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Investimentos de Renda Fixa e Variável 1 Universidade de Brasília ‐ UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade ‐ FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais ‐ CCA Fundos de Investimento 2 Fundos de Investimento 3 • É uma modalidade de investimento coletivo. • Cuja estrutura formal reúne recursos financeiros de diversos investidores, pessoas físicas ou jurídicas, para investimento conjunto. • Os investimentos adquiridos são de todos, na proporção de seus investimentos. O que são? Fundos de Investimento 4 • O fundo é criado por um administrador, normalmente uma instituição financeira, que formalmente o constitui (possui CNPJ próprio) e estabelece o regulamento. • No regulamento é definido o objetivos, as políticas de investimento, as categorias de ativos financeiros em que poderá investir, taxas e outras regras gerais do fundo de investimento. Nota: O funcionamento dos fundos de investimento depende de prévia autorização da CVM. Fundos de Investimento 5 • A soma dos recursos aplicados pelos investidores forma o patrimônio do fundo, que por sua vez é dividido em cotas. Portanto, quando um investidor realiza o investimento, ele está adquirindo cotas do fundo na proporção do capital aplicado. Exemplo: Um Fundo tenha um patrimônio de R$ 100.000,00, dividido em 10.000 cotas, cada uma valendo R$ 10,00. Se alguém investe R$ 500,00 neste Fundo, estará adquirindo 50 cotas. Fundos de Investimento 6 • Uma cota é uma fração de um fundo. • A soma de todas as cotas dos investidores resulta no valor do patrimônio de um fundo de investimento • O valor das cotas são apurados diariamente pela instituição financeira que administra o fundo. • Portanto, o valor da cota se altera diariamente, conforme o rendimento do fundo, mas a quantidade de cotas que um investidor possui é sempre a mesma... A não ser que: Fundos de Investimento 7 • A não ser que: Seja feito um resgate pelo investidor Cotas Seja feita uma nova aplicação Cotas Seja recolhido o Imposto de Renda (o sistema “come‐cotas”). O valor devido de IR é abatido em quantidade de cotas. Cotas Fundos de Investimento 8 • Observação: A entrada de um novo cotista não altera a posição dos demais cotistas do fundo, que continuam com o mesmo número e valor das cotas que possuíam antes. A entrada do novo investidor implica somente a criação de novas cotas e o aumento do patrimônio do fundo. Fundos de Investimento 9 Patrimônio líquido Nº de cotas existentes Valor da cota Valor dos ativos¹ – Despesas do fundo² Nº de cotas existentes ¹ Valor dos ativos que compõe a carteira do fundo naquela data (títulos, ações, dólar etc); ² Despesas do fundo, como por exemplo: taxa de administração. Características dos Fundos de Investimento 10 • Os fundos podem ser formados como condomínios abertos, em que o resgate das cotas pode ser solicitado a qualquer tempo, ou fechados, em que o resgate só se dá no término do prazo de duração do fundo. • Além do administrador, há o gestor da carteira, o qual é o responsável pelos investimentos realizados pelo fundo. Ele é quem escolhe os ativos financeiros que irão compor a carteira, observando o regulamento do fundo. Nota: O gestor pode ser o próprio administrador do fundo ou um terceiro habilitado (credenciado na CVM). Características dos Fundos de Investimento 11 Composição da carteira dos Fundos de Investimento 12 • Os fundos de investimento podem investir em diversos ativos financeiros: CDB, ações, debêntures, moedas estrangeiras, investimentos estrangeiros, derivativos, entre outros. • Entretanto, se fosse permitido a todos os fundos investir em qualquer um desses ativos livremente, seria difícil para o investidor individual compreender adequadamente os riscos assumidos no momento do investimento. • Por essa razão, foram criadas diferentes classes de fundos, considerando os fatores de risco a que estão expostos os ativos que compõem a sua carteira. Composição da carteira dos Fundos de Investimento 13 • Além disso, independente da classe, os fundos devem seguir regras em relação à concentração dos investimentos em um mesmo ativo e mesmo emissor. Limites de concentração: Para reduzir a exposição ao risco, os fundos devem respeitar limites de concentração na sua carteira: Não há limites para investimentos em títulos públicos federais. Por emissor: Classificação dos Fundos de Investimento 14 • Em 1º de outubro de 2015 passou a vigorar uma nova classificação ANBIMA dos fundos de investimentos. Classificação dos Fundos de Investimento 15 Classificação dos Fundos de Investimento 16 Classificação dos Fundos de Investimento 17 Taxas e tributos dos Fundos de Investimento 18 • Taxa de administração: remunera o administrador pelos serviços de administração e gestão da carteira. 1.Embora seja calculada e divulgada como um percentual anual, é provisionada proporcional e diariamente, como despesa do fundo; 2.Não há limites máximos ou mínimos para a taxa de administração; 3.O administrador pode reduzir as taxas a qualquer momento, mas para aumentá‐las é preciso aprovação prévia em assembleia geral. Taxas e tributos dos Fundos de Investimento 19 • Taxa de performance: prêmio cobrado pelo administrador por ter conseguido superar determinado referencial de rentabilidade previamente combinada. 1.Podem ser cobradas, depende do regulamento do fundo; 2.O referencial usado como parâmetro deve ser compatível com a política de investimento do fundo; 3.A cobrança deve ser feita após dedução de todas as despesas do fundo, inclusive a taxa de administração. Taxas e tributos dos Fundos de Investimento 20 • Tributação: 1.Incidência do IRRF: a. Fundos de curto prazo ‐ Para fins de tributação, são considerados fundos de curto prazo aqueles cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou inferior a 365 dias. Mesmo se o investidor permanecer com os recursos investidos por prazo superior a um ano, nos fundos de curto prazo não há a alíquota abaixo de 20%. Taxas e tributos dos Fundos de Investimento 21 • Tributação: 1.Incidência do IRRF: b. Fundos de longo prazo ‐ Prazo médio igual ou superior a 365 dias (tabela regressiva do IRRF). Taxas e tributos dos Fundos de Investimento 22 • Tributação: 1.Incidência do IRRF: c. Fundos de Ações ‐ São fundos que devem ter, no mínimo, 67% dos seus recursos em ações negociadas em Bolsa de Valores. Esses fundos contam com alíquota única de Imposto de Renda, independente do prazo em que o investidor permanecer com os recursos investidos. Taxas e tributos dos Fundos de Investimento 23 • Tributação: 2. Incidência do IOF: Segue a mesma sistemática dos outros investimentos, ou seja, incide sobre o rendimento nos resgates feitos num período inferior a 30 dias. O percentual do imposto é regressivo e varia de 96% (aplicações com duração de 1 dia) a 0% (a partir do 30º dia de aplicação). . Ações 24 Ações 25 • É a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades por ações. •É, portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus titulares, os acionistas, todos os direitos e deveres de um sócio, no limite das ações possuídas. O que são? Ações 26 • Apesar de todas as companhias ou sociedades por ações terem o seu capital dividido em ações, somente as ações emitidas por companhias registradas na CVM, chamadas companhias abertas, podem ser negociadas publicamente no mercado de valores mobiliários.Ações 27 O que os acionistas ganham por serem sócios? A principal forma de participação dos acionistas no lucro da companhia é por meio do recebimento de dividendos, de juros sobre o capital próprio e de bonificações. Outra forma de remuneração é a venda do “direito de subscrição”, também conhecido como “direito de preferência”. No caso de emissão de novas ações por parte da companhia, os atuais acionistas recebem o direito de subscrever prioritariamente essas ações, pelo preço de emissão e na proporção das ações já possuídas. Caso não tenha interesse em realizar a subscrição, é possível vender esse direito no mercado. Ações 28 O que os acionistas ganham por serem sócios? E por último, acionistas podem ganhar também com a possível valorização do preço das ações. Entretanto, não há garantia de valorização. 1 2 Remunerações mais comuns: Espécies de Ações 29 O Estatuto Social das companhias define as características de cada espécie de ações, que podem ser: Ação Ordinária (ON): Sua principal característica é conferir ao seu titular direito a voto nas Assembleias de acionistas. Ação Preferencial (PN): Normalmente, o Estatuto retira dessa espécie de ação o direito de voto. Em contrapartida, concede outras vantagens, tais como prioridade na distribuição de dividendos ou no reembolso de capital. Taxas e tributos das Ações 30 • Corretagem: custo para a compra e venda de ações. Normalmente existem duas opções: 1.Corretagem fixa ‐ mesma quantia independente de qual o valor você compra ou vende. Exemplo: comprei 1000 ações da Petrobrás. Meu gasto será de R$ 15,00 independentemente se eu comprar 1000 ações ou 20000 ações. Agora se eu lançar 5 ordens de compra de 200 ações irei pagar 5 corretagens. 2.Corretagem variável – de acordo com o valor total da sua ordem (preço x quantidade). Exemplo: Comprei R$ 100.000,00 irei pagar 0,5% do valor total + 25,21 = 525,21. Nota: Na maior parte das vezes a corretagem fixa é mais vantajosa que a corretagem variável. Exceto para valores muito pequenos. Taxas e tributos das Ações 31 • Taxa de custódia: cobrado sobre o serviço de “guardar” as ações. Taxas e tributos das Ações 32 • Tributação: 1.No caso do mercado acionário, o fato gerador do imposto de renda (IR) é a apuração de lucro na venda das ações. Enquanto o investidor não as vende, o IR não é devido. 2.Há uma isenção tributária para vendas até R$ 20 mil por mês. Exemplo: suponha que o investidor tenha comprado ações no montante de R$ 10 mil e seis meses depois essa carteira valha R$ 24 mil. Para se beneficiar da isenção, ele deve vender R$ 20 mil em um mês e R$ 4 mil. Se vender todas as ações no mesmo mês, será calculado IR sobre o lucro de R$ 14 mil (R$ 24 mil – R$ 10 mil). Nota: Exceto para fundos Taxas e tributos das Ações 33 • Tributação: 3. Compensação de prejuízos: Caso o investidor apure um prejuízo após a venda, ele pode compensá‐lo posteriormente. Usando o exemplo acima, suponha que a carteira tenha se depreciado de R$ 10 mil para R$ 6 mil. O prejuízo de R$ 4 mil poderá ser abatido de lucros futuros. Ações - Considerações 34 Ações - Considerações 35 • A bolsa de valores é um meio para as empresas captarem recursos. • Você pode investir na bolsa por meio de fundos, clubes ou diretamente. • Não existe um valor mínimo para investir na bolsa de valores. • Para investir na bolsa de valores basta abrir uma conta numa corretora ou banco, transferir o dinheiro e começar a investir Derivativos 36 Derivativos 37 • Instrumentos financeiros cujo preço de mercado deriva (daí o nome) do preço de mercado de um bem ou de outro instrumento financeiro. O que são? Derivativos 38 • São negociados com finalidades de: Derivativos 39 • Hedge: é a operação realizada no mercado derivativo que visa fixar antecipadamente o preço de uma mercadoria ou ativo financeiro de forma a neutralizar o impacto de mudanças no nível de preços (proteção de variações adversas no preço de um ativo); • Arbitragem: aproveitar as discrepâncias momentâneas que eventualmente acontecem no processo de formação de preços de um mesmo produto negociado em mercados diferentes. • Especulação: compra e na venda de contratos futuros apenas para ganhar o diferencial entre o preço de compra e o de venda, não tendo nenhum interesse pelo ativo‐objeto. Tipos de Mercado de Derivativos 40 • Principais tipos de contratos de derivativos: Tipos de Mercado de Derivativos 41 Termo Futuro Opções Swap Ambiente Balcão ou bolsa Somente bolsa Balcão ou bolsa Balcão ou bolsa O que se negocia Compromisso de comprar ou vender um bem por preço fixado em data Futura Compromisso de comprar ou vender um bem por preço fixado em data Futura Os compradores adquirem o direito de comprar ou vender por preço fixo em data futura Compromiss o de troca de um bem por outro. Trocam‐se Fluxos Financeiros Derivativos 42 • Mercado a termo: Investidor se compromete a comprar ou vender certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um preço fixado, ainda na data de realização do negócio, para liquidação em data futura. Exemplo: Um produtor e um comerciante acordaram a venda e a compra, respectivamente, de uma mercadoria por R$ 100,00 daqui a 2 anos. Caso no momento da liquidação do contrato essa mercadoria esteja com um valor de mercado de R$ 90,00, o produtor vai ganhar, pois venderá sua produção por R$ 100,00, enquanto que o comerciante vai comprar acima do valor de mercado. Agora, caso a mercadoria esteja valendo R$ 120,00, o comerciante sairá ganhando, pois ele irá adquirir a mercadoria abaixo do valor de mercado (R$ 100,00) e o produtor venderá por preço inferior ao preço de mercado, mas que cobre todos os seus custos de produção e garante lucratividade razoável para sua atividade. Derivativos 43 • Mercado futuro: Investidor se compromete a comprar ou a vender certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um preço estipulado para liquidação em data futura. A principal diferença desse mercado para o a Termo são os ajustes financeiros às expectativas do mercado acerca do preço futuro daquele bem, por meio do procedimento de ajuste diário, ou seja, os participantes podem entrar e sair do mercado a qualquer momento, o que aumenta liquidez. implica a existência de um fluxo diário de perdas ou ganhos na conta de cada cliente de forma que, ao final do contrato, todas as diferenças já tenham sido pagas. Derivativos 44 • Mercado de opções: negocia‐se o direito de comprar ou de vender um bem por um preço fixo numa data futura. Quem adquirir o direito deve pagar um prêmio ao vendedor. Este prêmio não é o preço do bem, mas apenas um valor pago para ter a opção (possibilidade) de comprar ou vender o referido bem em uma data futura por um preço previamente acordado. Derivativos 45 •Mercado de swap: negocia‐se a troca de rentabilidade entre dois bens (mercadorias ou ativos financeiros). Exemplo: Imagine que a empresa GHY possui ativo de R$10.000.000,00 prefixado a 17% ao ano para receber em 21 dias úteis e que quer transformar seu indexador em dólar + 10% sem movimentação de caixa. Para isso, contrata um swap, ficando ativo em dólar + 10% e passivo em 17%, ao mesmo tempo em que o banco X, que negociou o swap com a empresa, fica ativo a uma taxa prefixada em 17% ao ano e passivo em dólar + 10% ao ano. Na liquidação do contrato, verifica‐se que a variaçãocambial mais 10% ficou acima dos 17% estipulado pela taxa pré, pode‐se concluir que a empresa GHY receberá do banco X o valor líquido entre a taxa pré e a variação cambial do dólar. Bibliografia 46 Fundos de Investimentos. CVM, 2014. Mercado de Valores Mobiliários Brasileiro. CVM, 2014. Mercado Derivativos. BM&Fbovespa. Nova Classificação de Fundos. Anbima, 2015. Novas Instruções da CVM sobre Fundos de Investimento. Western Asset, 2015. Guia de investimento. BM&Fbovespa, 2013. RAMBO, A. C. O perfil do investidor e melhores investimentos: da teoria à prática do mercado brasileiro. Florianópolis, 2014. Sugestões de filmes e documentários 47 A Fraude, 1999. Enron: Os mais espertos da sala, 2005. Inside Job – A verdade da Crise, 2010. Too big too fail, 2011. Hank: Cinco anos depois do colapso, 2013. A mais recente crise financeira explicada, 2013. Disponível em:https://www.youtube.com/watch ?v=kC_943HEla4 Obrigada! 48
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