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Disciplina: Conversão de Energia Elétrica Unidade 01: Princípios Básicos das Máquinas de Indução Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 8 - Eficiência das Máquinas de Indução: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 2 Perdas no Núcleo do Estator eP = 2P = eixodisponível noP= Perdas no Núcleo do Rotor Perdas por Atrito e Ventilação Sendo: 1 13 cos( )inP V I θ= 2 1 1 13P R I= 2 2 2 2 ag R I PP s s = = Potência de Entrada Perdas no Enrolamento do Estator Potência que Atravessa o GAP 8 - Eficiência das Máquinas de Indução: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 3 Perdas no Núcleo do Estator eP = 2P = eixodisponível noP= Perdas no Núcleo do Rotor Perdas por Atrito e Ventilação Sendo: 22 2 23P I R= (1 )mech agP s P= − Pout mech rotacionaisP P= − Perda no Enrolamento do Rotor, se for Rotor Bobinado R2 pode ser alterado externamente Potência Mecânica que Chega ao Eixo da Máquina Potência Disponível do Eixo da Máquina 8 - Eficiência das Máquinas de Indução: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 4 Perdas no Núcleo do Estator eP = 2P = eixodisponível noP= Perdas no Núcleo do Rotor Perdas por Atrito e Ventilação Logo a Eficiência da Máquina é dada por: out ff in PE P = Nota-se que Eff é altamente dependente do escorregamento s da máquina de indução analisada. 8 - Eficiência das Máquinas de Indução: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 5 2P = eixodisponível noP= Se todas as perdas forem desprezadas, exceto as da resistência do rotor, obtém-se a chamada Eff Ideal: (1 )outffIdeal in PE s P = = − 8.2 - Eficiência Ideal: 1 13 cos( )ag inP P V I θ= = 2 agP sP= (1 )out mech agP P P s= = − 8 - Eficiência das Máquinas de Indução: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 6 2P = (1 )outffIdeal in PE s P = = − 8.2 - Eficiência Ideal: Motores de Indução Aplicados na Indústria - Eficiência da Ordem de 95% - em plena carga Exercício: Última Aula � Uma Máquina Trifásica, 460V, 1740rpm, 60 Hz, 4 pólos, motor de indução de rotor bobinado possui os seguintes parâmetros por fase: � As perdas Rotacionais são 1700W. Com os terminais do rotor curto- circuitados (fechados) pede-se: A) A corrente de partida quando a partida ocorre direto em plena tensão (tensão nominal); B) Torque de Partida; C) Escorregamento a plena carga; D) Corrente a plena carga; E) Razão entre a corrente de partida e a de plena carga; F) Fator de potência a plena carga; G) Torque a plena carga; H) A eficiência ideal e a plena carga; Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 7 1 2 1 2 m0,25 Ohm R '=0,20 Ohm X =X '=0,5 Ohm X =30 OhmsR = Exercício: Última Aula � Uma Máquina Trifásica, 460V, 1740rpm, 60 Hz, 4 pólos, motor de indução de rotor bobinado possui os seguintes parâmetros por fase: A) A corrente de partida quando a partida ocorre direto em plena tensão (tensão nominal); Solução: na Partida s=1 Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 8 1 2 1 2 m0,25 Ohm R '=0,20 Ohm X =X '=0,5 Ohm X =30 OhmsR = 1 460 265,58 3 V V= = ' ' 2 1 ' ' 2 1 2/ ( ) 1 1 2 1,08 66 RjXm jX sZ R jX RjXm jX s Z A + = + + + + = ∠ 1 460 3 245,9 66 1,08 66 I A = = ∠− ∠ Exercício: Última Aula � Uma Máquina Trifásica, 460V, 1740rpm, 60 Hz, 4 pólos, motor de indução de rotor bobinado possui os seguintes parâmetros por fase: � As perdas Rotacionais são 1700W. Com os terminais do rotor curto- circuitados (fechados) pede-se: B) Torque de Partida: Necessita da Obtenção dos Parâmetros de Thevenin do Estator: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 9 1 2 1 2 m0,25 Ohm R '=0,20 Ohm X =X '=0,5 Ohm X =30 OhmsR = Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 10 Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 11 Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 12 Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 13 Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 14 15 1– Motor de Rotor Bobinado . Inserção de Resistências adicionais A inserção de resistências externas ao rotor de um motor de rotor bobinado pode influenciar nos seguintes parâmetros do motor: � Corrente de partida (funcionamento normal); � Fator de potência; � Conjugado (velocidade em que ocorre); � Velocidade; Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 16 11 – Efeitos da resistência do Rotor O valor da resistência do rotor de um motor de indução é um fator de grande importância no projeto de uma máquina, pois influência no rendimento, na corrente de partida, no conjugado e no fator de potência desta máquina. 1- Motores de Rotor Bobinado: Não é necessário nenhum projeto especial para o rotor, uma vez que as alterações em seu circuito podem ser feitas através dos anéis coletores. O enrolamento do rotor é projetado para ter baixa resistência, de forma que em funcionamento normal obtenha-se um alto rendimento. A principal desvantagem é o maior custo em comparação com o motores de rotor gaiola. Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 17 2- Motores de Rotor de Barras Profundas e de Dupla Gaiola: Um modo simples e engenhoso de se obter uma resistência de rotor que varie automaticamente com a velocidade utiliza o fato de que para o rotor parado a freqüência da tensão induzida no rotor é igual a freqüência da tensão aplicada ao estator. Conforme o rotor acelera a freqüência da tensão induzida diminui. Pelo uso de formas e arranjos apropriados para as barras do rotor, os rotores de gaiola podem ser projetados de modo que a resistência efetiva a 60 Hz seja muito maior que a 2 ou 3 Hz. 11 – Efeitos da resistência do Rotor Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 18 Para o circuito equivalente agora a resistência varia com o escorregamento. 11 – Efeitos da resistência do Rotor Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 19 Com a introdução de rotores com dupla gaiola e com barras profundas, os motores de gaiola podem ser projetados para ter boas características de partida, resultantes de alta resistência do rotor, e ao mesmo tempo boas características de funcionamento, resultantes de baixa resistência do rotor. Entretanto o motor não tem a flexibilidade da máquina de rotor enrolado, logo para partidas muito severas os motores de rotor bobinado são mais indicados. Para atender as necessidades da indústria (conforme as suas características de conjugado em relação à velocidade e corrente de partida) os motores são classificados em categorias (Classes), cada uma adequada a um tipo de carga. Estas categorias são definidas por Norma , e são as seguintes: 11 – Efeitos da resistência do Rotor Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 20 12 – Categoria de Motores Categoria A - Conjugado de partida normal; corrente de partida alta; baixo escorregamento (cerca de 5%). Motores usados onde não há problemas de partidas nem limitações de corrente. Categoria B - Conjugado de partida normal; corrente de partida normal; baixo escorregamento. Constituem a maioria dos motores encontrados no mercado e prestam-se ao acionamento de cargas normais, como bombas, máquinas operatrizes, etc. Categoria C - Conjugado de partida alto;corrente de partida baixa; escorregamento mais alto que nas categoria A e B. Usados para cargas que exigem maior conjugado na partida, como peneiras, transportadores carregados, cargas de alta inércia, etc. (Gaiola dupla alta resistência do rotor). Categoria D - Conjugado de partida alto; corrente de partida baixa; alto escorregamento (mais de 5%). Usados em prensas excêntricas e máquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos. Usados também em elevadores e cargas que necessitam de conjugados muito altos e corrente de partida limitada. (Gaiola única de alta resistência - latão). Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 21 12 – Categoria de Motores Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 22 Motor com uma bobina por fase fechadas com Ligação em Estrela: 14 – Tipos de Ligação Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 23 Motor com uma bobina por fase fechados com Ligação em Triângulo 14 – Tipos de Ligação Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 24 Motor com duas bobinas por fase 12 terminais: A conexão é feita pelo usuário, podem ser ligados em redes trifásicas de 220V e 380V, 440 V e 760 V. VL = 760 V 14 – Tipos de Ligação Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 25 Motor com duas bobinas por fase 9 terminais: Dependendo da ligação interna desses terminais, eles poderão operar em ∆, e ∆∆ ou Y e YY. Cuidado com a polaridade das bobinas. 14 – Tipos de Ligação Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 26 16 – Partida do MI Os motores de indução trifásicos têm corrente de partida na faixa de três a nove vezes a corrente nominal. Esse valor depende do tipo de construção do rotor gaiola. A corrente de partida de um motor de indução é alta devido ao fato de que estando o rotor parado, prevalece apenas a impedância das bobinas. A corrente de partida acarreta significativa queda de tensão nas instalações que alimentam os motores. A NBR 5410 estabelece uma queda de tensão máxima de 4% para qualquer equipamento alimentado a partir de uma rede pública de baixa tensão, e 7% para equipamentos alimentados a partir de transformadores próprios. Durante a partida admite-se queda de tensão no motor de 10%, garantindo que os demais equipamentos da instalação mantenham-se dentro da faixa estabelecida. Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 Partida do Motor de Indução: � Quase todos os motores de indução trifásicos poderiam partir a plena tensão (desde que alimentados por uma barramento infinito); � No entanto, embora o MIT suporte a sobrecarga na partida, ocorre uma queda de tensão na alimentação, refletindo-se em todas as cargas ligadas no mesmo barramento; Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 27 Partida do Motor de Indução: Independente do método de partida empregado, deve-se sempre buscar um compromisso entre: � a redução das características nominais operativas de partida (corrente de partida e tensão aplicada) ; � as características de desempenho da máquina de indução (torque desenvolvido pela máquina na partida e a plena carga). Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 28 16 – Partida do MI: Partida Direta Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 29 Em aplicações industriais e residenciais pequenos motores gaiola de esquilo, de pequena potência, podem partir por ligação direta a rede, sem que haja queda de tensão significativa na tensão de suprimento. Grandes Motores Gaiola de Esquilo (alguns milhares de HP) podem partir de maneira direta sem ocasionar mudanças nas características da rede, desde que esta tenha capacidade suficientemente grande de corrente. (Exemplo: acionamento de comportas em Usinas de Geração de Energia Elétrica). 16 – Partida do MI: Partida Direta Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 30 Partida Direta: Do ponto de vista do motor, esta é a forma mais adequada de se partir o motor de indução, desde que as condições locais permitam. 1 – Partida do MI: Partida Direta Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 31 Diagrama Funcional: Partida Direta – Pode Operar nos Dois Sentidos de Rotação Circuito de Comando 1 – Partida do MI: Partida Direta Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 32 Diagrama Funcional: Partida Direta – Somente Com Um Sentido de Rotação: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 33 Partida Plena Carga 2 – Partida do MI: Partida Y – Triângulo: Os enrolamentos do Estator podem ser conectados a rede em Estrela ou Triângulo; Quando ligado em Y a tensão de fase no enrolamento é 57,8% (1/sqrt(3)) da tensão de linha; 2 – Partida do MI: Partida Y – Triângulo: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 34 Por meio de chaves é possível partir um motor de indução em estrela com pouco mais da metade da sua tensão nominal aplicada a cada bobina e fazê-lo funcionar em Delta com toda a tensão da linha aplicada às bobinas 2 – Partida do MI: Partida Y – Triângulo: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 35 Como o torque varia com o quadrado da tensão aplicada por fase, a redução da tensão (ligação em Y) acarreta um torque de partida com 1/3 do valor nominal de partida. ( ) 2 1 2 2 22 1 1 2 ´1 ´ ´ syn V rT w sr r x x s = + + + Um Motor de Indução com 06 terminais acessíveis é mais caro do que o de um motor convencional Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 36 2 – Partida do MI: Partida Y-Delta: Diagrama Funcional: Partida Y – Delta: 2 - Partida MI – Tensão Reduzida Com Auto-Transformador: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 37 Partida Com Tensão Reduzida Por Meio de Auto- Transformador: Os Tap’s do transformador variam de 50 a 80% da tensão nominal aplicada; Os Tap’s são variados até que se obtenha o torque de partida desejado; O auto-transformador atua de duas maneiras para reduzir a corrente solicitada à linha: 1) Reduz a corrente de partida pela redução de tensão; 2) Pela Relação de Espiras do Transformador, Corrente no Primário é Maior do que no Secundário. 2 - Partida MI – Tensão Reduzida Com Auto-Transformador: Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 38 Partida Com Tensão Reduzida Por Meio de Auto- Transformador: Consequência: Uma redução de 70% na tensão aplicada, ocasiona 49% de torque de partida e uma redução da corrente de partida pela metade. Aplica-se: Aos Casos em que a Conexão Y – Triângulo não se aplica; Para partida com carga parcial ou plena carga (moinhos após a falta de energia, exaustores e ventiladores). Conversao de Energia - Prof. André Luiz Paganotti – DEMDIV-2017/1 39 2 – Partida do MI: Tensão Reduzida Chave Compensadora Automática: Auto Transformador Diagrama Funcional: Partida Chave Compensadora Automática: Auto Transformador
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