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Aula 1 Espécies de Tributo

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Matéria: Direito Tributário – Professor: Gabriel Quintanilha 
 
 
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO 
PROFESSOR: GABRIEL QUINTANILHA 
MATÉRIA: ESPÉCIES DE TRIBUTO 
 
Leis e artigos importantes: 
 Constituição Federal 
 Código Tributário Nacional 
 
Palavras-chave: 
 Tributo, pagamento, extinção, crédito, espécies, imposto, taxa, contribuição, melhoria, 
empréstimo, compulsório, especiais, classificações. 
 
TEMA: ESPÉCIES DE TRIBUTO 
 
PROFESSOR: GABRIEL QUINTANILHA 
 
 Tributo 
 
Art. 3º CTN - Tributo é toda prestação pecuniária (dinheiro – não admite pagamento “in nature”) 
compulsória (obrigatório), em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua 
sanção de ato ilícito, instituída em lei (Emana do povo – STF autoriza por medida provisória) e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (praticado na forma da Lei – Art. 
142 CTN). 
 
OBS: Multa não é tributo. 
 Pagamento 
 
Art. 162 CTN - O pagamento é efetuado: 
 
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; 
 
II - nos casos previstos em lei, em estampilha (funciona como pré pago), em papel selado, ou por 
processo mecânico. 
 
OBS: Admite-se o pagamento de tributo por meio de cheque, nesse caso somente se dará a 
comprovação do mesmo a partir da compensação do cheque (Art. 3° CTN c/c 162 do CTN). 
 
 Extinção do Credito (art. 156 CTN) 
 
Art. 156 CTN - Extinguem o crédito tributário: XI - a dação em pagamento em bens imóveis (Ex: 
Casa pode, respeitando o bem de família), na forma e condições estabelecidas em lei. 
 
OBS: Barco e avião são bens móveis sujeitos a registro. O executado oferecerá embargos com 
garantia de juízo. Ex: Carro 
 
 
 
Matéria: Direito Tributário – Professor: Gabriel Quintanilha 
 Espécies Tributárias 
 
1. Imposto: Espécie tributaria não vinculada. (Art. 145 I CF c/c Art. 16 CTN) 
 
OBS: É uma espécie tributária não vinculada, o fato gerador é uma atividade do contribuinte e 
serve para existência do Estado, ou seja, manutenção do Estado. 
 
Art. 16 CTN - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente 
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
 Classificação do Imposto 
 
a) Real: é aquele que incide de acordo com a prática do fato gerador, independentemente da 
riqueza do contribuinte. Ex: IPVA 
 
b) Pessoal: varia de acordo com a riqueza do contribuinte. Ex: IR, IPTU é um imposto real, 
mas pode ser pessoal dependendo do município. 
 
c) Direto: é aquele que não admite a transmissão do ônus financeiro. Ex: IPTU, IR 
 
d) Indireto: é aquele que admite a transmissão do ônus financeiro. Ex: ICMS, ISS 
 
2. Taxa: É uma espécie tributária vinculada tem como fato gerador uma atividade estatal 
direcionada ao contribuinte, tem que existir uma contra prestação se não é inconstitucional. 
(Art. 145, II CF c/c Art. 77 e seguintes do CTN) 
 
 Espécies de Taxa 
 
Taxa de Polícia: é a limitação do interesse do particular para benefício da coletividade. Ex: taxa 
de fiscalização. 
 
Requisito constitucional da taxa de polícia é o regular exercício do poder desempenhado pelo 
órgão sem abuso ou desvio de poder. 
 
Taxa de Serviço: a taxa de serviço é cobrada pela utilização efetiva ou potencial (basta que 
esteja à disposição) de um serviço público que seja específico e divisível. 
Só pode ser remunerado por taxa o serviço “UTI SINGULI”, ou seja, aquele prestado 
especificamente para o contribuinte. Ex: taxa de coleta de lixo. 
A taxa de iluminação pública é inconstitucional pois é um serviço “UTI UNIVERSI”, prestado pata 
toda coletividade. 
Sumula vinculante 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de 
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola 
o artigo 145, II, da Constituição Federal. 
 
OBS: Segurança pública (genérico) – saúde pública – para todos - taxa inconstitucional. 
 
 
Matéria: Direito Tributário – Professor: Gabriel Quintanilha 
Súmula 670 STF - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. 
 
Súmula Vinculante 41 - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante 
taxa. 
 
Taxa Judiciaria: é uma ficção jurídica criada pelo STF, pois só paga quando usa, ou seja, uma 
taxa de serviço que só é paga quando usada (custas e emolumentos). Só pode ser modificada por 
lei ou medida provisória. 
 
OBS: A taxa não pode ter as mesmas bases de cálculos própria de imposto. 
 
Sumula vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais 
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral 
identidade entre uma base e outra. 
 
3. Contribuição de Melhoria: O objetivo da contribuição de melhoria é ressarcir aos cofres 
públicos o montante gasto na obra pública na proporção aproveitada pelo particular (limite 
global). O fato gerador é a valorização de contribuição de melhoria imobiliária decorrente de 
obra pública (limite individual). (Art. 145 III CF c/c Art. 81 CTN) 
Art. 81 CTN - A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao 
custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa 
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado. 
OBS: Obra de manutenção não pode ter contribuição de melhoria. 
4. Empréstimo Compulsório 
Art. 148 CF - A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
(criado por qualquer outro é inconstitucional) 
 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência; 
 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, b. 
 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
 
Sumula 418 STF - O empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está sujeita à 
exigência constitucional da prévia autorização orçamentária. 
 
Empréstimo 
compulsório de guerra 
Imposto Extraordinário 
de Guerra 
União União 
Art. 148 I CF Art. 154 II CF 
 
 
Matéria: Direito Tributário – Professor: Gabriel Quintanilha 
Lei Complementar 
 
Lei ordinária e Medida 
Provisória 
Restituível Não é restituível 
 
Art. 15 CTN – Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos 
compulsórios: 
 
I - guerra externa, ou sua iminência; 
 
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos 
orçamentários disponíveis; 
 
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. 
 
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu 
resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. 
 
5. Contribuições Especiais 
 
Art. 149 CF - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento 
de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem 
prejuízo do previsto no art. 195, §6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
 
Sociais gerais: Financiar o mínimo existencial, ou seja, são destinadas ao lazer, cultura, 
informação e educação e estão previstas nos arts. 212 e 240 da CF. Ex: contribuiçõespara o 
sistema “S” (Sesi, Sesc) e salário educação. 
 
Profissionais: São aquelas destinadas ao financiamento de instituições que tem como finalidade 
a fiscalização de determinados ramos profissionais. Enquadra-se nesse conceito a contribuição 
social, que corresponde a um dia de salário por ano, descontada do salário do trabalhador. Além 
delas, as anuidades cobradas pelos conselhos de fiscalização profissional também possuem 
natureza de tributo, de modo sua cobrança é pelo rito da lei de execuções fiscais. O Superior 
Tribunal de Justiça entende que a OAB não se enquadra em tal conceito, sendo que a anuidade 
cobrada dos advogados não tem natureza tributária. 
 
Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE): São contribuições instituídas 
pela União com a finalidade de interferir da economia, seja pela sua alíquota, seja pela sua 
destinação constitucional. Ex: Tecnologia, Cinema, Posto de gasolina. 
 
Contribuições de Iluminação Pública (CIP): as contribuições de iluminação pública não podem 
ser confundidas com as taxas. Com a declaração de inconstitucionalidade da taxa de iluminação 
pública, foi alterada a Constituição Federal, sendo autorizada aos municípios e ao Distrito Federal 
a instituição da contribuição de iluminação de pública. Sua cobrança pode ocorrer na conta de 
consumo de energia elétrica e, por ser uma espécie tributária não vinculada, mesmo que o 
contribuinte não tenha acesso à iluminação pública, sua cobrança é constitucional. 
 
 
 
Matéria: Direito Tributário – Professor: Gabriel Quintanilha 
Tem como sua característica à destinação da receita. O fato gerador é atividade do contribuinte. 
Tem receita destinada. Art. 167 CF – veda a receita de imposto. 
 
Art. 177 CF - Constituem monopólio da União: §4º A lei que instituir contribuição de intervenção 
no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus 
derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes 
requisitos: 
 
Art. 177 II CF - os recursos arrecadados serão destinados: 
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus 
derivados e derivados de petróleo; 
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; 
c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. 
 
Seguridade social: Contribuições especificas, ou seja, são aquelas destinadas ao financiamento 
da seguridade social. Ex: CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e a COFINS 
(Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) 
 
Outras contribuições: uma vez que o bem estar social é direito fundamental, em caso de 
necessidade, a União poderá instituir outras formas de financiamento da seguridade social. Tal 
situação compreende a competência residual em matéria tributária, na forma do art. 195, §4º, CF 
c/c 154, I, CF.

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