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DIREITO CONSTITUCIONAL - RESUMO.docx

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DIREITO CONSTITUCIONAL
20/02 - INTRODUÇÃO
FEDERAÇÃO
Possui dois valores:
- Pluralidade e Diversidade
- Unidade
1776: Colônias britânicas declaram independência, se tornam 13 estados soberanos e se unem (continuando independentes) para ir contra a Inglaterra;
1781: As 13 colônias assinaram o tratado internacional chamado: Artigos de Confederação e se tornam confederados; 
1787: Os 13 estados soberanos deixam de serem países e se tornam os Estados Unidos da América; Primeira constituição escrita.
Dessa maneira, surge a federação que copiamos. 
Características da Federação:
- A União faz nascer um novo Estado e os estados que se uniram perdem essa identidade, ou seja, a partir do momento que se deixa de ser confederação para ser federação, passa a se tornar o pais;
- A base jurídica da federação é sempre uma constituição;
 
- Essa constituição estabelece competências a União e para os demais entes federativos. Não ha hierarquia entre essas competências;
 
- Não existe o direito de secessão (deixar de ser pais). Ex.: Sul querer se separar do Brasil.
- Só o Estado Federal possui soberania (externa), os entes federados possuem autonomia (interna).
- Cada esfera da federação (estado, município, etc.) possui renda própria para garantir o mínimo de independência.
Renda própria = impostos.
- A União e os demais entes federativos dividem o poder politico; 
- Os cidadãos adquirem a cidadania do novo estado e perdem a cidadania do estado que deixou de existir
SOBERANIA X AUTONOMIA 
Autonomia do ente federado: se manifesta sobre três aspectos:
 Auto-organização: leis próprias/ normas jurídicas próprias; 
Autogoverno: Representantes próprios eleitos pelo povo que habita aquele ente federativo. Ex.: Paulistas vão escolher quem vai gerenciar em São Paulo e os cariocas vão escolher quem vai gerenciar no Rio de Janeiro.
Autoadministração: Exercício das próprias competências legislativas, administrativas e tributárias.
Estados Unidos: Federalismo por agregação ou federalismo resultante de um movimento centrípeto = as coisas tendem para o centro.
Brasil: Se separa de Portugal 
- 1822: Brasil se torna independente
Federalismo por desagregação ou federalismo resultante de um movimento centrifuga.
- 1824: Primeira Constituição escrita.
21/02: CONTINUAÇÃO
Divisão de Competências:
- União
- Estados
- DF
- Municípios
A Federação pode ser:
- Igualdade:
Ex.: Brasil
- Hegemônica:
Ex.: URSS
união: Indissolúvel
Art. 1º, CF: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
União
Art. 18, CF: A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição .
Território Federal: Integram a União, ou seja, é um pedaço da União
Art. 18. §2º: Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
* No Brasil não há territórios federais.
Território Federal: É a descentralização administrativa da União.
Estado (Plebiscito/ Lei Complementar)
Art. 18, §3º, CF:  Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
OAB
Art. 18, §4º, CF: A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios preservarão a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, far-se-ão por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em Lei Complementar estadual, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas.
MUNICÍPIO
Para criar município é necessário:
- Lei Estadual
- Lei Complementar Federal (para estabelecer um período)
- Plebiscito
- Estudo de Viabilidade Municipal 
Porém, ninguém estava respeitando este artigo. Por esse motivo, foi necessária a criação de um ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), para regularizar a situação:
ADI 2240-7, 2007.
O ADI não foi respeitado também, pois não havia uma “pena”, portanto, foi necessária a criação de uma Emenda Constitucional:
EC 57, 2008.
UNIÃO
E um dos entes da federação e ao mesmo tempo, a união é governo federal, atuando com autonomia, como qualquer outro ente da federação;
É sinônimo de Governo Federal;
Representa a Republica Federativa do Brasil.
Competências da União: 
Manter relações com Estados estrangeiros, e com eles celebrar tratados e convenções; participar de organizações internacionais;
 É a primeira das competências político-administrativas estabelecidas para a União, nos dezesseis primeiros incisos deste artigo. A competência da União nesta matéria decorre da soberania do Estado Federal (enquanto os Estados-membros são autônomos, não possuindo, assim, personalidade de Direito das Gentes.
Declarar guerra e fazer a paz;
 Ainda em decorrência da soberania, e pela necessidade de proteção do Estado (externamente).
Decretar o estado de sítio;
 Trata-se aqui da proteção interna; suspendem-se temporariamente certas garantias constitucionais, para possibilitar a normalização da vida do Estado.
Organizar as forças armadas;
 Como instituição permanente, indispensável à defesa da Constituição e das leis, e com fundamento nos princípios da hierarquia e da disciplina.
 
Planejar e promover o desenvolvimento e a segurança nacionais;
 Porque o Estado também precisa se proteger, e por mais democrático que seja, pode permitir todas as liberdades, salvo a de destruir o próprio Estado. A respeito da segurança nacional, o órgão máximo de assessoramento ao Presidente da República é o Conselho de Segurança Nacional. Desenvolvimento e Segurança são princípios fundamentais em nosso Direito Constitucional, tendentes, mesmo, pelo atual fortalecimento do Poder Federal, e neste, do Poder Executivo, a causarem a falência de determinados princípios federativos.
Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional, ou nele permaneçam temporariamente;
 Mesmo comentário, referente à soberania do Estado Federal.
 
Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
 Ainda por motivos ligados à segurança nacional.
 
Organizar e manter a polícia federal com a finalidade de:
a) executar os serviços de polícia marítima, aérea e de fronteiras;
b) prevenir e reprimir o tráfico de entorpecentes e drogas afins;
c) apurar infrações penais contra a segurança nacional, a ordem política e social, ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual, e exija repressão uniforme, conforme se dispuser em lei; e
d) prover a censura de diversões públicas;
Assim, os Estados-membros poderão manter suas forças policiais, mas a Constituição confere à União o poder de organizar e manter a polícia federal, exatamente pela necessidade de sua atuação em assuntos ligados à própria segurança da Federação em seu conjunto, cf. se verifica nas quatro alíneas deste inciso.
Emitir moeda;
 Competência importantíssima, especialmente pelo sistema de economia monetária adotado no Brasil.
 
Fiscalizar as operações de crédito, capitalização e seguros;
 Igualmente, e como importantes instrumentos para o controle da inflação. E se a União tem competência expressa para fiscalizar as operações de crédito, também terá o poder implícito (cf. a Teoria já explicada) para a criação de um órgão, v.g., o Banco Central, ou a SUSEP, em relação aos seguros.
 
Estabelecer o plano nacional de viação;
 Pela importância para o desenvolvimento nacional.
 
Manter o serviço postal e o Correio Aéreo Nacional.
 Idem,e visando a unidade da Federação.
 
Organizar a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente a seca e as inundações;
 Atualmente, a Constituição inclui na competência da União a de estabelecer a defesa permanente. Sob 91, a Constituição apenas permitia, à requisição dos Estados, o socorro federal, e pela Circular de Amaro Cavalcanti, estabeleceu-se o conceito relativo de calamidade pública. A orientação vigente denota, essencialmente, a caracterização de nosso federalismo como um federalismo orgânico, ou cooperativo – ou, ainda, um federalismo desenvolvimentista.
 
Estabelecer e executar planos nacionais de educação e de saúde, bem como planos regionais de desenvolvimento;
 Pela importância da educação e da saúde para o próprio desenvolvimento e para a segurança do Estado, incluiu o constituinte na competência da União esta matéria, de forma a que lhe seja dado tratamento uniforme, a nível nacional.
 
Explorar, diretamente ou mediante autorização ou concessão:
a) os serviços de telecomunicações;
b) os serviços e instalações de energia elétrica de qualquer origem ou natureza;
c) a navegação aérea; e
d) as vias de transporte entre portos marítimos e fronteiras nacionais ou que transponham os limites de Estado ou Território;
 Em decorrência da necessidade de segurança da Federação, reservam-se à União as competências deste inciso.
Conceder anistia;
COMPETÊNCIAS DA UNIÃO: LEGISLATIVAS E ADMINISTRATIVAS
LEGISLATIVAS
Privativas:
Art. 22, §Ú, LC, CF (Delegáveis):
Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes...
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Concorrentes:
Art. 24, §2º, CF (Suplementar): A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
Art. 24, §3º (Supletivo): Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º (Supletivo): A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
ADMINISTRATIVAS
Comuns: 
Art. 23, CF:
É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Exclusivas:
Art. 21, CF (Indelegáveis):
Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;..."
* Indelegável: Não pode passar para outro
* Privativas é diferente das exclusivas, pois a privativa é delegável e a exclusiva é indelegável;
* Suplementar é um gênero do qual se extrai supletiva e complementar. Se a União não tiver legislado a respeito do assunto a competência será supletiva, ou seja, poderá tratar plenamente da matéria. Se a União tiver legislado aí a competência será complementar, nesse caso somente poderá tratar da matéria não trada pela União.
06/03: Estados e Municípios
ESTADOS
- Ente da Federação;
- Possui autonomia;
- São 26 estados mais o Distrito Federal.
Autonomia 
- Auto Organização: Leis próprias
- Auto Governo: Representantes eleitos pelo povo
- Auto Administração: Legislativo, executivo e judiciário
Art. 25, CF: Os estados possuem suas próprias constituições
“Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição” 
Os Princípios da Constituição
São necessários para que os estados possam fazer suas constituições
Princípios Constitucionais Estabelecidos: São normas da Constituição Federal que não podem ser mudadas na Constituição Estadual;
Princípios Constitucionais Sensíveis: A inobservância desse princípio leva a intervenção federal (tirar a autonomia do estado);
Art. 34, inc. VIII, CF.
Princípios Constitucionais Federais Extensivos: A Constituição Federal prevê para o governo federal, porém o governo estadual deve observar e “obedecer” mesmo que não esteja expresso.
* Constituição Estadual: Poder Constituinte Derivado Decorrente
Art. 25, §1º: Estabelece as competências relativas a administração
“São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”
Art. 25, §2º: Competências administrativas relativas ao estado 
* O estado possui competências tributárias também
“Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação”
Art. 26: Bens
Art. 27: Autoridades estaduais eleitas democraticamente 
“O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze”
Número mínimo de deputados federais:8 
Número máximo de deputados federais: 70
Os estados possuem assembleias legislativas e portanto, deputados estaduais.
Como calcular o número de deputados nos estados:
Para atingir 36, é necessário 12 deputados federais. Portanto, até 11 deputados basta multiplicar por 3.
Equação Fixa para mais de 12 deputados: X + 24
Exemplo: São Paulo tem 70 deputados, dessa forma:
X + 24
70 + 24: 94 deputados estaduais
Art. 27, §1º: Tempo de mandato
“Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.”
Art. 27, §4º: Projeto de lei feito pelo povo
“A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual”
Art. 28: Poder executivo estadual (Princípio Constitucional Estabelecido)
“A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.”.
MUNICÍPIOS
São autônomos (auto-organização, auto governo e auto administração).
Art. 18, caput: Formação dos municípios
“A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”.
Art. 29: Lei Orgânica (os municípios não possuem Constituição, porém as leis orgânicas equivalem a uma Constituição)
“O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:”
- inc. II: Presidente/Vice 
“eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito até noventa dias antes do término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de municípios com mais de duzentos mil eleitores;”
- inc. IV: Limite de vereadores
- inc. VIII: Imunidade material aos vereadores (apenas dentro do município)
“inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município”.
- inc. X: Se o prefeito cometer algum crime comum (penal), ele é julgado pelo Tribunal de Justiça (Decreto Lei n.261/67)
“julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça”
* Crime de Responsabilidade é julgado na Câmara Municipal
Art. 29, §2º: Crimes de Responsabilidade 
“Aos atuais Procuradores da República, nos termos da lei complementar, será facultada a opção, de forma irretratável, entre as carreiras do Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da União”
Art. 30: Auto administração (Competências)
- inc. I: Competência Legislativa
“legislar sobre assuntos de interesse local”
- inc. II: Suplementar
“suplementar a legislação federal e a estadual no que couber”
- inc. III: Tributária
“instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei”
- inc. IV: criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual
- inc. VI: manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental
- inc. VIII: União, estado ou município
“promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;”
Art. 31: “A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.”
§1º: ”O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.”
§4º: Existem apenas dois Tribunais de Contas Municipal (Rio de Janeiro e São Paulo). Quando não há o Tribunal de Contas Municipal no município, deve-se recorrer ao Tribunal de Compras Estadual
“É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.”
07/03: Distrito Federal e Territórios Federais
Distrito Federal
- É um ente federativo, portanto possui autonomia (autogoverno, autoadministração e auto-organização);
- Não é dividido em municípios;
- Não é um estado;
- É dividido em 31 regiões administrativas, onde não há prefeitos. Essas regiões são governadas por administradores que não são eleitos pelo povo, mas sim por governadores.
RA1: Brasília.
Essa região administrativa foi inaugurada em 1960 e teve seu nome mudado várias vezes. Atualmente, Brasília é chamada de: Plano Piloto.
* Antes de Brasília, a capital do Brasil era o Rio de Janeiro.
Art. 32, CF. Leis Orgânicas (não é considerada uma manifestação do Poder Constituinte Derivado Decorrente).
“ O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição .”
* Existem leis distritais, elas são reservadas ao Distrito Federal;
* Câmara Legislativa: Poder legislativo do DF, ela aprova Lei Orgânica.
§1º: As competências legislativas do DF são iguais as do estado e municípios
“ Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.”.
* Competência Administrativa (art. 23, CF);
* Possui também competência tributária.
São cobrados 13 impostos, segundo a CF.
- 3 são dos estados
- 3 são dos municípios
- 7 são da União
§2º: Eleição do governador e vice-governador 
“ A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.”.
* art. 77: 2º Turno
§3º: Câmara Legislativa – Deputados Distritais
“ Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27”.
* art. 27: Equação para calcular os deputados
* art. 92: Poder Judiciário
§4º: O DF não possui a mesma autonomia que os estados, pois quem paga a Policia e os Bombeiros é o governo federal.
“ Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.”.
Territórios Federais
- Não são entes federativos, portanto não possuem autonomia;
- É uma descentralização do governo federal;
- Não existem Territórios Estaduais ou Municipais;
- Atualmente, no Brasil, não existe nenhum Território Federal.
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§3º: Territórios podem ser divididos em municípios (que possuem autonomia). Na pratica isso não irá acontecer, porém possui a hipótese.
“ Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa”.
Habitantes podem ser:
- Até 100.000 habitantes
- + 100.000 habitantes: Nesse caso há um governador nomeado pelo presidente. Além disso, haverá juízes singulares e Tribunal de Justiça do Território, Ministério Público, defensores públicos e Câmara Territorial (não tem poder de legislar, porém pode discutir).
* art. 45, último parágrafo: 4 deputados territoriais
Exercício
Horário de funcionamento de comércios locais
Entefederativo responsável: Município (art. 30, inc. I);
Medidas de conforto á usuários de agências bancárias 
Ente federativo responsável: Município
Moto taxi
Ente federativo responsável: União (art. 22, inc. XI);
Gratuidade de estacionamento em estabelecimentos públicos
Ente federativo responsável: União (Direito Civil)
½ Entrada para estudantes
Ente federativo responsável: União/ estado/ municípios (art. 24, inc. I);
Contratação de controladores de velocidade para rodovias estaduais
Ente federativo responsável: Estado (art. 25, §1º);
Película solar no vidro de veículos
Ente federativo responsável: União;
Assentos para pessoas obesas em espaços culturais
Ente federativo responsável: União/ estado/ DF (art. 24, inc. XIV).
13/03: Intervenção
A Intervenção é a retirada temporária e excepcional da autonomia de um ente federativo, pelo ente federativo imediatamente mais amplo.
Apenas o chefe do poder executivo pode decretar intervenção:
- Intervenção Estadual: Governador
- Intervenção Federal: Presidente.
Estado tira autonomia dos municípios;
União tira autonomia dos estados;
União não pode tirar autonomia dos municípios (exceção: município que fica localizado em um território federal).
Art. 34, CF. Intervenção Federal nos estados.
Art. 35, CF. Intervenção Estadual nos municípios.
Art. 84, inc. I, CF. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
A Intervenção deve cumprir três requisitos:
- Em casos das hipóteses previstas nos art. 34 e art. 35 da Constituição Federal;
- Do ente federativo imediatamente mais amplo para o ente federativo menos amplo;
- É ato exclusivo do chefe do poder executivo.
Intervenção Federal
Espontânea
- Art. 34. Defesa da Unidade Nacional 
inc. I: manter a integridade nacional;
inc. II: repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra.
- Art. 34. Defesa da Ordem Pública
inc. III: pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.
- Art. 34. Defesa da Finança Pública
inc. V. reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei.
Provocada
- Por Solicitação: Defesa de Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Art. 34, inc. IV: garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.
Art. 36, inc. I:  no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário.
- Por Requisição: 
STF/ Judiciário Local – Art. 34, IV e Art. 36, I.
 
Descumprimento da Decisão Judicial (STF/ STJ/ TSE) – Art. 34, IV e Art. 36, II: no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
Execução da Lei Federal (STF) – Art. 34, VI.
Representação Interventiva (STF) – Art. 34, VII: Assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
A Intervenção possui quatro fases:
Iniciativa: É a determinação de quem dará inicio ao processo, pode ser espontânea ou provocada. 
Art. 35, inc. I. deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
inc. III. não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Controle Judicial: TJ
Art. 35, inc. IV: o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Decreto Interventivo: Feito pelo chefe do poder executivo
Controle Político: 
Art. 36, §1º: O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
§4º: Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.
As fases nunca estão presentes ao mesmo tempo, sempre estarão presentes apenas três:
1, 2 e 3 ou 1, 3 e 4
14/03: Separação de Poderes
O nome “Separação de Poderes” é equivocado, pois só existe apenas um poder e os “poderes” exercem funções típicas e atípicas.
Obra: Politica – Aristóteles (+/- 345 a.c.)
Funções do Estado: 
- Criar leis;
- Governar/ Administrar;
- Julgar conflitos.
Para Aristóteles, não existe divisões de poderes para cada pessoa.
Obra: 2º Tratado Sobre o Governo Civil – John Locke (1690)
Funções do Estado:
- Função Legislativa: É a função primária do Estado (o resto das funções são secundárias, ou seja, não há nada antes da lei);
- Executiva:
* Administrativa
* Federativa: Buscar o bem comum independentemente do que está escrito na lei.
Obra: Do Espirito das Leis – Montesquieu (1748)
Funções do Estado:
- Legislativo
- Executivo
- Judiciário
Para Montesquieu, os poderes não podem ser exercícios pela mesma pessoa, pois o poder corrompe a pessoa (abuso de poder). Ele não chama de “Separação de Poderes”, mas sim de “Funções do Estado”.
Pela lógica, o legislador cria leis para outras pessoas e quem julga, julga através de leis criadas por outra pessoa. A ideia é que os poderes sejam independentes, porém eles devem trabalhar harmonicamente.
A obra de Montesquieu influenciou muito a Primeira Constituição dos EUA (1787) e a Revolução Francesa (1789). E, portanto, a Constituição Brasileira foi muito influenciada por tais acontecimentos históricos. 
A Primeira Constituição dos EUA possui: Eficiência e Sistema de Freios e Contrapesos (Checks and Balances). Esse sistema serve para estabelecer que sempre haja um poder para limitar o outro. 
Constituição Brasileira de 1784: Quatro poderes.
- Legislativo
- Executivo
- Judiciário
- Moderador: Era um poder que o imperador tinha de exercer sua vontade independentemente do que estava escrito na lei, através do bem comum. 
Constituição Brasileira de 1891: Três poderes. 
Art. 2º, caput, CF. São Poderes da União, independentes e harmônicos (Montesquieu) entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário (Aristóteles).
Sempre o poder legislativo vem primeiro (função primária do Estado).
A nossa primeira Constituição foi constituída com base no ideal liberal (Estado mínimo). Dessa maneira, o Estado não vai intervir no individuo e irá garantir a propriedade e a liberdade. 
“Todos são iguais perante a lei”: Esse ideal funciona apenas no papel. O liberalismo é baseado na meritocracia e é injusto, pois não há as mesmas oportunidades para todos. 
Estado de Bem Estar Social – Atualmente 
Surgem os direitos trabalhistas, direito a educação, saúde, cultura, lazer, etc. Além disso, o Estado começa a intervir nas relações entre particulares. A partir disso, surgem várias obrigações para o Estado.
Porém, para garantir os direitos e cumprir suas obrigações, o Estado tem que gastar dinheiro e atualmente, ele não está dando conta.
O Estado não cumpre suas obrigações, então é necessário procurar o poder judiciário. Dessa forma, ocorre o ativismo judiciário.
Ex.:Quando o Estado não tem dinheiro para investir na saúde e através de uma decisão judicial, ele tem que conseguir “arrumar” esse dinheiro. Portanto, ele tira dinheiro da educação para investir na saúde. 
Funções Típicas e Atípicas dos Poderes
Legislativo
Função Típica: legislar;
Função Atípica: administrar e julgar (impeachment).
ExecutivoFunção Típica: administrar;
Função Atípica: legislar (medida provisória) e julgar.
Judiciário
Função Típica: julgar;
Função Atípica: legislar (sumula vinculante) e administrar.

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