedimento refrati-
vo não deve ser realizado. Olho seco grave deve 
ser considerado uma contra-indica- ção para ci-
rurgia refrativa, mesmo com a PRK.
O glaucoma é considerado uma contra-indica-
ção para a cirurgia refrativa, pois irá interferir na 
medida da pressão intraocular no pós-operató-
rio, dificultando o controle da mesma.
Patologias retinianas
Patologias retinianas não representam contra-
indicação para cirurgia refrativa a laser. Preferen-
cialmente, a PRK deve ser utilizada para minimi-
zar a tração na base vítrea (especialmente em 
pacientes com descolamento de retina prévio). 
Em pacientes com faixa de silicone, a PRK deve 
ser a técnica de escolha em função da dificulda-
de de se encaixar o microcerátomo. Não existem 
estudos com dados estatísticos suficientes para 
correlacionar as lesões retinianas com a LASIK.
Razões relacionadas às doenças sistêmicas
Devemos conhecer as condições de saúde do 
candidato, uma vez que certas doenças sistêmi-
cas constituem contra-indicações relativas ou 
absolutas.
Doenças autoimunes
O lúpus eritematoso sistêmico, a artrite reuma-tóide e a fibromialgia, entre outras doenças, 
podem comprometer o sistema imune. Pesso-
as com o sistema imune comprometido podem 
apresentar cicatrização pós-cirúrgica anormal. 
Por esta razão, toda doença sistêmica autoimune 
deve estar adequadamente controlada antes de 
se realizar o procedimento refrativo.
Diabete
A cirurgia refrativa pode estar contra-indicada 
para pacientes que sofrem de diabete. É neces-
sário obter a estabilização da glicemia para men-
surar com exatidão o erro refrativo a ser corri-
gido. A presença de retinopatia diabética pode 
comprometer o ganho de visão por alterações 
retinianas.
Quelóide
Um estudo recente avaliou se as doenças autoi-
munes do tecido conjuntivo-vascular, a doença 
intestinal inflamatória, o diabete e a formação 
de quelóide, constituíam contra-indicações re-
lativas ou absolutas para a cirurgia refrativa. De 
acordo com este estudo, as técnicas LASIK e PRK 
podem ser realizadas com segurança se estes 
problemas estiverem adequadamente controla-
dos nos pacientes.
O sucesso da cirurgia refrativa depende, princi-
palmente, de um correto preparo pré-operatório. 
A avaliação pré-operatória deve ser considerada 
em três níveis: médico, em que se selecionam os 
candidatos de menor risco médico-cirúrgico; psi-
90 Erros de refração
cap. 03Tratamento cirúrgico - prós e contras
cológico, em que se procuram adequar as expec-
tativas do paciente à realidade de uma cirurgia 
eletiva, não isenta de complicações, em um olho 
normal; jurídico, em que se cumprem formalida-
des éticas e legais com o intuito de agregar se-
gurança à relação médico-paciente e à atividade 
profissional do cirurgião refrativo.
91Erros de refração
cap. 03 Acomodação
Figura 20: Emetropia X Acomodação: Conforme o objeto se aproxima, o cristalino se altera e consegue manter a imagem focalizada na 
retina (olho acomodado).
Acomodação
Acomodação
É a capacidade do olho de focalizar na retina 
imagens de objetos situados a diferentes distân-
cias. 
Conforme o objeto é aproximado do olho, o cris-
talino altera sua morfologia, conseguindo assim 
manter a imagem focalizada na retina (olho aco-
modado). (Figura 20)
O estímulo que desencadeia o mecanismo de 
acomodação é uma leve turvação da imagem.
As principais estruturas envolvidas no mecanis-
mo de acomodação são: cristalino, zônula e mus-
culatura ciliar.
92 Erros de refração
cap. 03Acomodação
Figura 21: Comparação na posição das estruturas envolvidas na acomodação:
(A) olho não acomodado:
- musculatura ciliar: relaxada
- zônula: tensa
- cristalino: curvatura menor
(B) olho acomodado:
- musculatura ciliar: contraída
- zônula: relaxada
- cristalino: curvatura maior
Esse processo dinâmico ocorre de maneira fisio-
lógica, pela mudança do formato do cristalino 
(Figura 21).
93Erros de refração
cap. 03 Acomodação
Figura22: idade e amplitude de acomodação (AC)
Ponto Próximo de Acomodação: é a posição em 
que um objeto mais pode se aproximar do olho, 
mantendo ainda imagem nítida, momento em 
que está ocorrendo a máxima acomodação. Em 
olho emétrope, o inverso desta distância medida 
em metros corresponde à amplitude de acomo-
dação em dioptrias.
Ponto Remoto: é a maior distância em que um 
objeto pode ser colocado e ainda obter imagem 
nítida. Momento em que a acomodação está re-
laxada. Infinito = 6m.
Amplitude de Acomodação: é a variação máxima 
possível da acomodação. Corresponde à diferen-
ça entre a Acomodação máxima e ausência da 
mesma. Vai-se reduzindo com o passar dos anos 
e é igual nos 2 olhos; caso contrário, indica exis-
tência de déficit. Apresenta redução fisiológica 
com o tempo (Figura 22).
Espasmo de Acomodação
Condição em que há acomodação excessiva, fa-
zendo com que a imagem formada na retina dei-
xe de ser nítida.
Ocorre principalmente em jovens (idade infe-
rior a 30 anos), que utilizam a visão de perto por 
grandes períodos. Os principais sintomas são: 
flutuação da visão, cefaléia, desconforto visual e 
fotofobia.
Ao exame nota-se ponto próximo de acomoda-
ção reduzido e grande facilidade de aceitação de 
lentes negativas, sendo geralmente hipermétro-
pes utilizando lentes negativas.
O diagnóstico é feito pela refração sob ciclople-
gia, excluindo-se, dessa maneira, a ação excessi-
va da acomodação.
Como tratamento, recomenda-se:
- evitar o uso da visão para perto por longo tem-
po;
- “relaxar” a acomodação, olhando-se para longe; 
- uso das lentes as mais positivas que o paciente 
tolerar.
Insuficiência de Acomodação
Trata-se da redução (ou perda) prematura da 
amplitude de acomodação. Resulta, clinicamen-
te, na impossibilidade de o paciente manter, de 
maneira confortável e por períodos razoáveis de 
tempo, a visão com nitidez para perto.
As principais queixas costumam ser: desconforto 
visual, cefaléia após o ato de ler e incapacidade 
de manter o foco para perto.
Seu diagnóstico é feito pela mudança (afasta-
mento) do ponto próximo de acomodação. 
Condição geralmente associada à falta de ilumi-
nação em ambiente de trabalho/leitura e/ou a 
doenças sistêmicas (anemia, diabetes, neuropa-
tias, etc) ou oculares (catarata, uveite, etc.)
O manejo consiste na realização de exame re-
fracional minucioso, de constatação de melhora 
nas condições de iluminação locais (quando ne-
cessário) e, se preciso, investigação de enfermi-
dades sistêmicas.
94 Erros de refração
cap. 03Presbiopia
Figura 23: Olho Présbita: redução na capacidade de acomodação
Figura 24: Visão de paciente présbita: falta de nitidez para objetos próximos.
Presbiopia
Corresponde à perda gradual e fisiológica da ca-
pacidade de acomodação do olho com o decor-
rer da idade. 
Tem início ao redor dos 40 anos, e se deve à di-
minuição da elasticidade do cristalino (Figura 
23).
A principal queixa é a dificuldade de ver clara-
mente objetos próximos. 
Outros sintomas podem ser fadiga aos esforços 
visuais e dificuldade de leitura em ambientes 
menos iluminados (Figura 24).
95Erros de refração
cap. 03 Presbiopia
Figura 25 Lentes Positivas focalizando a imagem em olho présbita.
Para a correção da presbiopia, utilizam-se lentes 
positivas (convergentes), cujo poder dióptrico 
deverá ser aumentado conforme a idade do pa-
ciente avança (“piora” fisiológica do quadro clíni-
co; normalmente até +3,00 D) (Figura 25). 
96 Erros de refração
cap. 03Presbiopia
Quando o paciente já utiliza óculos para corre-
ção de erros refrativos pré-existentes, lentes po-
sitivas serão “adicionadas”. Poderá utilizar então 
óculos específicos para leitura ou associá-los na 
forma de lentes bifocais ou lentes multifocais.
O valor exato a ser adicionado é individual, de-
vendo ser levadas em consideração as atividades 
habituais do paciente. Busca-se o menor valor 
possível, visto que valores maiores limitam a dis-
tância focal de leitura.
A adição, idealmente, deve ser igual em ambos 
os olhos, pois se busca igualar a distância focal 
bilateral.
Seguem-se os passos para se obter a adição cor-
reta para perto:
• Determinar a “refração para longe”
• Conforme a idade, orientar o valor aproximado 
da correção: 
40 ANOS ADIÇÃO DE 0,50 D
45 ANOS ADIÇÃO DE 1,00 D
50 ANOS ADIÇÃO DE 1,50 D
55 ANOS ADIÇÃO DE 2,00 D
60 ANOS ADIÇÃO DE 2,50 D
65 ANOS ADIÇÃO DE 3,00 D
• Testa-se a adição para perto, considerando-se 
as necessidades visuais de perto do paciente e 
refina-se, caso preciso.
OBS: sempre perguntar a distância de visão pró-
xima que o paciente necessita (p. ex. costureira, 
músico, usuário de computador, etc.)
• prescrever valor mínimo de adição para perto 
necessária ao paciente.
97Erros de refração
cap. 03 Presbiopia
Figura 26: Lentes Bifocais em diferentes desenhos da película de adição para perto.
Prescrição de Bifocais
Existemvários modelos de lentes bifocais. (Figura 26).
Cada uma apresenta indicações, que podem ser 
assim classificadas, para melhor compreensão:
1. Quanto ao estado refracional:
• hipermetropia (moderada ou alta)
- se adição maior que +1,50D = Kriptok
- se adição menor que +1,50D = Ultex
• miopia ou baixa hipermetropia
- qualquer adição = Flap-top
2. Quanto à diferença do poder dióptrico para 
longe e adição:
• longe menor que adição = Panoptik ou Flap-top
• longe maior que adição = Ultex 
• longe igual à adição = Kriptok
3. Quanto ao astigmatismo:
• valor do meridiano vertical maior que adição: 
Ultex
• valor do meridiano vertical menor que adição: 
Biovis ou Panoptik
• valor do meridiano vertical igual a adição: Krip-
tok
4. Outras situações:
• Afácicos:
- Com iridectomia periférica - Panoptik ou Flap-
top 
- Com iridectomia em setor – Ultex ou Kriptok
98 Erros de refração
cap. 03Cicloplegia
Efeito
1 gota 5/5min 
2-3x
- Aumento da 
PIO
- Distúrbio de 
comportamento
- Boca seca
curta duração
curta duração
4-10 hs
20-30 min
1 gota 10/10min 
2-3x
- Sonolência 
Efeitos colaterais 
raros:
- agitação
-alucinações
-ataxia
-convulções
-psicose
menos intensa
média duração
12-24 hs
20-40 min
1 gota 8/8h 1 dia
- Toxicidade 
sistêmica
OBS: pelo maior 
risco de toxicidade 
e duração de 
efeito, não 
recomendada para 
exame de refração
- Antídoto:
prostigmine 5mg 
1ml EV
longa duração
longa duração
10-15 dias
6-24 hs
cicloplégico fenil-hidroxi-ciclo-
acetil-dimetil-ami
no-etanol
antagonista da 
acetilcolina
Ação
Dose
Ciclopentolato 1% Atropina 1%Tropicamida 1%
Classe
máximo
total
Midríase
Cicloplegia
Efeitos Colaterais 
(Freqüentes)
Tabela: Drogas utilizadas para obterse cicloplegia ocular.
Cicloplegia
Corresponde à paralisação temporária da aco-
modação, ou seja, da ação dos músculos ciliares. 
Está indicada em exames de refração, principal-
mente em crianças, adolescentes e adultos jo-
vens, uma vez que o resultado do exame assim 
feito poderá ser mais acurado.
É realizada de maneira farmacológica, com o uso 
de colírios parassimpatolíticos.
É importante diferenciá-la de “midríase”, que é 
a simples dilatação da pupila, sem mudança da 
acomodação, utilizada, por exemplo, para exame 
de fundo de olho. 
As principais drogas para cicloplegia e suas ca-
racterísticas estão descritas na Tabela a seguir:
99Erros de refração
cap. 03 Refração
Figuras: 27: Refrator manual
Figuras: 28: Caixa de prova e armação de prova
Exame de refração ocular
Para prescrever óculos, é preciso inicialmente fa-
zer a refratometria, ou seja, medir o poder dióp-
trico necessário da lente que corrija a alteração 
refracional do paciente.
Pode ser feita de duas formas: subjetiva e obje-
tiva.
Na refratometria subjetiva, há participação ati-
va do paciente para definir o poder dióptrico da 
correção. Ele próprio, durante o exame, informa 
qual a melhor opção de lente.
Pode ser utilizado o refrator manual ou a caixa de 
prova (Figuras 27 e 28).
100 Erros de refração
cap. 03Refração
Figuras 29: Refrator automático
Figuras 30: Retinoscópio
Na refratometria objetiva, utilizam-se os seguin-
tes equipamentos: retinoscópio e refrator de 
Green ou refrator automático. (Figuras 29 e 30)
Não há participação ativa do paciente na deter-
minação do erro refrativo que é mensurado pelo 
examinador ou pelo refrator automático. Após 
o resutado do exame objetivo, é recomendável 
realizar-se o exame subjetivo, com intuito de 
refinar o resultado final, a fim de prescrever len-
tes que proporcionem melhor visão associada à 
maior conforto visual.
101Erros de refração
cap. 03 Refração
Figura 31: cilíndro cruzado: o poder do cilíndro na horizontal é de +0,25D e na vertical -0,25D. O eixo representado pelo cabo apresenta 
poder nulo e identifica o eixo em que o cilíndro cruzado é posicionado.
Cilindro cruzado
Trata-se de exame subjetivo que busca identifi-
car o eixo e o poder do astigmatismo.
Para realizar tal exame, é necessário utilizar o ci-
líndro cruzado em conjunto com o refrator de 
Green ou com a caixa de prova.
O cilíndro cruzado é uma lente que possui dois 
cilindros de valores opostos em posições per-
pendiculares entre si. (Figura 31)
O intuito do uso do cilíndro cruzado é atuar no 
intervalo de Sturm.
Comparam-se duas posições do cilíndro cruzado, 
uma afastará as linhas focais dos eixos principais, 
aumentando o círculo de menor confusão, acar-
retando uma pior imagem. Em contrapartida, a 
outra posição atuará de maneira oposta, aproxi-
mando as linhas focais, diminuindo o círculo de 
menor confusão e assim melhorando a imagem.
O exame busca o eixo em que há equilíbrio entre 
as duas posições, ambas com a mesma formação 
de imagem. Isso indica que o cilíndro cruzado 
está no eixo correto para buscar a correção do 
astigmatismo.
Uma vez definido o eixo, é necessário refinar-se 
o poder dióptrico do cilíndro que será utilizado.
De maneira prática, esse exame pode ser reali-
zado: 
102 Erros de refração
cap. 03Refração
Figura 32: Difração da Luz.
Identificação do eixo: é necessário, primeira-
mente, definir qual cilíndro será usado (no nosso 
meio geralmente são utilizados cilindros negati-
vos). Utilizando o cilíndro negativo, posicionar o 
cilíndro cruzado no eixo em que houve alteração 
de imagem na identificação do astigmatismo (à 
refração). Testar as duas posições. Caso não haja 
alteração, já se encontra posicionado no eixo 
exato. Se houver diferença, mover o eixo do ci-
líndro no sentido do cilíndro cruzado negativo. 
Repetir o procedimento até posicionar o eixo de 
maneira que o paciente não perceba diferença 
na formação de imagem entre eles. Caso o pa-
ciente relate melhora numa posição e, depois de 
nova tentativa, perceba melhora no sentido con-
trário, o eixo final está na metade da distância 
entre os dois.
Poder do cilíndro: o cilíndro cruzado é rodado a 
45º da posição utilizada para o refinamento de 
eixo. Comparar as duas posições, a que adiciona 
poder e a que subtrai. Repetir esse procedimen-
to até obter a melhor acuidade visual.
Teste bicromático
É um teste subjetivo que busca refinar o grau fi-
nal da refração. Serve apenas para pequenas di-
ferenças, em torno de 0,50D.
Baseia-se no princípio da decomposição da luz e 
na aberração cromática do olho: quando um raio 
de luz branca passa por um prisma, sofre difra-
ção, que é a decomposição da luz em diferentes 
comprimentos de onda, representados por um 
espectro de cores. Tal fenômeno também ocorre 
com a passagem da luz pelo olho. Além da difra-
ção, ocorre também refração, ou seja, mudança 
na trajetória dos raios. Pela diferença de veloci-
dade e de comprimento de onda, a luz verme-
lha sofre menor refração, e a luz violeta, maior. 
(Figura 32).
103Erros de refração
cap. 03 Refração
Figura 33: Emetropia: luz amarela sobre a retina; nitidez semelhante entre fundo verde e vermelho.
Figura 34: Miopia: luz vermelha mais próxima da retina.
Para o exame, são padronizadas as cores verde 
e vermelha, pois estas apresentam desvios simé-
tricos em relação à cor amarela, a qual é utilizada 
como referência, porque apresenta mais brilho 
na retina.
Na situação de emetropia, quando o paciente 
olha para uma tabela com fundo verde e verme-
lho, sua percepção de nitidez é a mesma para 
ambas as cores. (Figura 33).
O míope percebe com mais nitidez as letras so-
bre o fundo vermelho; o hipermétrope, sobre o 
fundo verde (Figura s 34 e 35).
104 Erros de refração
cap. 03Refração
Figura 35: Hipermetropia: luz verde mais próxima da retina.
O exame deve ser realizado da seguinte maneira:
• Uma vez corrigido o erro refracional, perguntar 
para o paciente quais optotipos são percebidoscom melhor nitidez (mais negra); as possíveis si-
tuações são:
- optotipos vistos de igual maneira em ambos os 
fundos: exame refratomértico balanceado 
- visão melhor dos optotipos sobre o fundo ver-
de: hipemétrope não corrigido ou míope hiper-
corrigido. Nesse caso, adicionar lentes positivas 
até igualar a nitidez
- visão melhor dos optotipos sobre o fundo ver-
melho: míope não corrigido ou hipermétrope hi-
percorrigido. Adicionar lentes negativas.
Retinoscopia ou Esquiascopia
É um exame objetivo com o intuito de obter o 
grau refracional do paciente. Possui extrema im-
portância na prática clínica.
Para realizá-lo é necessário utilizar o retinoscópio 
em conjunto com o refrator manual (Green) ou a 
caixa de prova.
O exame consiste em projetar uma faixa de luz 
do retinoscópio no olho do paciente e observar 
as características da imagem formada na pupila.
Dessa maneira, é possível guiar a adição ou a 
subtração de lentes corretivas e também identi-
ficar e corrigir possíveis astigmatismos.
 Etapas do exame:
- o retinoscópio deve estar com a luz em intensi-
dade máxima, e a faixa apresentar a maior largu-
ra possível.
- posicionar o paciente atrás do Green e iniciar o 
exame com lentes planas.
- o médico deve posicionar-se 0,5m anterior-
mente ao Green.
- incidir a faixa de luz no olho direito do pacien-
te, posicionando-a no sentido vertical e movi-
mentando-a no sentido horizontal (“varrendo” a 
180º).
- observar a imagem formada; os possíveis resul-
tados são:
a. a faixa e a imagem movimentam-se no mesmo 
sentido: trata-se de um estado de hipermetropia 
ou de miopia (até 2,00D). Adicionar lentes positi-
vas. (Figuras 36a e 36b)
105Erros de refração
cap. 03 Refração
Figura 36a: Reflexo pupilar movimentando-se no mesmo sentido que a faixa.
Figura 36b: Visibilização do reflexo pupilar pelo examinador
106 Erros de refração
cap. 03Refração
Figura 37a: Reflexo pupilar movimentando-se no sentido oposto da faixa.
Figura 37b: Visibilização do reflexo pupilar pelo examinador.
b. a faixa e a imagem movimentam-se no sentido 
oposto: trata-se de um estado de miopia acima 
de 2,00D. Adicionar lentes negativas. (Figuras 
37a e 37b)
107Erros de refração
cap. 03 Refração
Figura 38: Neutralização: brilho pupilar.
c. a faixa produz uma imagem estática, e há bri-
lho pupilar: situação de neutralização da ametro-
pia. (Figura 38)
- incidir a faixa, posicionando-a no sentido ho-
rizontal e movimentando-a no sentido vertical 
(“varrendo”a 90º).
- realizar as mesmas etapas, buscando a neutrali-
zação nesse eixo.
- montar a cruz óptica baseada no resultado do 
exame.
- prescrever a correção final obtida.
 O resultado é registrado na forma da cruz óptica, 
que é a representação gráfica dos eixos exami-
nados. O modelo abaixo mostra como deve ser 
representado o resultado (Figura39):
- seus valores transcritos (descontada a distância 
em que o exame foi realizado). 
- registro da posição dos eixos.
A distância do exame é de fundamental impor-
tância, pois influencia na formação da imagem a 
ser pesquisada e deve ser sempre descontada do 
valor final de cada eixo pesquisado. Por exemplo, 
para um exame realizado a 0,5m, deve-se des-
contar 2,00D em cada eixo.
A posição da faixa de luz é sempre perpendicular 
ao eixo a ser examinado (eixo de “varredura”).
 
Astigmatismo
É possível definir a presença de astigmatismo ao 
exame inicial caso haja diferença de valores en-
tre os eixos e/ou se a inclinação da imagem for 
diferente da faixa de luz. O eixo do astigmatismo 
é encontrado da seguinte forma:
- Se não houver inclinação da imagem e somen-
te diferença de valores entre os eixos, conclui-se 
que o eixo encontra-se a 90º ou a 180º.
- Se houver diferença de inclinação da imagem, 
é possível obter os eixos principais inclinando-se 
a faixa de luz até posicioná-la paralelamente ao 
reflexo. Para isso, utiliza-se a alavanca do apare-
lho (Figura 40).
Nesse momento, os eixos serão o coincidente 
com a faixa e o perpendicular a este.
O poder do astigmatismo é encontrado pela di-
ferença de valor entre os eixos. 
Para obter o resultado final da correção, basta se 
basear na cruz óptica obtida durante a retinosco-
pia e seguir os passos abaixo:
- definir inicialmente qual tipo de cilindro será 
utilizado (geralmente negativo).
- definir a correção esférica: utilizando-se o ci-
lindro negativo como base, partir do eixo com o 
valor mais positivo (caso se opte pelo positivo, 
partir do eixo mais negativo).
- calcular o poder do cilindro negativo que será 
utilizado (valor encontrado pela diferença dos 
valores entre os eixos).
- posicionar o cilindro negativo perpendicular-
mente ao eixo em que estará atuando.
108 Erros de refração
cap. 03Refração
Meridiano Vertical
Meridiano Vertical
Meridiano Horizontal
M
er
id
ia
no
 H
or
iz
on
ta
l
Figura 39: Cruz óptica.
Figura 40: Retinoscopia e astigmatismo.
109Erros de refração
cap. 03 Refração
Miopização (Fogging)
Esta técnica de exame é utilizada com o intuito 
de excluir o componente acomodativo em exa-
me refracional dinâmico, ou seja, sem o uso de 
cicloplégicos.
É baseada no conhecimento de que a acomo-
dação é estimulada por pequena turvação na 
formação da imagem retiniana. Uma grande tur-
vação da imagem suprime o estímulo acomoda-
tivo.
De maneira prática, o paciente é colocado em 
situação em que se adiciona lente de +3,00D à 
frente de um de seus olhos, que já estaria em si-
tuação de emetropia (natural ou com uso de cor-
reção).
Uma vez suprimido o estímulo acomodativo, 
realiza-se o exame refratométrico do olho con-
tralateral.
Na etapa seguinte, trocar a adição de lado e re-
fratar o outro olho.
Lensômetro
Este aparelho mede poder dióptrico de lentes 
corretivas. Caso o paciente já faça uso de ócu-
los, é interessante começar o exame refracional 
por essa etapa. Sabendo-se o valor da correção 
em uso, pode-se utilizá-lo como referência para 
verificar se houve alteração. Pode ser feito com 
lensômetro manual ou automático 
Refrator automático
É um equipamento que apresenta muita pratici-
dade no dia-a-dia ambulatorial. Tem o intuito de 
fornecer um resultado aproximado do erro refra-
cional do paciente por meio de exame objetivo. 
Existem modelos que permitem realizar refina-
mento subjetivo (com participação ativa do pa-
ciente) para um resultado mais apurado.
Transposições de lentes
É possível fazer a conversão de uma prescrição 
com cilindro positivo por negativo e vice-versa. 
Seguir os seguintes passos:
- realizar a soma algébrica da correção esférica e 
cilíndrica
- manter o valor do cilindro, porém modificar seu 
sinal
- modificar o valor do eixo: somar 90º ao valor 
inicial; caso a soma do resultado ultrapasse 180º, 
subtrair 90º.
Exemplos:
1. +0,50DE <> -1,00DC X 180º = - 0,50DE <> 
+1,00DC X 90º
2. -0,75DE <> -1,50DC X 80º = -2,25DE <> 
+1,50DC X 170º
3. Plano <> -0,50DC X 140º = -0,50DE <> +0,50 
X 50º
Mesmo após o resultado do exame objetivo, 
é recomendável realizar-se o exame subjetivo, 
com o intuito de refinar o resultado final, a fim 
de pres-crever lentes que proporcionem maior 
conforto visual.
110 Erros de refração
cap. 03Refração
Figura 41: Modelo de prescrição.
Prescrição
A prescrição de óculos deve conter os seguintes 
itens (Figura 41):
111Erros de refração
cap. 03 Auto-avaliação
Auto-avaliação 
1. A prescrição apresentada pelo paciente é 
+3,00D<>-2,00DC X 70. Baseados nessa informa-
ção, podemos afirmar que:
a. Trata-se de um astigmatismo misto.
b. Trata-se de um astigmatismo hipermetrópico 
composto.
c. Trata-se de um astigmatismo hipermetrópico 
simples.
d. Trata-se de um astigmatismo miópico com-
posto.
2. Em relação ao teste verde e vermelho, conclui-
se que:a. Um paciente míope hipercorrigido vê com 
maior nitidez a imagem em fundo vermelho.
b. Um paciente míope hipocorrigido vê com 
maior nitidez a imagem em fundo verde.
c. Um paciente hipermétrope hipocorrigido vê 
com maior nitidez a imagem em fundo vermelho. 
d. Um paciente hipermétrope hipercorrigido vê 
com maior nitidez a imagem em fundo vermelho. 
3. Qual das alternativas abaixo corresponde ao 
equivalente esférico (EE) e à transposição de len-
te (TRNSP) da seguinte correção: 
+1,00DE <> -5,00DC X 140º
a. EE=-4,00DE / TRNSP= -1,00DE <> +5,00DC X 
230º
b. EE=-1,50DE / TRNSP= -4,00DE <> +5,00DC X 
50º
c. EE= -1,50DE / TRNSP = +5,00DE <> -1,00DC X 
50º
d. EE= -1,50DE / TRNSP= -4,00DE <> +5,00DC X 
230º
4. Assinale a alternativa correta:
a. Na miopia a imagem se forma atrás da retina e 
necessita, para sua correção, de lentes negativas.
b. Na hipermetropia a imagem se forma antes da 
retina e para sua correção utilizam-se lentes ci-
líndricas.
c. Na miopia a imagem forma-se antes da retina e 
utilizam-se para sua correção lentes divergentes.
d. Na hipermetropia a imagem se forma antes da 
retina e para sua correção utilizam-se lentes di-
vergentes.
5. Assinale a alternativa correta:
a. A midríase é ausência de acomodação, realiza-
da por meios farmacológicos.
b. A cicloplegia consiste simplesmente na dilata-
ção da pupila.
c. A cicloplegia está indicada na realização de 
exames de refração em jovens.
d. A midríase representa o fechamento iriano e 
está relacionada a patologias de sistema nervoso 
central.
6. Quanto à presbiopia, podemos afirmar que:
a. Para sua correção, é necessário prescrever len-
tes com poder divergente.
b. Trata-se do ganho fisiológico da capacidade 
acomodativa com o envelhecimento.
c. Sua apresentação clínica se traduz pela dificul-
dade de ver objetos a longas distâncias.
d. Corresponde opticamente à perda da capaci-
dade convergente do cristalino; deve-se prescre-
ver nesses casos lentes positivas.
112 Erros de refração
cap. 03Auto-avaliação
7. Quanto a refração, qual alternativa abaixo está 
correta:
a. A refração subjetiva consiste no exame realiza-
do sem a cooperação do paciente.
b. A refração objetiva consiste no exame realiza-
do com a participação do paciente de maneira 
ativa.
c. Os principais equipamentos utilizados para re-
alizar uma refração subjetiva são: refrator de gre-
ens e a caixa de prova.
d. A refração objetiva resulta na melhor correção, 
não havendo a necessidade de retestá-la.
8. Assinale a correta:
a. Na presbiopia, o paciente perde a capacidade 
de dilatação pupilar.
b. A presbiopia acontece pela perda gradual da 
acomodação e as lentes negativas são as indica-
das para sua correção.
c. O paciente présbita sem outros erros refracio-
nais consegue visualizar imagens próximas com 
maior nitidez.
d. Lentes convergentes são adicionadas à corre-
ção refracional do paciente para melhorar a vi-
são de perto de présbitas.
9. Sobre a cicloplegia, é correto:
a. Colírio de atropina tem o efeito mais fugaz.
b. Ciclopentolato é usado em crianças devido ao 
efeito mais rápido.
c. Tropicamida é usada para midríase mas não 
tem efeito de cicloplegia.
d. Ciclopentolato pode causar alucinações.
10. Assinale a correta:
a. Pacientes afácicos usualmente necessitam de 
lentes negativas.
b. Lentes de contato tem adaptação pior em ani-
sometropias do que os óculos.
c. Pacientes afácicos usualmente necessitam de 
lentes positivas.
d. Sempre se prescreve o máximo de adição para 
o présbita.
11. A refracão na criança:
a. sempre que possível deve ser feita de maneira 
objetiva e subjetiva.
b. ciclopentolato é o colírio de escolha devido a 
sua segurança no uso pediátrico.
c. o uso de correção adequada ajuda a prevenir 
e/ou tratar a ambliopia.
d. há 2 respostas corretas.

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