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Ciencia Política-Estado

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Estado
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1.Conceito de Estado
CONCEITO: 
 (Com muita freqüência, a noção de estado foi elaborada por meio de encomenda do governante que tentava manter-se no poder).
 
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Por tratar do poder estatal, a Ciência Política sempre está traçando os seus comentários com o envolvimento do Estado. Daí ser necessária atenção dobrada no caso da proposição da análise de uma definição, cujo conteúdo pode ser filosófica, sociológica, histórica...
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Conceito de Estado
O conceito de Estado do alvo de modificações no transcurso do tempo. Os autores conceituam Estado ou descrevem-lhe as funções, de acordo com a doutrina que expõem ou adotam. Assim, podemos exemplificar, destacando alguns.
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Conceito de Estado
Kant: O Estado tem seus objetivos ligados a razões econômicas que somente podem ser obtidas por meio da centralização do poder exercido e a proteção dos direitos.
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Conceito
Santo Agostinho(354-430): O Estado é uma instituição necessária para, num mundo decaído, corrigir a depravação humana.
Hugo Grotius1583-1645): O Estado é uma associação integral de seres livres, unidos para a fruição de direitos e por um interesse comum.
Thomas Hobbes (1588-1679): O aparecimento do Estado está ligado a um desejo de segurança e paz.
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2.Definição:
 
“Estado é a organização político-jurídica de uma sociedade para realizar o bem público, com governo próprio e território determinado”.[1]
 
“[...] a corporação formada por um povo, dotada de um poder de mando originário e assentada em um determinado território”.[2]
 
[1]AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 41. ed. São Paulo: Globo, 2001. P. 290-291. 
[2]JELLINEK, Georg. Teoría general del Estado. México: Fonde de Cultura Económica, 2000. p. 196.
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 Definição
	Para Sahid Maluf, o estado é o órgão executor da soberania nacional.
Numa definição analítica sem precedentes, poder-se-ia dizer que o estado consiste na pessoa jurídica de direito público interno e externo, composta pelo povo, território e poder estatal. (GAMA, 2005, P.53)
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3.CONCEPÇÃO FILOSÓFICA
(As teorias dos estados ideais provocaram e, ainda provocam alterações na concepção do estado).
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CONCEPÇÃO FILOSÓFICA
Em defesa da Igreja Santo Tomás de Aquino(1225-1274) pregava que os dirigentes do estado tivessem que se sujeitar às leis de Deus;
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CONCEPÇÃO FILOSÓFICA: 
Em oposição, como fazia Maquiavel(1469-1527), outros apregoavam o poder supremo do governante;
Num conflito eterno de classes, Karl Marx(1818-1883) concebia o estado como supremacia da classe dominante, em clara exploração das classes inferiores.
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4.CONCEPÇÃO SOCIOLÓGICA: 
  O fato de o Estado ser tomado como uma sociedade política, fruto da reunião e dos constantes relacionamentos humanos, revela sua concepção puramente sociológica. 
	
	Na observação de Kelsen, referindo-se a concepção sociológica de estado, uma das mais significativas correntes é aquela em virtude da qual designamos como estado o conjunto de todos os fenômenos sociais, identificando-o com a sociedade. 
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 5.CONCEPÇÃO HISTÓRICA: 
“Limitar-nos-emos aqui a tratar da evolução histórica do Estado de forma geral, sem descer a detalhes” (a seguir)
	Em cada momento histórico passado pelo estado, a sua definição reclamou adaptações para atendê-lo de forma eficiente. Sem aprofundamentos exaustivos, a Idade Média deixou de contar com os impérios e passou a se expressar pelos feudos, chegando ao estado moderno.
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6. ETIMOLOGIA DA PALAVRA: 
 
	Do latin “status” e pode significar fixo, assentado, postura ou modo. Modernamente o termo estado passou a ser empregado como sinônimo de pessoa jurídica público interno e externo, sociedade política que busca atingir os objetivos traçados por seus membros.
- Entre os gregos, empregava se polis para designar o Estado;
- Em Roma a terminologia era res pública ou civitas;
- Na Idade Média empregava Laender (países), principado, reino e república
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7. Origem (imprecisão)
De forma Geral, cinco Teorias buscam explicar a origem do Estado:
TEORIA DA CRIAÇÃO DIVINA: O estado seria uma criação de Deus, isso sem intervenção do homem, porque a reunião das famílias já era obra divina, evoluindo para o Estado;
TEORIA DO JUSNATURALISMO: o estado surgiu da própria natureza, cuja vida em grupo se impõe;
TEORIA DO CONTRATUALISMO: o pacto entre homens foi o que deu ensejo à formação do Estado;
TEORIA DA FORÇA: a violência e a luta marcaram a origem do Estado, pois ela se deu por imposição;
TEORIA DA EVOLUÇÃO: o Estado surgiu da evolução histórica e social; ele foi fruto de um desenvolvimento paulatino e geral.
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8.Histórico
Nas AMÉRICAS três grandes civilizações:
INCA- América do sul – Peru
ASTECA – América do norte - México
MAIA – América Central - Honduras e Guatemala. 					
ÁSIA – Estado Oriental – chineses, hindus, persas, assírios e hebreus;
ÁFRICA – Império egípcio (Faraó);
EUROPA – Grécia cidades-estado ou “Polis”;
 Romanos – Civitas (cidades) na estrutura o Estado Romano passou pela realeza e pela república até chegar à forma de império. (Com evolução das tribos para famílias)
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 8.ESTADO: evolução histórica
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 conjunto de tratados firmados em 1648, nas cidades de Münster e Osnabrück (na região alemã de Vestefália), entre os principais envolvidos na Guerra dos Trinta Anos. Neles foi definida, mediante uma série de modificações territoriais, a ideia de equilíbrio entre as potências. Os embaixadores do Sacro Império Romano-Germânico de um lado e os da França e seus aliados, de outro, negociam na sala do palácio do governo de Münster a paz da Vestfália para o encerramento da Guerra dos Trinta Anos. Gravura em cobre feita a partir de um quadro de Gerad Terbroch.
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Tratado de
Vestefália
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9.Objeto
O Estado não existe para servir aos governantes, mas aos governados...
visando sempre o bem-estar coletivo.
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10.Natureza
Sociologia – Sociedade política;
Filosofia - Suposição em torno do Estado ideal;
Direito – Encontra vários suportes, direito administrativo, direito tributário etc...
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11.Pessoalidade jurídica
Três principais teorias em torno da espécie de personificação jurídica do Estado:
a) Estado-nação (escola alemã)
b) Estado-órgão (escola francesa)
c) Estado-pessoa.
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Pessoalidade Jurídica
Estado-nação (escola alemã): equivalência entre estado e nação, a nação seria a pessoa jurídica, de bem o estado recebe, em forma de delegação, os poderes referentes à soberania (carga sociológica).
 Estado-órgão (escola francesa): A personificação de o estado dar à sobre ele próprio, o qual desenvolve algumas atividades inerentes à soberania.
 Estado-pessoa: O estado manifesta-se como uma pessoa, um sujeito de direito que pode contrair obrigações e exercitar sujeito de direito que pode contrair obrigações e exercitar direitos. (personalidade jurídica – acrescentar-se que ele conta com o povo, o território, o poder político e bem comum).
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12.Características
Poder Estatal;
Dever de subordinação;
Funções;
Privilégios;
Bem comum.
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12.Características
Poder Estatal: nos seus limites territoriais, o estado exerce um poder absoluto e fora dele vale-se da autonomia nas suas relações com outros estados;
 Dever de subordinação: a imposição estatal não permite questionamento ou afronta em favor de interesses particulares;
 Funções: algumas atividades são reservadas ao estado – monopólio estatal:
 Privilégios: Tratamento diferenciado nas suas relações jurídicas, seja no plano legal, contratual ou judicial, servindo de exemplo a exigência para de licitação para compra e o prazo judicial em dobro para recorrer atribuídos a Fazenda Pública.
 Bem comum: Cada estado tem objetivo único bem indefinido e, acaso seja conhecido, não há dificuldade em alterá-lo. (No Brasil projeto contra a fome, analfabetismo
etc.).
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13.Justificação
“A necessidade humana de um ente que lhe organiza em grupos e atenda a outros interesses seus servem para justificar a existência do estado”. Atingir todos igualmente.
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14.Classificação
Estado Unitário:
É caracterizado por um poder central que conjuga o poder político.
Apresenta uma organização política singular, com governo único de plena jurisdição nacional, sem divisões internas que não sejam de ordem administrativa.
É o tipo normal, padrão.
Embora descentralizados em municípios, distritos ou departamentos, tais divisões são de direito administrativo, sem autonomia política.
Ex.: França, Portugal, Bélgica, Holanda, Uruguai, Paraguai, Panamá, Peru, Chile, Camarões etc.
 
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14.Classificação -Estado Federal:
Surgiu desde a experiência Norte-Americana que, a partir de 1787, transforma a Confederação em Federação, dando origem ao Estado Federal. 
Historicamente as experiências foram de descentralização administrativa, não de descentralização política.
Divide-se em províncias politicamente autônomas, possuem duas fontes paralelas de direito público, uma nacional e outra provincial.
Sobre o mesmo território e sobre as mesmas pessoas, se exerce, harmonicamente e simultaneamente, a ação pública de dois governos distintos: O Federal e o Estadual.
O Estadual elaboram as leis relativas ao seu peculiar interesse, dentro dos limites que foram estipulados no pacto federativo. 
No plano internacional se projeta como unidade e não como pluralidade.
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14.Classificação
Aristóteles, Maquiavel e Montesquieu  
Só pode ser feita a classificação das formas de governo em termos gerais. Tendo em vista o êxito alcançado por um Estado, outros Estados passam a segui-lo, adotando as mesmas linhas fundamentais.
Na Classificação só se procuram as características das formas normais de governo, decorrentes da evolução natural dos fenômenos políticos.
As formas anormais, que são totalitárias ou ditaduras de homens ou de grupos, impedem a expansão natural das vocações políticas, só obedecem à lei da força, sendo inútil estudá-los. Basta, portanto mencioná-los como regimes de força, dando-lhes o nome de Tirania.
 CASTRO, Celso Antonio Pinheiro de. Ciência Política – Uma introdução. São Paulo, Atlas, 2004, p.71.
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ARISTÓTELES
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Classificação de Aristóteles (a mais antiga) baseada no número de governantes:
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15.Formas
	Tomando-se por base a reunião de estado para formar um único estado, entre os estados secundários, constataram-se pontos em comum entre alguns deles, tornando possível formar grupos com certa identidade:
União Pessoal – ; dois estados governados pelo mesmo soberano, Felipe II – Espanha e Portugal;
União Real - Fusão entre dois e resulta num único (gov. e adm.);
União incorporada – Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte, há união real estabelecida entre Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e várias Ilhas (União Incorporada).
Federação – Perenidade – a união mostra-se muito próxima, perene e inseparável. 
Confederação – União permanente pactuada entre dois estados independentes) Federação – Perenidade – a união mostra-se muito próxima, perene e inseparável. 
		Por Federação entenda-se a união dos estados ou províncias para compor um único ente com soberania interna e externa, reservando aos estados-membros um certa autonomia política.
 
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16. Formas de Estado e de Governo
Formas estatais (Estado): refere-se à estrutura;
Formas governamentais (regimes políticos) diz respeito à organização e a estrutura dos poderes.
Formas de governo: Definições: É a organização das instituições que atuam no poder soberano e as relações entre aquelas instituições. Forma de governo e regime político são expressões sinônimas
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16.DIFERENCIAÇÃO entre formas de Estado, de Governo, e regimes políticos 
FORMA DE ESTADO: Unitário ou Federado
MODALIDADE DE ESTADO: Monárquico ou Republicano
FORMA DE GOVERNO: Parlamentarista ou Presidencialista
REGIME POLÍTICO: Democrático ou Autocrático (Totalitário). 
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17.Elementos
Basicamente, em análise jurídica, o estado conta com três elementos:
O Povo, 
O Território e o 
Poder Político.
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17.Elementos
 Elementos do Estado, segundo LAGO, Benjamin Marcos. Curso de Sociologia Política, Petrópolis, RJ: Vozes, 1996, p. 147.
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Referências Bibliográficas;
 
AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 41. Ed. São Paulo: Globo, 2001. p. 290-291.
 
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 3ª edição, Rio de janeiro, Forense, 1976.
 
BOBBIO, Norbert et alli: Dicionário de Política. Coordenação de tradução João Ferreira; revisão geral João Ferreira e Luís Guerreiro Pinto Cascais. 5ª ed. – Brasília: Editora Universidade de Brasília: São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000. 
 
LAGO, Benjamin Marcos. Curso de Sociologia Política, Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
 
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 3ª edição, São Paulo, Saraiva, 1976.
 
GAMA, Ricardo Rodrigues. Ciência Política. Campinas: LZN editora, 2005.
 
JELLINEK, Georg. Teoría general del Estado. México: Fonde de Cultura Económica, 2000.
 
MALBERG, R. Carré de. Teoría general del Estado. 2. ed. México: Facultad de Derecho/UNAM; Fondo de Cultura Económica, 1998. 
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A seguir mais Observações:
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 Estado Federal
Surgiu desde a experiência Norte-Americana que, a partir de 1787, transforma a Confederação em Federação, dando origem ao Estado Federal. 
Historicamente as experiências foram de descentralização administrativa, não de descentralização política.
Se divide em províncias politicamente autônomas, possuem duas fontes paralelas de direito público, uma nacional e outra provincial.
Sobre o mesmo território e sobre as mesmas pessoas, se exerce, harmonicamente e simultaneamente, a ação pública de dois governos distintos: O Federal e o Estadual.
O Estadual elaboram as leis relativas ao seu peculiar interesse, dentro dos limites que foram estipulados no pacto federativo. 
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 Características Essenciais do Estado Federal
Distribuição do poder de governo em dois planos harmônicos: Federal e provincial (ou central e local) – Constituição Federal expressão dos poderes reservados a União e aos Estados-membros.
Sistema Judiciarista– Maior amplitude do Poder Judiciário – Supremo Tribunal Federal é o órgão de equilíbrio federativo e de segurança da ordem constitucional.
Composição bilateral do Poder legislativo – Câmara dos Deputados e representação dos Estados-membros no Senado.
Constância dos princípios fundamentais da Federação e da República – imutabilidade destes princípios – rigidez constitucional e do Instituto de intervenção Federal.
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Estado Federal
No plano internacional se projeta como unidade e não como pluralidade.
Definição Prof. Pinto Ferreira: “O Estado federal é uma organização formada sob a base de uma repartição de competências entre governo nacional e os governos estaduais, de sorte que a União tenha supremacia sobre os Estados-membros e estes sejam entidades dotadas de autonomia constitucional perante a mesma união”.
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Classificação de Maquiavel – Teoria que sustenta os ciclos de governo (1531):
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Classificação de Montesquieu
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DIFERENCIAÇÃO entre formas de Estado, de Governo, e regimes políticos 
FORMA DE ESTADO: Unitário ou Federado
MODALIDADE DE ESTADO: Monárquico ou Republicano
FORMA DE GOVERNO: Parlamentarista ou Presidencialista
REGIME POLÍTICO: Democrático ou Autocrático (Totalitário). 
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17.ELEMENTOS
Basicamente, em análise jurídica, o estado conta com três elementos:
O Povo, 
o Território e o 
Poder Político.
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Elementos do Estado
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