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18 RN de baixo risco

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Enfª Obstetra , 
Neonatologia 
Kelle Rodrigues 
 
 
 Recém Nascido 
•Considera-se recém-nascido, neonato ou 
recém-nato, a criança até 28 dias de vida. 
Essa definição é conferida pela OMS e é 
utilizada nas estatísticas mundiais. 
 
•Os principais objetivos da assistência imediata 
ao RN são: Proporcionar a todos os RNs 
condições que visem à adaptá-los a vida extra-
uterina. 
 
•Para a assistência ao RN normal, nada deve 
ser feito além de enxugar, aquecer, avaliar e 
entregar à mãe para um contato o mais precoce 
possível. 
Ao nascimento, consideram-se sinais de 
vida: 
• Movimentos respiratórios; 
• Batimentos cardíacos; 
• Pulsação do cordão umbilical; 
• Movimentos voluntários 
da musculatura. 
 
Feto Vivo 
ÍNDICE DE APGAR 
PARÂMETROS 0 1 2 
Frequência Cardíaca Ausente <100 >100 
Esforço Respiratório Ausente Irregular Choro forte 
Tônus Muscular Flacidez Alguma 
flexão 
Flexão 
Irritabilidade Reflexa Ausente Algum 
movimento 
Hiperatividade 
Cor Cianose, 
palidez 
Acrocianose Rosada 
Nascimento 
A maioria dos bebês 
não precisa de 
intervenções, mas se 
algumas forem 
necessárias, a 
rapidez e a qualidade 
de atendimento 
fazem a diferença 
para uma vida futura 
sem seqüelas. 
Cuidados 
Imediatos • Verificar a 
permeabilidade 
das vias aéreas; 
 
• Manter a 
temperatura 
corporal; 
 
• Clampear e cortar 
o cordão 
umbilical; 
 
• Colocar o bebê no 
seio o mais 
precoce possível. 
 
• Lavar as mãos e calçar luvas, pois o 
bebê está envolvo em líquido 
amniótico e sangue, que podem 
estar contaminados; 
 
• Receber o RN em campos estéreis e 
aquecidos, segurando o pelos pés e 
pelo dorso; 
 
• Colocar o bebê sobre o abdômen ou 
nos braços da mãe, enxugando-o 
com o campo aquecido. O contato 
pele a pele precoce, mantém a 
temperatura corporal do RN, além 
de estimular o afeto mãe-filho. 
 
Cuidados Imediatos 
• Verificar a permeabilidade das vias aéreas e avaliar o 
estado do bebê. 
• Se estiver chorando vigorosamente ou respirando sem 
esforço, não é necessário aspirar as vias aéreas. 
 
• Aspiração com pêra de borracha: deve-se comprimir e 
inserir em um lado da boca; evita-se o centro pois isso 
estimula o reflexo de regurgitação ( EM ALGUNS 
CASOS); 
• Posteriormente as narinas; 
• Se for usar aspiração por sonda (nº 08); primeiro a boca, 
depois as narinas. 
Cordão Umbilical 
• Laquear o cordão umbilical a 2 cm do anel 
umbilical, fazendo a anti-sepsia do local com 
álcool 70% e inspeção dos vasos sanguíneos: 
• 2 artérias e 1 veia. 
 
Cuidados imediatos 
• Limpar as pálpebras com algodão 
umedecido e pingar 1 gota de nitrato de 
prata a 1% em cada olho, que evitará a 
contaminação dos olhos do bebê por 
bactérias da vagina da mãe. Pingar 02 
gotas de Nitrato de Prata na genitália do 
sexo feminino. 
• Aplicar vitamina k 1mg/ml IM para prevenir 
doença hemorrágica (seringa e agulha de 
SC). 
• Aplicar vacina anti-Hepatite B, via IM 0,5 
ml, seringa própria e com agulha 5,5). 
• Colher amostras de sangue do cordão 
umbilical para tipagem sanguínea e 
sorologias (conforme rotina). 
 
• Registrar na ficha do RN sua impressão plantar e a digital 
do polegar direito da mãe. 
• Identificar o RN com pulseira ou tornozeleira. Deve 
constar: nome da mãe, sexo, data e hora do nascimento, 
nº do prontuário. Se houver parto múltiplos, deverá 
constar a ordem do nascimento (1º. Gemelar, 2º. 
Gemelar,...); 
• Registrar todos os procedimentos que foram executados 
pela equipe em prontuário, assinar e datar. 
• Verificar peso, estatura e perímetro cefálico, 
anotar. 
 
Registros 
Reanimação Neonatal 
na Sala de Parto 
• A avaliação do RN deve iniciar antes de ter 
terminado o nascimento, através da 
observação do mecônio. 
 
• No ato do nascimento é necessário 
presença de pessoa qualificada (pediatra) 
para reanimação neonatal. 
ABC da Reanimação 
• A- Manter vias aéreas pérvias: Posicionar a 
cabeça e o pescoço do RN, mantendo-o em 
ligeira extensão; Aspirar boca e narinas; 
Traquéia, se o líquido for meconial; e Intubação 
traqueal se necessário. 
 
• B- Iniciar a respiração: Com estímulo tátil ou 
pressão positiva (VPP) por meio de balão ou 
aparelho de ressuscitação, utilizando máscara ou 
tubo traqueal. 
 
• C- estabelecer e manter a Circulação: 
Massagem cardíaca e medicações. 
Ventilação com Pressão 
Positiva 
• As principais indicações são: apnéia, 
respiração espontânea mas com FC 
<100bpm. 
• Pode ser feita com: CFR ou “BVM” 
conectado a reservatório de O2, que 
permita concentração de 90-100%, 
ou que tenha uma válvula de escape 
e manômetro. 
• Utilizar frequência de 40-60 
mov/min. 
• Observar expansibilidade torácica. 
 
BVM – Balão de Ventilação Manual (AMBU) 
Massagem cardíaca 
• Deve ser realizada quando a FC do RN estiver abaixo de 60 
bpm. 
 
• Técnica: Colocar os dedos indicador e médio no terço 
inferior do externo, acima do apêndice xifóide e pressionar 
1-2 cm numa frequência de 120 mov/min. 
• Durante a massagem deve-se continuar ventilando o RN 
com pressão positiva e O2 a 100%, com máscara ou 
intubação. 
 
• A ventilação e a massagem devem ser feitas na proporção 
de 3:1, 3 movimentos de massagem/ 1 de ventilação. 
• Após 15-30 segundos reavaliar. Se FC for >80 e estiver 
aumentando, suspender massagem; Após 30 segundos se 
FC <60bpm, iniciar adrenalina na dose de 0,01 a 0,03 
mg/kg. 
CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO 
• Considerando a característica da fase perinatal e 
neonatal, é necessário estabelecer a classificação de cada 
recém-nascido (RN), uma vez que estes apresentam 
diversidade na sua fisiologia representando diferença na 
conduta a ser tomada com cada um deles. 
• Como para cálculo da IG é necessário informação da 
gestante, o que às vezes é difícil pela irregularidade de 
seu ciclo menstrual, pelo sangramento no primeiro 
trimestre da gestação e até mesmo por não se lembrarem 
da data, existem tabelas (Método de Capurro) que 
auxiliam nessa determinação da IG. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A IG 
 
 
Classificação 
OMS 
Brasil e AAP 
(Academia 
Americana de 
Pediatria) 
CAPURRO 
Pré-termo (PrT) < 37 semanas 
< 37semanas e 
6 dias 
< 265 dias 
Termo (T) > 38 semanas 
> 38 semanas a 
41 semanas e 6 
dias 
> 266 a 293 dias 
Pós-termo (PoT) > 42 semanas > 42 semanas > 294 dias 
MÉTODO DE CAPURRO 
 somatoneurológico 
Textura da pele 0 5 10 15 20 
Forma da orelha 0 8 16 24 
Forma do mamilo 0 5 10 15 
Pregas plantares 0 5 10 15 20 
Sinal do cachecol 0 6 12 18 
Posição da cabeça ao se levantar o 
RN 
0 4 8 12 
Textura da pele 0 5 10 15 20 
* K = 200 
IG = K + pontos obtidos 
 
somático 
textura da 
pele 
0 5 10 15 
forma da 
orelha 
0 8 16 24 
nódulo 
mamário 
0 5 10 15 
pregas 
plantares 
0 5 10 15 
formação 
do mamilo 
0 5 10 15 
 
 IG = K + pontos obtidos 
 K = é uma constante 
 
Textura da Pele 
0 muito fina, gelatinosa 
5 fina e lisa 
10 
algo mais grossa, discreta 
descamação superficial 
15 
grossa, marcas superficiais, 
descamação nas mãos 
20 
grossa, enrugada, com marcas 
profundas 
Forma da Orelha 
0 
chata, disforme, pavilhão não 
encurvado 
8 
pavilhão parcialmente encurvado na 
borda 
16 
pavilhão parcialmente encurvado em 
toda borda superior 
24 pavilhão totalmente encurvado 
Nódulo mamário 
0 não palpável 
5 palpável, menor que 5 mm 
10 entre 5 e 10 mm 
15 maior que 10 mm 
Pregas Plantares 
0 sem pregas5 
marcas mal definidas sobre a metade 
anterior e sulcos no terço anterior 
10 
marcas bem definidas sobre a 
metade anterior e sulcos no terço 
anterior 
15 sulcos na metade anterior da planta 
20 
sulcos em mais da metade anterior 
da planta 
Sinal do Cachecol 
0 
o cotovelo alcança a linha axilar 
anterior do lado oposto 
6 
o cotovelo situado entre a linha axilar 
anterior do lado oposto e a linha média 
12 
o cotovelo situado ao nível da linha 
média 
18 
o cotovelo situado entre a linha média e 
a axilar anterior do mesmo lado 
Posição da cabeça ao levantar o 
RN 
0 
cabeça totalmente deflexionada, 
ângulo torácico 270º 
4 
ângulo cervicotorácico entre 270 e 
180° 
8 ângulo cervicotorácico igual a 180º 
12 
ângulo torácico igual a 180ângulo 
cervicotorácico menor que 180° 
Formação do Mamilo 
0 Apenas visível 
5 
Aréola com discreta pigmentação – 
diâmetro < 0,75 cm 
10 
Aréola pigmentada com borda visível 
não levantada – diâmetro < 0,75 cm 
15 
Aréola pigmentada com borda saliente 
– diâmetro > 0,75 cm 
Exame Físico Neonatal 
• Fazer o exame físico completo 
após o nascimento. Este exame 
deverá ser minucioso e tem, como 
objetivos: 
 
• Detectar anormalidades 
anatômicas 
• Determinar estado de saúde do 
RN 
 
Histórico Materno e Familiar 
 
• Paridade, antecedentes maternos (uso de drogas, 
tabagismo, álcool), informações sobre gestações, 
trabalho de parto e partos anteriores, 
intercorrências no pré-natal. 
 
• Enfermidades atuais e significantes em membros da 
família, consanguinidade. 
 
Histórico neonatal 
 • Ocorrências no pré-parto e sala de parto, Boletim de 
Apgar, necessidade de reanimação, amamentação. 
 Placenta: Peso, coloração, odor, relação do peso da 
placenta com peso do RN( classificação da placenta e 
do RN ), cordão umbilical. 
• Avaliação da idade gestacional. 
• Medidas ao Nascer: Peso; 
• Comprimento: RN deitado sobre a régua e a medida 
feita do calcanhar à protuberância occipital; 
• Perímetro cefálico: deverá ser a maior medida da 
circunferência craniana. É cerca de 2 cm maior na 
apresentação pélvica. Até 32 semanas é maior que o 
perímetro abdominal, de 32 a 36 semanas são 
aproximadamente iguais, e após 36 semanas será 
menor. 
 
EXAME FÍSICO 
 • Iluminação e aquecimentos adequados. 
• Inspeção cuidadosa do RN e avaliar sempre: estado 
geral (fácies, atitude espontânea, postura e choro). 
• Coloração da pele: palidez, icterícia, cianose e 
pletora. 
• Esforço respiratório: ritmo, profundidade, utilização 
de músculos acessórios, batimento de asa de nariz 
(BAN), sons emitidos. 
• Sinais vitais: temperatura, frequência cardíaca, 
frequência respiratória, pressão arterial. 
 
Pele 
 • Textura, cianose, icterícia , palidez. 
 
• Descamação fisiológica em pós maturos (pés e mãos) e 
escamas endurecidas na ictiose congênita. 
 
• Mancha mongólica: assemelha-se à pequena equimose. 
Mais comum na região sacra. Desaparece na segunda 
infância. 
 
• Linfomas císticos: presentes em qualquer parte do corpo. 
 
• Escleredema: edema endurecido, mais frequentemente 
visto em infecções neonatais graves e cardiopatias com 
débito cardíaco diminuído. Não depressível. 
 
• Petéquias e púrpuras: não desaparecem a digito-pressão. 
São de etiologia mecânica (tocotraumatismo), fragilidade 
capilar (infecção) e plaquetopenia. Localização ao nível do 
pescoço e cabeça não têm maiores repercussões; em 
tronco e membros deve-se investigar. 
 
• Hemangioma: são manchas vermelho-violáceas mais 
comumente observadas na nuca região frontal e pálpebras 
superiores. Desaparecem em alguns meses. 
 
Crânio 
 •Medida e classificação nos gráficos. 
 
•Pode ocorrer micro, macro, hidro, e hidranencefalia. 
 
•Craniossinostose: fechamento precoce das suturas. 
 
•Céfalo-hematoma: consistência mais elástica aparece 
em horas e desaparece em meses. Localização parietal. 
 
•Bossa serossanguínea: cacifo positivo, limites 
imprecisos, involução rápida. 
 
 
•Fontanelas: anterior mede de um a quatro cm. A 
posterior está presente em 3% dos RN normais e deve 
medir até 0,5 cm. Abaulamentos estão presentes na 
meningite, hipertensão intracraniana, hemorragia 
intracraniana, hidrocefalia, edema cerebral e insuficiência 
cardíaca congestiva. 
 
•Crânio-tabes: diminuição da consistência dos ossos do 
crânio. A palpação assemelha-se a uma bola de ping-pong. 
•Ruídos intracranianos: raros em RN, mesmo quando há 
sopro cardíaco audível. Se presentes sugerem fístulas 
arteriovenosas. 
•Encefalocele: exteriorização de tecido nervoso por 
defeito nos ossos do crânio, mais comum a nível occipital. 
 
Face/Olhos 
• Face: Observar simetria, aparência sindrômica, 
implantação das orelhas, distância entre os olhos (hiper ou 
hipotelorismo – aumento ou diminuição da distância), 
tamanho do queixo, nariz e língua. 
 
• Olhos: Abrir as pálpebras, palpar globo ocular, verificar o 
reflexo vermelho normal usando oftalmoscópio, 
hemorragia subconjuntival, estrabismo (freqüente no RN), 
pupila branca (catarata congênita, retinoblastoma, 
fibroplasia retrolental), opacificação da córnea (glaucoma 
congênito, rubéola congênita), secreção ocular: até 48 
horas (credeização) e após, infecção. 
Ouvidos/ Nariz/ Boca 
• Ouvidos: Forma, tamanho, implantação da orelha, 
audição, apêndice pré-auriculares. 
• Nariz: Forma, tamanho, permeabilidade, canal 
nasolacrimal, secreção nasal (se serossanguinolenta, 
pensar em sífilis congênita). 
• Boca: Coloração dos lábios, integridade (lábio leporino), 
palato (fenda palatina), língua, dentes congênitos, rânula 
(tumoração cística no assoalho da boca, sem indicação de 
exéreses e imediata), pérolas de Epstein (pontos brancos 
no palato), úvula bífida. A posição da mandíbula 
(retrognatia) e o arqueamento do palato (ogival) 
dependem da não atividade motora na vida intra-uterina 
da língua contra o palato e o relaxamento da mandíbula. 
Pescoço 
 • Pesquisar massas, fístulas, mobilidade, excesso de pele. 
• Torcicolo congênito: contratura do músculo 
esternocleidomastóideo na segunda semana de vida. 
Resolução espontânea na maioria dos casos podendo 
evoluir para assimetria facial e posição viciosa da cabeça. 
• Teratoma cervical: grande tumoração cervical na parte 
mediana do pescoço. Possibilidade de malignização. 
Pode causar obstrução respiratória. 
• Higroma cístico: tumoração cística de tamanho variado. 
Crescimento rápido. Invade o assoalho da boca, o 
mediastino a as axilas. Pode causar obstrução respiratória. 
• Bócio congênito: causa idiopática ou filho de mãe que 
recebe iodo na gestação. Consistência elástica em forma 
de colar cervical, pouco móvel, podendo causar obstrução 
respiratória. 
Tórax/ Clavículas 
• Tórax: Perímetro torácico em RN a termo é em média de 1 
a 2cm menor que o cefálico. Simetria, maior dimensão é a 
antero-posterior. Discretas retrações sub e intercostais 
são comuns em RN sadios pela elasticidade das paredes 
torácicas. Retrações supraclaviculares são sempre 
patológicas. 
• Clavículas: Ausência de clavículas, ou fraturas (a maioria é 
do tipo galho-verde, que podem causar pseudoparalisia do 
plexo braquial). A conduta é conservadora (não requer 
imobilização, atadura) a não ser nos casos de fratura 
completa com diminuição ou ausência de movimentação 
do braço no lado afetado. 
 
Mamas 
 
• Verificar assimetria e distância intermamilar. 
 
• Ao nascer é comum o aumento das glândulas 
mamárias com a secreção leitosa ou sanguinolenta. 
 
• Podem observar a presença de mamilos 
extranumerários. 
 
 Exame cardiovascular• Inspeção: cianose, padrão respiratório (taquipnéia, 
dispnéia, amplitude respiratória), abaulamento 
precordial, turgência jugular, ictus - mais propulsivo em 
sobrecarga de volume e persistência do canal arterial 
(PCA). 
 
• Palpação: pulsos nos quatro membros, comparação 
dos superiores com os inferiores (sincronia, ritmo e 
intensidade). Palpação do precórdio (ictus, sua 
impulsividade, frêmitos). 
• Pressão arterial: no braço e perna direitos. Pressão 
pulsátil (pressão arterial sistólica - diastólica): 
normal em RN a termo de 25 a 30 mmHg e em RN 
prematuro de 15 a 25 mmHg. 
 
• Se estiver estreitada significa falência miocárdica ou 
colapso vascular. Se alargada, malformação 
arteriovenosa, truncus arteriosus. Aguardar queda 
da pressão arterial pulmonar para avaliação. 
 
Ausculta 
• Estalido: é patológico após a fase de transição. 
Audível em dilatações de grandes vasos: truncus 
arteriosus, obstrução na saída do ventrículo 
esquerdo (VE) ou ventrículo direito (VD). 
 
• Sopro: identificar como sendo sistólico, 
diastólico ou contínuo. Quantificar de 1+ a 6+. 
Quanto ao timbre, informar se suave, rude ou 
aspirativo. 
• Poderão estar ausentes ao nascimento mesmo 
em cardiopatias graves; 60% dos RN normais 
terão sopro nas primeiras 48 h de vida 
 
Exame pulmonar 
 
• Inspeção: é o item semiológico de maior valor 
no exame pulmonar. Avaliar o padrão 
respiratório quanto à frequência, amplitude dos 
movimentos, tiragem, retração xifoidiana, 
batimentos de asas do nariz, estridor 
expiratório, gemido. 
 
• Ausculta: deve ser bilateral e comparativa. 
Auscultar as regiões axilares. Avaliar a presença 
de creptos, roncos e diminuição do murmúrio 
vesicular. 
 
Abdome 
 • Inspeção: observar a forma do abdome; se escavado 
(hérnia diafragmática), se houver abaulamento supra 
umbilical (atresia duodenal ou distensão gástrica), 
abaulamento infra-umbilical (distensão de bexiga e graves 
retardos de crescimento intra- uterino – RCIU -), ondas 
peristálticas. 
 
• Palpação: diastáse de músculos reto abdominais, ascite, 
fígado, baço, rins, bexiga e massas. São 3 as principais 
causas de distensão abdominal no RN: ascite, 
visceromegalias e distensão gasosa. 
 
• Massas abdominais: cerca de metade são de 
origem genitourinárias. Nos rins podem ocorrer 
hidronefrose, nefroblastoma, cisto solitário, rins 
policísticos e trombose de veia renal. No fígado, 
hematoma, hemangioma, cisto hepático, de 
colédoco, de ovário. No trato gastrointestinal, 
duplicação de duodeno, de jejuno, ou de íleo, volvo, 
teratoma e neuroblastoma. 
 
• Ausculta: procurar ruídos hidroaéreos. Sua 
ausência é significativa para íleo paralítico. 
 
Genitália 
 • Masculina: comprimento do pênis, orifício uretral 
(hipo ou epispádia), prepúcio, testículos (na bolsa 
escrotal ou canal inguinal), presença de hérnias e 
hidroceles (transiluminação). 
• Feminina: tamanho do clitóris, fusão dos grandes 
lábios, orifício da vagina e uretra, distância anovulvar e 
fístulas. Quase 100% dos RN apresentam excesso de 
tecido himenal ao nascimento que desaparece em 
semanas. 
• Fimose: é comum no RN a aderência do prepúcio à 
glande. 
• Hidrocele: aumento dos testículos com 
transiluminação positiva e não redução com as 
manobras habituais. 
 
• Hipospádia: meato uretral na face perineo-escrotal do pênis; 
excesso de pele dorsal. Associam-se a alterações dos 
testículos. 
• Epispádia: falha no fechamento da uretra na parede dorsal. 
Pode acometer toda a uretra, inclusive com extrofia vesical. 
• Ectopia testicular: 5% dos RN apresentam testículos não 
palpáveis ao nascimento. Verificar os canais inguinais. 
• Imperfuração himenal: pode levar à retenção de secreções 
uterinas e vaginais e causar abaulamento himenal e às vezes 
retenção urinária por compressão extrínseca. 
• Hérnias 
• Genitália ambígua 
• Anomalias anonetais: estenose anal, ânus perineal anterior, 
fístula anocutânea, ânus vulvar, fístula anovulvar, fístula 
anovestibular, fístula retrovestibular, atresia retal, 
imperfuração anal, estenose anal membranosa. 
 
Coluna 
 • Colocar RN em decúbito ventral. Procurar tumores, 
hipertricose, manchas hipercrômicas, seio pilonidal. 
Correr os dedos pela coluna. 
• Meningomielocele e mielocele: tumorações planas ou 
pedunculadas decorrentes de falha óssea no canal 
raquidiano (espinha bífida). Mais comum na região 
sacral e lombar. Fazer avaliação do nível de 
sensibilidade, avaliação motora e esfincteriana. 
Fossetas ou hipertricose podem indicar espinha bífida 
oculta. 
• Teratoma sacrococcígeo: tumorações arredondadas, 
de tamanho variado podendo ser gigante. Pele que o 
recobre é, em geral, íntegra. Passíveis de 
malignização. 
 
 Membros 
 
• Realizar com o RN em decúbito dorsal. Verificar 
simetria e proporções, examinar articulações à procura 
de luxações. 
• Fraturas 
• Paralisias: as paralisias braquiais podem ser de 3 tipos 
– total, da parte superior do braço (Duchenne) e do 
antebraço (Klumke). O braço permanece em adução 
(encostado no tórax). Na paralisia de Erb-Duchenne as 
perturbações sensitivas são pequenas e localizadas na 
parte superior do ombro. 
• Paralisia de membros inferiores é rara e se deve a 
tocotraumatismos graves ou anomalia congênita da 
medula espinhal. 
• Artrogripose (imobilidade articular): pode ser 
congênita ou devido a déficits neurológicos, déficits 
musculares, compressão fetal por oligoidrâmnio. 
Problemas neurológicos parecem ser a causa mais 
comum: meningomielocele, deficiência das células 
motoras da medula anterior, espasticidade pré-natal, 
anencefalia, hidranencefalia e holoprosencefalia. Na 
história, verificar movimentos fetais, oligohidrâmnios 
e exames radiológicos. 
• Pé torto congênito: é a anomalia congênita de 
membros mais comum. Diferenciar entre pé torto 
congênito e posicional. 
• Prega palmar única: uni ou bilateral, está presente em 
2,5% dos nascimentos normais. 
• Osteocondrodisplasia: evidente encurtamento dos 
membros (nanismo diastrófico). 
 
 
• Luxação congênita do quadril: o diagnóstico deve 
ser o mais precoce possível, pela boa resposta ao 
tratamento. Pesquisá-lo em todas as 
oportunidades do exame físico do RN, pois poderá 
estar ausente em alguns momentos. Verificar 
simetria das pregas cutâneas. Raio X. 
• Manobra de Ortolani: articulações coxo-femurais 
em flexão e joelhos em flexão. Seguram-se as 
pernas e as coxas com as mãos, colocando-se os 
dedos sobre o grande trocanter e realizando-se a 
adução a abdução da articulação. Positivo quando 
se percebe um click com os movimentos. 
 Mecônio e Urina 
 • 99% dos RN urinam nas primeiras 48 h de vida, sendo 
que 23% o fazem na sala de parto. O volume urinário 
nas primeiras 24 h de vida é de cerca de 15 ml. 
• As causas mais comuns de incapacidade de urinar 
nas primeiras 24 h são: prepúcio imperfurado, 
estenose de uretra, valva de uretra posterior, bexiga 
neurogênica, ureterocele, tumores renais, rins 
multicísticos, hipovolemia, baixa ingesta, agenesia 
renal bilateral (Síndrome de Potter), necrose tubular 
(secundária a hipóxia), trombose de veia renal, 
síndrome nefrótica congênita e pielonefrite congênita; 
• 90% dos RN tem a primeira eliminação de mecônio 
nas primeiras 24 h de vida. 
• Causas de atraso na eliminação são: obstrução 
intestinal, mucoviscidose, hipermagnesemia. 
 Exame Neurológico 
 • Exame do crânio e da face: fontanelas, suturas, 
edema em couro cabeludo, alterações no 
perímetro cefálico e paralisias faciais. 
• Comportamento: realizar o exame com a criança 
despida, longe das refeições, acordada. Verificar a 
postura, reação à luz, nistagmo e estrabismo 
constante.• Pupilas (tamanho e forma), reflexo cócleo-
palpebral (frente a um estímulo sonoro verificar o 
piscar –resposta normal). Observar a 
movimentação espontânea, paralisias, tremores, 
abalos, convulsões, movimentos contínuos de 
sucção e mastigação. 
• Tremores: geralmente são de causa metabólica – 
hipoglicemia, hipocalcemia, hipo ou hipernatremia, 
aminoacidopatias-hemorragia intracraniana (HIC), 
hipóxia, dependência de drogas. Cessam ao se segurar 
o membro do RN. 
• Crises convulsivas: são atípicas. As causas mais 
comuns são: as metabólicas, HIC, encefalopatia 
hipóxico-isquêmica, meningite e dependência de 
drogas. 
• Letargia: presente na hipotermia, hipóxia e infecções. 
• Postura: a postura normal do RN é a de flexão dos 4 
membros. Poderá ocorrer hipo ou hipertonia. 
Hipotonia pode ser secundária a prematuridade, 
anestesia materna e drogas utilizadas na mãe, hipóxia, 
tocotraumatismo, infecções e HIC. 
 
• Ângulo calcanhar-orelha: decúbito dorsal elevam-
se os membros inferiores em direção à cabeça sem 
retirar o quadril da mesa. Normal de 80 a 100 graus. 
No pré-termo é maior. 
• Ângulo poplíteo: decúbito dorsal flexione as coxas 
sobre o quadril até que o joelho toque o tórax. 
Mantendo esta posição, eleve apenas as pernas e 
observe o ângulo entre a coxa e a panturrilha. 
Normal entre 80 e 100 graus. 
• Manobra do cachecol: decúbito dorsal flexione o 
braço sobre o antebraço e leve o cotovelo ao lado 
oposto. Hipotonia, quando o cotovelo ultrapassa a 
linha axilar anterior contralateral (normal no pré-
termo). 
 
• Tônus ativo 
1) retificação do corpo: segurando-se o RN verticalmente pelas 
axilas, ele flexiona as pernas e ao se apoiar seus pés há uma 
extensão das pernas tronco e cabeça. 
2) sustentação da cabeça: suspensão do RN pelas mãos e 
pulsos até a posição sentada. O RN é capaz de segurar a 
cabeça por alguns segundos e após ela cai para frente. 
• Reflexo da sucção e deglutição: sincronia, força e rítmo. 
• Reflexo de Piper (pontos cardinais): ao se tocar as 
comissuras labiais e os lábios superiores e inferiores o RN 
move a cabeça na tentativa de sugar. 
• Reflexo da preensão palmar e plantar: o RN é capaz de 
segurar firme o dedo do examinador a ponto de poder ser 
elevado do plano horizontal, e ao se tocar os pés há uma 
flexão dos dedos e pés. 
 
 
• Reflexo de Moro: assemelha-se a um abraço 
espasmódico. 
 
 
• Reflexo de extensão cruzada: extensão passiva de 
uma das pernas faz-se um estímulo doloroso no pé. 
Deverá haver ligeira flexão seguida de extensão 
contralateral. Este reflexo estará ausente nos 
partos pélvicos e espinha bífida. 
 
• Engatinhamento: espontâneo ou após apoio na 
planta dos pés. 
 
• Reflexo da marcha: sustentando-se o RN pelas 
axilas, ao se tocar os pés na mesa, ele reage com 
passos. 
 
• Reflexo da colocação: RN seguro pelas axilas, 
ao se tocar o dorso dos pés na mesa, ele 
suspenderá o pé sobre a mesa como se subisse 
degraus. 
 
• Maturidade física: Com o desenvolvimento a pele 
torna-se espessa, opaca e queratinizada. Avalia-se 
a visibilidade dos vasos e sulcos. 
 
• Lanugem: são pelos finos sobre o corpo, estão em 
menor proporção em região de atrito. Surgem por 
volta da 19ª a 20ª semana e têm máxima aparição 
entre 27ª a 28ª semana de vida intra-uterina. 
 
• Vérnix caseoso: substância gordurosa e 
esbranquiçada que recobre o corpo para proteção 
da pele em quantidade adequada. 
 
• Milium sebáceo: pequenos pontos de acúmulo de 
gordura na pele sempre localizados na face. 
 
• Pérolas de Epstein: bolinhas esbranquiçadas e 
duras que aparecem na parte interna da boca do 
bebê, como língua, palato e gengivas. 
 
• Superfície plantar: avaliam-se as rugas que se 
dirigem dos dedos para o calcanhar. Quando há 
oligoidrânmio, acentuam-se as rugas. 
 
• Aréola e glândula mamária: tamanho, diâmetro e 
coloração 
• Cartilagem da orelha e pálpebras: a cartilagem da 
orelha torna-se mais firme com o decorrer da 
gestação. O descolamento da pálpebra tem inicio 
na 22ª semana e sua abertura completa por volta 
da 28ª semana. 
• Genitália externa: a descida testicular para a bolsa 
escrotal ocorre por volta do 3º trimestre e a bolsa 
escrotal se torna mais enrrugada próximo ao 
termo. 
• O tamanho final do clítoris é adquirido bem antes 
da deposição de gordura nas estruturas vizinhas e 
por isso aparenta falsamente hipertrofiado. 
 
Alojamento conjunto 
ALOJAMENTO CONJUNTO 
• As rotinas hospitalares durante o parto e o 
nascimento têm uma grande influência sobre a 
amamentação e são responsáveis pela qualidade e 
duração do aleitamento materno. 
• As normas hospitalares que separam 
rotineiramente as mães de seus filhos, mantendo 
os bebês em “salas de observação” ou berçários, 
por algumas horas ou dias, podem prejudicar a 
amamentação e como conseqüência, afetar 
diretamente a saúde das mães e dos bebês. 
 
• Quando um bebê é colocado junto de sua mãe 
imediatamente após o parto e assim permanece 
durante todo o tempo em que ambos estiverem 
internados, essa modalidade de atendimento é 
chamada de “alojamento conjunto”. 
 
• Os benefícios do alojamento conjunto são 
muito conhecidos e são inúmeras as evidências 
científicas que demonstram as vantagens desse 
sistema sobre as rotinas de separação 
convencionalmente usadas nas maternidades 
até a década de 70. 
 
• No Brasil, o alojamento conjunto tem sido 
recomendado para todas as maternidades desde 1977 
pelo Ministério da Saúde, depois de uma ampla 
discussão sobre as normas de assistência à gestante e 
ao recém-nascido. 
 
• A partir de 1983 o alojamento conjunto se tornou 
obrigatório nas maternidades próprias e conveniadas 
do já extinto Instituto Nacional de Assistência Médica 
e de Previdência Social – INAMPS e em 1993 o 
Ministério da Saúde definiu os quesitos mínimos 
necessários para o cumprimento do sistema de 
alojamento conjunto em todos os hospitais do SUS, 
introduzindo a obrigatoriedade de avaliações 
periódicas. 
• O início do alojamento conjunto se dá na sala de parto, 
logo após o nascimento, colocando o bebê em 
contato pele a pele com sua mãe e assim 
permanecendo, até que a primeira mamada 
aconteça. 
• Na primeira hora de vida, o bebê está bastante alerta 
e seus reflexos o levam a buscar o peito da mãe. 
• Quando a mamada ocorre, ele recebe o colostro, rico 
em anticorpos que vão protegê-lo dos germes 
maternos recém-adquiridos. 
• Também acontece, nesse momento, uma grande 
liberação de ocitocina endógena que faz com que o 
útero se contraia, diminuindo os riscos de hemorragia 
pós-parto. 
 
• O início precoce da amamentação faz com que o 
bebê desenvolva sua capacidade de mamar de 
forma mais eficiente, com a “pega” mais adequada, 
prevenindo o aparecimento das fissuras e do 
ingurgitamento mamário. Além disso, aumenta a 
duração total do aleitamento materno. 
 
• Os hospitais com rotinas que apóiam a 
amamentação são considerados hospitais mais 
“humanizados” e, portanto, mais respeitados pela 
comunidade.

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