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Obrigações de Dar

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Obrigações de Dar
Coisa certa e incerta - Breve estudo.
CODIGO CIVIL.
Obrigação de Dar: a obrigação de coisa vem a ser aquela que tem por objeto mediato uma coisa que, por sua vez, pode ser certa ou determinada (ver artigo 233 e 242 do CC) ou incerta (ver artigo 243 a 246 do CC).
Obrigação de dar coisa certa: Quanto ao objeto, é constituído por coisa certa e determinada, estabelecendo entre as partes da relação obrigacional um vínculo em que o devedor deverá entregar ao credor uma coisa individualizada, como por exemplo: o Iate Mônaco. Em disposição do artigo 313 do Código Civil, "o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.". Assim, o devedor somente encerrará a obrigação após entregar o objeto ao qual foi combinado. A obrigação abrange os acessórios, conforme expresso no artigo 233 do Código Civil, e o acessório deve seguir a regra de acordo com o artigo 92 do CC. O devedor deverá não só velar pela conservação da coisa certa que deve entregar ao credor (ver artigo 239 do CC), mas também defende-la, inclusive judicialmente contra terceiros. Se o objeto se perder, salvo, não havendo culpa do devedor (artigo 125 do CC) a obrigação será resolvida segundo artigo 234, primeira parte.
O prejuízo será somente do vendedor, tratando-se de compra e venda, pois ele é o proprietário (artigo 492 CC). Se a coisa, sem culpa do devedor, se deteriorar, caberá ao credor escolher-se considera extinta a relação obrigacional, voltando as partes statu quo ante, ou se aceita o bem no estado em que se encontra, abatido de seu preço e valor do estrago (artigo 235 do CC). Se o objeto da prestação por culpa do devedor, seguir as regras do artigo 234, 2 parte do CC (valor equivalente mais perdas e danos).
Deteriorando-se o objeto por culpa do devedor poderá o credor exigir o credor o equivalente (em dinheiro) ou aceitar a coisa no estado em que se achar, com direito de reclamar, em um ou em outro caso, indenização por penas e danos (artigo 236 do CC). Nas obrigações em que o devedor deve dar coisa certa, os seus melhoramentos pertencem ao devedor, pelos quais pode exigir aumento no preço ou a resolução da obrigação, se o credor não aceitar (artigo 237 do CC). Os frutos até a tradição são do devedor, pois a condição de proprietário lhe da esse direito de fruição, e os pendentes ao tempo da tradição, do credor (artigo 237, parágrafo único do CC).
Obrigação de dar coisa incerta: Consiste em uma relação obrigacional em que o objeto, indicado de forma genérica no início da relação, vem a ser determinado a partir de uma escolha, por ocasião do seu adimplemento. Não apresenta indeterminação em sentido absoluto, pois a coisa incerta será ao menos caracterizada por seu gênero e pela quantidade (artigo 243). É necessário que a coisa se determine por meio de escolha, designado concentração. A escolha poderá ser do credor, do devedor ou de até terceiros, caberá às partes estabelecer a quem cabe tal escolha.
Se nenhuma das partes estipularem, ficará a escolha de acordo com o artigo 244, que seria do devedor. Se a escolha do objeto de prestação couber ao devedor, esse será citado para entrega-lo individualizado e se couber ao credor, este o indicará na petição inicial (artigo 629 do CPC) da execução da obrigação de dar coisa incerta sob pena de ter renunciado ao direito de concentração, hipótese, nada qual o devedor executado poderá depositar o que escolher, conforme sua conveniência. Após a escolha do devedor, o credor é notificado, e a coisa passa a ser certa (artigo 245 do CC).

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