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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CURSO DE FARMÁCIA DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA INTRODUÇÃO A CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE): DETECTOR ESPECTROFOTOMÉTRICO CROMATOGRAFIA Método de separação de compostos que utiliza processos físicos ou químicos. FASE ESTACIONÁRIA FASE MÓVEL CROMATOGRAFIA LÍQUIDA A cromatografia fundamenta-se na migração diferencial dos componentes de uma mistura, o que ocorre devido a diferentes interações entre duas fases imiscíveis, sendo uma fase fixa que tem uma grande área superficial chamada fase estacionária, e a outra um fluido que se move através da fase estacionária sendo chamada de fase móvel. Na cromatografia líquida a fase móvel é líquida! (LANÇAS, 1993; DEGANI; CASS; VIEIRA, 1998). CROMATOGRAFIA LÍQUIDA CROMATOGRAFIA LÍQUIDA PODE SER USADA PARA: • Identificação de compostos; • Purificação de compostos; • Separação dos componentes de uma mistura. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA PLANAR COLUNA CCD CP CLAE CONVENCIONAL ADSORÇÃO PARTIÇÃO IÔNICA EXCLUSÃO CROMATOGRAFIA CONVENCIONAL: • TEMPO LONGO • MONITORIZAÇÃO VISUAL CROMATOGRAFI LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE = HPLC) • HPLC – É uma abreviação do nome em inglês : High Performance (Pressure) Liquid Cromatography. • Historia da HPLC: - Década de 60 : O começo da HPLC como High pressure LC! - Década de 70 : Com a melhora do material da coluna e da instrumentação, HPLC passa a ser High Performance LC! - Década de 80: A partir dessa década houve um “boom” do HPLC - 2006- Evolução da técnica: UPLC, RRLC, UFLC... CARACTERÍSTICAS DA HPLC • Fase móvel líquida. • Fase estacionária finamente dividida. • Pressões elevadas. • Alta pressão = Alto desempenho • Seu diferencial: melhor desempenho cromatográfico. VANTAGENS DA HPLC FE é utilizada inúmeras vezes. Versatilidade: Único requisito é a solubilidade na FM. Tempo reduzido de análise. Alta resolução. Análise qualitativa: tR , espectro de absorção no UV. Análise quantitativa: desvios menores do que 5%. Boa detectabilidade. Automatização. LIMITAÇÕES DA HPLC Alto custo do instrumento. Alto custo de manutenção. Alto custo de operação. Falta de detector universal sensível. Necessidade de experiência no seu manuseio. COMPONENTES DA HPLC 1. RESERVATÓRIOS DA FASE MÓVEL 2. SISTEMA DE BOMBEAMENTO 3. SISTEMA DE INJEÇÃO DE AMOSTRAS 4. COLUNA 5. DETECTOR COMPONENTES DA HPLC 1. RESERVATÓRIOS DA FASE MÓVEL üFrascos para armazenamento de fase móvel de vidros (1 – 3L). üFiltros do reservatório de aço inoxidável (10 a 40 um): Captar a fase móvel e evitar que partículas suspensas na FM obstruam os capilares ou contaminem a bomba. CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DA FASE MÓVEL ü Ser de alto grau de pureza ou fácil purificação. ü Dissolver a amostra sem decompor seus componentes. ü Não decompor ou dissolver a fase estacionária. ü Ter baixa viscosidade. ü Compatível com o tipo de detector. ü Polaridade adequada para permitir a separação dos componentes da amostra. COMPONENTES DA HPLC 2. SISTEMA DE BOMBEAMENTO “Têm por finalidade enviar um fluxo constante e reprodutível de FM para o sistema cromatográfico” CARACTERÍSTICAS: 1. Ser de material inerte 2. Pressões de até 500 atm 3. Vazão contínua 4. Vazões de 0,1 a 10 ml/min 2. SISTEMA DE BOMBEAMENTO BOMBEAMENTO ISOCRÁTICO: A composição da fase móvel permanece constante ao longo da análise; Capaz de separar um número limitado de analitos; Toma muito tempo; A forma dos picos nem sempre são desejáveis. BOMBEAMENTO POR GRADIENTE: A composição da fase móvel muda; Vantagens: Analises Rápidas; Melhora as Separações; Maior Simetria dos Picos; Desvantagens: Tem-se que regenerar a coluna; Incompatibilidade com alguns detectores COMPONENTES DA HPLC 3. SISTEMA DE INJEÇÃO DE AMOSTRAS INJEÇÃO MANUAL - As amostras são introduzidas com seringas. AMOSTRADOR AUTOMÁTICO - As amostras são postas em um frasco localizado dentro do amostrador (Mede o volume correto para injeção). INJEÇÃO DE AMOSTRAS COMPONENTES DA HPLC 4. COLUNAS COLUNAS Aço Inoxidável; Vidro reforçado; PEEK polímero. ANALÍTICAS • Utiliza poucas quantidades. • Para fins de identificação. • Curtas e os tubos com paredes espessas, a fim de se evitar deformações internas da fase estacionária. PREPARATIVAS • Possuem diâmetros e vazões de operação muito maiores. • Aplicações: 1. preparação e isolamento de compostos para fins de identificação; 2. preparação de padrões puros; 3. materiais de alto valor e de difícil purificação por outros métodos. 4. COLUNAS PRÉ-COLUNAS • Colunas de 2 a 5 cm. • Mesma FE da coluna. • É utilizada para proteger a coluna analítica. 4. COLUNAS As colunas são a fase estacionária. As colunas são “recheadas” com partículas porosas com diâmetro de 1,8 – 5 µm. Estas partículas porosas na coluna têm geralmente uma fase ligada quimicamente sobre a sua superfície, que interage com os componentes da amostra para separá-los um do outro. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA PLANAR COLUNA CCD CP CLAE CONVENCIONAL ADSORÇÃO PARTIÇÃO IÔNICA EXCLUSÃO CLAE ADSORÇÃO PARTIÇÃO IÔNICA EXCLUSÃO POLARIDADE: competição entre moléculas da amostra e da fase móvel em ocupar os sítios ativos da fase estacionária, sólido (sílica). AFINIDADE EM FASES LÍQUIDAS: baseia-se nas diferentes solubilidades que apresentam os componentes da amostra na fase móvel e na fase estacionária (sílica purificada). CARGA IÔNICA: A fase estacionária é uma resina de poliestireno e divinilbenzeno, a qual são ligados grupos iônicos (SO-3, CO-2, NR+3, NH2R+). TAMANHO: A coluna é recheada com matéria inerte cujos poros têm tamanho Controlado. FASE NORMAL FASE REVERSA • fase estacionária polar; • fase móvel apolar (n-alcanos, clorofórmio, acetato de etila); • solutos neutros; • ↑polaridade soluto ↑ t. retenção; • mecanismo retenção: ADSORÇÃO. • fase estacionária apolar; • fase móvel polar (tampões, água, metanol, acetonitrila, THF); • solutos apolares, não-iônicos; • ↑ polaridade f. móvel ↑ t. retenção; • mecanismo retenção: interações apolares com radicais da coluna (PARTIÇÃO). FASE NORMAL FASE REVERSA COMPONENTES DA HPLC 5. DETECTOR CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS: • Sensibilidade e seletividade adequada • Ampla faixa linear • Baixo volume interno • Resposta Rápida • Boa estabilidade e reprodutibilidade • Não destruir a amostra O detector é o “olho” do sistema cromatográfico, ele mede as mudanças de concentração ou a massa dos compostos da amostra que está deixando a coluna. DETECTORES USADOS: • Absorvância no UV e no visível (fotométrico, espectrofotômetro, arranjo de diodo); • Fluorescência; • Índice de refração; • Eletroquímico; • Condutividade elétrica. DETECTOR POR ESPECTROFOTOMETRIA UV-VISÍVEL Um feixe de luz é dirigido através de uma célula de fluxo e um sensor mede a luz que passa através da célula. Quando um composto que absorve a energia da luz elui da coluna, ocorrerá uma alteração na quantidade de energia que incide sobre o sensor. Essa alteração da quantidade de energia é amplificada e dirigida para um sistema de registro de dados. Como resposta, um espectro de UV é obtido, o que pode ajudar na identificação de alguns compostos. DETECTOR POR ESPECTROFOTOMETRIA UV-VISÍVEL DETECTOR POR ESPECTROFOTOMETRIA UV-VISÍVEL DETECTOR POR ESPECTROFOTOMETRIA UV-VISÍVEL COMPONENTES DA HPLC SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE DADOS - Processar os dados obtidos pelo detector. - Monitoramento continuo dos parâmetros da separação edetecção de possíveis problemas. - Registro de: composição da fase móvel; vazão da bomba; injeção da amostra; temperatura da coluna. -‐ SKOOG, D. A., HOLLER, F. J., NIEMAN, T. A. Princípios de análise instrumental. 5ª. Ed., 2002. -‐ COLLINS, C. H., BRAGA, G. L., BONATO, P. S. Introdução a métodos cromatográficos. -‐ WESTON, A., BROWN, P. R. HPLC and CE – principles and practice. 1997. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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