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Febre Reumática (1)

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Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura 
ICEC
Febre Reumática
Febre Reumática
É uma complicação não supurativa da faringoamigdalite causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A (EBGA) decorrente de resposta imune tardia a esta infecção, em populações geneticamente predispostas.
É uma doença inflamatória que pode comprometer diversos órgãos. 
(PASSARELLI, 2001)
Fisiopatologia
Ocorre através de um mecanismo de hipersensibilidade. A origem da doença esta associada a uma reação cruzada de anticorpos produzidos originalmente contra produtos e estruturas dos estreptococos, porém passam a reconhecer também as células do hospedeiro, que se tornam alvos dos anticorpos produzidos contra o antígeno infeccioso, processo chamado mimetização molecular. 
Fisiopatologia
Sabe-se que ambas as respostas imunes mediadas por linfócitos B e T estão envolvidos no processo inflamatório da FR.
Produção de citocinas inflamatórias que exacerbam a reação autoimune, sendo responsáveis pela progressão e manutenção da lesão valvar crônica.
Etiopatogenia
Ocorre principalmente em crianças e adolescentes de 5 a 15 anos.
Fatores ambientais e socioeconômicos contribuem para o aparecimento da doença, uma vez que alimentação inadequada, habitação em aglomerados e ausência ou carência de atendimento médico constituem fatores importantes para o desenvolvimento da FR..
Quadro Clínico
Ocorre a artrite, apresenta-se na sua forma típica de acometimento assimétrico principalmente de grandes articulações como joelho, tornozelo, ombros, punhos e cotovelos, pode ser autolimitado sem deixar sequelas, podendo se resolver dentro de 2 a 5 dias.
Cardite ocorre em 40% a 50% dos casos. Sendo que a cardite reumática é mais comum em crianças, e artrite predomina em adultos
A febre pode ser frequente no início do surto agudo e ocorre em quase todos os surtos de artrite.
Quadro Clínico
A coréia é caracterizada por movimentos rápidos, involuntários e incoordenados dos membros e na face, além de distúrbios da conduta e da fala, os quais desaparecem durante o sono e que se agravam com estresse. 
Também pode causar fraqueza com perda da capacidade de segurar objetos, queda do paciente, além da escrita que pode se tornar ilegível. Ocorre predominantemente em crianças e adolescentes do sexo feminino
Quadro Clínico
Nódulos subcutâneos e eritema.
 Os Nódulos subcutâneos representam uma manifestação rara e são muito associados à cardite grave. São redondos firmes, indolores e móveis, recobertos por pele normal, sem características inflamatórias, medindo de 0,5 a 2,0 cm.
Quadro Clínico
 Localizam-se em proeminências ósseas e sobre os tendões principalmente nas superfícies extensoras das mãos e dos pés, regridem rapidamente com o tratamento e raramente persiste por mais de um mês.
Diagnóstico
O diagnóstico da febre reumática é clínico, não existindo um exame específico. Os exames laboratoriais, apesar de inespecíficos, sustentam o diagnóstico do processo inflamatório e da infecção estreptocócica.
Considerados o "padrão ouro" para o diagnóstico da FR utilizam-se os Critérios de Jones, que foi estabelecido em 1944, tiveram a sua última modificação em 1992 e continuam sendo utilizados ate os dias hoje.
Diagnóstico
A divisão dos critérios Jones é classificada em maiores e menores é baseada na especificidade e não na frequência da manifestação. 
Outros sinais e sintomas como, dor abdominal, anorexia, fadiga, perda de peso e palidez podem estar presentes, mas não estão incluídos entre as manifestações menores dos critérios de Jones.
Critérios de Jones para o diagnóstico de febre reumática
Tratamento fisioterapêutico
Segundo Thomson e Alison (1994) o tratamento fisioterápico é dividido em estágio agudo, subagudo e crônico.
No estágio agudo a fisioterapia ainda não é benéfica onde o paciente permanece em repouso apenas auxiliado por medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.
No estágio subagudo o paciente é mobilizado em que a fisioterapia esta direcionada a minimização da dor, mobilidade das articulações e fortalecimento muscular.
 (THOMSON e ALISON, 1994)
Tratamento fisioterapêutico
Gelo em aplicações nas articulações para a diminuição da dor, calor antes dos exercícios também para alivio da dor, exercícios ativos livres para a movimentação das articulações.
A hidroterapia é eficaz na redução da dor e encorajamento do paciente em realizar os movimentos (THOMSON e ALISON,1994).
A água morna permite que pessoas incapacitadas movam-se de maneira livre sem sentir dor e movimentos difíceis a serem realizados na terra. (Ruoti et. Tal 2000)
Tratamento fisioterapêutico
Thomson e Alison (1994) exaltam que o fisioterapeuta deve certificar-se de alguma alteração patológica mais grave como a deteriorização cardíaca para a modificação do seu plano de tratamento, lembrando que a conduta fisioterapêutico é importante pré e pós cirurgia da válvula.
Referencias Bibliográficas
THOMSON, Ann; AKINNER, Alison; PIERCY, João. Fisioterapia de Tidy. 1ed. São Paulo: Santos,1994.
BERTOLETTI, Joice Cunha.Profilaxia da Febre Reumática: quando q como fazer.rev. da sociedade de cardiologia do Rio Grande do Sul- ano XIII,n.01. jan/fev/mar/abr.200
GOLDING, Douglas N. Reumatologia em mediacina e reabilitação.1 ed. Trad. Ciro Lobato de Carvalho.São Paulo:Atheneu,199

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