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AULA 03 DO GRUPO DE ESTUDO DE DIREITO PENAL

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CARLOS ALFAMA 
   
 
  
 
  
 
  
 
  
 
  
        
GRUPO DE ESTUDOS 
DIREITO PENAL 
 
 
AULA ‐3 
GRUPO DE ESTUDOS - PROFESSOR CARLOS ALFAMA 
CONCAUSAS 
 
 
CONCAUSA Relativamente Independente 
Absolutamente 
Independente 
Preexistente 
 
É quando a causa efetiva preexiste à conduta do 
agente. 
 
Ex.: A vítima é portadora de hemofilia, o agente a 
golpeia com uma faca. A vítima morre de hemorragia, 
por não conseguir estancar o sangue. Não morreria não 
fosse sua doença preexistente. 
 
O resultado deve ser imputado ao agente. 
 
Se a causa efetiva é 
totalmente 
independente da 
conduta do agente não 
se pode imputar a ele o 
resultado. 
 
Concomitante 
É quando a causa efetiva ocorre simultaneamente e em 
virtude da conduta do agente. 
 
Ex.: Tício dispara contra Mévio, que, em decorrência 
da emoção gerada pelo acontecimento, sofre um 
infarto e vem à óbito. 
 
O resultado é imputado ao agente! 
 
 
 
 
Se a causa efetiva é 
totalmente 
independente da 
conduta do agente não 
se pode imputar a ele o 
resultado. 
 
Superveniente 
A superveniência de causa relativamente independente 
exclui a imputação quando, por si só, produziu o 
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se 
a quem os praticou. 
 
 
 
 
Não se exclui a imputação quando a concausa 
superveniente relativamente independente não 
produziu por si só o resultado. 
 
 
 
Se a causa efetiva é 
totalmente 
independente da 
conduta do agente não 
se pode imputar a ele o 
resultado. 
 
 
GRUPO DE ESTUDOS - PROFESSOR CARLOS ALFAMA 
01. (CESPE/ TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJSE/ 2014) Considere que Alfredo, logo depois de ter 
ingerido veneno com a intenção de suicidar-se, tenha sido alvejado por disparos de 
arma de fogo desferidos por Paulo, que desejava matá-lo. Considere, ainda, que Alfredo 
tenha morrido em razão da ingestão do veneno. Nessa situação, o resultado morte não 
pode ser imputado a Paulo. 
 
 
 
 
02. (CESPE/ ANALISTA – MPU/ 2013) Júlio, com intenção de matar Maria, disparou tiros de 
revólver em sua direção. Socorrida, Maria foi conduzida, com vida, de ambulância, ao 
hospital; entretanto, no trajeto, o veículo foi abalroado pelo caminhão de José, que 
ultrapassara um sinal vermelho, tendo Maria falecido em razão do acidente. Nessa 
situação, Júlio deverá responder por tentativa de homicídio e José, por homicídio 
culposo. 
 
 
 
 
03. (CESPE/ JUIZ - TJPB/ 2011) Considere que Márcia, com intenção homicida, apunhale as 
costas de Sueli, a qual, conduzida imediatamente ao hospital, faleça em consequência 
de infecção hospitalar, durante o tratamento dos ferimentos provocados com o punhal. 
Nesse caso, Márcia responderá por tentativa de homicídio. 
 
 
 
 
 
04. (CESPE/ JUIZ - TJPB/ 2011) Suponha que Jean, pretendendo matar seu desafeto Rui, 
tenha-lhe desferido dois tiros, que, apesar de atingirem a vítima, não tenham sido a 
causa da morte de Rui, que faleceu em decorrência do fato de ter ingerido veneno, de 
forma voluntária, dez minutos antes dos disparos. Nesse caso, Jean não responderá por 
nenhuma conduta típica. 
 
 
 
05. (CESPE/ JUIZ - TJPB/ 2011) Considere que a residência de Sara, idosa com setenta e 
cinco anos de idade, seja invadida por um assaltante, e Sara, assustada, sofra um ataque 
cardíaco e morra em seguida. Nesse caso, considerando-se o fato de a vítima ser idosa e 
o de que o agente tivesse conhecimento dessa condição, o ataque cardíaco será uma 
causa concomitante e relativamente independente à ação do agente, devendo este 
responder por tentativa de homicídio. 
 
 
 
 
 
 
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06. (CESPE/ JUIZ - TJPB/ 2011) Suponha que Mara, com intenção homicida, desfira dois tiros 
em Fábio e que, por má pontaria, acerte apenas o braço da vítima, a qual, conduzida ao 
hospital, faleça em consequência de um desabamento. Nesse caso, Mara deverá 
responder por homicídio doloso consumado. 
 
 
 
07. (CESPE/ DEFENSOR PÚBLICO – DPE-ES/ 2009) Considere a seguinte situação hipotética. 
Alberto, pretendendo matar Bruno, desferiu contra este um disparo de arma de fogo, 
atingindo-o em região letal. Bruno foi imediatamente socorrido e levado ao hospital. No 
segundo dia de internação, Bruno morreu queimado em decorrência de um incêndio 
que assolou o nosocômio. Nessa situação, ocorreu uma causa relativamente 
independente, de forma que Alberto deve responder somente pelos atos praticados 
antes do desastre ocorrido, ou seja, lesão corporal. 
 
 
 
 
 
08. (CESPE/ PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE-RN/ 2009) Em uma festividade natalina que 
ocorria em determinado restaurante, o garçom, ao estourar um champanhe, afastou-se 
do dever de cuidado objetivo a todos imposto e lesionou levemente o olho de uma 
cliente, embora não tivesse a intenção de machucá-la. Levada ao hospital para tratar a 
lesão, a moça sofreu um acidente automobilístico no trajeto, vindo a falecer em 
consequência exclusiva dos ferimentos provocados pelo infortúnio de trânsito. Nessa 
situação, o garçom poderá responder apenas pelo delito de lesão corporal culposa. 
 
 
 
 
TIPICIDADE 
 
 
 
 
09. (CESPE – 2014 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA LEGISLATIVO) O princípio da 
insignificância, com previsão legal expressa na parte geral do Código Penal (CP), é 
causa excludente da ilicitude do crime e exige, nos termos da jurisprudência do STF, 
mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma periculosidade social da ação, 
reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão 
jurídica provocada. 
 
 
 
10. (CESPE – 2007 – TSE – ANALISTA JUDICIÁRIO) Para a configuração da tipicidade da 
conduta, exige-se apenas a tipicidade formal, sendo desnecessária a presença da 
tipicidade material. 
 
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TIPICIDADE CONGLOBANTE 
11. (CESPE – 2010 – TRT/1ª REGIÃO – JUIZ DO TRABALHO) Segundo a teoria da tipicidade 
conglobante, o exercício regular do direito, o estrito cumprimento do dever legal, a 
legítima defesa e o estado de necessidade deixam de ser excludentes de ilicitude e 
passam a ser excludentes de tipicidade, pois, se o fato é direito ou dever legal, 
legitimamente protegido pela norma, não pode estar descrito também, 
paradoxalmente, como infração penal. 
 
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ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) 
 
RELAÇÃO ENTRE FATO TÍPICO E ILICITUDE 
12. (MPE/BA – 2015 – MPE/BA – PROMOTOR DE JUSTIÇA) No tocante à relação 
entre a tipicidade e a ilicitude, a teoria da indiciariedade defende que a 
tipicidade não guarda qualquer relação com a ilicitude, devendo, inicialmente, 
ser comprovado o fato típico, para, posteriormente, ser demonstrada a 
ilicitude, enquanto a teoria da absoluta dependência defende o conceito de 
tipo total do injusto, colocando a ilicitude no campo da tipicidade, pontuando, 
portanto, que a ilicitude é essência da tipicidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. (CESPE – 2010 – TRT 1ª REGIÃO – JUZ DO TRABALHO) A diretriz dominante do 
Código Penal alinha-se à chamada fase do caráter indiciário da ilicitude, segundo a 
qual a prática de ato formalmente típico pressupõe indício de ilicitude. Assim, o 
juiz, inicialmente, verifica se o fato humano (doloso ou culposo) enquadra-se em 
algum modelo incriminador; em caso afirmativo, esse fato provavelmente será 
ilícito. Em seguida, passa ao exame dos tipos permissivos, que são as causas de 
exclusão da ilicitude, que, se presentes, afastam a ideia (indício) inicial de ilicitude, 
e o fato não deve ser considerado criminoso. 
 
 
 
14. (CESPE – 2014 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA LEGISLATIVO) Em 
regra, o fato típico não será antijurídico se for provado que oagente praticou a 
conduta acobertado por uma causa de exclusão de antijuridicidade. 
 
 
15. (CESPE – 2013 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) O ordenamento 
jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade sem 
antijuridicidade, assim como de antijuridicidade sem culpabilidade. 
 
 
 
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CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE (DESCRIMINANTES) 
16. (CESPE – 2014 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA LEGISLATIVO) São 
causas legalmente previstas de exclusão da ilicitude o estado de necessidade, a 
legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do 
direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. (CESPE – 2016 – TJDFT – JUIZ DE DIREITO) De acordo com o CP, constituem 
hipóteses de exclusão da antijuridicidade 
a) o estrito cumprimento do dever legal e o estado de necessidade. 
b) a insignificância da lesão e a inexigibilidade de conduta diversa. 
c) a legítima defesa putativa e o estrito cumprimento do dever legal. 
d) o estado de necessidade e a coação moral irresistível. 
e) o exercício regular de direito e a inexigibilidade de conduta diversa. 
 
18. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁIO – STM/ 2011) No ordenamento jurídico nacional, 
admitem-se, de forma expressa, as causas supralegais de exclusão de 
antijuridicidade. 
 
19. (CESPE – 2013 – TJ/RN – JUIZ DE DIREITO) As causas excludentes de ilicitude são 
exaustivamente elencadas no Código Penal. 
 
20. (VUNESP – 2015 – TJMS – JUIZ SUBSTITUTO) O rol completo das hipóteses de 
excludentes de ilicitudes elencadas no art. 23 do Código Penal são: a legítima 
defesa, o estado de necessidade e o estrito cumprimento do dever legal. 
 
21. (CESPE / ANALISTA JUDICIÁRIO – STM / 2011) Por expressa disposição legal, não 
há crime quando o agente pratica o fato no exercício regular de direito ou em 
estrito cumprimento de dever legal. 
 
 
22. (CESPE / JUIZ – TRF 1ª REGIÃO/ 2011) As causas de exclusão de ilicitude são 
taxativas e estão previstas na parte geral do CP, tendo o legislador pátrio fornecido 
o conceito preciso de cada uma delas, de modo a evitar interpretações não 
previstas na norma, em benefício do autor da conduta. 
CAUSAS GERAIS 
EXCLUDENTES 
DA ILICITUDE 
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 
ESTADO DE NECESSIDADE 
LEGÍTIMA DEFESA 
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL 
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CONSENTIMENTO DO OFENDIDO 
23. (CESPE / JUIZ / TRT 5ª REGIÃO / 2013) O consentimento do ofendido, considerado 
causa de exclusão de ilicitude, produz efeito se houver expressa manifestação de 
vontade da vítima, independentemente de o bem jurídico afetado ser disponível, 
ou seja, de ser bem jurídico de natureza pessoal ou patrimonial. 
 
# NATUREZA JURÍDICA DO CONSENTIMENTO DO OFENDIDO: 
 
 
# REQUISITOS PARA EXCLUSÃO DA ILICITUDE: 
 O ofendido deve ser capaz; 
 O consentimento deve ser válido; 
 O bem deve ser disponível; 
 O bem deve ser próprio; 
 O consentimento deve ser prévio ou simultâneo à lesão ao bem jurídico; 
 O consentimento deve ser expresso; 
 Ciência da situação de fato justificante. 
 
24. (PUC/PR – 2014 – TJPR – JUIZ SUBSTITUTO) Para que se possa reconhecer o 
instituto consentimento do ofendido, doutrina enumera alguns requisitos que 
deverão ser preenchidos pelo agente, dentre eles que o ofendido seja capaz de 
consentir; que o bem sobre o qual recaia a conduta do agente seja indisponível, 
que o consentimento tenha sido dado posteriormente à conduta do agente. 
 
25. (CESPE / OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN / 2010) Além das causas legais de 
exclusão da ilicitude previstas na lei, há, ainda, as chamadas causas supralegais de 
exclusão da ilicitude, verificadas, por exemplo, no caso de uma mãe furar a orelha 
de sua filha para a colocação de um brinco, a situação que configura um fato típico, 
embora a genitora não responda pelo delito de lesão corporal, visto que atua 
amparada pela exclusão de ilicitude. 
 
26. (CESPE/ JUIZ DO TRABALHO – TRT 5ª REGIÃO/ 2013) O consentimento do 
ofendido, considerado causa de exclusão de ilicitude, produz efeito se houver 
expressa manifestação de vontade da vítima, independentemente de o bem 
jurídico afetado ser disponível, ou seja, de ser bem jurídico de natureza pessoal ou 
patrimonial. 
 
27. (MPE/BA – 2015 – MPE/BA – PROMOTOR DE JUSTIÇA) O consentimento do 
ofendido só é admitido em caso de bem jurídico disponível e capacidade do 
ofendido para consentir. 
 
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ESTADO DE NECESSIDADE 
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de 
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, 
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o 
perigo. 
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá 
ser reduzida de um a dois terços. 
 
 
 
 
 
 
28. (FGV – 2016 – CODEBA – ANALISTA PORTUÁRIO – ADVOGADO) Diego e Júlio 
César, que exercem a mesma função, estão trabalhando dentro de um armazém 
localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um incêndio no local em razão 
de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma pequena porta que permite 
a saída dos trabalhadores do armazém, mas em razão da rapidez com que o 
fogo se espalha, apenas dá tempo para que um dos trabalhadores saia sem se 
queimar. Quando Diego, que estava mais próximo da porta, vai sair, Júlio César, 
desesperado por ver que se queimaria se esperasse a saída do companheiro, dá 
um soco na cabeça do colega de trabalho e passa à sua frente, deixando o 
armazém. Diego sofre uma queda, tem parte do corpo queimada, mas também 
consegue sair vivo do local. Em razão do ocorrido, Diego ficou com debilidade 
permanente de membro. 
Considerando apenas os fatos narrados na situação hipotética, é correto afirmar 
que a conduta de Júlio César 
 
a) configura crime de lesão corporal grave, sendo o fato típico, ilícito e culpável. 
 
b) está amparada pelo instituto da legítima defesa, causa de exclusão da ilicitude. 
 
c) configura crime de lesão corporal gravíssima, sendo o fato típico, ilícito e culpável. 
 
d) está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da 
ilicitude. 
 
e) está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da 
culpabilidade. 
 
 
 
 
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A) PERIGO ATUAL 
 
29. (CESPE – 2013 – PCDF – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Henrique é dono de um feroz 
cão de guarda, puro de origem e premiado em vários concursos, que vive 
trancado dentro de casa. Em determinado dia, esse cão escapou da coleira, 
pulou a cerca do jardim da casa de Henrique e atacou Lucas, um menino que 
brincava na calçada. Ato contínuo, José, tio de Lucas, como única forma de 
salvar a criança, matou o cão. Nessa situação hipotética, José agiu em legítima 
defesa de terceiro. 
 
 
 
 
30. (CESPE – 2013 – TJ/RN – JUIZ DE DIREITO) Age em legítima defesa aquele que, 
para combater o fogo que repentinamente tomou conta de seu automóvel, invade 
carro de terceiro estacionado nas proximidades e dele retira um extintor, sem 
autorização do proprietário. 
 
31. (FGV – 2013 – TCE/BA – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) O pai que protege a 
integridade física de seu filho do ataque de um animal está amparado pela 
excludente da ilicitude do estado de necessidade. 
 
32. (MPDFT – 2013 – MPDFT – PROMOTOR DE JUSTIÇA) Atua em legítima defesa a 
pessoa que, para escapar de ataque de animal feroz ordenado por seu desafeto, 
invade propriedade de terceiro sem autorização do morador.33. (FUNDEP – 2014 – DPE/MG – DEFENSOR PÚBLICO) Para repelir a arremetida de 
um cão feroz, o agente usa uma arma de fogo matando o animal. O animal tinha 
sido instado ao ataque pelo seu dono, o que era do conhecimento do agente. 
O agente praticou o fato 
 a) em estado de necessidade. 
 b) em legítima defesa. 
 c) em exercício regular de direito. 
 d) em inexigibilidade de outra conduta. 
 
34. (VUNESP – 2015 – PCCE – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) Considera-se em estado 
de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo iminente ou atual, que 
não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou 
alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício. 
 
35. (VUNESP – 2015 – PCCE – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) Considera-se em estado 
de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou 
GRUPO DE ESTUDOS - PROFESSOR CARLOS ALFAMA 
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo 
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
 
36. (CESPE / OAB / 2008) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato 
para salvar-se de perigo atual ou iminente que não provocou por sua vontade ou 
era escusável. 
 
37. (CESPE / AGENTE / PCPB / 2009) Considera-se em estado de necessidade quem 
pratica o fato para salvar direito próprio ou alheio de perigo atual ou iminente, que 
não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, cujo sacrifício, 
nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
 
38. (CESPE – 2014 – TJ/CE – ANALISTA JUDICIÁRIO) Para a doutrina majoritária, aquele 
que, para salvar-se de perigo iminente, sacrifica direito de outrem não atua em 
estado de necessidade. 
 
 
B) SITUAÇÃO DE PERIGO NÃO GERADA VOLUNTARIAMENTE 
 
 
 
39. (CESPE/ PAPILOSCOPISTA – PCPB/ 2009) Considere a seguinte situação hipotética. 
Carlos causou, intencionalmente, situação de perigo, colocando em risco sua 
própria vida, bem como a vida de Marcos. Nessa situação, caso agrida Marcos para 
salvar a própria vida, Carlos não poderá alegar o estado de necessidade. 
40. (ACAFE – 2014 – PC/SP – AGENTE DE POLÍCIA) Considera-se em estado de 
necessidade quem pratica o fato criminoso para salvar de perigo atual, que tenha 
provocado por sua vontade, direito próprio ou alheio. 
 
C) INEVITABILIDADE DO COMPORTAMENTO LESIVO 
 
 
 
41. (MPDFT – 2013 – MPDFT – PROMOTOR DE JUSTIÇA) A possibilidade de fuga não 
impede o agente de praticar conduta amparada pelo estado de necessidade 
justificante. 
 
 
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D) INEXIGIBILIDADE DE SACRIFÍCIO DO INTERESSE AMEAÇADO 
PROPORCIONALIDADE DA CONDUTA 
 TEORIA DIFERENCIADORA TEORIA UNITÁRIA 
Conduta é 
proporcional 
 
(bem jurídico salvo 
tem valor maior ou 
igual ao bem 
jurídico sacrificado) 
 Configura-se o estado de 
necessidade justificante: exclui a 
ilicitude. 
Configura o estado de 
necessidade justificante: 
exclui a ilicitude. 
Conduta não é 
proporcional 
 
(bem jurídico salvo 
te menor que o 
bem jurídico 
sacrificado) 
Configura-se o estado de 
necessidade exculpante (ou 
supralegal): exclui a 
culpabilidade. 
Pode servir como causa de 
diminuição de pena (1/3 a 
2/3). 
 
42. (CESPE/ TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS – TJRR/ 2013) Em relação ao estado de 
necessidade, adota-se, no Código Penal brasileiro, a teoria diferenciadora, 
podendo tal estado ser causa de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade. 
 
43. (CESPE – 2013 – TJ/RN – JUIZ DE DIREITO) De acordo com a teoria adotada pelo 
Código Penal, o estado de necessidade pode funcionar como causa de exclusão da 
ilicitude ou da culpabilidade, conforme os valores dos bens em conflito. 
 
44. (PUC/PR – 2014 – TJPR – JUIZ SUBSTITUTO) No que se refere ao instituto do 
estado de necessidade, para que se possa diferenciar o estado de necessidade 
justificante e exculpante, pode-se destacar as denominadas teorias unitária e 
diferenciadora, sendo que para a unitária, todo estado de necessidade é 
justificante, ou seja, tem a finalidade de eliminar a ilicitude do fato típico praticado 
pelo agente. 
 
45. (CESPE / OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN / 2010) Considere que, para salvar sua 
plantação de batatas, um agricultor desvie o curso de água de determinada 
barragem para a chácara vizinha, causando vários danos em razão da ação da água. 
Considere, ainda, que tanto a plantação desse agricultor quanto os danos na 
chácara vizinha sejam avaliados em R$ 50.000,00. Nessa situação, não se configura 
o estado de necessidade, uma vez que, segundo a sistemática adotada no Código 
Penal, a exclusão de ilicitude só deve ser aplicada quando o bem sacrificado for de 
menor valor que o bem salvo. 
 
E) INEXISTÊNCIA DO DEVER LEGAL DE ENFRENTAR O PERIGO 
 
46. (CESPE / AGENTE / PCPB / 2009) Em regra, não pode alegar estado de necessidade 
quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
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47. (CESPE / OAB / 2009) Um bombeiro em serviço não pode alegar estado de 
necessidade para eximir-se de seu ofício, visto que tem o dever legal de enfrentar 
o perigo. 
 
48. (CESPE / JUIZ / TRT 5ª REGIÃO / 2013) Responde por homicídio consumado, não 
sendo possível a alegação do estado de necessidade, o segurança que, contratado 
para defesa pessoal, não enfrenta cães ferozes que atacaram a pessoa que o 
contratou, causando-lhe a morte, já que era seu dever legal enfrentar o perigo. 
 
 
49. (CESPE/ JUIZ DO TRABALHO – TRT 5ª REGIÃO/ 2013) Age impelido por estado de 
necessidade o bombeiro que se recusa a ingressar em prédio onde há incêndio de 
grandes proporções, com iminente risco de desabamento, para salvar a vida de 
alguém que se encontre em andar alto e que tenha poucas chances de sobreviver, 
dada a possibilidade de intoxicação por fumaça, se houver risco para sua própria 
vida. 
 
 
F) CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO DE FATO JUSTIFICANTE 
 
50. (FCC – 2009 – TJ/PA – ANALISTA JUDICIÁRIO) Dos requisitos do estado de 
necessidade, é subjetivo: 
 
a) o conhecimento da situação de fato. 
b) a ameaça de direito próprio ou alheio. 
c) cujo sacrifício era irrazoável exigir-se. 
d) a situação não provocada pela vontade do agente. 
e) a inexistência do dever legal de enfrentar o perigo. 
 
51. (CESPE / JUIZ / TRT 5ª REGIÃO / 2013) O médico que, sabendo que sua amante, 
grávida de um filho seu, corre risco de morrer em decorrência de complicações da 
gravidez, a submete a aborto, com o intuito de evitar que sua esposa tome 
conhecimento da gravidez, age em estado de necessidade justificante. 
 
ESPÉCIES DE ESTADO DE NECESSIDADE 
 
52. (CESPE / JUIZ – TJPI / 2012) No que se refere ao terceiro que sofre a ofensa, o 
estado de necessidade classifica-se em agressivo, quando a ação é dirigida contra o 
provocador dos fatos, e defensivo, quando o agente destrói bem de terceiro 
inocente. 
 
 
 
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53. (CESPE / OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN / 2010) Considere a seguinte situação 
hipotética. Ana estava passeando com o seu cão, da raça pitbull, quando, por 
descuido, o animal soltou-se da coleira e atacou uma criança. Um terceiro, que 
passava pelo local, com o intuito de salvar a vítima do ataque, atingiu o cão com 
um pedaço de madeira, o que causou a morte do animal. Nessa situação 
hipotética, ocorreu o que a doutrina denomina de estado de necessidade 
agressivo. 
 
54. (CESPE/ PROMOTOR DE JUSTIÇA – RO/ 2013) Age em estado de necessidade 
agressivo o indivíduo que, ao caminhar em via pública, mata um cachorro que o 
ataca ao se soltar da coleira de seu dono. 
 
55. (VUNESP – 2015 – TJMS – JUIZ SUBSTITUTO) Há estado de necessidade 
agressivo quando a conduta do sujeito atinge um interessede quem causou ou 
contribuiu para a produção da situação de perigo. 
 
56. (VUNESP – 2015 – TJMS – JUIZ SUBSTITUTO) O estado de necessidade putativo 
ocorre quando o agente, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, 
supõe encontrar-se em estado de necessidade ou quando, conhecendo a situação 
de fato, supõe por erro quanto à ilicitude, agir acobertado pela excludente. 
 
 
 
 
 
57. (MPDFT – 2015 – MPDFT – PROMOTOR DE JUSTIÇA) O estado de necessidade 
constitui causa de exclusão da ilicitude, se o perigo para o bem salvo pelo agente 
for putativo. 
 
LEGÍTIMA DEFESA 
 
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
 
AGRESSÃO INJUSTA 
 
 
58. (VUNESP – 2015 – PCCE – INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) A legítima defesa não resta 
caracterizada se for praticada contra uma agressão justa, ainda que observados os 
demais requisitos para sua caracterização. 
 
59. (CESPE/ AGENTE DE POLÍCIA – DPF/ 2009) Para que se configure a legítima defesa, 
faz-se necessário que a agressão sofrida pelo agente seja antijurídica, contrária ao 
ordenamento jurídico, configurando, assim, um crime. 
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60. (CESPE / JUIZ / TRT 5ª REGIÃO / 2013) Age em legítima defesa o autor de furto 
que, surpreendido pelo proprietário do imóvel por ele invadido, provoca-lhe lesões 
corporais ao se defender, com os próprios punhos, de agressão física consistente 
em golpe de imobilização. 
 
61. (MPDFT – 2015 – MPDFT – PROMOTOR DE JUSTIÇA) É incabível a legítima defesa 
contra legítima defesa real, estado de necessidade real, exercício regular de direito 
ou estrito cumprimento de dever legal. 
62. (CESPE/ JUIZ SUBSTITUTO - TJDFT/ 2013) No âmbito da dogmática jurídico-penal, 
não se admite legítima defesa contra legítima defesa putativa. 
 
 
63. (CESPE – 2015 – AGU – ADVOGADO DA UNIÃO) A legítima defesa é causa de 
exclusão da ilicitude da conduta, mas não é aplicável caso o agente tenha tido a 
possibilidade de fugir da agressão injusta e tenha optado livremente pelo seu 
enfrentamento. 
 
64. (CESPE/ JUIZ SUBSTITUTO - TJPI/ 2012) Considere que Antônio seja agredido por 
Lucas, de forma injustificável, embora lhe fosse igualmente possível fugir ou 
permanecer e defender-se. Nessa situação, como o direito é instrumento de 
salvaguarda da paz social, caso Antônio enfrentasse e ferisse gravemente Lucas, 
ele deveria ser acusado de agir com excesso doloso. 
 
65. (CESPE/ TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS – TJES/ 2013) Em se tratando de 
legítima defesa, a agressão é injusta e a repulsa materializa-se em uma ação 
predominantemente defensiva, com aspectos agressivos, ao passo que, tratando-
se de estado de necessidade, inexiste a agressão injusta, sendo a ação 
predominantemente agressiva, com aspectos defensivos. 
 
AGRESSÃO ATUAL OU IMINENTE 
66. (VUNESP – 2015 – PCCE – INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) Com relação à legítima 
defesa, segundo o disposto no Código Penal, um dos requisitos para sua 
caraterização consiste na necessidade que a injusta agressão seja atual e não 
apenas iminente. 
 
67. (VUNESP – 2015 – TJMS – JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com o art. 25, do Código 
Penal, os requisitos da legítima defesa são: a agressão atual ou iminente e a 
utilização dos meios necessários para repelir esta agressão. 
 
 
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USO MODERADO DOS MEIOS NECESSÁRIOS 
 
68. (VUNESP – 2015 – PCCE – INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) O uso moderado dos meios 
necessários para repelir uma agressão consiste em um dos requisitos para 
caracterização da legítima defesa, ainda que essa agressão seja justa. 
 
69. (CESPE / ANALISTA – MPU / 2013) Em relação às excludentes de ilicitude, na 
hipótese de legítima defesa, o agente deve agir nos limites do que é estritamente 
necessário para evitar injusta agressão a direito próprio ou de terceiro. 
 
70. (CESPE – 2012 – PCAL – AGENTE DE POLÍCIA) João, namorado de Ana, acha que ela 
um dia, no passado, o traiu com Pedro, seu vizinho, que é muito forte. Em uma 
ocasião, chegando à casa de Ana, encontrou Pedro no portão e imediatamente 
passou a agredi-lo verbalmente. Em seguida, atracaram-se e, na briga, João que 
estava apanhando, usou uma navalha que carrega sempre consigo para furar 
Pedro na barriga. Pedro não morreu, mas ficou internado em hospital por dois 
meses. Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem. João 
não poderá alegar legítima defesa, pois utilizou navalha para revidar agressões 
de homem desarmado. 
 
LEGÍTIMA DEFESA ESTADO DE NECESSIDADE 
A conduta constitui uma reação. A conduta constitui uma ação. 
 
Constitui reação a uma agressão humana injusta. 
 
O perigo decorre de fato humano, comportamento 
animal ou fato da natureza. 
A agressão injusta tem destinatário certo. O perigo não tem destinatários certos. 
 
A injusta agressão deve ser atual ou iminente. 
O perigo deve ser atual. 
Para a doutrina majoritária o perigo iminente também 
autoriza a alegação de estado de necessidade. 
 
O agressor age injustamente (não existe legítima defesa 
contra agressão justa). 
 
Tanto o bem sacrificado quanto o bem salvo são de 
interesses legítimos. 
Não é exigida a inevitabilidade da reação. 
Ninguém é obrigado a fugir de agressão injusta. A reação 
moderada com os meios necessários é legítima. 
É exigido como requisito para caracterização do Estado de 
Necessidade a inevitabilidade da reação. 
O agente somente pode se voltar contra o agressor. O agente pode se voltar contra terceiro inocente. 
 
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ESPÉCIES DE LEGÍTIMA DEFESA 
71. (MPE/PR – 2014 – MPE/PR – PROMOTOR DE JUSTIÇA) A expressão excesso 
intensivo é usada para referir-se ao uso de meios desnecessários, sendo que a 
expressão excesso extensivo é usada para referir-se ao uso imoderado de meios 
necessários; 
 
72. (CESPE / DELEGADO – PF / 2013) Considere que João, maior e capaz, após ser 
agredido fisicamente por um desconhecido, também maior e capaz, comece a 
bater, moderadamente, na cabeça do agressor com um guarda - chuva e continue 
desferindo nele vários golpes, mesmo estando o desconhecido desacordado. Nessa 
situação hipotética, João incorre em excesso intensivo. 
 
73. (CESPE/ ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PF/ 2013) Considere que um estuprador, no 
momento da consumação do delito, tenha sido agredido pela vítima que antes 
tentara subjugar. A vítima, então, de posse de uma faca, fere e imobiliza o 
agressor, mas, pensando ainda estar sob o influxo do ataque, prossegue na reação, 
infligindo-lhe graves ferimentos. Nessa situação, não é cabível ao estuprador 
invocar legítima defesa em relação à vítima da tentativa de estupro, porquanto 
aquele que deu causa aos acontecimentos não pode valer-se da excludente, 
mesmo contra o excesso. 
 
74. (CESPE/ DELEGADO DE POLÍCIA – PF/ 2013) Ocorre legítima defesa sucessiva, na 
hipótese de legítima defesa real contra legítima defesa putativa. 
 
75. (CESPE – 2015 – TRE/MT – ANALISTA JUDICIÁRIO) A legítima defesa sucessiva é 
inadmissível como causa excludente de ilicitude da conduta. 
 
76. (VUNESP – 2015 – TJMS – JUIZ SUBSTITUTO) Legítima defesa subjetiva é a repulsa 
contra o excesso. 
 
77. (PUC/PR – 2014 - TJPR – JUIZ SUBSTITUTO) O excesso exculpante na legítima 
defesa busca eliminar a antijuridicidade, vale dizer, o fato, embora típico, deixa se 
ser ilícito. 
 
78. (CESPE – 2013 – TJRR – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) 
Caracterizada a legítima defesa putativa, que ocorre quando o agente tem 
conhecimento do uso do meio desnecessário ou do uso imoderado do meio 
necessário, de sorte que deseje o resultadoou assuma o risco de produzi-lo, 
responde o agente pelo resultado a título de dolo. 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL 
 
 
79. (CESPE / OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN / 2010) O estrito cumprimento do 
dever legal, causa de exclusão da ilicitude, consiste na realização de um fato típico 
por força do desempenho de uma obrigação imposta diretamente pela lei, não 
compreendendo a expressão dever legal a obrigação prevista em decreto ou 
regulamento. 
 
 
80. (CESPE – 2013 – SEFAZ – AUDITOR FISCAL) O estrito cumprimento do dever legal é 
causa excludente de ilicitude, aplicada principalmente a agentes públicos ou que 
exercem função pública. 
 
 
 
81. (CESPE / TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJAC / 2012) A execução de pena de morte feita 
pelo carrasco, em um sistema jurídico que admita essa modalidade de pena, é 
exemplo clássico de estrito cumprimento de dever legal. 
 
82. (CESPE/ TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS – TJRR/ 2013) De acordo com a 
jurisprudência do STJ, age amparada pelo estrito cumprimento do dever legal a 
autoridade policial que dispara tiros de revólver ou pistola contra suspeitos da 
prática crimes graves em fuga, ainda que dessa ação decorra o resultado morte. 
 
83. (CESPE/ JUIZ SUBSTITUTO - TJRN/ 2013) A causa de exclusão da ilicitude 
decorrente da prática da conduta em estrito cumprimento do dever legal pode 
estender- se ao coautor se for de seu conhecimento a situação justificadora. 
 
 
84. (CESPE/ PROMOTOR DE JUSTIÇA – RO/ 2013) Age no estrito cumprimento de 
dever legal o motorista de ambulância que, para salvar a vida de paciente 
conduzido ao hospital, ultrapassa a velocidade permitida na via e colide o veículo, 
causando lesão a bem jurídico de terceiro. 
 
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 
 
85. (CESPE/ ACE – TCU/ 2008) Arnaldo, lutador de boxe, agindo segundo as regras 
desse esporte, matou Ailton durante uma luta. Nesse caso, em razão da gravidade 
do fato, a violência esportiva não será causa de exclusão do crime. 
 
86. (FUNCAB – 2015 – PC/AC – PERITO CRIMINAL) Ângelo Asdrúbal, reconhecido 
mundialmente como notável lutador de boxe, já tendo sido campeão brasileiro 
e vice-campeão mundial na categoria de pesos médios ligeiros, em uma luta 
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com Custódio na busca pela indicação para disputa do cinturão de campeão, 
obedecendo rigorosamente às regras do esporte lhe desfere diversos socos, os 
quais vêm a causar lesões gravíssimas em seu adversário (Custódio), 
ocasionando a morte. Analisando o caso proposto, pode-se afirmar que 
Ângelo: 
 
a) praticou lesões corporais culposas (culpa inconsciente). 
 
b) praticou lesões corporais de natureza grave, em razão dos ferimentos. 
 
c) não será responsabilizado por ter agido em estrito cumprimento do dever legal. 
 
d) não será responsabilizado por ter agido em exercício regular de direito. 
 
87. (CESPE / INVESTIGADOR / PC-BA / 2013) O agente policial, ao submeter o preso 
aos procedimentos estabelecidos na lei, como, por exemplo, à identificação 
datiloscópica, quando autorizada, e ao reconhecimento de pessoas e de coisas, no 
curso do inquérito policial, encontra-se amparado pelo exercício regular de direito, 
respondendo criminalmente nos casos de excesso doloso ou culposo. 
 
88. (CESPE – 2013 – TJ/RN – JUIZ DE DIREITO) Age no exercício regular de direito o 
oficial de justiça que, em cumprimento a decisão proferida nos autos do 
procedimento de medidas protetivas de urgência, adentra no imóvel da ofendida 
para afastar do lar, coercitivamente, o ofensor. 
 
 
EXCESSO NAS JUSTIFICANTES 
89. (CESPE/ ADVOGADO – SERPRO/ 2013) A responsabilidade penal do agente nas 
hipóteses de excesso doloso ou culposo aplica-se a todas as seguintes causas de 
excludentes de ilicitude previstas no CP: estado de necessidade, legítima defesa, 
estrito cumprimento de dever legal ou exercício regular de direito. 
 
 
 
 
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OFENDÍCULOS 
 
90. (CESPE / JUIZ – TJPI / 2012) Considere que, para proteger sua propriedade, Abel 
tenha instalado uma cerca elétrica oculta no muro de sua residência e que duas 
crianças tenham sido eletrocutadas ao tentar pulá-la. Nesse caso, caracteriza-se 
exercício regular do direito de forma excessiva, devendo Abel responder por 
homicídio culposo. 
 
 
91. (FCC – 2014 – MPE/PA – PROMOTOR DE JUSTIÇA) Segundo sua classificação 
doutrinária dominante, o chamado ofendículo pode mais precisamente 
caracterizar situação de exclusão de: 
a) antijuridicidade. 
b) tipicidade. 
c) periculosidade. 
d) culpabilidade. 
e) punibilidade.

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