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Aula 4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

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Matéria: Direito Tributário – Professor: Gabriel Quintanilha 
 
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO 
PROFESSOR: GABRIEL QUINTANILHA 
MATÉRIA: LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR 
 
Leis e artigos importantes: 
 Constituição Federal 
 Código Tributário Nacional 
 
Palavras-chave: 
 Imposto, fato, gerador, limitações, princípios, exceções, imunidade, reciproca, isenção. 
TEMA: LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR 
PROFESSOR: GABRIEL QUINTANILHA 
 
 Imposto sobre serviço de qualquer natureza 
A Lei Complementar 116/2003, que regula o ISS, trazendo as regras gerais a ele aplicáveis. 
Dessa forma, para tal imposto incida, estaremos diante de uma obrigação de fazer. Em outras 
palavras, o fato gerador do ISS não pode ser confundido com o fato gerador de outros impostos, 
como o ICMS, por exemplo. O imposto sobre serviços pressupões uma obrigação de fazer e não 
uma obrigação de dar. 
 
Súmula vinculante 31 - É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis. 
 
OBS: Nos contratos complexos não incide ISS. 
 
O art. 3º da lei complementar 116/03 diz que o ISS é devido no domicilio do prestador do serviço, 
ressalvadas as exceções, quando o ISS será devido no local da prestação de serviço. A alíquota 
máxima do ISS é de 5% e a mínima 2% ambas determinada por lei complementar. O art. 9º 
Decreto 406/68 traz que a sociedade UNI PROFISSIONAL o ISS será fixo. O art. 2º da lei 
complementar 116/03 diz que não incide ISS na prestação de serviços para o exterior ressalvada 
a hipótese que o resultado é produzido no Brasil. 
 
 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar - O Poder de tributar envolve o poder 
de destruir. (Art. 150 CF) 
 
 Princípio da Legalidade 
Conforme dispõe os arts. 150, I CF c/c 97 CTN, o tributo só pode ser criado, majorado, reduzido 
ou extinto por lei. Cabe ressaltar que o tributo pode ser criado por Medida Provisória desde que 
não invadir a reserva de Lei Complementar, espécie normativa que carece de quórum qualificado 
para sua instituição. 
 Espécies de Lei Complementar 
1. Normas gerais 
2. Empréstimo compulsório 
3. Imposto sobre grandes fortunas - não existe 
 
 
Matéria: Direito Tributário – Professor: Gabriel Quintanilha 
4. Competência residual 
 Exceções ao Princípio da Legalidade 
1. Art. 153, §1º CF - Os impostos extrafiscais da União (II, IE, IPI, IOF): poderão ter suas 
alíquotas alteradas por ato do poder executivo (qualquer membro). Frise-se somente a 
alíquota pode ser alterada e não a base de cálculo; 
 
2. Art. 177, §4º, I, “b”, CF - A CIDE combustíveis poderá ter a sua alíquota reduzida ou 
restabelecida por ato do poder executivo. Trata-se novamente de alíquota, que nesse caso 
não pode ser majorada além do limite legal, limitando- se à redução ou restabelecimento; 
3. Art. 155, §2º, IV CF - O ICMS terá a sua alíquota interestadual fixada por resolução do senado; 
4. Art. 155, §4º, IV, CF - O ICMS monofásico incidente sobre combustíveis terá sua alíquota 
determinada por convenio; 
5. Art. 97, §2º, CTN - A atualização da base de cálculo do tributo não precisa de lei, pois é 
realizada com base nos índices oficiais de inflação; 
6. Art. 160 c/c Art. 96 CTN - Determinação do prazo de pagamento do tributo não precisa de lei. 
7. Art. 113, §2º c/c Art. 96 CTN - Determinação de obrigação acessória não precisa de lei. 
 Princípio da Isonomia 
Previsto no art. 150, II da CF, consiste em tratar desigualmente os desiguais na medida em que 
se desigualam. Não pode haver tratamento diferenciado com base no cargo exercido. 
 Princípio da Uniformidade Geográfica 
Art. 151 I CF – O tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que 
implique distinção ou preferência em relação à Estado, ao Distrito Federal ou a 
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais 
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio econômico entre as 
diferentes regiões do País; 
 
 Princípio da Não Surpresa 
Previsto no art. 150, III da CF é uma garantia constitucional para que o contribuinte não se 
surpreenda com uma carga tributária superior à que havia se programado para suportar. Para sua 
garantia, são previstos três outros princípios, quais sejam a irretroatividade, anterioridade de 
exercício e noventena. 
 Princípio da Irretroatividade 
Na forma do art. 150, III, “a” da CF, o PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE determina que a lei 
tributária não retroagirá para abranger fatos geradores pretéritos, ressalvado o disposto no art. 
106, CTN que são as hipóteses de retroatividade. 
 
Art.106 I CTN - A lei tributária retroagirá quando for expressamente interpretativa. 
 
Art.106 II CTN - Retroagirá a lei que comine penalidade menos severa e que deixe de 
tratar a conduta do agente como infração à norma tributária. 
 
 
 
Matéria: Direito Tributário – Professor: Gabriel Quintanilha 
OBS: A lei que reduz alíquota do tributo não retroage, mas se tal reduzir a multa poderá produzir 
efeitos retroativos. 
 
 Princípio da Anterioridade 
Na forma do art. 150, III, “b” da CF, temos o PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE, segundo o qual, 
se o tributo for criado ou majorado, só poderá ser exigido no exercício financeiro seguinte. 
 EX: TRIBUTO CRIADO EM 29/06/2016, SÓ PODERÁ SER COBRADO EM 01/01/2018. 
 Princípio da Noventena 
Por fim, o PRINCÍPIO DA NOVENTENA, previsto no art. 150, III, “c”, da CF, que foi introduzido na 
Constituição Federal pela emenda constitucional no 42 para ser somado ao princípio da 
anterioridade. Tal princípio garante que se um tributo for criado ou majorado, somente poderá ser 
exigido se respeitados ao menos 90 dias entre a data da criação ou majoração e a cobrança do 
respectivo. 
IMEDIATAMENTE SÓ NOVENTENA SÓ ANTERIOR DE EXERCÍCIO 
II 
IE 
IOF 
IEG 
Empréstimos 
Compulsório de Guerra 
ou calamidade pública. 
IPI 
CIDE Combustíveis 
ICMS monofásico 
incidente de combustíveis 
Contribuições Sociais 
IR 
IPTU 
IPVA - quando a alteração for da base e 
cálculo (Caso o aumento seja da 
alíquota deve ser respeitada a 
anterioridade e a noventena) 
 
 Princípio do Não Confisco 
Previsto no art. 150, IV da CF consiste na razoabilidade do direito tributário. Princípio do não 
confisco é aplicável as multas. Esse princípio não se aplicada aos tributos extrafiscais. 
 Princípio da Não Limitação ao Tráfego 
Previsto no art. 150, V da CF, o princípio da não limitação ao tráfego é a garantia que o tributo 
não violará do direito fundamental do contribuinte à livre locomoção, sendo vedada a cobrança de 
tributos interestaduais e intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio. 
Súmula 323 STF - que dispõe que é inconstitucional a apreensão de mercadoria para 
obrigar o contribuinte a pagar o tributo. 
 
 Imunidade 
 
Imunidade é a vedação expressa da incidência do tributo. Imunidade é toda hipótese de não 
incidência constitucionalmente qualificada, enquanto a isenção é a dispensa legal do pagamento 
do tributo por lei infraconstitucional. 
 
 Constituição Federal – IMUNIDADE 
 Ordenamento infraconstitucional – ISENÇÃO 
 
 
Matéria: Direito Tributário – Professor: Gabriel Quintanilha 
OBS: Imunidade de impostos sobre patrimônio, renda e serviços. 
 
 Imunidade Tributária Recíproca 
Prevista no art. 150, VI, “a” da CF, IMPEDE a incidência de impostos sobre patrimônio, renda e 
serviços entre os entes federados. 
 Art. 150 §2º CF - A imunidade se estende às fundações e autarquias instituídas e mantidas 
pelo poder público. 
 
 Art. 150 §3º CF - Veda que a imunidade sejaestendida às pessoas jurídicas que explorem 
atividade econômica, sob pena de violar a livre concorrência. 
 
As empresas públicas e sociedades de economia, por serem pessoas jurídicas de direito privado 
e participarem em competição com empresas privadas no domínio econômico, não tem a seu 
favor a imunidade tributária. 
STF ESTENDEU A IMUNIDADE à Empresa CORREIOS, Empresa INFRAERO e CASA DA 
MOEDA, pois são empresas que prestam serviços essenciais e exercem monopólio em seus 
ramos de atividade, de modo que o gozo da imunidade não coloca em risco a concorrência. 
Súmula 724 STF – Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o 
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da 
Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais 
de tais entidades. 
 Imunidade dos templos de qualquer culto 
Prevista no art. 150, VI, “b” da CF, tal imunidade afasta a incidência de impostos sobre patrimônio, 
renda e serviços sobre os templos de qualquer culto. 
Para o gozo da imunidade, o templo tem que ser constituído, com registro no cartório competente 
e não pode ter fins lucrativos. 
Súmula 583 STF - Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é 
contribuinte do imposto predial territorial urbano. 
 CEMITÉRIO NÃO PODE TER FIM DE LUCRO E TEM QUE SER EXTENSÃO DO 
SENTIMENTO RELIGIOSO.

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