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APOSTILA AUDITORIA OPERACIONAL E CONTABIL

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GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA 
 AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 
Tatiane Antonovz 
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Prezado aluno, 
Esta apostila é a versão estática, em formato.pdf, da disciplina online e contém 
todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do 
conteúdo. 
Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da 
apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você 
encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a 
respeito de cada item. 
Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. 
A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um 
momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados 
devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. 
A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você 
deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma 
mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na 
disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções 
audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. 
Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais 
complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, 
artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. 
Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e 
organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu 
aprendizado! 
Bons estudos! 
 
 
 
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Auditoria operacional e contábil - Apostila 
Apresentação 
Esta disciplina apresentará o procedimento que torna as demonstrações 
contábeis mais confiáveis para os usuários dessas informações. Inicialmente, 
definiremos os conceitos gerais de auditoria, identificando como esse processo 
funciona, bem como as noções de normatização. 
Em seguida, conheceremos os principais tópicos da documentação de auditoria 
e as formas de controle interno. Além disso, aprenderemos a elaborar o relatório 
de auditoria, que serve para demonstrar a opinião dos auditores. 
Por fim, destacaremos os aspectos relativos à auditoria operacional: um tipo de 
auditoria diferente que se dedica à verificação da eficiência e da eficácia – 
normalmente em órgãos públicos –, mas que possui conceituações muito 
importantes que podem ser utilizadas na gestão das empresas. 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
1. Definir os principais conceitos de auditoria; 
2. Demonstrar os aspectos práticos do processo de auditoria; 
3. Aplicar a auditoria operacional. 
 
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Aula 1: Aspectos iniciais da auditoria 
Introdução 
Vamos começar esta disciplina a partir do estudo da evolução histórica da 
auditoria, apresentando os fatos que marcaram seu desenvolvimento nacional e 
mundial. 
Além disso, identificaremos os objetivos da auditoria operacional, ou seja, 
entenderemos PARA QUE ela é necessária e POR QUE deve ocorrer dentro das 
entidades. 
Por fim, diferenciaremos a auditoria interna da externa e conheceremos os 
diferentes tipos de auditoria. 
Boa aula! 
Objetivo 
1. Explicar a evolução histórica e os principais aspectos da auditoria; 
2. Identificar os propósitos e os diferentes tipos de auditoria. 
Resumo do conteúdo 
Nesta aula: 
• Contextualizamos a história da auditoria; 
• Diferenciamos a auditoria interna da externa; 
• Estudamos os principais tipos de auditoria. 
Conteúdo 
História da auditoria 
Você sabe onde nasceu a auditoria e para que essa atividade foi criada? 
Assim como a contabilidade, a auditoria surgiu na Europa. Sua fase inicial se 
destacou depois da Revolução Industrial, quando órgãos e normatizações foram 
criados. Entretanto, não há uma data exata de sua constituição. 
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Para que você possa compreender a relação entre essas áreas, conheça alguns 
fatos marcantes da contabilidade e da auditoria. 
 
 Atenção 
 A criação da SEC, em 1934, foi um marco no desenvolvimento 
da auditoria no mundo, pois estimulou as empresas que tinham 
valores negociados em bolsa a utilizarem os procedimentos de 
auditoria para aumentar a credibilidade de suas demonstrações, 
o que, por consequência, atraiu mais investidores. 
De acordo com Attie (2011), a evolução da auditoria foi baseada 
na necessidade, por parte dos investidores e proprietários das 
empresas, de verificar a fidedignidade dos registros contábeis. 
 
Auditoria no Brasil 
A auditoria surgiu no Brasil pela necessidade que grandes empresas e 
multinacionais tinham de realizar tal processo em seus países de origem. 
De acordo com Attie (2011), os fatos que marcaram esse surgimento foram: 
• A existência de filiais de empresas multinacionais; 
• A busca por financiamento de empresas brasileiras através de entidades 
internacionais; 
• O crescimento das empresas brasileiras, sua necessidade de 
descentralização e a busca por diversificação de suas atividades 
econômicas; 
• A evolução do mercado de capitais; 
• A criação, em 1972, das normas de auditoria, promulgadas pelo Banco 
Central do Brasil (Bacen); 
• A criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – que devia seguir os 
princípios da SEC; 
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• A regulamentação dos aspectos societários, principalmente das sociedades 
de capital aberto, através da criação da Lei das Sociedades Anônimas – 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm Lei 
nº 6.404/76. 
A auditoria teve um grande desenvolvimento justamente pelos aspectos 
relacionados à verificação das demonstrações contábeis trazidos por esses fatos. 
Mas, afinal, como a auditoria pode ser entendida? 
Vamos descobrir? 
 Atenção 
 A criação da CVM e a regulamentação dos aspectos societários 
foram necessárias após a expansão das empresas brasileiras e sua 
constante busca por novas formas de capital. 
 
Auditoria pública e privada 
A auditoria possui uma forte relação com o conceito de accountability, que está 
presente tanto no setor privado quanto no público. Basicamente, a auditoria pode 
ser aplicada, então, nesses dois campos. Vejamos como... 
Conforme aponta Silva (2012, p. 5), no setor privado, que inclui as empresas 
em geral: 
“O Parlamento (Congresso) é representando pelo Conselho de Administração, 
que delega responsabilidade ao administrador para gerir a empresa, de forma 
eficiente e eficaz, para a otimização dos recursos e a geração de lucro. 
O auditor verifica se os recursos estão sendo utilizados de acordo com as metas 
e diretrizes gerais, e informa ao Conselho. O parecer de auditoria publicado 
produz efeitos, também, junto ao mercado e aos acionistas”. 
De acordo com o Artigo 70 da Constituição, já no setor público, o principal 
objetivo da auditoria é verificar ações de órgãos e de entidades que fazem parte 
da administração direta e indireta. 
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Sendo assim, com base no conceito de accountability, dentro da administração 
pública, há o Congresso, que delega responsabilidade ao administrador público e 
ao auditor. 
Conforme destaca Silva (2012), estes, por sua vez, respondem pela prestação de 
contas deste modo: 
Administrador público – tem condições de aplicar os recursos de forma 
eficiente e eficaz. 
Auditor – representado pelo Tribunal de Contas, verifica se esses recursos estão 
sendo aplicados corretamente, de acordo com a legislação e o Congresso. 
Portanto, dentro da área pública, a noção de auditoria assume um papelmuito 
importante – afinal, trata de recursos públicos a que todos os cidadãos têm 
direito. Nesse caso, a Fazenda Nacional deve se sobrepor aos interesses 
individuais. 
Objetivo da auditoria 
Agora que já apresentamos o conceito de auditoria, você deve estar se 
perguntando: 
Qual é seu objetivo? 
Para Perez Júnior (2012), o principal objetivo da auditoria é fornecer a todos os 
usuários nela interessados uma opinião imparcial, que deve estar fundamentada 
em normas e em princípios vigentes. 
O autor afirma que esse processo é uma técnica autônoma dentro da Ciência 
Contábil e, por isso, tem um objetivo bem definido, que pode ser 
entendido de múltiplas formas, quais sejam: 
• Comprovar, pela verificação dos registros, os fatos que alteraram o 
patrimônio; 
• Apresentar erros e fraudes; 
• Sugerir possíveis providências que coibirão futuros erros ou futuras 
fraudes; 
• Verificar o controle interno da entidade; 
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• Identificar se a contabilidade é satisfatória do ponto de vista sistemático e 
societário. 
Portanto, a principal função da auditoria é descobrir fraudes e erros, a fim de 
atestar a fidedignidade das demonstrações contábeis, ou seja, de indicar se elas 
representam, de forma fiel, a situação patrimonial da instituição. 
Auditoria interna X auditoria externa 
Você já ouviu falar em auditoria interna e auditoria externa? Saberia 
diferenciá-las? No quadro a seguir, apresentamos uma comparação entre essas 
duas vertentes: 
Observe que a maior diferença entre o auditor interno e o externo é a 
independência: enquanto o primeiro tem algumas limitações, o segundo é mais 
livre, pois não possui vínculo com a empresa auditada. 
 Atenção 
 De acordo com a legislação brasileira, para que um profissional 
esteja habilitado a exercer a profissão de auditor, ele tem de ser 
Bacharel em Ciências Contábeis e estar devidamente aprovado e 
registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), bem 
como na CVM. 
Além disso, esse profissional deve passar por um processo de 
educação continuada e ter uma conduta ética perfeita. 
O registro do auditor pode ocorrer de duas formas: como pessoa 
física ou jurídica. Para cada uma dessas categorias, ele deverá 
obedecer a uma série de requisitos. 
 
Tipos de auditoria 
Já vimos que, em sentido mais amplo, a auditoria refere-se à verificação das 
demonstrações contábeis e pode, em primeiro plano, ocorrer nos setores privado 
e público. 
Além disso, identificamos que a auditoria interna trabalha, principalmente, a 
questão de controles no interior das entidades. 
Mas que outros tipos de auditoria existem? Vamos conhecê-los? São eles: 
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Auditoria de gestão 
Forma de auditoria que realiza análises dos planos e das diretrizes de 
determinada empresa ou entidade e que mede a eficiência da gestão, verificando 
se está de acordo com os planos traçados. 
Auditoria de sistemas 
Forma de auditoria realizada nos sistemas de informação, cujo objetivo é analisar 
se os controles dessa área estão adequados e, por consequência, podem 
minimizar riscos inerentes aos sistemas de dados. 
Auditoria operacional 
Forma diferente de auditoria realizada com o intuito de verificar tanto a eficiência 
quanto a eficácia das atividades operacionais que ocorrem durante os processos 
administrativos. Em outras palavras, esse tipo de auditoria busca a melhoria 
contínua e soluções para os procedimentos operacionais, de acordo com a 
legislação vigente. 
Nesse caso, os controles internos do setor público são avaliados. É nesse 
momento que identificamos seus pontos fortes e fracos à procura da melhor 
atuação, com processos mais eficientes, até diminuir os custos indesejados. 
Para entender a diferença entre as auditorias contábil e operacional, 
veja em 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_1_Au
ditoria_contabil_auditoria_operacional.pdf. 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! 
Primeiro, leia o texto 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_1_Ati
vidade_proposta.pdf Fraudes no inventário de estoques. Com base em 
sua leitura, responda: 
a) Quais deveriam ter sido os objetivos primários dos auditores quando 
observaram o inventário físico anual da empresa? O que, tipicamente, deveria 
ser levantado? 
b) Que tipos de procedimentos poderiam ser realizados para prevenir as fraudes 
nos estoques? 
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a) Os auditores deveriam ter verificado, de imediato, a conta-estoque – por ser 
representativa – e se as quantidades físicas correspondiam àquelas que 
constavam nos relatórios. Para isso, seria necessária a contagem in loco, ou seja, 
dentro das geladeiras. 
b) Outra possível forma de se evitar o problema seria verificar os controles 
internos – que eram fracos na área – e o aumento injustificável da conta-estoque 
na referida divisão. 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre fraudes, erros e aspectos de auditoria, leia o texto 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_1_Fra
udes_corporativas.pdf Fraudes corporativas: como prevenir perdas por 
fraudes e desfalques na empresa. 
Para saber mais sobre os tipos de auditoria, leia o texto 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_1_Au
ditoria_conceitos_objetivos.pdf Auditoria: conceitos e objetivos. 
Referências desta aula 
ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil – 
enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008. 
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 
Presidência da República, 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso 
em: 16 mar. 2015. 
______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria 
de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de 
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG, 
2012. 
______. Senado Federal. Disponível em: <www.senado.gov.br>. Acesso em: 16 
mar. 2015. 
CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais. Disponível 
em: <http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos>. Acesso em: 16 mar. 2015. 
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CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor 
público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009. 
PEREZ JÚNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e 
procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma 
abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011. 
SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as 
normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2012. 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
O fato que marcou o desenvolvimento da auditoria foi a: 
a) Guerra Fria. 
b) Crise de 1929. 
c) Revolução Francesa. 
d) Revolução Industrial. 
e) Segunda Guerra Mundial. 
Questão 2 
O marco na auditoria foi a criação do seguinte órgão: 
a) Caixa Econômica Federal (CEF). 
b) Security and Exchange Comission (SEC). 
c) Financial Accounting Standards Board (FASB). 
d) International Financial Reporting Standards (IFRS). 
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e) Associação dos Contadores Públicos Certificados (AICPA).Questão 3 
Entre os fatos a seguir, assinale aquele que NÃO pode ser considerado um marco 
do desenvolvimento da auditoria no Brasil: 
a) A existência de filiais de empresas multinacionais. 
b) A evolução do mercado de capitais. 
c) O crescimento e a complexidade da carga tributária brasileira. 
d) A busca por financiamento de empresas brasileiras através de entidades 
internacionais. 
e) O crescimento das empresas brasileiras, sua necessidade de 
descentralização e a busca por diversificação de suas atividades 
econômicas. 
Questão 4 
De acordo com o que estudamos nesta aula, o objetivo da auditoria é: 
a) Formular opinião com base nos princípios do IFRS. 
b) Atender as demandas da administração e dos acionistas da entidade. 
c) Verificar se as demonstrações contábeis estão de acordo com as 
exigências da SEC. 
d) Aumentar o grau de confiança das demonstrações contábeis por parte dos 
usuários nela interessados. 
e) Apresentar opinião sobre as demonstrações contábeis de acordo com os 
princípios exigidos pela AICPA. 
Questão 5 
Uma das bases da auditoria na área pública é a (o): 
a) Ética. 
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b) Sigilo. 
c) Entidade. 
d) Economicidade. 
e) Conservadorismo. 
Questão 6 
Como ciência autônoma dentro da Ciência Contábil, a auditoria possui um 
objetivo bem definido que pode ser entendido de múltiplas formas, EXCETO: 
a) Apresentar erros e fraudes. 
b) Verificar o controle interno da entidade. 
c) Analisar as estratégias e os aspectos gerenciais da empresa. 
d) Sugerir possíveis providências que coibirão futuros erros ou futuras 
fraudes. 
e) Comprovar, pela verificação dos registros, os fatos que alteraram o 
patrimônio da entidade. 
Questão 7 
Os dois principais aspectos que fazem parte dos objetivos da auditoria são: 
a) Erros e evasão. 
b) Erros e fraudes. 
c) Fraudes e roubos. 
d) Elisão e evasão fiscal. 
e) Fraudes e evasão fiscal. 
Questão 8 
O conjunto de procedimentos que tem como objetivo examinar a integridade e a 
adequação dos controles internos e das informações físicas, contábeis, 
financeiras e operacionais da entidade é chamado de: 
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a) Auditoria interna. 
b) Auditoria externa. 
c) Auditoria de gestão. 
d) Auditoria operacional. 
e) Auditoria de sistemas. 
Questão 9 
A maior diferença entre a auditoria externa e a interna é representada pela(o): 
a) Ética. 
b) Sigilo. 
c) Competência. 
d) Dependência. 
e) Independência. 
Questão 10 
Determinada entidade contratou uma auditoria para verificar se seu processo 
operacional está ocorrendo de acordo com o previsto e para buscar possíveis 
soluções para erros apresentados. Nesse caso, o tipo de auditoria contratada foi 
a: 
a) Auditoria interna. 
b) Auditoria de gestão. 
c) Auditoria operacional. 
d) Auditoria de sistemas. 
e) Auditoria independente. 
 
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Aula 2: Profissional de auditoria 
Introdução 
Nesta aula, definiremos os conceitos relativos ao trabalho do auditor, 
identificando como se desenvolvem sua formação acadêmica e sua carreira e 
quais são as características desse profissional, bem como suas responsabilidades. 
Analisaremos, também, alguns aspectos que o auditor deve observar durante a 
execução de seu trabalho e a questão da independência, que tem de ser 
considerada durante a carreira do profissional de auditoria. 
Além disso, apresentaremos os tipos de ameaça que podem ocorrer dentro do 
desenvolvimento da função do auditor e como ele deve lidar com tais situações. 
Bons estudos! 
Objetivo 
• Explicar o trabalho do auditor; 
• Identificar os riscos envolvidos no desenvolvimento dos trabalhos de 
auditoria. 
Resumo do conteúdo 
Nesta aula: 
• Estudamos os principais aspectos normativos do trabalho do auditor; 
• Definimos os riscos e analisamos sua implicação no trabalho do auditor. 
Conteúdo 
Trabalho do auditor 
Quando se trabalha na área de auditoria, um ponto importante a ser observado 
é que a competência profissional é obtida com o tempo, conforme a carreira vai 
se desenrolando. Isso requer treinamento tanto formal quanto informal por parte 
dos auditores. 
Um dos resultados do trabalho do auditor é um documento chamado de Relatório 
de Auditoria, o qual é confeccionado por um profissional devidamente registrado 
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no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Mas todo esse trabalho prévio é 
realizado por uma equipe com diversos níveis hierárquicos e técnicos distintos. 
Toda empresa prestadora de serviços na área de auditoria possui uma estrutura 
organizacional que apresenta algumas variações. 
Contudo, de maneira mais genérica, as organizações apresentam certos níveis 
hierárquicos – sobre os quais nos deteremos a seguir – que são praticamente os 
mesmos, quer seja em empresas nacionais ou em multinacionais. 
Como fazemos, então, para crescer dentro da carreira de auditor? 
Assim como o conhecimento, o crescimento na área de auditoria é gradual, pois 
envolve uma quantidade considerável de saberes, de habilidades e 
responsabilidades. O mais provável é que um trainee venha a chegar ao cargo 
de sócio com 15 a 20 anos de trabalho contínuo. 
A maneira mais comum de ingresso no setor é pelo recrutamento – normalmente, 
quando os trainees ainda são alunos do curso de Graduação em Ciências 
Contábeis, Administrativas, Jurídicas, Econômicas e áreas correlatas. 
Embora a atividade de auditoria seja uma prerrogativa exclusiva dos contadores, 
as empresas desse setor selecionam profissionais de outras áreas para que 
auxiliem os trabalhos. Caso eles tenham destaque e queiram seguir carreira, 
terão de obter a Graduação em Ciências Contábeis com o posterior registro no 
CRC. 
Perfis da carreira de auditor 
Vamos apresentar, agora, com mais detalhes, os perfis desejados na maioria das 
empresas de auditoria, bem como as especificidades dos diversos níveis 
representativos da carreira de um auditor. São eles: 
Trainee 
Estudante universitário que se enquadra no perfil normalmente exigido pelas 
empresas de auditoria, selecionado nas principais universidades brasileiras. 
O trainee é aquele aluno que está no último ou no penúltimo ano do curso de 
Graduação em Ciências Contábeis, Administração ou Ciências Econômicas. 
Outros estudantes podem iniciar a carreira, mas, para dar sequência a ela, eles 
deverão obter o grau de Bacharel em Ciências Contábeis. 
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Entre as principais características do profissional de auditoria trainee, 
destacamos: 
• Idade não superior a 23 anos – Passando dessa idade, normalmente, os 
estudantes já estão empregados, conseguindo salários superiores aos da 
posição de trainee de auditoria. Além disso, pessoas com mais experiência 
profissional poderiam gerar maior resistência a mudanças no perfil (algo 
muito comum durante os procedimentos de adequação às práticas das 
empresas de auditoria). Procuram-se profissionais com pouca ou nenhuma 
experiência para moldá-los de acordo com as necessidades dessas 
empresas. 
• Jovens solteiros – Os casados possuem responsabilidades financeiras não 
compatíveis com os salários iniciais oferecidos por tais organizações. Isso 
pode fazer com que esse estudante não se dedique totalmente à profissão. 
• Fluência no idioma inglês não é algo obrigatório – Entretanto, sabemos 
que o conhecimento mínimo da língua é fundamental, além de precisar 
ser aprimorado para o crescimento na carreira, dadas as oportunidades e 
necessidades em empresas com capitas estrangeiros. 
O processo de seleção é composto de diversos testes,bem como de várias 
entrevistas e dinâmicas de grupo – momento em que um grupo de trainees é 
contratado. 
Eles iniciam a carreira na auditoria passando por um longo período de 
treinamento, o qual pode chegar a seis meses, com a apresentação de 
orientações gerais sobre:• As políticas da empresa e a atividade de 
auditoria; 
• Os planos de carreira; 
• O comportamento exigido; 
• As matérias ligadas diretamente à profissão do auditor. 
Assistentes ou auxiliares 
Este cargo é dividido em três categorias em quase todas as empresas de 
auditoria: A, B e C – que é o trainee. Cada uma dessas fases dura de um a dois 
anos, dependendo do desempenho e das vagas abertas nas empresas. 
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Quando são promovidos, esses assistentes passam por outro programa de 
treinamento, mais exaustivo que o primeiro, pois é mais adequado à nova função 
que o profissional exercerá. 
Auditor sênior 
Na maior parte das empresas de auditoria, passados os quatro anos na categoria 
de assistente, o profissional chega ao nível sênior, podendo exercer função de 
chefe junto a equipes de outros auditores. 
O auditor sênior assume responsabilidades por distribuição, orientação e 
supervisão dos trabalhos dos assistentes hierarquicamente inferiores a ele, e 
deve se dirigir diretamente ao gerente de cada trabalho. 
Tanto o sênior quanto o assistente são classificados em três categorias: A, B e C 
ou semissênior. 
A cada trabalho realizado, o sênior é avaliado formalmente pelo gerente imediato. 
Tais avaliações são analisadas periodicamente para fins de promoção a cargos 
superiores. 
É exatamente nesse momento em que uma quantidade maior de profissionais 
deixa a atividade de auditoria. Mas por que isso acontece com tanta frequência? 
E por que as empresas não conseguem alterar tais estatísticas? 
Algumas respostas possíveis a essas perguntas envolvem: 
• Dificuldade ou não adaptação à carreira; 
• Não aprovação em avaliações passadas e consequente perda de 
promoções; 
• Recebimento de propostas de trabalho financeira e profissionalmente mais 
vantajosas para atuar nas próprias empresas auditadas – antes clientes e, 
agora, empregadoras; 
• O fato de que outros podem receber propostas de pequenas empresas de 
auditoria sem tanta estrutura quanto as grandes. Como os auditores não 
necessitam de treinamentos – pois já foram realizados nas empresas 
anteriores –, tais companhias menores acabam oferecendo salários 
maiores por um profissional já treinado e que já conhece a rotina de 
trabalho. 
 
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Supervisor 
Decorridos os quatro anos ou o período previsto para a atividade como sênior, o 
profissional será, então, alçado para supervisor e ficará nessa posição por dois 
anos, sendo treinado para assumir o cargo de gerente. 
Como supervisor, ele receberá treinamento específico, exercendo atividades 
como auditor sênior de grandes clientes, sempre se reportando ao gerente 
imediato. Se for gerente para clientes menores, esse profissional se reportará ao 
sócio imediato. 
Gerente 
Ficando dois anos como supervisor, o auditor será promovido a gerente e 
receberá treinamento específico para tal cargo. 
Esse profissional gerenciará o trabalho de diversos clientes e fará a supervisão 
de diversas empresas de auditoria. Em outras palavras, ele será responsável 
direto por várias tarefas. São algumas delas: 
• Elaborar o planejamento do trabalho de auditoria; 
• Realizar a programação da equipe; 
• Supervisionar a equipe; 
• Discutir sobre assuntos diretamente com a gerência e com a direção da 
empresa auditada; 
• Revisar papéis de trabalho; 
• Desenvolver o esboço do relatório de auditoria. 
Sócio 
Geralmente, após cinco anos exercendo a função de gerente, o auditor pode ser 
convidado pelos sócios atuais para fazer parte da sociedade. 
Aqui, todos os sócios devem aprová-lo, considerando, os seguintes aspectos:•
 Indubitável capacidade técnica; 
• Bom ou ótimo relacionamento com os clientes, com os sócios e com os 
outros auditores da empresa; 
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• Habilidade de negociação; 
• Vontade de participar da gestão da empresa de auditoria; 
• Disponibilidade para atuar em outras sedes físicas, em outras cidades ou 
em outros estados do território nacional etc. 
Na situação de que esse gerente não seja aceito como um novo sócio, 
normalmente, ele deixa a empresa, sendo informado de tal situação. A empresa 
abre, então, a vaga para outro gerente que atenda a todas as expectativas e que 
possa ser alçado à categoria de sócio em seu lugar. 
Caso sejam aprovados, além de convidados e promovidos a sócios, os gerentes 
recebem uma quantidade de quotas ou ações que poderão crescer conforme eles 
evoluam enquanto sócios. 
São algumas das novas atribuições pertinentes aos sócios:• Manter 
contatos com clientes para discutir sobre honorários e negociá-los; 
• Revisar e aprovar o planejamento dos trabalhos com clientes sob sua 
responsabilidade – elaborados pelos gerentes subordinados; 
• Discutir com os gerentes e com a alta administração sobre os principais 
pontos observados pela equipe durante a execução dos trabalhos com os 
clientes; 
• Revisar e aprovar os papéis de trabalho; 
• Elaborar o relatório final dos trabalhos; 
• Assinar o relatório final. 
Além disso, o sócio também é responsável junto aos demais sócios pelo trabalho 
executado e pela emissão do relatório de auditoria. Mas, perante os órgãos 
fiscalizadores e a sociedade de modo geral, quem possui essa responsabilidade 
é a própria empresa de auditoria, e não o sócio que revisou e assinou o relatório 
da área. 
Independência mental 
Mudando um pouco o foco, vamos ver, agora, outros aspectos que devem ser 
analisados no decorrer dos trabalhos de auditoria? 
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Durante suas atividades, o auditor deve possuir independência mental. Caso 
essa prerrogativa não seja alcançada e demonstrada, não só o trabalho do 
auditor estará comprometido mas também todo o trabalho da empresa de 
auditoria. 
Sendo assim, esse profissional não pode ter qualquer interesse ou influência – 
seja financeira ou não – ou, ainda, relação pessoal de qualquer âmbito com a 
empresa a ser auditada. 
Quando são encontradas quaisquer irregularidades nas demonstrações de 
grandes empresas, fica evidente que o auditor não teve o completo domínio de 
conteúdo ou não aplicou as normas e os procedimentos de auditoria em sua 
completude, fazendo com que as primeiras suspeitas recaiam exatamente sobre 
sua pessoa. 
Cuidados necessários ao auditor 
Enquanto prestar serviços à entidade auditada, o auditor estará automaticamente 
impedido de realizar quaisquer outros trabalhos na empresa, tais como 
consultorias ou semelhantes. Esse procedimento simples busca a manutenção da 
independência por parte do auditor. 
O auditor também NÃO DEVE: 
• Auditar o próprio trabalho; 
• Exercer funções gerenciais na entidade auditada; 
• Promover interesses próprios nessa empresa. 
Esse profissional precisa ter bastante cautela, principalmente quando for avaliar 
outras empresas ou reavaliar ativos, seja: 
• Na prestação de serviços de auditoria interna; 
• Na seleção de executivos; 
• Na análise da escrituração contábil; 
• Em outros serviços-chave para o trabalho de auditoria. 
Mas, quando recebe uma proposta para a realização de um trabalho de auditoria 
de demonstrações contábeis, como deve a empresa ou o profissional autônomo 
proceder com relação à definição dos honorários a serem cobrados? 
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Quais são os pontos que temos de considerar para a fixação dos preços a serem 
cobrados das empresasauditadas? 
O tamanho da entidade a ser auditada bem como o nível de complexidade de 
suas operações são fatores fundamentais para a análise de fixação de preços a 
que nos referimos. Quando não consideramos tais fatores, podemos cobrar 
pouco por um trabalho muito longo, o que compromete a qualidade da auditoria 
no geral. 
Pensando de maneira oposta, se cobramos muito da empresa a ser auditada, o 
auditor tende a perder sua independência, pois seus honorários estão fora da 
realidade do mercado, o que pode gerar favorecimento ilícito para a empresa a 
ser auditada. 
Os honorários também NÃO podem ser definidos com base em: 
Situações predeterminadas – como, por exemplo, um desfecho específico dos 
trabalhos ou certo resultado alcançado no final das análises realizadas; 
Trabalhos futuros que a empresa auditada possa demandar da empresa de 
auditoria. 
 Atenção 
 Atenção 
A segurança, o sigilo e o zelo profissional devem estar presentes 
desde o momento do primeiro contato do auditor com a empresa 
a ser auditada até o momento da emissão de seu relatório de 
auditoria. 
Os papéis de trabalho devem ser mantidos sob a boa guarda dos 
auditores a todo o momento, gerando maior confiabilidade por 
parte da empresa auditada e, consequentemente, garantindo uma 
boa análise e posterior divulgação de informações para seus 
sócios ou aqueles da sociedade em geral. 
O zelo profissional no trabalho de auditoria está intimamente 
ligado a fatores como: 
• A definição do risco de auditoria; 
• A estimativa das horas a serem trabalhadas na auditoria; 
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• A definição dos honorários de auditoria; 
• A programação das visitas às pessoas-chave da empresa 
auditada, tais como gestores, administradores, gerentes de 
departamento etc.; 
• O planejamento dos trabalhos de auditoria; 
• A definição dos procedimentos e a extensão dos testes de 
auditoria a serem executados; 
• A definição da equipe de auditoria, com a quantidade e 
qualidade necessárias para o bom desenvolvimento do 
trabalho; 
• A avaliação do ambiente de controle interno da empresa 
auditada; 
• A revisão analítica e o confronto das principais 
discrepâncias com a avaliação do ambiente de controle 
interno; 
• A supervisão do trabalho de auditoria e suas etapas; 
• A elaboração e a revisão dos papéis de trabalho; 
• A emissão de relatórios sobre a avaliação do ambiente de 
controle interno; 
• A garantia do sigilo profissional; 
• A boa guarda da documentação, ou seja, dos papéis de 
trabalho. 
Naturalmente, há outros aspectos a serem observados com 
relação ao zelo profissional. Esses são os mais difundidos, mas 
não são os únicos a serem praticados durante o trabalho de 
auditoria em uma entidade qualquer. 
 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! 
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a) O auxiliar tinha, realmente, de escrever o sumário? 
b) Qual deveria ser a postura do auditor sênior nesse caso? 
Chave de resposta 
Com sua experiência e com o respaldo das 1.000 horas trabalhadas pela equipe, 
além das extensas evidências de auditoria, João poderia, sim, ter escrito o 
sumário. Mas a posição de Jorge está errada, pois, como superior, ele deveria 
ajudar João diante de suas dificuldades. 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre a ética na profissão do auditor, leia o texto 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/auditoria-responsabilidade-
etica.htm Auditoria – responsabilidade legal e ética profissional. 
Referências desta aula 
ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil – 
enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008. 
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 
Presidência da República, 1988. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 
16 mar. 2015. 
______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria 
de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de 
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG, 
2012. 
______. Senado Federal. Disponível em: http://www.senado.gov.br 
www.senado.gov.br. Acesso em: 16 mar. 2015. 
CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais. 
Disponível em: http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos. Acesso em: 16 mar. 2015. 
CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor 
público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
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� 24242424 
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009. 
PEREZ JÚNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e 
procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma 
abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011. 
SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as 
normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2012. 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A auditoria caracteriza-se como prerrogativa exclusiva da seguinte categoria: 
a) Atuários. 
b) Bacharéis em Direito. 
c) Técnicos em Ciências Contábeis. 
d) Bacharéis em qualquer uma das Ciências Sociais. 
e) Bacharéis em Ciências Contábeis devidamente aprovados e registrados no 
CRC. 
Questão 2 
Dentro das possibilidades de desenvolvimento da carreira de auditor, esse 
profissional passa por treinamentos e pelo processo de educação continuada, 
bem como adquire experiência com o passar dos anos durante a execução dos 
trabalhos de auditoria. Tais habilidades podem ser definidas, respectivamente, 
como: 
a) Formais e mistas. 
b) Mistas e informais. 
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c) Informais e formais. 
d) Formais e informais. 
e) Complexas e informais. 
Questão 3 
Um profissional possui o seguinte perfil: é jovem, solteiro, fluente em dois 
idiomas, está no último ano do curso de Ciências Contábeis e bastante motivado 
a trabalhar. No campo da auditoria, esse profissional se enquadra na seguinte 
categoria: 
a) Sócio. 
b) Trainee. 
c) Gerente. 
d) Analista. 
e) Supervisor. 
Questão 4 
O gerente de auditoria é um profissional que já possui experiência, pois passou 
por diversos momentos dentro da carreira. Assinale, entre as opções a seguir, 
aquela que NÃO pode ser considerada como sua responsabilidade: 
a) Realizar a programação da equipe. 
b) Elaborar o planejamento de trabalho. 
c) Realizar a revisão dos papéis de trabalho. 
d) Elaborar o esboço do relatório de auditoria. 
e) Revisar e aprovar o planejamento dos trabalhos. 
Questão 5 
Dentro do quadro evolutivo da profissão de auditor, quando o profissional chega 
a sócio, uma de suas atribuições mais importantes é: 
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a) Assinar o relatório final. 
b) Realizar a programação da equipe. 
c) Elaborar o planejamento de auditoria. 
d) Distribuir e orientar os trabalhos dos assistentes. 
e) Discutir sobre assuntos da empresa com a gerência. 
Questão 6 
Uma característica marcante do trabalho do auditor é a independência mental, 
que pode ser descrita como a capacidade de: 
a) Analisar situações. 
b) Fazer julgamentos. 
c) Fazer julgamentos neutros. 
d) Fazer julgamentos neutros e parciais. 
e) Fazer julgamentos neutros e imparciais. 
Questão7 
Até a década de 1990, era comum que as empresas de auditoria realizassem o 
trabalho de consultoria nas empresas auditadas. Isso contraria o seguinte 
princípio da auditoria: 
a) Ética. 
b) Unidade. 
c) Entidade. 
d) Pessoalidade. 
e) Independência. 
Questão 8 
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Caso um auditor possua operações de crédito e garantias de qualquer tipo com 
a entidade auditada, poderá acontecer o seguinte tipo de ameaça: 
a) Autorrevisão. 
b) Familiaridade. 
c) Independência. 
d) Interesse próprio. 
e) Defesa de interesses da entidade auditada. 
Questão 9 
Determinado auditor possui um primo de primeiro grau na empresa em que está 
auditando. De acordo com as regras relativas aos riscos de trabalho de auditoria, 
nesse caso, devemos adotar o seguinte procedimento: 
a) Recusar o trabalho. 
b) Terminar a auditoria. 
c) Modificar o plano de auditoria. 
d) Substituir o membro da equipe que possui o relacionamento familiar. 
e) Envolver outro profissional para revisar os trabalhos elaborados pela 
pessoa que possui a relação familiar. 
Questão 10 
Quando executamos o trabalho de auditoria, devemos levar em consideração 
alguns aspectos, entre os quais o mais importante é: 
a) O regime de tributação. 
b) O número de funcionários. 
c) O tamanho da entidade auditada. 
d) As políticas contábeis observadas. 
e) O tipo das demonstrações contábeis. 
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Introdução 
Nesta aula, você conhecerá as normas de auditoria, ou seja, o conjunto de 
regulamentações que norteiam o trabalho dos auditores com relação tanto ao 
desempenho de seu trabalho quanto a sua pessoa. 
As normas profissionais do auditor são aquelas que orientam a execução dos 
trabalhos do auditor e apresentam os principais aspectos relativos a essa 
profissão – prerrogativa exclusiva de Bacharéis em Ciências Contábeis. 
Em seguida, daremos início à discussão sobre a importância dos controles 
internos para o trabalho de auditoria. 
Bons estudos! 
Objetivo 
• Explicar as normas de auditoria profissionais, técnicas – relativas à 
execução dos trabalhos do auditor – e do relatório de auditoria; 
• Definir os conceitos iniciais dos controles internos. 
Resumo do conteúdo 
Nesta aula: 
• Compreendemos as normas de auditoria; 
• Iniciamos o estudo dos controles internos. 
Conteúdo 
Normas de auditoria 
As normas de auditoria são diferentes dos procedimentos de auditoria, pois 
possuem relação direta com as ações a serem praticadas e representam as 
medidas de qualidade da execução dos objetivos pretendidos com a utilização de 
alguns procedimentos específicos. 
As normas estabelecem a regulamentação profissional mas também se 
relacionam com a figura do auditor. Em outras palavras, elas têm ligação direta 
com sua avaliação pessoal e com a redação do relatório de auditoria. 
As normas de auditoria são divididas da seguinte forma: 
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Controle interno 
Muito citado nos processos de auditoria por fazer parte desse trabalho, o 
controle interno possui importância fundamental nessa atividade. 
Mas quando esse procedimento deve ser aplicado e levado à risca em 
uma entidade? 
Em se tratando de países desenvolvidos, a relevância dada a métodos científicos 
utilizados pela gestão é maior, pois se parametriza a forma de alcance e controle 
dos objetivos atingidos e daqueles que se pretende atingir. 
Mas não confunda controle interno com auditoria interna. Analise a diferença 
entre ambos os conceitos: 
Auditoria interna 
Trabalho de revisão, organizado e executado por departamento específico. 
Controle interno 
Conjunto de procedimentos adotados de forma permanente e por todos os 
setores de uma entidade qualquer, cada qual com seu grupo específico de 
processos. 
Impacto do controle interno para as organizações 
Agora que já definimos a importância do controle interno, veremos como esse 
procedimento pode ser medido. 
Inicialmente, devemos entender que a função do controle interno é a de gestão 
empresarial, pois o sistema deve ser capaz de verificar seu próprio cumprimento, 
alterando-se conforme as necessidades das organizações. O fluxo de operações 
também é afetado diretamente por esse sistema. 
É impossível manter uma entidade sem qualquer tipo de controle: tarefa 
necessária para garantir a continuidade das operações e da geração de 
informações. Então, podemos dizer que todas as empresas possuem controles 
internos – quer seja em maior nível ou não, colocados em prática ou não. 
Crepaldi (2011) afirma que devemos observar o binômio 
operações/informações X custo/benefício com o objetivo de avaliar o 
impacto desses controles e da geração de informações para uma entidade. 
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Mas, se processos decisórios também dependem da qualidade dos controles 
internos, como podemos tomar a decisão certa com base em informações sem 
fundamentação confirmada? Vejamos... 
O sistema de controles internos está diretamente ligado ao crescimento e à 
diversificação das atividades de uma entidade. 
Inicialmente, as empresas eram controladas apenas por seus proprietários, que 
verificavam todos os fatos ocorridos em sua rotina. Mas, com o crescimento do 
negócio e o aumento de complexidade das operações, tornou-se inviável esse 
controle exclusivo. 
Era preciso delegar poderes a outros funcionários comprometidos com o negócio, 
que possuíssem o mesmo empenho e a capacidade técnica mostrada pelos 
proprietários. 
A partir dessa constatação, surgiu a necessidade de um sistema de controles que 
buscasse a eficiência operacional: o controle interno. Esse sistema poderia utilizar 
relatórios, indicadores e outros índices que mostrariam como a gestão das 
operações fluía, além de verificar o pleno comprometimento com as metas da 
entidade. 
 Atenção 
 Atenção 
Em um sistema de controle interno, os funcionários devem ter 
RELATIVA liberdade de execução do trabalho. Em outras palavras, 
é necessário que existam formas de coibir os funcionários de 
caírem em tentação – seja por problemas pessoais ou profissionais 
– e cometerem atos ilícitos. 
 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! 
1. Quais são os objetivos-chave de auditoria para a função de processar a folha 
de pagamento de um cliente auditado? Relacione-os com testes de controles e 
procedimentos substantivos. 
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2. Que fraquezas nos controles internos se mostraram mais claramente no 
sistema da folha de pagamento? 
Chave de resposta 
1. Nesse caso de processo com relação à folha de pagamento, os objetivos-chave 
de auditoria são: 
• Realizar testes de controle por ciclo de pagamentos; 
• Identificar os riscos e verificá-los ao final de cada ano; 
• Conferir os valores provisionados com as despesas de salários; 
• Conferir os valores dentro da realidade da empresa. 
2. O caso apresentou as seguintes fraquezas nos controles internos: 
• O fato de uma pessoa ser responsável por desenhar um sistema, 
operacionalizá-lo e não haver outra que realize ou valide tal procedimento; 
• A ausência de férias para pessoal-chave; 
• A falta de testes de controle pela auditoria interna – que seriam suficientes 
para descobrir tal esquema fraudulento. 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre o assunto, leia o texto 
http://www.portaldeauditoria.com.br/auditoria-interna/Conceito-de-Controle-
Interno.asp Conceito de controle interno. 
Referências desta aula 
ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil – 
enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008. 
ATTIE,W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 
Presidência da República, 1988. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 
16 mar. 2015. 
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______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria 
de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de 
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG, 
2012. 
______. Senado Federal. Disponível em: http://www.senado.gov.br 
www.senado.gov.br. Acesso em: 16 mar. 2015. 
CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais. 
Disponível em: http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos. Acesso em: 16 mar. 2015. 
CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor 
público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009. 
PEREZ JÚNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e 
procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma 
abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011. 
SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as 
normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2012. 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Um profissional auditor deseja realizar a auditoria de demonstrações contábeis 
de sociedades anônimas de capital aberto. Nesse caso, ele deve possuir registro 
profissional: 
a) No CFC e no Bacen como contador. 
b) Na CVM como contador monetário. 
c) No CFC como contador e auditor somente. 
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d) No CFC como contador e na CVM como auditor. 
e) No Banco Central do Brasil (Bacen) como auditor. 
Questão 2 
De acordo com o especificado pelo CFC, por meio da Resolução nº 1.328/11, o 
objetivo das NBCs é estabelecer: 
a) Os mesmos padrões utilizados nas IFRS. 
b) Uma diferenciação entre empresas industriais e outras empresas do setor 
terciário. 
c) Uma ordem para que os contadores apenas façam atividades de 
contabilidade de sociedades anônimas. 
d) Uma ordem para que os contadores realizem o exame de suficiência a 
cada dois anos, invariavelmente. 
e) As regras mais flexíveis para empresas menores, isentando-as da 
obrigatoriedade dos registros contábeis. 
Questão 3 
Entre os diversos tipos de treinamento, o(s) que NÃO pode(m) ser previsto(s) 
para o auditor independente é (são): 
a) O formal e o informal. 
b) Aquele ligado a sua independência mental. 
c) Aquele destinado à avaliação de sua competência. 
d) Aquele destinado à redação do relatório de auditoria. 
e) Aquele destinado às práticas contábeis de entidades do Terceiro Setor. 
Questão 4 
A documentação de auditoria – chamada de papel de trabalho – deve pertencer 
ao seguinte ente: 
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a) CVM. 
b) Bacen. 
c) Auditor. 
d) Governo federal. 
e) Empresa auditada. 
Questão 5 
Caso não seja possível que o auditor expresse sua opinião por meio de parecer, 
ele deve fazer o seguinte: 
a) Apresentar parecer em branco. 
b) Apresentar parecer com opinião adversa. 
c) Detalhar os motivos de tal impossibilidade. 
d) Apresentar apenas uma carta para a administração da entidade auditada. 
e) Não apresentar qualquer documentação para evitar comprometimento 
futuro. 
Questão 6 
Um dos principais objetivos do controle interno é: 
a) Proteger o patrimônio da empresa. 
b) Realizar um conjunto de práticas exigido pela CVM. 
c) Justificar a departamentalização nas entidades auditadas. 
d) Realizar a parametrização obrigatória, exigida pela legislação societária 
brasileira. 
e) Atestar boas práticas internas pela aplicação de políticas externas de 
atividades operacionais. 
Questão 7 
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A concepção de controle interno dentro das entidades: 
a) É pouco utilizada nos países desenvolvidos. 
b) Enfatiza que os métodos científicos utilizados pela gestão são mais 
frequentes. 
c) Originou-se no Brasil, na década de 1970, logo após a publicação da 
legislação societária. 
d) Não possui a mesma configuração no Brasil em comparação com países 
desenvolvidos. 
e) Estabelece como o trabalho dos auditores deve ser realizado nas empresas 
auditadas, como regra obrigatória a ser seguida. 
Questão 8 
Quando um auditor independente avalia a estrutura de controles internos de uma 
entidade durante o planejamento e define a quantidade de testes a serem 
realizados, temos a seguinte configuração: 
a) Quanto melhor o controle, menos segurança haverá para o trabalho. 
b) Não há ligação entre o controle e a segurança para o trabalho. 
c) Quanto pior o controle, mais segurança haverá para o trabalho e vice-
versa. 
d) Quanto melhor o controle, mais segurança haverá para o trabalho e vice-
versa. 
e) Uma entidade pode não ter controle interno, o que torna o trabalho do 
auditor mais seguro. 
Questão 9 
Assinale, entre as opções a seguir, aquela que NÃO apresenta aspectos ligados 
aos controles internos de uma entidade qualquer: 
a) Eficiência operacional, métodos e medidas e proteção do patrimônio. 
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b) Plano da organização, políticas administrativas e métodos e medidas. 
c) Plano da organização, proteção ao patrimônio e políticas administrativas. 
d) Eficiência operacional, métodos e medidas, e exatidão e fidedignidade dos 
dados contábeis. 
e) Proteção ao patrimônio, exatidão e fidedignidade dos dados contábeis e 
necessidade de auditoria interna. 
Questão 10 
Com relação ao controle interno, é CORRETO afirmar que: 
a) Há entidades que não possuem qualquer tipo de controle interno. 
b) Todos os controles internos devem, previamente, receber a chancela da 
CVM. 
c) Algumas entidades não são obrigadas pelo governo a apresentar controle 
interno. 
d) Todas as empresas possuem controles internos, em maior ou menor nível, 
estejam essas atividades em prática ou não. 
e) Se uma empresa não apresenta controle interno, é porque já avaliou que 
tal atividade não compensa pela relação desfavorável entre custo e 
benefício. 
 
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Aula 4: Controle interno e programas de auditoria 
Introdução 
Nesta aula, aprofundaremos os conceitos referentes ao controle interno – 
assunto sobre o qual discutimos na aula anterior. 
Apresentaremos, agora, suas principais características e seus tipos, e 
identificaremos como o conhecimento desse tema pode auxiliar o bom processo 
de auditoria. 
Além disso, abordaremos os programas e procedimentos de auditoria, dando 
ênfase a sua importância e demonstrando as formas de preparo e de investigação 
desses processos. 
Por fim, estudaremos os grupos contábeis e os aspectos que devem ser 
observados em cada uma das épocas de seu processamento. 
Objetivo 
• Reafirmar os conhecimentos sobre controle interno; 
• Descrever os procedimentos e as áreas de auditoria. 
Resumo do conteúdo 
Nesta aula: 
• Aprofundamos seus conhecimentos sobre controles internos; 
• Definimos os conceitos relativos aos programas e procedimentos de 
auditoria. 
Conteúdo 
Sistema de controle interno 
A contabilidade é responsável por fornecer, de forma segura, dados para a 
tomada de decisões,de modo que todo o processo decisório seja confiável. Até 
porque informações geradas de maneira equivocada podem prejudicar essa ação. 
Por isso, os controles internos devem ser divididos em duas categorias. São elas: 
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Controles administrativos 
Categoria cujo objetivo é garantir a qualidade das informações geradas pela 
entidade e dos documentos por ela processados. Aqui, estão inseridos o plano 
da organização, bem como os métodos e procedimentos para as decisões da 
organização. 
Esse tipo de controle interno está ligado aos registros financeiros das instituições 
e deve abranger: 
• Estatísticas; 
• Estudos de tempo; 
• Programas de treinamento e de qualidade. 
Controles contábeis 
Categoria cujo objetivo é garantir a qualidade da informação contábil e que 
possui relação com o patrimônio da entidade. Aqui, estão incluídos: 
• Os sistemas de autorização e aprovação; 
• Os sistemas de segregação de funções; 
• Outros controles ligados à área contábil. 
Controle interno dentro do processo de auditoria 
Durante a auditoria, você sabe o que ocorre com os controles internos? 
Em que nível os auditores devem conhecer tais controles? 
Sabemos que esse sistema é muito importante para as entidades. Portanto, é 
fundamental que os auditores disponham de tal conhecimento prévio para a 
execução de suas atividades. 
Para isso, eles devem: 
• Realizar uma leitura aprofundada dos manuais da empresa; 
• Entrevistar funcionários-chave da organização; 
• Arquivar toda a descrição do sistema da companhia em papéis de 
trabalho; 
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• Avaliar tal sistema com a ajuda de um questionário de controles internos 
– diferente a cada entidade. 
Os auditores devem considerar cada uma dessas atividades na 
concretização do processo de auditoria. 
Programa de auditoria 
Durante a etapa de planejamento de auditoria, com posterior revisão na fase de 
sua execução, elabora-se o programa de auditoria. Nesse processo, alguns 
detalhes são importantes, tais como: 
• Os objetivos dos procedimentos e do programa de auditoria; 
• O escopo de auditoria; 
• As técnicas e os procedimentos que serão utilizados; 
• Os critérios de seleção da amostra; 
• As etapas a serem cumpridas e os cronogramas de sua execução; 
• Os recursos humanos necessários, especificando a qualificação exigida; 
• A referência ao planejamento de auditoria. 
Além disso, é importante que o programa de auditoria seja preparado por meio 
de registros, o que facilita a compreensão dos procedimentos que serão adotados 
e a adequada divisão do trabalho. 
Dessa forma, o detalhamento de tais procedimentos esclarece o que o auditor 
vai examinar na entidade, com base no estudo do sistema contábil e de controles 
internos. Nesse contexto, é necessário conhecer o sistema e a verificação de sua 
aplicabilidade dentro da empresa. 
Importância dos procedimentos de auditoria 
Quando tratamos do programa de auditoria, naturalmente, outros aspectos 
necessitam de investigação mais profunda. Dentre elas, destacamos os setores 
ou subsetores de uma entidade qualquer, que devem ser considerados durante 
os procedimentos de auditoria. 
 
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Mas como tais procedimentos influenciam o trabalho do auditor? 
Para determinada instituição, área ou demonstração específica, os procedimentos 
de auditoria envolvem: 
• O pleno conhecimento dos fundamentos, do objeto e das técnicas dessa 
atividade; 
• A prática dos saberes específicos nos segmentos que passarão por esse 
processo. 
Além disso, o trabalho de auditoria não é executado por apenas uma pessoa, 
mas por uma equipe com habilidades e conhecimentos técnicos. Esse grupo é, 
por sua vez, coordenado por outras pessoas mais experientes. 
Procedimentos de auditoria e áreas correlatas 
Vamos, a partir de agora, conhecer algumas das áreas de uma entidade que 
normalmente são auditadas, além dos procedimentos mais utilizados. 
Primeiro, temos de definir os grupos, subgrupos e as contas que passarão pelo 
processo de auditoria. São eles: 
Ativo 
Passivo 
Patrimônio Líquido 
Resultado do Exercício 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! 
1. O que você faria se estivesse em uma situação parecida com a de Mariela? 
2. Você acredita que foi apropriado para Mariela contar aos gerentes sobre o 
suposto roubo? Seria antiético se ela não reportasse o fato à gerência? 
3. Que atividades de controle interno poderiam ter evitado o roubo à loja? 
Chave de Resposta 
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1. Alguns podem usar o argumento de que todos são inocentes até que se prove 
o contrário. Façamos uma analogia com a seguinte situação: 
“Durante a execução de seu trabalho, um auditor está com sua equipe e ouve 
que um colega está assinando procedimentos de auditoria como realizados, mas, 
na verdade, eles não foram feitos”. 
Esse é mais um caso sobre o qual podemos refletir, você não acha? 
2. Resposta livre. Alguns podem achar que foi certo Mariela contar aos gerentes 
sobre o suposto roubo e outros não. 
3. Algumas atividades de controle interno que poderiam evitar essa situação são: 
• O uso de dispositivos antirroubo nas peças de roupa ou nas mais caras; 
• A instalação de câmeras escondidas de vigilância; 
• A contagem mais frequente de estoque etc. 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre procedimentos e evidências de uma auditoria e como esse 
processo funciona, acesse a NBC TA 200. 
Link: http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001203 
Referências desta aula 
ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil – 
enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008. 
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 
Presidência da República, 1988. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 
13 mar. 2015. 
______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria 
de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de 
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG, 
2012. 
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______. Senado Federal. Disponível em: www.senado.gov.br 
www.senado.gov.br. Acesso em: 13 mar. 2015. 
CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais. 
Disponível em:http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos. Acesso em: 13 mar. 2015. 
CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor 
público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009. 
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e 
procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma 
abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011. 
SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as 
normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2012. 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Existem duas categorias de controles internos: os administrativos e os contábeis. 
Assinale a opção que associa o tipo de controle a suas respectivas características: 
a) Os contábeis abrangem estatísticas. 
b)Os contábeis estão associados ao plano da organização. 
c) Os contábeis têm relação com o patrimônio das entidades. 
d) Os administrativos estão ligados aos sistemas de autorização e de 
aprovação. 
e) Os contábeis possuem o objetivo de garantir a qualidade das informações 
geradas e dos documentos processados. 
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Questão 2 
Para que um auditor conheça os controles internos de uma entidade a ser 
auditada, é fundamental que: 
a) Realize uma espécie de estágio na empresa meses antes do início dos 
trabalhos. 
b) Não conheça nada sobre a entidade, pois isso o ajudará a ser imparcial 
nas análises. 
c) Trabalhe em uma empresa sem filiais, o que facilita o trabalho de análise 
dos controles internos. 
d) Conheça pessoas confiáveis que trabalhem na entidade e que estejam 
dispostas a ajudá-lo nos trabalhos. 
e) Faça uma leitura aprofundada dos manuais da entidade ou uma entrevista 
com funcionários-chave da entidade. 
Questão 3 
No questionário de controles internos a ser aplicado pelo auditor: 
a) Cada SIM respondido indica um problema no controle interno. 
b) Cada NÃO respondido indica um problema no controle interno. 
c) Não há ligação entre a resposta dada e a qualidade do controle interno. 
d) Cada TALVEZ respondido representa um ponto forte para o controle 
interno. 
e) Todo SIM respondido representa um ou mais problemas no controle 
interno. 
Questão 4 
Para a elaboração do programa de auditoria, é necessário que o auditor se baseie 
nos sistemas contábil e de controles internos da entidade. Ele também deve: 
a) Trabalhar em conjunto, e não individualmente. 
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b) Elaborar, no mínimo, 30 papéis de trabalho diferentes. 
c) Conhecer tais sistemas e verificar sua aplicabilidade dentro da entidade. 
d) Buscar ajuda, prioritariamente, da alta gestão da empresa a ser auditada. 
e) Confeccioná-lo em um único dia, independente do tamanho e da 
complexidade das atividades da entidade a ser auditada. 
Questão 5 
O programa de auditoria é elaborado, normalmente, em quatro fases. São elas: 
a) Definição de características e circunstâncias, aplicabilidade, identificação 
da ocasião em que será implementado e decisão de quem o prepará. 
b) Detecção de fraquezas do controle interno, determinação da forma de 
classificação de tais fraquezas, identificação da ocasião em que será 
implementado e decisão de quem o prepará. 
c) Definição de características e circunstâncias, determinação da forma de 
aprendizado de tais características e circunstâncias, identificação da 
ocasião em que será implementado e decisão de quem o prepará. 
d) Definição de características e de métodos de medida, determinação da 
forma de aprendizado de tais características e dos métodos de medida, 
identificação da ocasião em que será implementado e decisão de quem o 
prepará. 
e) Definição de características e circunstâncias, determinação da forma de 
aprendizado de tais características e circunstâncias, identificação da 
ocasião em que será implementado e possíveis desvios nas atividades 
operacionais da entidade auditada. 
Questão 6 
No programa de auditoria, um dos aspectos a serem analisados é o ativo. Nesse 
processo, o auditor NÃO deve: 
a) Determinar se os princípios de contabilidade são efetivamente seguidos. 
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b) Conferir se as duplicatas descontadas estão lançadas na estrutura correta 
dentro do balanço patrimonial. 
c) Verificar a existência de propriedades e de procedimentos aplicados a 
investimentos considerados relevantes. 
d) Assegurar que os estoques existem fisicamente e são de propriedade da 
empresa – comprovação essa que precisa ser documental. 
e) Assegurar que todos os rendimentos auferidos são devidamente recebidos 
e contabilizados, verificando adesão – ligada ao princípio da competência. 
Questão 7 
Assinale, entre as opções a seguir, aquela que apresenta uma característica a ser 
aplicada na auditoria das disponibilidades: 
a) As aplicações com carência superior a 12 meses devem ser classificadas e 
avaliadas por seu valor de realização. 
b) As aplicações em títulos negociáveis, com conversibilidade imediata, 
devem ser avaliadas pelo custo de aquisição. 
c) Os valores que estão em moeda estrangeira devem ser registrados em 
suas moedas originais para evitar lavagem de dinheiro e evasão de divisas. 
d) Os valores relacionados a consórcios não contemplados não devem ser 
contabilizados no balanço patrimonial, pois os bens ainda não pertencem 
às entidades. 
e) As aplicações em poupança devem ser analisadas de maneira distinta em 
disponibilidades e em direitos de curto prazo, pois sua correção ocorre de 
30 em 30 dias. 
Questão 8 
Para realizar os controles internos das disponibilidades, toda entidade deve 
praticar alguns procedimentos, EXCETO: 
a) Sistema de autorização e aprovação de pagamento das contas. 
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b) Segregação de funções entre a custódia de valores e a contabilização. 
c) Conciliações bancárias periódicas e revisadas por uma pessoa que não seja 
responsável por sua preparação. 
d) Registro periódico da conta de provisão estimada para créditos de 
liquidação duvidosa, seguindo o princípio da prudência. 
e) Abertura de contas bancárias pela administração para facilitar o 
gerenciamento das operações de entradas e saídas de recursos 
financeiros. 
Questão 9 
Na elaboração do programa de auditoria, o auditor independente deve se 
preocupar com diversos problemas em potencial que afetam o balanço 
patrimonial. No entanto: 
a) As receitas e despesas são analisadas com base no regime de caixa. 
b) Os passivos não precisam ser considerados por representarem obrigações 
exigíveis. 
c) As provisões têm de ser ignoradas, pois representam apenas obrigações 
não confirmadas de uma entidade. 
d) As contas de resultado, que elencam a Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE), também devem ser consideradas. 
e) As contas de resultados devem ser analisadas apenas se forem referentes 
a vendas e a compras a prazo, por não representarem entradas ou saídas 
de recursos da entidade. 
Questão 10 
Diferentemente da auditoria do ativo, a do Passivo Não Circulante não se 
preocupa com recursos tangíveis. Nesse caso, o auditor NÃO deve: 
a) Certificar-se de que todo passivo foi registrado. 
b) Confirmar a ocorrência dos passivos com os clientes. 
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c) Determinar a razoabilidade e a propriedade do passivo registrado. 
d) Verificar a existência de controles internos sobre o Passivo Não Circulante. 
e) Identificar se os passivos são corretamente apresentados nas 
demonstrações financeiras. 
 
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Aula 5: Relatório e órgãos de auditoria 
Introdução 
Nesta aula, você compreenderá como funciona o relatório de auditoria – 
documento através do qual o auditor emite sua opinião sobre a fidedignidade e 
a adequação da matéria auditada. 
Essa opinião não é pessoal, mas diz respeito às conclusões a que o auditor 
chegou depois de todos os procedimentos, testes e trabalhos realizados por ele. 
Tais atividades são fundamentadas em normas, em leis e em sua experiência 
profissional. 
Além disso, você conhecerá os órgãos envolvidos com a prática de auditoria e 
entenderá a relação que mantêm com o próprio trabalho do auditor. 
Objetivo 
1. Descrever todos os aspectos do relatório de auditoria; 
2. Listar os órgãos regulamentadores da auditoria. 
Resumo do conteúdo 
Nesta aula:• Compreendemoso relatório de auditoria; 
• Identificamos os tipos de opinião do auditor; 
• Conhecemos os órgãos relacionados ao trabalho desse profissional. 
Conteúdo 
Trabalho do auditor 
Como já estudamos nas aulas anteriores, o auditor:• Realiza todos os 
procedimentos de auditoria; 
• Põe em prática o programa correspondente a essa atividade; 
• Entrevista pessoas; 
• Consulta saldos com instituições ou no ambiente interno da empresa. 
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Mas o que acontece depois disso? Que procedimento deve ser realizado 
após a verificação completa das demonstrações, dos grupos ou das 
contas de determinada entidade? 
Quando finaliza todo esse processo, o auditor deve emitir, de maneira 
padronizada e formalizada, sua opinião sobre todos os aspectos analisados nas 
demonstrações contábeis da organização. 
Vamos entender, a seguir, como isso ocorre na prática. 
Antes das mudanças das normas de auditoria, o documento que registrava a 
opinião dos auditores era o parecer dos auditores independentes. 
Depois disso, o relatório de auditoria passou a ser o documento formal, e a 
opinião do auditor – equivalente ao parecer – tornou-se parte integrante dele. 
O relatório continua com as mesmas funções e com os mesmos objetivos de 
antes: apresentar a avaliação do auditor ou de sua equipe sobre o que foi 
analisado. 
Vamos, então, conhecer algumas normas específicas que 
regulamentem esse documento? 
 Atenção 
 A opinião do auditor que consta no parecer de auditoria NÃO é 
pessoal, mas técnica e bem fundamentada – consequência da 
avaliação da aderência às normas e aos preceitos previstos, que 
foram efetivamente empregados no processo de registro e de 
elaboração das demonstrações contábeis. 
Tal adequação está disposta nas normas de auditoria vigentes no 
Brasil, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC): as 
NBC TA’s. 
 
Normas regulamentadoras do parecer de auditoria 
Vamos apresentar, agora, a NBC TA 700, que regula a utilização de informações 
para a elaboração do parecer com a opinião do auditor sobre as demonstrações 
contábeis auditadas. 
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Essa norma especifica que o parecer de auditoria deve:• Possuir, no 
mínimo, o destinatário dos trabalhos; 
• Enfatizar, obrigatoriamente, a responsabilidade da administração sobre 
tais demonstrações; 
• Definir a responsabilidade do auditor; 
• Apresentar a opinião desse profissional; 
• Determinar o local e a data desse processo; 
• Indicar as assinaturas devidas. 
Mas para quem esse parecer é destinado? 
Em situações normais, quando o processo de auditoria ocorre dentro do 
esperado, o parecer deve ser destinado ao(s):• Acionistas da 
empresa; 
• Cotistas da companhia; 
• Sócios da organização; 
• Conselho de Administração ou órgão equivalente a ele. 
Para continuar lendo sobre as normas regulamentadoras do parecer de auditoria, 
veja em 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_5_nor
mas_regulamentadoras_parecer_auditoria.pdf. 
Tipos de opinião 
Vamos conhecer, agora, os tipos de opinião que podem ser emitidos pelo auditor 
no parecer de auditoria. São eles: 
Opinião sem ressalva 
Opinião em branco ou limpa, condicionada à execução de todos os procedimentos 
de auditoria julgados como necessários e ao fato de que o auditor não encontrou 
em suas análises qualquer elemento que influenciasse negativamente sua opinião 
sobre as demonstrações contábeis que passaram por tais procedimentos. 
Opinião com ressalva 
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Opinião apresentada quando os procedimentos de auditoria identificam alguma 
discordância com relação às práticas contábeis em vigor. Embora afete as 
demonstrações contábeis de maneira isolada, essa discordância não atinge o 
conjunto de demonstrações como um todo ou, ainda, as demonstrações 
consolidadas. 
Opinião adversa 
Opinião que evidencia, por meio de evidências suficientes e adequadas, que há 
divergências individuais e no grupo das demonstrações contábeis, as quais têm 
o poder de afetar, de maneira generalizada, o conjunto das informações geradas 
pela entidade auditada. 
Abstenção de opinião 
Quando não existem evidências de auditoria apropriadas ou suficientes, o auditor 
independente não tem suporte para emitir sua opinião. 
Como não é possível obter ou aplicar a quantidade mínima de procedimentos de 
auditoria, esse profissional manifesta a falta de informações ou de acesso a elas, 
o que o impede de concluir seu parecer. 
Um exemplo clássico dessa situação é quando um auditor não consegue conferir 
fisicamente os estoques de uma entidade e não pode opinar a respeito deles. 
Muitas vezes, isso ocorre não porque ele não teve acesso ao setor de estoques, 
mas porque os controles internos da empresa auditada não permitiram esse 
acesso – quer seja por necessidade de autorizações ou por outra autorização 
qualquer. 
Órgãos relacionados ao trabalho do auditor 
Até o momento, estudamos as aplicabilidades de auditoria, identificamos seus 
objetivos e os pontos relativos aos controles internos de uma entidade. Além 
disso, abordamos os principais aspectos dos procedimentos de auditoria, do 
relatório e do parecer referente a essa atividade. 
A partir de agora, vamos apresentar os órgãos relacionados ao trabalho do 
auditor. São eles: 
Conselho Federal de Contabilidade 
Como já vimos em aulas anteriores, no Brasil, para que o profissional exerça, de 
forma legal, a profissão de auditor, ele precisa, inicialmente, possuir o grau de 
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Bacharel em Ciências Contábeis e registro ativo no Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC). 
Esse é o órgão que realiza seu exame de qualificação técnica, que avalia o nível 
de competência técnico-profissional necessário para que o auditor possa 
trabalhar de forma regulamentada. O objetivo é registrá-lo no Cadastro Nacional 
de Auditores Independentes (CNAI). 
Comissão de Valores Mobiliários 
O profissional de auditoria brasileiro também deve estar registrado na Comissão 
de Valores Mobiliários (CVM), e possuir reputação e conduta éticas. 
Na prática, há duas maneiras de um auditor independente exercer a 
profissão, de forma regular, junto a esse órgão – seja como:•
 Pessoa Física – conferida ao contador que satisfaz os requisitos 
mínimos necessários ao cargo de auditor contábil; 
• Pessoa Jurídica – conferida à sociedade profissional, constituída sob a 
forma de sociedade civil, que satisfaz os quesitos específicos para a 
referida carreira. 
Para conhecer as condições para o registro de auditor Pessoa Física ou Jurídica, 
veja em 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_5_co
ndicoes_registro_auditor_pessoa_fisica_juridica.pdf. 
Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes 
Os profissionais de auditoria sujeitam-se, ainda, à regulamentação específica 
estabelecida pelo Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes 
(IBRACON). 
A esse órgão cabe o encargo do auxílio à determinação dos princípios e à 
elaboração das normas e dos procedimentos relacionados não somente à 
auditoria, mas também à perícia contábil. 
Instituto dos Auditores Internos do Brasil 
Fundado em 1960, diferentemente da maioria dos institutos ligados à auditoria 
contábil, o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA) tem como 
objetivo promover, regulamentar e melhorar a atividade de auditoria interna nas 
entidades. 
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 Atenção 
 Em vigor desde o ano de 1976, a legislação societária brasileira 
estabelece que cabem ao Conselho de Administração da empresa 
auditada a escolha do profissional auditor independente que nela 
realizará o processo

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