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Disfunção e disfunção dos sistemas 1

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Disfunção
Mecanismos de morte celular
Pilares da patologia
Lesões irreversíveis: necrose, apoptose
Lesões reversíveis
Resposta inflamatória
Reparo tecidual
Distúrbios circulatórios
Alterações do crescimento e diferenciação celular
Neoplasias
Morte celular: é a perda irreversível da capacidade homeostática da célula
Apoptose: é a morte celular programada a partir do gene apoptótico para controle celular. São formados corpos apoptóticos pois não há ruptura da membrana celular.
Necrose: é a morte celular acidental por algum agressor. Há ruptura da membrana celular liberando fosfolipídio, produzindo metabolitos do ácido araquidônico e gerando uma inflamação.
Causas da Necrose:
Hipóxia/anoxia: pouca ou nenhuma oferta de oxigênio 
Mitocôndria: produção de ATP diminui
Membrana plasmática: diminui a função da bomba sódio-potássio. Entrada de muito Na e agua, causando edema celular.
RER: desprendimento dos ribossomos fazendo com que a síntese proteica diminua
Citoplasma: piruvato da glicólise vira lactato (ácido lático) gerando acidose metabólica
Núcleo: formação de grumos de cromatina
Lisossomo: as enzimas do lisossomo começam a ser ativadas, gerando lise celular e sobrando apenas restos celulares.
Agentes físicos: temperatura, pressão, eletricidade, lesão
Agentes químicos: veneno
Agentes biológicos: vírus, bactérias, fungos, etc
Distúrbios nutricionais 
Distúrbios imunes
Distúrbios genéticos
Padrões de Necrose:
Necrose de coagulação: ocorre desnaturação de proteínas. Causada por isquemia. Caracterizada por aumento da acidofilia (se cora em eosina – rosa), manutenção da arquitetural tecidual e apresenta figuras de degeneração nuclear.
Necrose caseosa: lesão com aspecto de queijo. Ocorre fragmentação celular sem preservação arquitetural com restos granulares e infiltração granulomatosa.
Mycobacterium tuberculoses: massa amorfa acidofilica (rosa) envolta por células inflamatórias com centro basofílico (roxo).
Necrose de liquefação: tecido se liquefaz -> pus. Causada por bactérias piogênicas. Ocorre rarefação tecidual, células mortas são digeridas completamente. Independente do agente agressor, o SN sempre vai liquefazer.
Figuras de degeneração nuclear:
Picnose: condensação do núcleo
Cariorrexia: fragmentação do núcleo 
Cariólise: lise ou dissolução do núcleo
Processos degenerativos passiveis de reversibilidade
Agentes injuriantes:
Ação letal (célula evoluirá para necrose) ou subletal (apresenta processo degenerativo, continuando viva)
Natureza física
Natureza química (cianeto, álcool)
Natureza biológica (bactérias, fungos, vírus)
*cianeto: bloqueia as enzimas da cadeia respiratória, fazendo com que as células morram imediatamente.
Esteatose: degeneração gordurosa. É o acumulo anormal reversível de lipídeos no citoplasma de células parenquimatosas. Formado em consequência de desequilíbrios na síntese, utilização ou mobilização de lipídeos. A gordura é colorida pela Sudan Black. Fígado com degeneração gordurosa aumenta de volume e peso, fica com coloração amarelada e apresenta untuosidade, assim como vacuolização citoplasmática dos hepatócitos.
	Mecanismos de degeneração gordurosa:
Deficiência de proteínas pelo RER (deficiência de lipoproteínas)
Deficiência de substancias lipotroficas (metiotina, inositol, colina, vit. B12 e ácido fólico)
Por hipóxia e diminuição na produção de ATP.
*Lipidose: Esteatose em gatos.
Degeneração vacuolar: citoplasma das células com vacúolos numerosos ou um vacúolo grande deslocando o núcleo para a periferia.
Degeneração hidrópica: acumulo de água e eletrólitos dentro da célula, causando edema celular.
Infiltração glicogenica: acumulo anormal intracelular de glicogênio. Mecanismo nas hiperglicemias (diabetes tipo II). Colorido pelo PAS (ácido periódico de Schiff). Causa glicosuria (liberação de glicose na urina).
Pigmentações patológicas
Pigmento: substancia anormal que não pode ser metabolizada ou removida (ex.: carvão, tinta sintética, melanina). São chamados genericamente “pigmentos”. Podem ser exógenos ou endógenos e seu acumulo pode ou não ser patológico.
Pigmentos exógenos:
Antracose pulmonar: são partículas de carvão provenientes do ar. Pigmento é constituído por pequenos grãos negros, em parte livres e em parte no citoplasma de macrófagos.
Pigmentos endógenos:
Melanina: pigmento que dá o tom escuro a pele (epiderme, olho). Se forma através de um a.a., a tirosina + uma enzima tirosinase, formando 3,4 DOPA, DOPA quinona e melanina.
Melanose: melanina acumulada nas meninges, pleura e coração. É sinal de anormalidade.
Derivados da hemoglobina: 
Hemossiderina: deriva da destruição de hemácias e excessiva absorção intestinal de ferro. É um pigmento marrom derivado de um excesso de ferro. Seu acumulo nos tecidos forma a Hemossiderose.
Bilirrubina: principal produto resultante da destruição de eritrócitos e hemácias. Constitui os ácidos biliares.
Hemólise hepática: excesso de bilirrubina não conjugada na circulação que se deposita na pele e mucosas. 
Icterícia: quantidade elevada de bilirrubina no sangue.
Icterícia pré hepática ou hemolítica: excesso de bilirrubina não conjugada no sangue derivada do aumento de hemólise intravascular.
Icterícia hepática: caracterizada por um distúrbio no próprio fígado, com lesão direta aos hepatócitos, impedindo o metabolismo da bilirrubina e fazendo com que ela fique mais tempo no sangue.
Icterícia pós hepática: ocorre depois de a bilirrubina ter deixado o fígado. Pode haver uma obstrução dos ductos biliares, prejudicando a excreção da bile. Isso faz com que a bile volte pelos ductos, retornando para o fígado, que vai se carregar e transbordar para o sangue, aumentando, assim, a quantidade de bilirrubina no sangue.
Calcificações patológicas
Calcificação distrófica: ocorre em tecidos lesados (necrosados) e não depende dos níveis plasmáticos de cálcio e fosforo.
Calcificação metastática: deposição de cálcio em membranas basais e fibras elásticas, sem apresentarem nenhum tipo de lesão. Ocorre com níveis altos de cálcio sérico. Causa hiperparatireoidismo.
Distúrbios circulatórios
Hiperemia/congestão: aumento do volume sanguíneo localizado em um órgão ou parte dele, com consequente dilatação vascular.
ICCE: afeta o pulmão, podendo causar congestão, edema, trombose e embolia pulmonar.
ICCD: ocorre congestão generalizada dos órgãos abdominais e craniais, causando ascite e anasarca (edema generalizado). Causa congestão passiva crônica do fígado, dilatação dos sinusóides, hipóxia nos hepatócitos e cirrose.
Hemorragia: extravasamento sanguíneo para fora do sistema cardiovascular.
Trombose: coagulação sanguínea dentro do leito vascular. 
Classificação dos trombos:
Cor: branco (artéria) e vermelho (veia)
Oclusão: mural (só parte da luz vascular é oclusa) e oclusivo (toda a luz vascular é oclusa)
Evolução da trombose:
Desaparecer
Organizar-se
Emolia (tromboembolismo)
Tríade de Virchow: 
Alteração da parede vascular
Alteração do fluxo sanguíneo
Alteração dos constituintes do sangue
Embolia: migração de um corpo estranho levado pela corrente sanguínea até eventualmente se deter em um vaso de menor calibre.
Tipos de êmbolos: 
Embolia gordurosa
Embolia séptica
Embolia de líquido amniótico 
Isquemia: deficiência no suprimento sanguíneo a determinado órgão ou tecido por diminuição da luz das artérias, arteríolas ou capilares.
Infarto: necrose que se instala após interrupções do fluxo sanguíneo.
Infarto branco: em órgãos de ligação terminal (rins, baço, coração e cérebro). Causa sempre arterial
Infarto vermelho: em órgãos de ligação dupla (baço, miocárdio, intestino, cérebro). Causa venosa, poucas vezes arterial. 
Edema 
Conceito: é o acumulo de liquido no interior das células, no interstício ou no interior de cavidades.
Aumento da pressão hidrostática intravascular
Insuficiência cardíaca congestiva
Cirrose hepática
Obstrução do retorno venoso
Diminuição da pressão oncótica
Perda de proteína
Redução da síntese proteica 
Aumento da permeabilidade capilar
Toxinasbacterianas
Aminas vasogênicas 
Alterações metabólicas (uremia, hipóxia, choque)
Obstrução linfática 
Processos inflamatórios 
Neoplasias 
Nomenclatura dos edemas:
Anasarca: edema generalizado
Hidrotórax: tórax
Ascite ou hidroperitonio: abdômen
Hidrocele: bolsa escrotal
Hidropericardio: saco pericárdio 
Choque 
Conceito: falha circulatória generalizada.
Choque cardiogênico: gênese do choque está no coração. É produzido quando o coração é incapaz de bombear adequadamente o sangue.
Infarto do miocárdio
Miocardite
Tamponamento 
Embolia pulmonar
Choque neurogênico: gênese do choque está no Sistema Nervoso. Ocorre como consequência de lesão no sistema nervoso, resultando na dilatação da rede vascular e, consequentemente, uma diminuição do retorno venoso com queda do debito cardíaco. 
Lesão cerebral
Lesão na medula espinhal
Choque séptico: é provocado principalmente por bactérias gram negativas produtoras de endotoxina (LPS). Começam a formar placas bacterianas e geram um processo inflamatório. Ocorre vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, diminuindo o debito cardíaco e o retorno venoso. Ocorre coagulação intravascular disseminada, levando a uma trombose.
Infecção grave.
Choque anafilático: resulta de uma reação antígeno-anticorpo mediada por IgE na superfície dos mastócitos e basófilos resultando da liberação de aminas vasoativas (histaminas). Antígeno gera uma resposta inflamatória, gerando vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. Ocorre diminuição do debito cardíaco e retorno venoso.
Reação de Hipersensibilidade tipo I.
Choque hipovolêmico: resulta da perda brusca de líquidos do organismo (hemorragias, queimaduras, diarreias, desidratação)
Fase não progressiva: respostas neuro-humorais: ativa o SN e endócrino. Os neurotransmissores na carótida e aorta (barorreceptores e quimiorreceptores) acionam o sistema simpático que libera a noradrenalina. A noradrenalina liberada faz vasoconstrição periférica levando o sangue para a circulação central. A adrenal libera adrenalina que gera taquicardia, aumento da pressão e do debito cardíaco. O pulmão aumenta a FR. O rim aciona o SRAA, produzindo angiotensina 2 que gera forte vasoconstrição. Volemia: o corpo precisa aumentar o volume de sangue, para isso ira agir no rim para não perder agua. O rim (túbulos renais) faz a reabsorção de água juntamente com o sódio. Aldosterona faz a reabsorção de sódio e água, mas elimina K. o hormônio ADH abre os canais aquaporinas para que ocorra um aumento da reabsorção de água e sal. Animal entra em anúria.
Fase progressiva: o musculo cardíaco fica cansado e os batimentos vão diminuindo porque o corpo fica tentando controlar a FC. Com a FC menor, os tecidos começam a receber menos sangue e oxigênio, fazendo com que as células entrem em acidose metabólica, causando bradicardia e bradipneia. 
Fase irreversível: células entram em anoxia, ocasionando necrose em varias partes do corpo. Coração libera fator depressor do miocárdio gerando a ligação irreversível da actina com a miosina, fazendo com que o músculo cardíaco pare de funcionar. Ocorre falência múltipla dos órgãos.
Inflamação 
Definição: resposta do tecido conjuntivo vascularizado a um agente agressor. Se dá na microcirculação e é estereotipada (ocorre sempre do mesmo jeito).
Inflamação aguda:
Curta duração (horas e dias)
Exsudação de fluidos e proteínas plasmáticas (edema)
Migração de leucócitos, predominantemente neutrófilos 
Resposta principal por parte da imunidade inata (polimorfonucleares)
Sinais cardeais da inflamação:
Calor: vasodilatação
Rubor: vasodilatação
Tumor: vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular – formação de exsudato 
Dor: mediador bradicinina
Perda da função
Células envolvidas na inflamação:
Neutrófilo
Basófilo
Eosinófilo
Mastócito 
Fenômenos vasculares:
Vasodilatação: ocorre por mediador químico (substancia pró-inflamatória).
Aumento da permeabilidade vascular
Fenômenos celulares:
Marginação leucocitária: leucócito vai para a margem do vaso por conta da diminuição da velocidade
Rolagem: leucócitos não conseguem se fixar e começam a rolar na parede dos vasos
Aderência: moléculas de adesão (integrinas, selectinas e imunoglobulinas) para que os leucócitos se fixem em um local especifico da parede do vaso
Transmigração (diapedese): leucócito sai do vaso 
Quimiotaxia: leucócito se encaminha para onde tem marcadores químicos 
Ativação leucocitária
Fagocitose
Reconhecimento por opsonina
Englobamento (lisossomo/fagossomo/fagolisossomo)
Destruição
Inflamação crônica:
Longa duração (semanas e anos)
Ausência dos sinais cardeais da inflamação
Proveniente de um agente agressor persistente, que não foi eliminado na inflamação aguda
Presença de linfócitos e macrófagos (mononucleares)
Reparação tecidual em curso: angiogenese, fibrose
Granulomatosa: acumulo focal de macrófagos modificados, chamados de células epitelioides, linfócitos, células gigantes tipo corpo-estranho ou de Langhans e fibroblastos organizados em torno de um agente agressor. 
Presença de um organismo de difícil destruição: agentes infecciosos (Mycobacterium spp, fungos), partículas exógenas (óleo mineral, polímeros), partículas endógenas (polissacarídeos, complexos, etc)
Tipos de Granuloma:
Epitelióide: células epitelioides, linfócitos, macrófagos
Agentes mais imunogênicos como tuberculose
Corpo estranho: macrófagos, células gigantes, linfócitos e plasmocitos
Não estão relacionados com agente imunogênico, é inerte.
*células gigantes multinucleadas: são macrófagos fusionados, podem ser do tipo Langhans, que tem a organização dos núcleos na periferia em forma de ferradura, e tipo corpo estranho que tem o núcleo todo desorganizado.
Não granulomatosa:	Distribuição difusa de células mononucleares na matriz extracelular.
Mediadores químicos da inflamação
Aminas vasoativas: Disponíveis em reservas pré-formadas sendo os primeiros mediadores a serem liberados. O mediador deve já estar presente nos tecidos, antes que o dano ocorra. Estão ligadas a resposta rápida; fase aguda da inflamação.
Histamina: a histamina é sintetizada por diferentes tipos celulares, especialmente pelos mastócitos, basófilos e plaquetas circulantes. Esse mediador é liberado das células em resposta a um estímulo, como lesão física, reações imunes e na presença de outros mediadores químicos, como citocinas, anafilatoxinas e neuropeptídios. Esta molécula leva à dilatação arteriolar, aumentando a permeabilidade do vaso e, consequentemente, facilitando a saída de leucócitos para o sítio inflamatório.
Serotonina (5-hidroxitriptamina): apresenta efeitos similares aos da histamina. É encontrado primariamente em grânulos plaquetários e liberada durante a agregação das plaquetas
Proteínas plasmáticas: Composto por três sistemas enzimáticos inter-relacionados: sistema das cininas, sistema da coagulação e sistema complemento. 
Sistema das cininas: Esse sistema acontece no fígado e tem como objetivo a produção de cininas e o produto final, a Bradicinina que permite a permeabilidade vascular, vasodilatação e está relacionada também com a sensação de dor. É ativado ainda na fase de inflamação aguda;
Superfície de contato lesionada > ativação do fator de Hageman > ativação da enzima Calicreína > cininogênio > cininas = BRADICININA (mediador químico).
Sistema da coagulação: tem como objetivo a produção da proteína fibrina, elemento essencial para a formação do trombo sanguíneo. Esse sistema é ativado pelo fator de Hageman que desencadeiam uma cascata enzimática, que converte a protrombina em trombina, que converte o fibrinogênio em fibrina. Durante o processo inflamatório, esse sistema providenciará permeabilidade vascular e a ativação dos leucócitos. 
Superfície de contato lesionada -> ativação do fator de Hageman -> cascata enzimática com ativação da tromboplastina -> protrombina -> trombina -> fibrinogênio -> fibrina
Sistema fibrinolítico: Visa limitar o processo de coagulação, solubilizando o coagulo da fibrina e deste modo,mantendo o fluxo continuo do sangue. Esse sistema atua através da ativação do Plasminogênio, uma proteína hepática que quando ativada pelo fator de Hageman, dá origem a Plasmina, que por sua vez degrada o Fibrinogênio e a Fibrina. A participação da plasmina na resposta inflamatória envolve a ativação do Sistema Complemento e gera permeabilidade vascular.
Superfície de contato lesionada > ativação do fator de Hageman > Plasminogênio (inativo) > Plasmina (ativo) > degradação de fibrina e fibrinogênio.
Sistema complemento: constituído por proteínas da membrana plasmática e proteínas presentes no plasma, o sistema complemento, além de gerar ativação leucocitária, tem como objetivo facilitar o reconhecimento do agente agressor. As proteínas atuam como opsoninas, pois revestem o agente agressor para que as células de defesa trabalhem com maior rapidez e precisão no processo de fagocitose. É um potente quimiotático para células como neutrófilos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Também age possibilitando a permeabilidade vascular, vasodilatação e estimulando a liberação de mediadores químicos por outras células. 
C2 – quando transformado exerce efeito semelhante as cininas
C3b – facilita a fagocitose realizada por macrófago 
C3a – promove a degranulação de mastócitos causando liberação de histamina e leucotrienos 
Pode ser ativado por três vias:
Via clássica: iniciada pelo complexo de Ag/Ac, havendo, portanto, a necessidade de uma resposta imune estabelecida.
Via alternativa: deflagradas por várias superfícies celulares. Os anticorpos também conseguem ativar essa via embora não sejam necessários.
Via da lecitina: iniciada pelo complexo manose-lecitina. Relaciona os resíduos de manose e outros açucares -> permitem a ativação por múltiplos patógenos.
As proteínas plasmáticas trabalham em conjunto para formar o complexo de ataque a membrana (MAC) -> abertura de poros -> passagem de fluidos e sais ->destruição da célula.
Uma vez ativado, atua nos mecanismos de:
Dano direto sobre células-alvo
Mediação da resposta vascular
Recrutamento de leucócitos
Opsonização de alvos para células fagocíticas
Fenômenos vasculares:
Associados especialmente a C3a e C5a
Aumenta a permeabilidade vascular
Vasodilatação
Aderência, quimiotaxia e ativação de leucócitos.
C5a: potente agente quimiotático para leucócitos.
Intensifica aderência de leucócitos ao endotélio.
Fagocitose:
C3b fixado à parede celular bacteriana atua como opsonina.
Favorece a fagocitose por neutrófilos e macrófagos (quem tem receptores C3b na superfície celular).
Os fragmentos C3 e C5 são os mais importantes, e podem ser ativados por várias enzimas proteolíticos presentes no exsudado inflamatório; plasmina, enzimas dos neutrófilos.
Se a célula fagocita e elimina o resto do que fagocitou, a mitocôndria está fazendo mais respiração = exacerbação da atividade respiratória, chamado de BUST.
Metabolitos do ácido araquidônico: Derivados de fosfolipídios e ácidos graxos liberados das membranas plasmáticas pela agressão. Fazem parte de uma rede reguladora complexa, e tanto promovem quanto inibem a inflamação.
Via da ciclooxigenase
Os produtos dessa via são as prostaglandinas e os tromboxanos. Algumas prostaglandinas atuam em conjunto com a histamina e a bradicinina para produzir vaso dilatação e aumento da permeabilidade vascular. As prostaglandinas também estão implicadas na patogenia da dor e da febre na inflamação. A prostaglandina também ocorre em outros processos no nosso corpo que não inflamatórios. Drogas anti-inflamatórias não estereoidais inibem a ciclooxigenase e suprimem a síntese de prostaglandinas.
Febre: responsável pela manutenção da temperatura é o hipotálamo que tem receptores para interleucina 1,6, TNF que são liberadas por células inflamatórias na área inflamada. 
Fosfolipídios de membrana > ação da enzima fosfolipase A2 > ácido araquidônico > ação da enzima ciclooxigenase (COX) > Prostaglandinas, Prostaciclina e Tromboxano A2.
Principais:
Prostaciclina (PGI2): vasodilatação e inibição da agregação plaquetária.
Tromboxano (TXA2): vasoconstritor na circulação sistêmica e vasodilatador na circulação pulmonar. Agregação de plaquetas.
Prostaglandinas (PGE2): vasodilatação, potencializarão do edema e da dor promovidos pela bradicinina. Atua no SNC para o aumento da temperatura corpórea.
Via da lipoxigenase
Os produtos dessa via são os leucotrienos. Tem ação pró inflamatória.
Fosfolipídios de membrana > ação da enzima fosfolipase A2 > ácido araquidônico > ação da enzima lipoxigenase > leucotrienos > LTC4, LTD4, LTE4
Principais: 
LTB4: induz a adesão e ativação de leucócitos no endotélio. Quimiotáxico para neutrófilos.
LTC4, LTD4, LTE4: aumento da permeabilidade vascular. Broncoconstricção e vasoconstrição. 
Fator ativador plaquetário: É produzido através de células inflamatórias que podem liberar PAF quando estimuladas. O PAF tem como ação a indução para liberação de aminas vasoativas (serotonina e histamina), pelas plaquetas, ativação leucocitária e quimiotaxia. No meio extracelular, o PAF apresenta vida média muito curta e promove efeitos como: Ativação e agregação de plaquetas, vasodilatador (quando usado como vasodilatador, auxilia na permeabilidade vascular); vasoconstritor (quando usado como vasoconstritor, auxilia na broncoconstricção e contrição da musculatura lisa); ativação de fagócitos.
Quimiocinas e citosinas: Grupo de polipeptídios produzidos e excretados por leucócitos, estão envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento do sistema imune e da inflamação. São moduladoras de inflamação de acordo com o agente agressor e devido a sua afinidade com células inflamatórias, tornam o agressor mais fácil de ser reconhecido através do seu auto estimulo para a liberação de interleucinas.
Macrófago > afinidade com interleucinas > leucócito estimulado para a produção de mais > interleucinas > macrófago atraído pela afinidade com as interleucinas.
Elas são divididas basicamente em cinco classes funcionais:
Citosinas que regulam função leucocitária
Citosinas envolvidas na imunidade natural
Citosinas que ativam células inflamatórias
Quimiocinas
As quimiocinas são uma grande família de citocinas estruturalmente homólogas que estimulam o movimento dos leucócitos e regulam a migração destes do sangue para os tecidos, são citocinas quimiotáticas, além de estimular a produção de novas citocinas e auxiliar em diferenciações celulares.
Fator de Necrose Tumoral (TNF) e Interleucina 1
Substância presente no grupo de citocinas capaz de provocar necrose hemorrágica/apoptose, é produzido por macrófagos e ativado devido a bactérias. O TNF aumenta seu efeito de acordo com a quantidade da substancia e o agente agressor. Pode ser local ou sistêmico.
Óxido nítrico (NO): Mediador químico em forma de gás solúvel de rápida atuação. É produzido por células endoteliais, macrófagos e neurônios específicos. Atua na resposta do hospedeiro a infecções, promovendo relaxamento da musculatura lisa, inibindo a agregação plaquetária e como vasodilatador e broncodilatador. 
Radicais livres: Os principais radicais são: o ânion superóxido, o peróxido de hidrogênio e o radical hidroxila. Esses metabólitos podem se combinar com o NO para formar outros intermediários reativos do nitrogênio. Eles estão envolvidos com as seguintes respostas: lesão endotelial, com consequente aumento da permeabilidade vascular; inativação de antiproteases, danos a outros tipos de células. Espécie químico que tem no seu orbital mais externo, um elétron livre ou não pariável. É altamente nucleofílico.
Neutraliza radical livre – catalaze e superóxido dismutase (2 enzimas)
Exemplo de radical livre – H202 = peroxido de hidrogênio.
Neuropeptídeos: Eles têm ação inicial. Seu principal representante é a substância P. Suas ações são: aumento da permeabilidade vascular, transmissão dos sinais de dor, junto com a bradicinina, regulação da pressão sanguínea e estímulo da atividade secretória de células endoteliais e imunológicas,acarretando suas ações características.
Reparação Tecidual
Regeneração: substituição por células parenquimatosas do mesmo tipo de tecido com recuperação estrutural e funcional. Elimina por completo a lesão inicial. (acontece em tecidos lesados que não perderam seu arcabouço estrutural)
Tipos células com capacidade proliferativa:
Células lábeis: são células com o período de vida curto, que tem um ciclo continuo de proliferação, como células epiteliais (pele, mucosa, trato gastrointestinal, glândulas exócrinas e etc) e medula óssea vermelha.
Células estáveis: células que se prolifera quando estimuladas com fatores de crescimento e hormônios, como parênquima hepático, rins, pâncreas, células do tecido conjuntivo (fibroblastos, condrocitos e osteocitos) fibras musculares lisas endoteliais.
Células perenes ou permanentes: estão programadas para não serem substituídas, mas pode ocorrer mitose de forma bem limitada, essas células são neurônios, fibras musculares cardíacas e esqueléticas em adultos.
Fatores de crescimento:
EGF/TGF-alfa: Fator de crescimento epidérmico: para células epiteliais e fibroblastos, presente em secreções e líquidos teciduais, como suor saliva, urina e conteúdo intestinal. Células fonte: macrófagos ativados, glândulas salivares, queratinócitos...
FGF: Fator de Crescimento Fibroblastico: angiogenese; migração de macrófagos, fibroblasto, células endoteliais no tecido lesado para a formação da epiderme. Célula fonte: macrófago, mastócito, linf. T, célula endotelial e fibroblasto.
VEFG: Fator de crescimento Celular Endoteliais: angiogenese em tumores, inflamação crônica e cicatrização de feridas. Célula fonte: cel. Mesenquimal.
Mecanismo de Sinalização Intracelular:
Sinalização autócrina: célula responde a moléculas sinalizadoras produzidas por elas mesmas, possui receptor na própria célula. (Regeneração hepática)
Sinalização parácrina: célula produz a molécula que atua nas células vizinhas. (Reparação de feridas)
Sinalização endócrina: hormônios liberados por glândulas endócrinas, que são levados pelo sangue até onde irão atuar.
Matriz Extracelular: controle de crescimento celular, arcabouço tecidual, suporte mecânico, manutenção da diferenciação celular, armazenamento de moléculas (fator de crescimento).
Cicatrização: substituição do tecido lesado por tecido conjuntivo fibroso, podendo retornar a sua função ou não.
Etapas do processo de cicatrização:
Fase exsudativa ou inflamatória (24h): mediadores químicos induzindo a vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e quimiotaxia de leucócitos no combate ao agente agressor.
Fase proliferativa (1-14 dias)- Tecido de granulação (proliferação fibroblastica, capilares neoformados e MEC frouxa) com aparecia rosada, macia e granulosa.
Fase reparativa ou maturação: redução da celularidade e vascularização, proliferação fibroblastica, deposição de colágeno, maturação das fibras colágenas e remodelamento tecidual.
Cicatrização por Primeira Intenção: lesão por incisão limpa e não infectada. Cicatrização rápida e “sem complicações”)
Cicatrização por Segunda Intenção: lesão ampla, com presença de infecção, demorada e complexa.
Fatores importantes no processo de reparação: infecção (prolonga o processo inflamatório), nutrição (deficiência de Vit. C e proteína), glicorticoides (reduz a inflamação e a fibroplasia), perfusão tecidual deficiente, tipo de tecido lesionado, anomalias na produção de MEC e crescimento celular (queloide)
Distúrbios do desenvolvimento, crescimento e diferenciação celular
Distúrbios do desenvolvimento celular:
Aplasia: ausência de formação de um órgão. Só estão presente rudimentos do órgão ou tecido. Ex.: aplasia segmentar
O termo aplasia também é aplicado para indicar a tendência de um órgão em não se regenerar ou formar novo tecido.
Atresia: ausência de perfuração. A estrutura se forma, porém não apresenta luz. Ex.: Atresia anii, Atresia colii, Atresia jejunii
Só ocorre em órgãos tubulares ou em orifícios naturais
Agenesia: ausência de iniciação do desenvolvimento total do órgão ou de parte dele. Ex.: anencefalia, ciclopia, amelia, agenesia ovariana, renal, etc.
Distúrbios do crescimento celular:
Hipoplasia: deficiência na formação. O órgão é menor e com função reduzida. O desenvolvimento é incompleto. Ex.: Hipoplasia ovariana, Hipoplasia testicular, Hipoplasia renal.
Hipertrofia: é o aumento da síntese dos constituintes celulares (anabolismo > catabolismo), em células que tem bloqueada sua capacidade para dividir-se (células pós mitóticas ou permanentes ou perenes). 
Aumento do volume celular.
Hipertrofia fisiológica 
Hipertrofia compensatória ou vicariante
Hipertrofia adaptativa
Hipertrofia hormonal
Hiperplasia: aumento do número de células de um órgão por aumento da demanda funcional (adaptação) ou por aumento de estímulos tróficos (ex.: hormonais). É uma consequência do aumento de mitoses. 
Aumento do número de células. 
Hiperplasia endometrial
Hiperplasia prostática
Hiperplasia linfoide (nodal e esplênica)
Hiperplasia nodular senil esplênica 
Hiperplasia gengival
Distúrbios de diferenciação celular:
Atrofia: ausência, privação ou deficiência de nutrição, geralmente associada com apoptose e autofagia (catabolismo > anabolismo), diminuição das organelas na célula, além da redução do volume e função celular. 
Por desenervação
Por suprimento sanguíneo deficiente
Por perda do estimulo endócrino
Por desuso
Senilidade
Por nutrição deficiente
Atrofia serosa da gordura 
Metaplasia: transformação de um tecido maduro para outro diferente (mais resistente ao ambiente adverso), mas de mesma origem embrionária.
Escamosa
Óssea 
Displasia: 
Órgãos: processos regressivos, degenerativos, com frequência ligados a condições genéticas. Ex.: displasia coxo-femural.
Tecido: resposta proliferativa atípica e irregular as irritações crônicas. É reversível e caracterizada por perda de diferenciação (anaplasia), atipia celular (pleomorfismo e hipercromasia), e atipia estrutural. Ex.: nevos cutâneos (pintas). Displasia tecidual é considerada uma importante lesão pré-neoplásica.
Teratologia (malformações)
Normal é o individuo que mais se aproxima do padrão médio de sua espécie. O que se desvia desse padrão é uma anomalia.
Classificação das malformações:
Monstros (teras/teratas): indivíduos com deformações graves.
Hemiterias (hemiteras/hemiteratas): indivíduos com deformações leves.
Anomalias tardias: aparecem com o desenvolvimento.
Causas das malformações:
Malformações congênitas genéticas: genes letais e não-letais
Malformações congênitas adquiridas (causas externas não-hereditárias): separação parcial dos envoltórios fetais, pressão anormal sobre o feto, produtos químicos, deficiências nutricionais, infecções virais e bacterianas
Exemplos de hemiterias: 
Fendas: falhas de partes em fechar-se ou coalescer-se
Fusões: falhas de partes em separar-se ou canalizar-se 
Persistência de vestígios de estruturas 
Partes acessórias ou supranumerárias 
Partes ectópicas ou heterotópicas 
Hamartoma 
Anomalias do desenvolvimento do esqueleto 
Malformações celulares e enzimáticas 
Estenose 
Fístulas
Neoplasia
Definição: neoplasia é uma massa anormal de tecido cujo crescimento excede e não está coordenado ao crescimento dos tecidos normais, persistindo (em seu crescimento) mesmo cessada o estimulo que a provocou.

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