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AGRESSÃO E DEFESA 2 GÊNERO: STAPHYLOCOCCUS SP Características morfotinturiais: Forma: cocos Arranjo: estafilo (cacho de uva) Cor: gram + (roxo) Habitat: mucosas e pele de diversas espécies animais. Grande parte das infecções é endógena, causada por uma cepa residente. Microrganismo oportunista: fazem aumentar a quantidade de bactérias, gerando doenças. Principais Staphylococcus: S. aureus: mastites em bovinos e ovinos. S. pseudintermedius: dermatites pustulosas, otites, conjuntivites em cães. S. epidermidis: raramente patogênico (microbiota). Principais fatores de virulência: Catalase: ação antioxidante, impede destruição por fagócitos -> impede a fagocitose Coagulase: (em S. aureus) converte o fibrinogênio em fibrina e pode impedir o acesso dos fagócitos as bactérias – indicador de patogenicidade. Coagula o fibrinogênio e o transforma em fibrina. Testes bioquímicos: caracterizar espécies. Alteração nos meios de cultura relacionadas a produção de enzimas. Teste de catalase: Positiva: presença de bolhas (Staphylococcus sp) Negativa: ausência de bolhas (Streptococcus sp) Teste de coagulase: Positiva: presença de coagulo S. pseudintermedius Negativa: ausência de coagulo S. epidermidis Crescimento em Meio Manitol: Cor do meio amarela: S. aureus Cor do meio inalterada: S. pseudintermedius ou S. epidermidis Manifestação clínica: dermatites pustulosas FUNGOS (DERMATOFITOS E MALASSEZIA) A) Fungos pluricelulares: BOLOR Dermatofitos: bolores que tem como habito parasitar tecidos queratinizados. Tecidos queratinizados: Pele Manifestação clínica: descamação Amostra clínica: raspado superficial Anexos cutâneos (Pelos, unhas, chifres) Manifestação clínica: alopecia Amostra clínica: arrancar o pelo, coletar amostra da borda da lesão. A lesão é circular. Exame laboratorial: em uma lâmina de vidro, colocar a pele ou o pelo e outra lamina por cima. Vai para cultivo (10 a 15 dias). Tratamento: 1 a 2 meses. Identificação: por meio do órgão de esporulação, reconhece qual o bolor. Principal dermatofitos: Microsporum canis Justificação: descamação e alopecia são manifestações clinicas porque as duas atingem a queratina. Fator de virulência: enzima queratinase (quebra a queratina). B) Fungo Unicelular: LEVEDURA Malassezia Pachydermatis Fatores predisponentes: hereditariedade, doenças que afetam as barreiras da pele (infecções, alergia, seborreia), oportunista Habitat: locais ricos em glândulas sebáceas (pele e ouvido) Citologia: forma ovalada com brotamento largo (M. pachydermatis) Fator de virulência: produtos metabólicos de efeito pró inflamatório. Manifestação clínica: Edema Prurido Rubor Alopecia Vermelhidão Coceira Dor Hiperqueratose Calor Hiperpigmentação Amostra clínica: raspado superficial da pele e cera de ouvido (citologia) HIPERSENSIBILIDADE TIPO I - Distúrbio causado por resposta imune excessiva Hipersensibilidade imediata mediada por anticorpos IgE e mastócitos/ basófilos/ eosinófilos Tipos de alergia: Dermatite atópica (pele) Rinite (trato respiratório superior) Asma (pulmão) Alergia alimentar (trato digestório) Anafilaxia (sistêmica) Inoculados (DAPI/DAPP: dermatite alérgica a picada de inseto/pulga) *Histamina – dilatação de pequenos vasos, aumento da permeabilidade vascular, estimula a contração temporário do músculo liso. Agressor Alérgeno Tipo de defesa Inata – polimorfonucleares – basófilo/mastócito Adaptativa – humoral – antígeno IgE Efeito colateral Prurido, choque anafilático HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV ou tardia Ex.: tuberculose -> bactéria Mycobacterium bovis ou avium. Parasita intracelular facultativo de macrófagos. Bactéria e inalada, macrófago se desloca até ela, não consegue fazer a digestão e a bactéria começa a se multiplicar dentro do macrófago. O macrófago inicial emite um sinal para que outros macrófagos migrem para o local, as bactérias saem de dentro do macrófago inicial e infectam os novos macrófagos. Se forma um granuloma mononuclear de macrófagos dentro dos alvéolos (macrófagos mortos no centro e vivos na periferia), que acaba rompendo os alvéolos, dificultando na troca gasosa. Agressor Parasita intracelular de macrófagos, infecção crônica Resposta imune Inata – macrófago Adaptativa – linfócito T Helper Efeito Granuloma, lesão tecidual Teste de tuberculina (extrato purificado de mycobacterium): utilizado para diagnostico de tuberculose a campo. A tuberculina é injetada intraderme na base da cauda de bovinos, se espera 72h, se for observado aumento de volume o animal está infectado, se não houver edema o animal não está infectado. O aparecimento do edema se deve a resposta imune do animal, que uma vez exposto ao agente, desenvolve resposte imune especifica e quando a tuberculina é injetada, este sistema é ativado gerando aumento de volume no sitio de injeção. Módulo digestório: família ENTEROBACTERIACEAE 1-Microbiota ou patogênicos? Família: +/- 50 gêneros, dentre eles: Salmonella – patogênico Causa doenças Escherichia coli - microbiota e patogênico Presente no trato digestório Faz parte da microbiota Cepas patogênicas: O157H7 Enfermidades: pneumonia, meningite, gastroenterite, abcessos, septicemia Cepas: variações de organismos da mesma espécie São bacilos Gram negativos *Realizar exame coproparasitológico 2-Cepas x fatores de virulência 2.1–Toxinas (endotoxina) – Ag O (180 variações) Gera processo inflamatório (choque endotoxico) LPS – lipopolissacarideos (apenas em bactérias gram negativas) Ativação do complemento Liberação de citocinas Leucocitose Febre Trombocitopenia CID Choque anafilático (endotoxico) Morte 2.2-Escape imune – Ag K (90 variações) Dificulta a fagocitose (cápsula) Bactérias com capsulas são mais difíceis de serem destruídas for fagócitos 2.3-Invasão (flagelo) – Ag H (50 variações) Motilidade 2.4-Adesão (fimbria) – Ag F (50 variações) Adesão a célula Modulo entérico – ENTEROVIROSES Rotavirus (bovinos), coronavirus (cães e gatos), parvovirus (cães e gatos) = causam diarréia Coronavírus – cães Vírus RNA de fita simples Envelopado Intestino grosso e delgado Tropismo pelo sistema digestório – rota oral fecal Patogenia branda Infecção progressiva Linfoide primário – criação e maturação de defesa Linfoide secundário – onde essas células se instalam Parvovírus – cães Vírus DNA de fita simples Não envelopado Pode ser inalado ou deglutido Excretados em grandes quantidades nas fezes Linfonodos regionais: replicação primaria, aumento da quantidade de vírus Linfonodos se desloca por via linfática – cai na veia cava (corrente sanguínea) – causando vírus Sistêmica – infecção simultânea no intestino delgado Infecta enterócito da base – poder regenerativo – diarreia com sangue Testes -SNAPS – teste imunológicos / amostras: fezes Resistentes a aquecimento, solventes, desinfetantes e variações de pH Tratamento: Fluido Vomito (entra com antiemético) Diarreia (não entra com remédio) Antibacteriano (pois há dano na mucosa) HIPERSENSIBILIDADE TIPO II – transfusão malsucedida Quando não ocorre compatibilidade entre antígeno e células, fazendo com que sejam fagocitadas ou destruídas pelo sistema complemento. *Modelo: Sistema ABO Agressor Hemácia estranha Tipo de defesa Adaptativa – humoral – IgM e IgG Inata – macrófagos Efeito colateral Hemólise intracelular por sistema complemento e extracelular por macrófagos. HIPERSENSIBILIDADE TIPO III – deposito de imunocomplexo (conjunto de anticorpos com antígenos) *Modelo: tártaro (calculo dentário) Agressor Infecção crônica – bactérias extracelulares Tipo de defesa Adaptativa – humoral – IgG Inata - Macrófago / Sistema complemento Efeito colateral Rins: insuficiência renal Coração: insuficiência cardíaca Articulações: artrite infecciosa CULTIVO E ISOLAMENTO BACTERIANO Manitol – estafilococos – teste de coagulase Mac Conkey – enterobactérias – EPM e Mili Identificação bacteriana:provas bioquímicas – diagnostico laboratorial Provas bioquímicas: alterações químicas nos meios de cultivo, por meio de enzimas bacterianas, utilizadas para a identificação dos microrganismos *Todo estafilococos é catalase + Espécies de estafilococos: S. Pseudintermedius -> coagulase + S. Epidermidis -> coagulase - *Prova que tem uma estrutura é positivo, é um coagulo. Teste de coagulase serve para identificar a espécie *Prova de cores – prova bioquímica, identificação Antibiograma: teste “in vitro” que avalia a sensibilidade/resistência de 1 isolado bacteriano frente a antibacterianos Interpretação: 1º - Identificar a existência de “Halos de inibição de crescimento”. 2º - Medir o tamanho do halo de inibição. 3º - Comparar na tabela de antibiograma. A tabela possui 3 classificações: R – Resistente I – Intermediário S – Sensível *Halos de inibição de crescimento: o que tem é porque deu efeito. A bactéria é sensível ao antibiótico A escolha do antibiótico é feita pelo preço, quantidade por administração por dia (terapêutico) e efeito colateral 1- ÁCAROS CAUSADORES DE SARNA Diagnostico laboratorial: raspado parasitológico da pele (borda da lesão, com presença de sangue) Observar no microscópio: Sarcoptidae, Psoroptidae, Demodicidae Família Sarcoptidae (ácaros escavadores) Características biológicas (comportamento): penetra profundamente na pele e escava tuneis e galerias ocasionando uma reação inflamatória e alérgica (saliva e fezes) com a ocorrência de espessamento da pele, rachaduras e rugosidade. Sarcoptes scabiei: acaro causador da sarna sarcóptica (escabiose). S. scabiei variedade hominis: acomete os humanos S. scabiei variedade canis: acomete os cães S. scabiei variedade suis: acomete os suínos *pode ocorrer infestações entre espécies (zoonoses) Notoedres cati: acaro causador de sarna notoédrica no gato Cnemidocoptes: acaro causador de sarna nas aves Acomete pele das patas Acomete base das penas (deplumagem) Acomete base do bico (psitacídeos) Família Psoroptidae (ácaros superficiais) Características biológicas: permanece na superfície da pele e ocasiona uma reação inflamatória e alérgica (saliva e fezes) com a produção de secreção que ao secar origina a formação de crostas. Psoroptes: acaro causador da sarna psoróptica que acomete equinos, bovinos, ovinos, caprinos e coelhos. Otodectes cynotis: acaro causador da sarna otodética (sarna auricular/orelha) dos cães e gatos Acomete o conduto auditivo Inflamação: otite externa Produção de secreção, acumulo de serumem e sangue Formação de crostas de cor escura Família Demodicidae (acaro do folículo piloso e glândula sebácea) Demodex canis: acaro causador da sarna demodécia A maioria dos cães apresenta o acaro demodex em pouca quantidade, não apresentando manifestações clínicas Deficiência imunológica: proliferação exagerada do ácaro (foliculite e foliculose) Primaria: hereditária (deficiência na produção de linfócito T) Secundária: por corticoide, hormonal ou neoplasia Pode haver invasão bacteriana secundária no folículo piloso por Staphylococcus (secreção purulenta e hemorrágica de forte odor) Transmissão (ácaro): contato direto com o animal infectado (pele) Ciclo biológico: ovo -> larva -> ninfa -> adulto -> macho e fêmea -> cópula -> fêmea realiza postura dos ovos (100% no hospedeiro) Controlar hospedeiro (acaricida) 2- ÁCAROS MACROSCÓPICOS (carrapatos) Carrapatos monóxenos: necessita procurar o hospedeiro uma única vez para completar o ciclo Rhipicephalus boophilus microplus (bovinos): transmissão da babesiose bovina Dermacentor nitens (equino): transmissão da babesiose equina Fase parasitária (ambiente 5% da população): larva -> ninfa -> adulto -> fêmea suga grande quantidade de sangue “fêmea ingurgitada” -> fêmea ingurgitada cai no ambiente e realiza postura dos ovos (3000) e morre Fase não parasitária (ambiente 95% da população) Carrapatos trioxenos: necessário procurar/ subir no hospedeiro por três vezes Amblyomma cajennense (carrapato estrela): equinos, capivaras, antas, mamíferos domésticos, selvagens, aves, humanos Transmissão da febre maculada (humanos e cães) Rhipicephalus sanguineus (carrapato do cão): cão Transmissão da babesiose canina Transmissão da erliquiose canina Fêmea realiza postura dos ovos no ambiente -> larva -> larva hematofagia -> larva alimentada evolui para ninfa -> ninfa hematofagia -> ninfa alimentada evolui para adulto(a) -> adulto(a) hematofagia/cópula -> fêmea suga grande quantidade de sangue (0,5 a 3ml) -> fêmea regurgitada 3- PULGAS (ordem sipttonaptera/ classe insecta) Ctenocephalides C. felis – principal no brasil (cães e gatos) C. canis – clima frio e temperado (cães e gatos) Pulga adulta hematofagia/cópula -> realiza postura dos ovos no animal -> ovos lisos escorregam e caem no ambiente -> eclosão (necessário apêndice cefálico na larva) -> larva 1 estágio (se alimenta de fezes da pulga adulta (sangue parcialmente digerido e desidratado) e matéria orgânica) e evolui -> larva 2 estágio (se alimenta e evolui) -> larva 3 estágio (produção de fio de seda viscoso) -> casulo pupal (pupa) -> metamorfose de +/- 180 dias -> pulga adulta 4- MOSCAS CAUSADORAS DE MIÍASE (larvas biontófagas – tecido vivo) Classificação quanto a localização: Miíase cutânea (bicheira): causada pela larva da mosca Cochliomyia Hominivorax Postura dos ovos na borda de uma ferida recente Fenda/lesão na pele com grande quantidade Miíase subcutânea (berne): causada pela larva da mosca Dermatobia Hominis Captura outra mosca para realizar a postura dos ovos Nódulo parasitário com uma larva no interior Miíase cavitária: acomete os seios nasais dos ovinos/caprinos causada pela larva da mosca Oestrus Ovis Acomete o estomago dos equinos causada pela larva da mosca Gasterophilus 5- MOSCAS HEMATÓFAGAS (aparelho bucal picador/sugador) Ovo -> larva 1 -> larva 2 -> larva 3 -> pupa -> mosca adulta com aparelho bucal picador/sugador Ambiente/criadouro: local onde ocorre a postura dos ovos e o desenvolvimento das larvas Stomoxys calcitrans: mosca do estábulo Hospedeiro: equino/cão ou humanos Criadouro: matéria orgânica vegetal fermentada com fezes e urina Parasitismo: procura o animal apenas no momento da hematofagia Haematobia irritans: mosca do chifre Hospedeiro: bovinos (bubalinos) Criadouro: fezes frescas de bovino Parasitismo: permanece o tempo todo sob o corpo do animal Controle biológico: besouro Ontophagus Gazella (rola bosta) MÓDULO SISTEMA DIGESTÓRIO 1) PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS 1-a) Protozoários Coccídeos (eucarionte, unicelular) Intracelular obrigatório: realiza a sua reprodução no interior das células intestinais Eimeria: aves, ruminantes, equinos Cystoisospora (isospora): cães, gatos, suínos Destrói células intestinais, sangramento, não absorção de nutrientes 1ª fase: assexuada – objetivo aumentar número de protozoários 2ª fase: sexuada – formação de gametas (masc. e femin.) -> fecundação -> produção de oocisto 3ª fase: oocistos são eliminados nas fezes (não infectante). Amadurecimento em 24h/48h – esporogônia (temperatura, oxigênio, umidade) Interno – patogenia (mecanismo de agressão): Destruição das células intestinais Sangramento na mucosa intestinal Manifestações clinicas: Fezes pastosas Diarreia Emagrecimento Diagnostico laboratorial: amostra de fezes Exame coproparasitológico – método de flutuação Visualizar oocisto nas fezes Infecção: ingestão de oocistos infectantes na agua e nos alimentos Cystoisospora -> migra para o linfonodo mesentérico (permanece dormente) -> se ocorrer imunodepressão, migra para o intestino e realiza novo ciclo 1-b) Protozoários flagelados (possuem flagelos) Reprodução na superfície da mucosa do intestino delgado Giárdia duodenalis (G. Lamblia e G. Intestinalis) Hospedeiros: humanos e a maioria dos mamíferos Trofozoíto: forma ativa e móvel, flagelada Ciclo biológico: Adaptada a sobreviver e reproduzir por divisão binária -> superfície da mucosa do intestino delgado-> grande quantidade de trofozoíto na mucosa do intestino delgado -> trofozoíto secreta uma camada de quitina ao seu redor e origina o cisto -> cisto nas fezes (forma adaptada a resistir e sobreviver no ambiente) -> contaminação da agua e alimentos com cisto (1 a 2 meses) Infecção: ingestão do cisto presente na agua e alimentos, transmissão fecal-oral Patogenia: diminuição da produção de enzimas digestivas e diminuição da ação de enzimas digestivas. Esfoliação acelerada dos enterócitos. Diminui a área de absorção dos nutrientes. Manifestações clinicas: fezes pastosas, diarreia, esteatorreia (gordura nas fezes), emagrecimento, dor abdominal, vomito, desidratação Diagnostico laboratorial: exame coproparasitológico. Método de flutuação no sulfato de zinco, mínimo de 3 amostras por 5 dias, visualizar cisto 2) Verminose – classe CESTODA 2-a) Dipylidium caninum (proglotes esbranquiçada semelhantes a semente de pepino ou grão de arroz com movin. próprio.) -> cães e gatos (hospedeiro definitivo “fase adulta no Intestino Delgado” -> pulgas e piolhos (vetor biológico – hospedeiro intermediário “larva cisticercoide”) 2-b) Anoplocephala -> equino -> acaro oribatídeo (vida livre) vive na pastagem -> hospedeiro intermediário “larva cisticercóide” 2-c) Moniezia -> ruminantes, bovinos, ovinos, caprinos -> acaro oribatídeo (hospedeiro intermediário) Corpo achatado e segmentado, parece uma fita (hermafrodita) Cavidade geral (cavidade abdominal) Hospedeiro definitivo (fase adulta intestino delgado) -> ambiente (fezes deposita proglotes grávida – rompe liberando ovos embrionados) -> ingestão dos ovos embrionados (água/alimentos/pastagem) -> vetor biológico/hospedeiro intermediário (eclosão do ovo – liberação do embrião e desenvolvimento da larva cisticercoide) -> ingestão do V.B./H.I./larva cisticercoide pelo hospedeiro definitivo Diagnostico laboratorial: visualização de proglotes nas fezes Tratar H.D.: verme adulto + controle de pulga 3- Verminose: classe Nematoda (verme cilíndrico) “Superfamília strongyloidea” -> reunião de vários grupos (famílias) de vermes nematodas que podem acometer ruminantes, equinos, cães e gatos *apresenta ovo elíptico com casca fina e morulada (mórula = células embrionárias) Fezes: Ovo (eclosão) -> larva 1 (alimenta e evolui) -> larva 2 (alimenta e evolui) -> larva 3 (infectante-ingestão) -> infecção -> L3 evolui para L4 -> adulto (alimenta e copula) -> realiza postura do ovos Principal verme de ruminantes: infecção, localização, manifestação, patogenia: 1-a) Haemonchus spp Possui lanceta bucal Estritamente hematófago Penetração das larvas na mucosa do abomaso 2-a) Equino - grandes estrongelos: Strongylus vulgaris – pequenos estrongelos: ciatostomineos 3-a) Cães e gatos: Ancylostoma spp Via Oral: Ovos (fezes) -> larva 1 -> larva 2 -> larva 3 infectante (ingestão) -> parasitos adultos (intestino delgado) -> fezes Via per-cutânea: larva 3 infectante -> penetração na pele -> parasitos adultos (intestino delgado) -> fezes Inativo na musculatura -> reativado na gestação -> circulação -> colostro e leite ou placenta -> filhote Patogenia: Hematófagos – severa anemia Manifestações clinicas: Diarreia muco-sanguinolenta Diagnostico: exame coproparasitológico – método de flutuação Zoonose: larva migras cutânea (bicho geográfico) Verminoses – classe nematoda (vermes cilíndricos) – ASCARÍDEOS Vermes nematoda com grande tamanho (10-20cm) Ovos com casca grossa (muito resistentes) e rugosa com formato arredondado Ambiente: Fezes (ovo) -> ovo com L1 -> ovo com L2 -> ovo com L3 (infectante) -> ingestão ovo larvado L3 -> eclosão do ovo e liberação da L3 (alimenta e evolui) -> L4 (alimenta e evolui) -> adulto (copula – intestino delgado) -> fêmea faz postura dos ovos Migração pelo organismo: a- Migração hepato-traqueal (ciclo pulmonar): até 2 meses do cão b- Migração somática: a partir de 6 meses do cão c- Migração intestinal (ciclo intestinal) A larva migra pela circulação para o fígado, coração e pulmão. Perfura o capilar dos alvéolos e migra pelo trato respiratório sendo deglutido e atinge o intestino delgado. Evoluindo para verme adulto A larva migra pela circulação e atinge os tecidos, principalmente musculatura esquelética. A larva não evolui e permanece latente/dormente. Durante a gestação as larvas são reativadas por estimulo hormonal e através da circulação podem infectar o feto (infecção placentária) e atingir a glândula mamaria, sendo eliminada no colostro do leite O desenvolvimento da larva até a fase adulta ocorre diretamente no intestino 1. Toxocara canis – cão Verme adulto – intestino delgado Infecção: ingestão do ovo larvado (L3) – até 2 meses ciclo pulmonar, acima de 6 meses migração somática infecção placentária infecção mamária ingestão de hospedeiro paratênico -> ciclo intestinal 2. Toxocara cati – gato Verme adulto – intestino delgado Infecção: ingestão do ovo larvado (L3) – toda vida: ciclo pulmonar – migração somática infecção mamária ingestão de hospedeiro paratênico -> ciclo intestinal 3. Toxocara spp – equino Verme adulto – intestino delgado Infecção: ciclo pulmonar Zoonose – larva Migrans visceral: os humanos podem ingerir acidentalmente o ovo do Toxocara. Ocorre a eclosão e a liberação da larva que migra para as vísceras (fígado e pulmão), podendo atingir o globo ocular. Ocasionando a formação de um granuloma e eosinofilico, promovendo distúrbios hepáticos e respiratórios. Exames coproparasitológicos Método de Willis Consiste em um método de flutuação em solução saturada de cloreto de sódio, sendo bastante utilizado para evidenciar ovos leves como: Toxocara Ancylostoma Trichuris Dipylidium Isospora (oocisto) Método de flutuação em solução de Zinco: Oocisto (isospora) Cisto (giárdia) Mc Master Visa a contagem de ovos por grama de fezes (O.P.G.) Faz-se a diluição de 1g de fezes em 15 ml de solução e espera-se de 3 a 5 minutos para a visualização no microscópio. Após a observação e contagem dos ovos presente nas áreas demarcadas, multiplica esse número por 100 e divide por 2. Exemplo: 5 x 100 = 250 O.P.G. 2 Superfamília strongyloidea Coprocultura parasitológica Em amostras positivas para ovos da Superfamília Strongyloidea, pode ser feita a coprocultura para identificação do gênero do parasita através das características das larvas (L3) infectantes. É feito o cultivo das amostras de fezes com vermiculita em uma estufa (a 27º) durante 7 dias no laboratório. Módulo: sistema circulatório 1- Protozoário Babesia Transmissão: picada do vetor carrapato (hematofagia) Inocula a Babesia Infecta hemácias Reprodução dentro das hemácias (divisão binária) Destruição das hemácias Reinfecção de hemácias (ciclo vicioso) Patogenia: Destruição das hemácias Formação de trombos com obstrução dos capilares Manifestações clinicas: Severa anemia Hemoglobinúria (urina com cor de coca cola) Icterícia Alterações neurológicas (Incoordenação motora, agressividade, paralisia) Diagnostico clinico (laboratorial) Amostra de sangue -> capilares das extremidades (ponta da cauda e ponta da orelha) Esfregaço sanguíneo – detecta a Babesia no interior das hemácias Teste sorológico (RIFI e ELISA – detecta a presença de anticorpos) Técnica molecular PCR (reação em cadeia pela polimerase) – detecta fragmentos de DNA específicos da Babesia Hospedeiros: Bovinos Babesia bovis e Babesia bigemina – Rhipicephalus boophilus microplus Cão Babesia canis – Rhipicephalus sanguineus Equino Babesia caballi – Dermacentor nitens Thereria equi (Babesia equi) – Amblyomma cajennense, R. Boophilus Microplus e Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo) Transmissão da Babesia no carrapato: Transmissão ovariana: Femea ingurgitada Durante a hematofagia adquire a Babesia Babesia infecta o ovário Femea realiza a postura dos ovos Eclosão dos ovos Larva infectada com Babesia Transmissão para o animal Transmissão estadial: Larva: Hematofagia / adquire a Babesia Babesia migra para a musculaturaNinfa infectada com Babesia Transmissão para o animal Ninfa: Hematofagia / adquire a Babesia Babesia migra para a musculatura Adulta infectada com a Babesia Transmissão para o animal 2- Verminose: Dirofilariose canina – Dirofilaria immitis Dirofilariose canina é uma enfermidade causada pelo verme nematoda Dirofilaria immitis. Medem aproximadamente 15 a 30cm e parasitam vasos sanguíneos e o coração. Hospedeiro definitivo: Cães e outros canídeos selvagens. Apresentam os vermes adultos no ventrículo direito do coração e artérias pulmonares. Hospedeiros intermediários: Mosquitos do gênero: Aedes, Culex e Anopheles. Ocorre o desenvolvimento das larvas L1, L2 e L3. Ciclo biológico: Vermes adultos realizam a cópula no ventrículo direito e artéria pulmonar dos cães. Femeas realizam a postura das microfilárias que se disseminam na circulação sanguínea de todo o organismo. Mosquito ao realizar a hematofagia ingere as microfilárias. No mosquito ocorre o desenvolvimento das larvas (L1, L2, L3). L3 infectante migra para o aparelho bucal do mosquito Ao realizar a hematofagia em outro cão, o mosquito inocula a L3 infectante. L3 evolui para L4 e se dirige para coração e artéria pulmonar. Quando adultos, iniciam a sua reprodução, liberando microfilárias na circulação seis a sete meses após a infecção. Patogenia: Lesões nas paredes dos vasos Reação inflamatória (endoarterite) Proliferação da camada intima Estreitamento e oclusão das artérias Dificulta o fluxo sanguíneo Dilatação (aumento do volume) do ventrículo direito Insuficiência cardíaca Manifestações clinicas: Tosse seca Dificuldade respiratória Intolerância a exercícios físicos Edema Diagnostico: Pesquisa de microfilárias no sangue: Exame direto de gota espessa – pesquisa de microfilárias vivas: visa avaliar uma gota de sangue ao microscópio Técnica de Knott modificada – pesquisa de microfilárias mortas e coradas: promove a destruição das hemácias e a morte das microfilárias Técnica de histoquímica – atividade (coloração) da fosfatase ácida: corar em vermelho o anus e o poro excretor da microfilária. Pesquisa de antígenos circulantes: ELISA – kits comerciais específicos: visa detectar antígenos liberados pelo verme adulto na circulação. 3- Protozoário: Toxoplasma gondii – Toxoplasmose Protozoário intracelular obrigatório Reprodução assexuada: ocorre no tecido extra intestinal dos hospedeiros intermediários (animais domésticos, animais selvagens, aves, humanos) Fase aguda: Protozoário infecta célula nucleada Multiplicação do protozoário dentro da célula (taquizoíto) Rompimento da célula e liberação dos novos protozoários Infecção das células vizinhas Disseminação pelos mais variados tecidos e órgãos Infecção de célula nucleada Patogenia: destruição das células infectantes Em femeas prenhes, pode atingir a placenta e gerar uma infecção fetal, causando abortamento e má formação fetal Manifestações clinicas (só ocorre em animais imunodeprimidos): Morte Fase crônica: em animais imunocompetentes Desenvolve resposta imunológica Destruição dos protozoários livres (extracelulares) Formação de cisto tecidual na musculatura cardíaca e esquelética, tecido nervoso e retina A membrana elástica protege o protozoário da ação imunológica e dos medicamentos, tornando o indivíduo portador por vários anos *Doença rara pois só afeta imunodeprimidos. Infecção comum, pois, maioria da população possui, mas nem todos manifestam a doença. Reprodução sexuada: ocorre única e exclusivamente nas células do epitélio do intestino delgado dos felídeos (hospedeiros definitivos) Formação de gametas (feminino e masculino) Fecundação Produção de oocistos Oocistos no ambiente (não infectante) Amadurecimento da esporogônia (48/72h) Oocisto maduro infectante Fatores que permitem a convivência com o gato sem ocorrer a infecção dos humanos: Elimina oocistos não infectantes Elimina oocistos uma única vez durante a sua vida Elimina oocistos por um período curto, em média 1 semana Transmissão: Ingestão do oocisto tecidual na carne crua ou má cozida Ingestão do oocisto infectante na água, frutas e verduras Infecção placentária: a femea gestante negativa (não possui anticorpos) que adquirir a primeira infecção durante a gestação pode ocorrer infecção do feto
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