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O Sistema eleitoral Brasileiro. - Jairo Nicolau. Sistema Eleitoral: Conjunto de regras (ex.: Eleição) que definem como os eleitores podem fazer suas escolhas e como os votos são somados para serem transformados e mandatos. Objetivo: Apresentar o funcionamento do sistema eleitoral brasileiro. Sistema eleitoral ganha desenvolvimento com o decorrer do tempo e história. Fraudes, manipulações e a garantia do sigilo eram problemas a serem enfrentados na época assim como a consolidação de uma democracia eleitoral fazia-se necessária. 1930: Nenhum partido ou movimento expressivo defendeu a introdução da representação proporcional no país. 1932: Introdução de um sistema misto (parte dos representantes eleitos pelo sistema proporcional). 1937: Golpe por Getúlio = Suspensão de eleições e fechamento de partidos políticos e congresso. 1945: Volta das eleições, com a democratização → Poucas mudanças na forma como os partidos eram eleitos desde então. Os quatro aspectos fundamentais do sistema usado nas eleições para a Câmara dos Deputados: *P1: Baseia-se no comparecimento para votar → Votos nulos e não nulos são considerados → Número de cadeiras podem ser ocupadas por números previamente estabelecidos (no caso, 60). Quociente eleitoral: Número total de votos VÁLIDOS / Número de cadeiras em disputa. P2: Os votos de cada partido são divididos pelo quociente eleitoral → Número inteiro derivado da divisão é o número de cadeiras que cada partido obterá. Exemplo: PMDB → Divisão de votos (5.274.397) Pelo quociente eleitoral (198.433) → 26,578. Logo, o partido receberá 26 cadeiras e os que não conseguem atingir o quociente eleitoral são excluídos da distribuição de cadeiras. P3: Distribuição das sobras: Após distribuição pelo quociente eleitoral, sobram cadeiras → No exemplo, restaram 6 cadeiras → Devem ser preenchidas pelos métodos de maiores médias → O total de votos de cada partido deve ser dividido pelo número de cadeiras obtidas pelo quociente eleitoral na divisão anterior, acrescido de um. Exemplo: PMDB obteve 5.274.397 votos que são divididos pelas cadeiras do quociente (26 + 1 = 27). O resultado é a maior média do partido → Rodadas sucessivas para o preenchimento das cadeiras restantes. Em cada rodada, o partido que conquista a cadeira tem seu total de votos dividido novamente, agora pela soma de uma unidade ao número de cadeiras que obteve. *As regas para distribuição das cadeiras; **As coligações; ***A lista aberta; ****A distorção na representação dos estados na Câmara dos deputados; ***: Após distribuição de cadeiras entre partidos e coligações, é necessário saber quais nomes da lista de candidatos apresentados que serão eleitos → Os nomes mais votados ocupam as cadeiras, no caso brasileiro. Assim, os três candidatos mais votados serão eleitos (independente dos votos dos nomes que concorreram por outros partidos (Lista aberta)). **: Para efeitos de distribuição de cadeiras, os votos coligados são somados e as cadeiras são conquistadas pela coligação como se ela fosse um único partido → Assim importa para cada candidato tentar fazer com que os seus candidatos ocupem os primeiros nomes da lista da coligação proporcionalmente à votação de cada legenda em seu interior, o que gera uma distorção na representação dos partidos. Chefes do executivo no Brasil são eleitos por intermédio de duas regras diferenciadas. Presidentes, governadores e prefeitos de municípios de mais de duzentos mil eleitores são escolhidos pelo sistema de dois turnos. Assim, o candidato precisa ter metade dos votos válidos mais um no primeiro turno. Se o patamar não for atingido, um segundo turno é realizado entre os dois mais votados. Pelo sistema de maioria simples: O mais votado na disputa elege-se, sem que seja realizada uma nova disputa. A primeira constituição de 1891 estabeleceu que o presidente e vice fossem escolhidos diretamente pela população, em pleitos independentes e deveriam ser maioria absoluta dos votos. Caso contrário, Congresso escolheria entre os dois mais votados nas urnas. 1945 – 1964: Mandato de maioria simples, ou seja, o mandato durava cinco anos. Eleições para vice eram realizadas separadamente. Garantia pela const. de 88. Mudança por emendas na const. de 88: Redução para mandato de presidente para quatro anos, objetivando aumento de conexão entre a votação obtida pelo partido e a representação na Câmara. Segunda emenda: Permissão de concorrência por mais de um mandato consecutivo. Permissão à reeleição no caso FHC de 1998. Caminhos da reforma eleitoral: O artigo objetivou a discussão de três questões fundamentais para o funcionamento do *Fórmula eleitoral: adoção de um novo sistema eleitoral, ou de sistema misto, conhecido como distrital misto; introdução de uma cláusula de barreira nacional. *Introdução de um sistema de lista fechada. *Coligação: Proibição das mesmas bem como das cadeiras obtidas por elas proporcionalmente aos votos de cada partido coligado. *Representação dos estados: Correção integral ou parcial na distorção das representações dos estados na Câmara. sistema eleitoral: O que não está funcionando, que alternativas tem-se para aperfeiçoá-los? Que efeitos negativos essas mudanças podem introduzir.
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