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PUC-Rio G2 FIL1000 2 Apesar dessa relação íntima entre o corpo e a alma, a dialética de Tomás de Aquino é construída apontando também diferenças como a imaterialidade da alma. Nesse conceito, define-se que a alma diferentemente do corpo não possui extensão sendo então, etérea. Sendo assim, a alma não seria composta por partes. Essa característica implicaria que a alma não está sujeita a decomposição como acontece no corpo, que por outro lado está segmentado em partes. De acordo com São Tomás, como a alma não se decompõe isso a permitiria a imortalidade. Em suma, o homem seria nada mais do que a superposição dessa entidade etérea e dessa entidade física i.e. do corpo e da alma. Um dos problemas enfrentados foi justamente essa dicotomia entre essas características disjuntas da alma ao corpo e.g. a imaterialidade. Isso implica na existência de uma alma sem corpo, pois essa seria hora desconectada (na hora da morte); ao mesmo tempo em que é reforçada essa relação íntima entre a alma e o corpo. Nessa situação delicada, Tomás de Aquino sugere que a alma tem existência própria a qual se comunica com o corpo, sem o qual não seria uma substância completa (homem). São Tomás completa: sem o corpo não seria possível estabelecer suas atividades naturais, apesar de ser possível a existência da alma sem o corpo. Sem o corpo teria a alma uma existência estéril, por se encontrar em um estado não natural. O argumento é então concluído explicando que: a alma só precisa de Deus ou para reuni-la de volta ao corpo ou para lhe atribuir conhecimento, ambos seriam atribuições supranaturais.
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