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Apostila de Parasitologia - doenças, sintomas, taxonomia, ciclo de vida e prevenção

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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – LICENCIATURA/UFMS-CPTL
PRÁTICA DE ENSINO EM PARASITOLOGIA
Prof.ª Dra. Maria Elisa Rebustini
Discente: Vitória Luiza Damasceno
Três Lagoas/MS
2017
O que são parasitas?
Parasitas são organismos que vivem em associação com outros, dos quais retiram os melos para a sobrevivência, normalmente prejudicando seus hospedeiros de alguma forma.
Cuidados preventivos para evitar contrair parasitas?
Tratamento adequado de água e fezes, hábitos de higiene pessoal, eliminação de vetores que trazem a doença, tratamento adequado dos alimentos ingeridos, 
O que é saneamento básico?
Saneamento básico é a atividade relacionada ao abastecimento de água potável, manejo de água, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e o controle de pragas ou qualquer agente patológico. 
Quais são as leis que regem o saneamento básico?
A lei 11.445/2017 é a Lei Federal do saneamento básico, que institui diretrizes para a prestação de serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: planejamento, regulação e fiscalização.
AMEBÍASE
Amebíase que também pode ser chamada de desinteira amébica.
Infecção parasitária do cólon causada pela ameba Entamoeba histolytica.Que pode se beneficiar de seu hospedeiro sem causar benefício ou prejuízo, ou ainda, agir de forma invasora. Neste caso, a doença pode se manifestar dentro do intestino ou fora dele.
Sintomas: podem ser leves e incluir cólicas e diarreias, fezes com sangue, febre, calafrios, nos casos mais graves, a forma trofozoítica do protozoário pode se espalhar pelo sistema circulatório, afetando o fígado, pulmões ou cérebro. O diagnóstico breve nestes casos é muitíssimo importante, uma vez que, este quadro clínico, pode levar o paciente à morte.
Taxonomia
Reino: Protista
Sub-reino: Protozoa,
Filo: Sarcomastigophora, Subfilo: mastigophora, 
Classe: Lobosea, Família: Endamoebidae, 
Gênero: Entamoeba.
Na sinonímia de Entamoeba histolytica devem ser incluídas as seguintes denominações: Entamoeba dysenteriae, Entamoeba minuta, Entamoeba tetragem.
Quais doenças a Entamoeba histolytica causa?
Desinteria amebiana;
Colite amebiana: Aguda ou crônica
Abcessos amebianos: no fígado, pulmões, cérebro e em outros órgãos, raramente há ulcerações cutâneas. 
Ciclo de vida:
Entamoeba histolytica completa seu ciclo em apenas um hospedeiro, e o modo de infecção é fecal-oral, o homem se infecta ao ingerir cistos presentes na água ou nos alimentos contaminados. O desencistamento ocorre na porção final do intestino delgado, desprendendo os trofozoítos que passam a viver como comensais e a reproduzir-se por divisão binária. Através de mecanismos ainda desconhecidos, mas possivelmente relacionados com a ruptura do equilíbrio intestinal, os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal, alimentando-se de células da mucosa e de hemácias. Em casos de infecção crônica podem invadir outros órgãos através da circulação sanguínea, especialmente ao fígado. Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor, formando os cistos, que são eliminados através das fezes. Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando quatro novos indivíduos que desencistam quando chegam ao intestino de um novo hospedeiro. Os cistos podem permanecer viáveis fora do hospedeiro por cerca de 20 dias caso as condições de temperatura e umidade seja adequada, logo eles são as formas de resistência do parasito no meio ambiente. Os trofozoítos, entretanto, são lábeis no ambiente. De acordo com sua morfologia, apresentam 4 fases: trofozoíto ou forma vegetativa, cisto ou forma de resistência, pré-cisto: forma entre trofozoíto e cisto e metacisto: forma que dá origem ao trofozoíto.
Prevenção: neste caso, a prevenção se dá através de medidas higiênicas mais rigorosas junto às pessoas que manipulam alimentos, saneamento básico, não consumir água de fonte duvidosa, higienizar bem verduras, frutas e legumes antes de consumi-los, lavar bem as mãos antes de manipular qualquer tipo de alimento, principalmente após utilizar o banheiro.
TOXOPLASMOSE 
A Toxoplasmose é uma zoonose que infecta o gato e numerosas outras espécies de vertebrados, inclusive o homem.Facilmente encontrado na natureza, sobretudo nas regiões de clima temperado e tropical. 
Doença resultante de infecção pelo parasita Toxoplasma gondii. 
Sintomas: nos adultos, um quadro febril, com linfadenopatia e nas crianças uma forma subaguda de encefalomielite e coriorretinite, amarelamento de pele e dentes e convulsões, dor muscular e dor de cabeça, que podem durar semanas. Cerca de 90% das pessoas que contraem a toxoplasmose não manifestam nenhum sintoma. Os outros 10% podem apresentar aumento de gânglios, febre, dor muscular e de cabeça. Já em pessoas com o sistema imunológico debilitado, podem surgir sintomas específicos, como problemas de coordenação, convulsões, confusões, visão turva e, em alguns casos, até mesmo infecções respiratórias, como pneumonia etuberculose.
Taxonomia
Reino: Protista
Sub-reino: Protozoa,
Filo: Apicomplexa
Ordem: Eucoccidiida,
Família: Sarcocystidae
Gênero: Toxoplasma,
Espécie: Toxoplasma gondii 
Foram reconhecidas três linhagens de Toxoplasma gondii, sendo a de tipo II a mais frequente como causa de doença no hemisfério norte e a mais relacionada a lesões oculares com a reagudização da toxoplasmose na imunodeficiência humana adquirida. O tipo I é o menos encontrado, porém é o de maior patogenicidade. O tipo III ocorreprincipalmente em animais, porém em linhagens mistas I-II também pode ser encontrado. 
Quais doenças o gênero Toxoplasma causa?
Toxoplasmose febril aguda:
Na toxoplasmose febril aguda, que é a forma mais comum da doença, a pessoa contaminada normalmente não apresenta nenhum sintoma e por isso não precisa de tratamento. Quando há manifestação de sintomas podem ser manchas vermelhas na pele, febre e podemaparecer sintomas como pneumonia difusa, tosse seca, miocardite e dor muscular enquanto houver febre, dor abdominal e hepatite discreta.
Toxoplasmose linfática 
Na toxoplasmose linfática leve a doença manifesta sintomas que incluem o aumento de tamanho de um linfonodo do pescoço e da axila, mal-estar, dores musculares e febre baixa e flutuante que pode durar semanas ou meses. É frequente a anemia discreta, pressão baixa, baixa contagem leucocitária e resultados discretamente anormais das provas da função hepática.
Toxoplasmose disseminada
Pode produzir erupção cutânea, febre alta, calafrios e fadiga extrema. Ocorre principalmente em indivíduos com comprometimento do sistema imune como naqueles com AIDS, sendo comum causar encefalite, hepatite, pneumonite, miocardite, meningoencefalite, podendo como consequência das inflamações podem causar convulsões, tremores, confusão mental ou coma. A toxoplasmose aguda disseminada é a infecção oportunista mais comum em pessoas com o vírus HIV devido a uma reativação dos cistos, principalmente no cérebro causando encefalite.
Toxoplasmose neonatal
A toxoplasmose neonatal é quando o bebê é contaminado durante a gestação trazendo graves complicações como o parto prematuro, peso baixo ao nascer, problemas no fígado, olhos, pulmões e coração.
Toxoplasmose ocular
A toxoplasmose ocular acontece em caso de contaminação do bebê durante a gestação e pode se manifestar logo no nascimento ou anos mais tarde causando graves danos nos olhos, principalmente quando o nervo ótico e a mácula são afetados. 
Toxoplasmose generalizada
É uma forma muito grave da doença que leva à morte mesmo quando afeta pessoas saudáveis, mas é muito rara.
Ciclo de vida:
O ciclo de vida do Toxoplasma gondii se passa em duas fases distintas: a fase assexuada que é dada nos tecidos de vários hospedeiros, inclusive do gato, e a fase sexuada que se dá no epitélio intestinal de gatos jovens e outros felídeos não imunes. Na fase assexuada, umhospedeiro suscetível ingere oocistos ou entra em contato com taquizoítos eliminados na urina, leite, esperma, perdigotos, ou, ainda bradizoítos e taquizoítos encontrados na carne crua, poderá adquirir o parasito e desenvolver a fase assexuada. As formas que chegarem ao estômago serão destruídas, mas as que penetrarem na mucosa oral ou forem inaladas poderão evoluir, cada esporozoíto ou taquizoíto entrará numa célula e se reproduzirá intensamente que será chamada de fase proliferativa, romperá a célula, liberando novos taquizoítos, que invadirão novas células. Essa disseminação do parasito no organismo se dá por taquizoítos livres na linfa, no sangue circulando ou, mesmo, por taquizoítos parasitando leucócitos. 
Já o ciclo sexuado ocorre somente no epitélio intestinal de gatos ou outro felídeo jovem. São, por isso, considerados hospedeiros definitivos. Assim, um gato jovem e não imune, se infectando oralmente por oocistos, cistos ou taquizoítos, desenvolverá o ciclo sexuado em seu epitélio intestinal. O tempo decorrido dessa infecção até o aparecimento de novos oocistos em suas fezes dependerá da forma ingerida. Este período será de 3 a 5 dias, quando a infecção ocorrer por cistos; 5 a 10 por taquizoítos, e 20 a 24 dias para oocistos. Os esporozoítos ou taquizoítos, ao penetrarem no epitélio intestinal do gato, por um processo de esquizogonia, darão origem a vários merozoítos que, por sua vez, se transformarão em gametas. O macrogameta permanecerá dentro de uma célula epitelial, enquanto que o microgameta sairá de sua célula e irá fecundar o macrogameta, formando o ovo ou zigoto. Esse evoluirá dentro do epitélio, dando origem ao oocisto; depois, a célula epitelial, em alguns dias, se rompe, liberando o oocisto imaturo. Essa forma, através das fezes, alcançará o meio externo e, após um período de cerca de quatro dias, ficará maduro, isto é, apresentará dois esporocistos e cada um contendo quatro esporozoítos. O gato jovem é capaz de eliminar oocistos durante um mês, aproximadamente, não o fazendo mais depois disto.
Prevenção: para evitar a contaminação de um animal pela toxoplasmose, é necessário que ele não ingira cistos de tecidos infectados, evitar que eles se alimentem com carnes cruas ou mal cozidas já pode ajudar bastante nessa prevenção. Controlar as saídas dos bichanos para a rua também é uma boa ideia para prevenir os gatos da infecção; já que, dentro de casa e com a higiene em dia, dificilmente o animal será contaminado.
No entanto, no caso dos seres humanos, a forma de prevenção é bastante clara e simples: higiene. E, mesmo que você tenha dentro de casa um felino contaminado pela doença, isso não quer dizer que será infectado. Lavando bem as mãos após o contato com o animal e, principalmente, após limpar a sua caixa de areia, há poucas chances de que a doença seja transmitida.
A caixa de areia é outro local que deve permanecer limpo o tempo todo, e a esterilização do acessório com água fervente também deve ser feita de maneira constante para evitar chances de contaminação. No caso de quem tem crianças no lar, deixa-la em locais afastados dos pequenos também é uma boa ideia – sendo que a limpeza das mãos da criança após as brincadeiras com os bichanos deve ser algo ensinado desde cedo, garantindo a higienização e, com isso, a prevenção.
Em todos os casos, seja para evitar a infecção em animais ou humanos, a higiene é a palavra-chave. Todo tipo de vegetal que for ingerido deve ser bem lavado e todo tipo de carne a ser consumida deve ser bem cozida antes do consumo, acabando com a possibilidade de que o protozoário possa ser transmitido para quem come o alimento. Lavar bem os utensílios de cozinha que entram em contato com carnes cruas também é uma boa medida para garantir o afastamento do problema.Para saber se a pessoa já foi contaminada com o Toxoplasma gondii deve-se realizar o exame de sangue que encontra anticorpos contra o protozoário.
Lembretes: Você não pega toxoplasmose ao acariciar um gato, não abandone seu bichano por medo de contrair a doença, só se contrai toxoplasmose se ingerir terra ou alimentos contaminados com fezes de gatos, mas bons hábitos de higiene e limpeza no preparo dos alimentos evitam isso, cães, pombos e mordidas de gatos ou outros animais não transmitem a toxoplasmose, não é necessário se desfazer de seu gato se estiver grávida. Basta manter bons hábitos de higiene.
MALÁRIA 
A malária é causada pelos organismos da família Plasmodiidae e ao gênero Plasmodium. As espécies que parasitam o homem são: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium ovale e Plasmodium malariae.A doença provocada pelo vivax é a mais comum e a provocada pelo malariae, a menos grave. Já a provocada pelo ovale é típica da África.
É possível que a malária seja muito mais antiga que a humanidade, visto que esses parasitos são encontrados em repteis bem como em aves e mamíferos. Em relação aos hospedeiros vertebrados, os plasmódios são estritamente estenoxenos. Os da malária humana, com a exceção de Plasmodium malariae, só admitem o homem como hospedeiro, de onde vem à suposição de que tenham evoluído juntamente com nossa espécie. Os hospedeiros invertebrados que se tornaram elos obrigatórios no ciclo dos plasmódios humanos, limitam-se a umas quantas espécies de mosquitos do gênero Anopheles.
Sintomas: A gravidade da malária varia de acordo com a espécie de Plasmodium. Os sintomas são calafrios, febre e sudorese,falta de apetite, pele amarelada, cansaço mostrando sinais geralmente algumas semanas depois da picada.
P. falciparum: responsável pela febre terçã maligna, com acessos febris com intervalos de 36 a 48 horas. 
P. vivax: agente da febre terçã benigna, com ciclo de 48 horas.
P. ovale: com distribuição limitada ao continente africano, é responsável por outras formas de febre terçã benigna.
P. malariae: causa a febre quartã que se caracteriza pela série de acessos febris a cada 72 horas.
Podem ocorrer também dores locais no abdômen ou nos músculos, diarreia, náusea ou vômito. Também é comum ter dor de cabeça, falta de ar, olhos amarelados e ritmo cardíaco acelerado. 
A malária é uma doença sistêmica que provoca alterações na maioria dos órgãos, variando, porém, sua gravidade dentro de amplos limites, desde as formas benignas até as muito graves e fatais. A doença se caracteriza pela ruptura de hemácias, quando ocorrem as típicas febres da malária, com sudorese e calafrios. A destruição das hemácias pode acarretar outras consequências graves. 
Taxonomia 
Reino: Protozoa
Filo: Apicomplexa,
Ordem: Hemosporidiia
Família: Plasmodiidae,
Gênero: Plasmodium, 
Espécies: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium ovale e Plasmodium malariae
Quais doenças são causadas pelo gênero Plasmodium?
Espécies pertencentes a esse gênero só causam a malária.
Ciclo de vida:
O ciclo do Plasmodium inicia-se quando o mosquito Anopheles inocula os esporozoítos diretamente na circulação. Eles vão para o fígado e se transformam em criptozoítos. No fim do crescimento, o núcleo do criptozoíto começa a se dividir várias vezes, de forma assexuada. Esse processo resulta em uma forma multinucleada, o esquizonte. Rompe-se o esquizonte e são liberados os merozoítos. Essa etapa completada é denominada esquizogoniapré-eritrocítica e dura entre seis e 16 dias após a inoculação.
Cada merozoíto, liberado na fase anterior, infecta uma hemácia. No interior da hemácia o merozoíto realiza esquizogonia e evolui para trofozoíto. O núcleo do trofozoíto começa a se dividir várias vezes, de forma assexuada, o que resulta em uma forma multinucleada, o esquizonte. O esquizonte rompe-se, liberando merozoítos que podem repetir o processo assexuado ou iniciar o ciclo sexuado. A repetição do ciclo assexuado nas hemácias é denominado ciclo eritrocítico. Nesse caso as esquizogonias se repetem com uma periodicidade que é específica de cada espécie e se relaciona com o ritmo das crises febris.
Já no ciclo sexuado, dá-se a formação de gametócitos masculinos ou femininos, a partir dos merozoítos. Osgametócitos, formados no homem, são ingeridos por um mosquito anofelino, durante a hematofagia. A fecundação ocorre no tubo digestivo do mosquito. A fusão dos gametócitos leva a formação do oocisto, em célula do epitélio intestinal do mosquito. Com a esporulação, ocorre a ruptura do oocisto para dentro da hemocele do mosquito, liberando os esporozoítos. Estes migram para a glândula salivar do mosquito, sendo inoculado no hospedeiro vertebrado, posteriormente, por transfusão de sangue, compartilhamento de seringas, acidentes com agulhas.
As transmissões ocorrem em temperaturas entre 20° a 30° com alta umidade relativa do ar e em temperaturas abaixo de 16° e acima de 33° impossibilitam o ciclo esporongico no mosquito. 
Prevenção: Ainda não há uma vacina para a prevenção da malária então nos resta ajudar na redução da população de mosquitos, o controle de sua migração e a destruição de suas larvas, considerando a resistência do vetor aos inseticidas, evitar picadas do mosquito em viagens onde há foco da doença, fazendo o uso de repelentes, calças e camisas de manga longa, principalmente no período de fim da tarde e início da noite e levando em conta a temperatura. 
LEISHMANIOSE 
Os parasitos do gênero Leishmania são agentes de zoonoses que infectam eventualmente a espécie humana nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil encontramos tais espécies de Leishmania: Leishmania braziliensis, Leishmania amazonensis, Leishmaniashawi, Leishmania infantum, Leishmania guyanensis, Leishmania lainsonie Leishmania naiffi. Por essas doenças apresentarem características clínicas e epidemiológicas tão diferentes, em cada área geográfica, foram consideradas entidades distintas. Podemos separa-las em quatro grupos:
Formas que produzem apenas lesões cutâneas, ulcerosas ou não, porém limitadas – é a leishmaníase cutânea.
Formas que se complicam frequentemente com o aparecimento de lesões destrutivas nas mucosas do nariz, boca e faringe – designadas, coletivamente, por leishmaníase muco-cutânea oucutâneo-mucosa.
Formas disseminadas cutâneas que se apresentam em indivíduos anérgicos ou, tardiamente, em pacientes que haviam sido tratados de calazar – é a leishmaníase cutânea difusa.
Formas viscerais, em que os parasitos apresentam acentuados tropismos pelo SFM do baço, do fígado, da medula óssea e dos tecidos linfoides – é a leishmaníase visceral oucalazar.
Leishmaniose Tegumentar (LTA) é causada por três espécies de Leishmania: Leishmania braziliensis, Leishmania guyanensise, Leishmania amazonensis.
Leishmaniose Visceral (LVA) é causada por três espécies de Leishmania são: Leishmania donovani, Leishmania infantum, Leishmania chagasi.
Sintomas: Entre os principais sintomas estão: febre prolongada, úlceras escuras na pele, aumento do baço, aumento do fígado, leucopenia,  Anemia, tosse, dor abdominal, diarreia, perda de peso. Mas eles também variam de acordo com o tipo de Leishmaniose. Na Leishmaniose Tegumentar (cutânea) o aparecimento das feridas é o principal sintoma. No caso da forma cutânea da contaminação, o mais comum, a ferida aparece pequena, de forma arredondada, profunda, avermelhada e cresce progressivamente com o passar dos dias. Quando o parasita abriga a mucosa do indivíduo contaminado, as feridas aparecem no nariz, na boca ou, em casos mais graves, na garganta e no sistema da laringe do organismo. Neste caso, podem surgir ainda nódulos ao longo de todo o corpo, principalmente nos membros inferiores e superiores.
Na Leishmaniose visceral temos os sintomas principais da doença, mas o paciente pode também apresentar: febre, perda de peso, anemia, inchaços significativos no baço e fígado e dentro da Leishmaniose visceral temos também a Leishmaniose visceral humana que apresenta sintomas tais como:
Descamamento da pele: são os primeiros sintomas. Aparecem, principalmente, em torno do nariz, boca, queixo e orelhas, e frequentemente também no couro cabeludo, onde estes são geralmente confundidos com caspa.
Aparecimento de pequenos calombos semiesféricos: no couro cabeludo, e geralmente são sensíveis quando tocados. Estes calombos surgem e desaparecem com frequência sem implicarem, de forma geral, são dados como ferimentos.
Lesões: provocadas por traumas induzidos pelas unhas ou mãos do próprio paciente nos calombos que aparecem no couro cabeludo.
Alterações nos níveis de ácido úrico: não se associam adequadamente às causas típicas desta anomalia. Nos pacientes vegetarianos, eles acabam por causar sintomas muito semelhantes aos da gota, bem como alterações na quantificação de enzimas associadas ao fígado.
Leishmaniose canina: Os sintomas no cão variam muito, sendo comum na Leishmaniose cutânea o aparecimento de lesões graves na pele acompanhadas de descamações e, eventualmente: úlceras, falta de apetite, perda de peso, lesões oculares, atrofia muscular e crescimento exagerado das unhas.
Problemas nos rins, fígado e baço que podem levar à morte se em um estágio mais avançado.
Como a Leishmaniose pode ter sua incubação de até sete anos, ela pode ser assintomática em muitos cães.
Taxonomia
Reino: Protozoa, 
Filo: Sarcomastigophora,
Classe: Zoomastigophorea,
Ordem: Kinetoplastida, 
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Leishmania,
Subgênero: Vianniae Leishmania,
Espécie: Leishmania braziliensise entre outras.
Subgênero Viannia tem o desenvolvimento limitado ao intestino médio e anterior.
Subgênero Leishmania tem o desenvolvimento nas regiões posterior, média e anterior.
Quais doenças são causadas pelo gênero Leishmania?
Espécies pertencentes a esse gênero só ocasionam os quatro tipos de leishmaníase: leishmaníase cutânea, leishmaníase muco-cutânea, leishmaníase cutânea difusa e leishmaníase visceral ou calazar.
Ciclo de vida
O mosquito palha fémea, da familia dos flebotomíneos, é o vetor transmissor do protozoário Leishmania chagasi para os hospedeiros, dentre eles destacam-se os cães e o homem. Através da picada, são inoculados parasitas na forma Promastigota os quais invadem os macrófagos. No ambiente intracelular, o parasita assume a forma amastigota (sem flagelo) e inicia uma replicação binária (assexuada). Quando as células rompem, são liberados promastigotas os quais podem jnfectar novos macrófagos ou inocular um mosquito palha, fechando o ciclo. No interior do mosquito palha, o Leishmania também realiza reprodução assexuada, alternando entre amastigota e promastigota.
Os flebotomínios são pequenos, muito pilosos de cor palha ou castanhos claros, facilmente reconhecidos pela atitude que assumem quando pousados, permanecendo com as asas entreabertas e ligeiramente levantadas, ao invés de se cruzarem sobre o dorso. São conhecidos como: "cangalha", "orelha de veado": "mosquito palha" e etc. Apenas dois gêneros são realmente importantes para a epidemiologia das leishmanioses: Lutzumira, cujas fêmeas picam o homem e Phlebotomus. Sem o mosquito não haverá o ciclo. Por isso, o contato de um cão contaminado com um sadio ou o simples contato do cão com o homem não constituem qualquer perigo de contágio da doença como frequentemente se pensa. O contágio cão-cão só poderia ocorrer se se usasse a mesma agulha de vacinação num infectado e noutro não infectado, por exemplo.O período de incubação, isto é, desde a picada do mosquito até ao aparecimento dos primeiros sintomas da doença é muito variável e isso também dificulta o diagnóstico – de 10 a 25 dias, podendo chegar a um ano ou mais. Sendo o homem e também o animal o hospedeiro definitivo e o mosquito o hospedeiro intermediário.
Exemplo:
Cão naturalmente infectado;
Ao picar o animal ou o homem infectado, o inseto suga, juntamente com o sangue, o parasito que causa a doença;
No intestino do inseto, o parasito se multiplica.
Ao picar o homem ou outro animal sadio, o flebótomo inocula o parasito.
No homem, no cão ou na raposa, o parasito se multiplica principalmente no baço, fígado e medula óssea, provocando a doença.
Prevenção: A melhor forma de se prevenir contra esta doença é evitar residir ou permanecer em áreasmuito próximas à mata, evitar banhos em rios próximos a mata, sempre utilizar repelentes, já os cães devem usar coleiras com repelente e, se possível, serem vacinados contra o problema, há somente a vacina para os cães , armazenar adequadamente o lixo orgânico além de não utilizar agulhas utilizadas por terceiros, são medidas individuais que diminuem a probabilidade de ser contaminado. Vale ressaltar, também, que existem repelentes especiais para cães, evitando que sejam picados pelo eventual mosquito contaminado. 
GIARDÍASE
Giardia lamblia é o protozoário responsável por casos de diarreia em crianças, que pode até mesmo provocar retardo no desenvolvimento é a causadora da giardíase. Diferente das amebas, essa espécie se locomove por meio de estruturas especializadas em forma de chicote, os flagelos. Apresentam em seu ciclo vital duas formas: trofozoíta e cisto. 
O parasita costuma afetar com mais frequência os países tropicais por conta da temperatura agradável, porém ela pode proliferar em qualquer parte do mundo, podendo atingir até 50% de uma mesma população.
Sintomas: A giardíase apresenta um espectro químico diverso que varia desde organismos assintomáticos até pacientes sintomáticos que podem apresentar: fadiga, cansaço, perda de peso, diarreia aquosa que pode ser alternada com fezes gordurosas, inchaço seguido de cólicas abdominais, eructação com gosto ruim e náuseas, muco e sangue raramente aparecem nas fezes. Essa forma aguda dura poucos dias e seus sintomas iniciais podem ser confundidos com os quadros associados á diarreia viral ou bacteriana.
Taxonomia
Reino: Protista,
Sub-reino: Protozoa,
Filo: Sarcomastigophora,
Sub-filos: Mastigophora, 
Classe: Zoomastigophorea, 
Família: Hexamitidae,
Gênero: Giardia, 
Espécie: Giardia lamblia
Quais doenças são causadas pelo gênero Giardia?
Espécies pertencentes a esse gênero só causam giardíase.
Ciclo de vida: A ingestão é feita por água ou alimentos contaminados, o trofozoíto sai do cisto para se replicar e se alimentar e assim ele pode se reproduzir por fissão binária transversal ou longitudinal. 
Raramente encontramos pessoas infectadas que possuem sintomas da doença, cerca de 1/3 são sintomáticos. 
São encontradas as duas formas do parasita nas fezes, cisto e trofozoítos, dentro do corpo humano, apenas os cistos sobrevivem, podendo sobreviver por semanas ou meses.
Prevenção: Manter as mãos sempre higienizadas faz com que grande parte das infecções seja evitada, também é fundamental lavá-las com água e sabonete sempre depois de trocar uma criança ou após ir ao banheiro e antes de lavar os alimentos.Ao viajar para locais que não haja saneamento básico, é preferível utilizar água engarrafada para realizar atividades básicas como escovar os dentes e tomar água. Também é importante também evitar comer alimentos que não sejam industrializados, pois eles podem ter sido lavados com água contaminada. O mesmo vale para o gelo. Por mais que a água venha de rio, riacho, lago, poços ou nascentes, éimportante filtrá-la ou fervê-la para eliminar qualquer chance de contaminação. Para ferver a água, é necessário deixar no mínimo 10 minutos no fogo de cerca de 70C. Ao nadar ou entrar em piscinas, lagos ou riachos, evite engolir águae também ao realizar o sexo anal, é necessário estar totalmente protegido para garantir a prevenção da doença que, apesar de quase não haver riscos de saúde. Basicamente, manter a higiene diariamente.
TRICOMONÍASE
A Tricomoníase é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns. Os fatores de risco incluem ter vários parceiros sexuais e não utilizar preservativos durante as relações sexuais, causada pelo protozoário Trichomonasvaginalisque é um parasita que só infecta o ser humano; costuma viver na vagina ou na uretra, mas pode também ser encontrado em outras partes do sistema geniturinário. Por viver principalmente na parte interna da vagina.
Sintomas: Muitas mulheres e maioria dos homens com tricomoníase não apresentam sintomas, pelo menos não no início. No entanto, os sintomas vulvares incluem: corrimento vaginal abundante e com mau cheiro, que pode ser branco, cinza, amarelo ou verde, vermelhidão genital, coceira na área genital, dor e ardor ao urinar ou na relação sexual, raramente dor abdominal. Os sinais e sintomas podem piorar durante a menstruação.
Os homens que têm tricomoníase raramente apresentam sintomas e geralmente não sabem que estão infectados. Entretanto, quando os sintomas ocorrem, eles incluem: irritação na parte interna do pênis, leve corrimento ardor ao urinar ou ejacular.
Taxonomia
Reino: Protista
Sub-reino: Protozoa,
Filo: Sarcomastigophora, 
Subfilo: Mastigophora,
Ordem: Trichomonadida, 
Família: Trichomonadidae,
Gênero: Trichomonas
Espécie: Trichomona svaginalis.
Quais doenças são causadas pelo gênero Trichomonas?
Espécies pertencentes a esse gênero só causam a tricomoníase tanto em mulheres quanto em homens.
Ciclo de vida: O ciclo de vida ocorre quando o protozoário é transmitido sexualmente, e se mantém na forma de trofozoíta na vagina ou na uretra. A reprodução do parasita é assexuada por fissão binária e a transmissão é via secreções tanto da mulher quanto do homem que contenham o trofozoíta. Não acontece a formação de cistos no organismo. 
Prevenção: A tricomoníase é considerada uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) que acomete milhões de pessoas a cada ano em todo o mundo.Sendo uma DST, a melhor forma de prevenção é o uso de preservativo em todas as relações sexuais.
DOENÇA DE CHAGAS
A doença de Chagas constitui um dos principais problemas médico-sociais brasileiros e um grave problema de saúde pública na América Latina. Estimativa atual da Organização Mundial de Saúde indica prevalência da infecção pelo Trypanosoma cruzi. Foi a descoberta desta doença uma das mais completas e bem sucedidas do ponto de vista global na área da biologia, ecologia e patologia parasitária humana. A doença de Chagas é uma parasitose causada por um protozoário flagelado, o Trypanosoma cruzi (CHAGAS, 1909), de natureza endêmica e evolução essencialmente crônica. É transmitida por insetos hemípteros reduvídeos hematófagos, conhecidos popularmente no Brasil como ”barbeiro”, além de contar com outras formas de transmissão, como a transmissão oral, pela ingestão de alimentos contaminados com os parasitas; a transmissão de mãe para filho ou forma congênita; por transfusões de sangue e transplante de órgãos e também por acidentes de laboratório.
Sintomas: A doença de Chagas tem duas fases: a faseaguda, caracterizada pela visualização do parasita no exame direto de sangue ao microscópio, logo nos primeiros três meses após a infecção, e a fasecrônica, caracterizada pela presença de anticorpos (IgGanti-T.cruzi) que pode se manifestar por meio complicações cardíacas ou digestivas que surgem depois de muitos anos, afetando o coração, causando arritmias e outros transtornos.
A fase aguda pode apresentar sintomas moderados ou nenhum sintoma. Entre os principais sintomas estão:
Mal-estar;
Inchaço de um olho;
Inchaço e vermelhidão no local da picada do inseto;
Fadiga;
Irritação sobre a pele;
Dores no corpo;
Dor de cabeça;
Náuseas, diarreia ou vômito;
Surgimento de nódulos;
Aumento do tamanho do fígado e do baço;
Os sintomas deste estágio da Doença de Chagas podem desaparecer sozinhos. Se eles persistirem e não forem tratados, a doença pode evoluir para sua fase crônica, mas somente após a fase de remissão. Podem-se passar anos até que outros sintomas apareçam. Quando os sintomas finalmente se desenvolverem, eles podem incluir:
Constipação;
Problemas digestivos;
Dor no abdômen;
Dificuldades para engolir;
Batimentos cardíacos irregulares;
Taxonomia 
Reino: Protista,
Sub-reino: Protozoa, 
Filo: Sarcomastigophora
Sub-filo: Mastigophora,
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Trypanossoma,
Espécie: Trypanossoma cruzi
Ciclo de vida: A doença de Chagas é uma zoonose, que quer dizer que o protozoário infecta diversos animais na natureza e também o homem. Dissodecorre a dificuldade em erradicar a doença, porque há inúmeros animais hospedeiros tanto em ambiente silvestree doméstico. O vetor é um inseto da classe dos Triatomíneos, o mais conhecido é o Rhodnius prolixus, popularmente chamado de barbeiro.
Um barbeiro infectado transmite em suas fezes a forma tripomastigota que é o infectante flagelado que entra no hospedeiro pelo local da picada do inseto hematófago nesse local encontramos o Chagoma de inoculação caracterizado por vermelhidão e prurido. Na corrente sanguínea do hospedeiro, o parasita invade células musculares ou é fagocitado, no ambiente intracelular assume a forma Amastigota que escapa dos fagolisossomos e consegue se multiplicar livremente. Quando a célula rompe, são liberados Tripomastigotas de forma flagelada que vão então infectar novas células ou serem sugadas pelo inseto hematófago, fechando o ciclo de transmissão.
Outras formas de aquisição da doença:
Por ingestão oral grande ocorre quando o vetor silvestre é processado com alimentos, como Açaí não pasteurizado e nesse caso, há inoculação de grandes quantidades de parasitas também há transmissão por transfusão sanguínea ou transplantes e a forma vertical que é durante a gravidez, onde a mãe passa a doença para o filho eventualmente.
Prevenção: controle do vetor que pode ser o uso de inseticidas, melhoria das moradias, controle e fiscalização de transfusões, pasteurização de alimentos; educação em saúde, notificação compulsória de todos os casos e surtos.
Como não existe vacina para a doença de Chagas, os cuidados devem ser redobrados nas regiões onde o barbeiro ainda existe, como o vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, e em algumas áreas do nordeste da Bahia.
Observações:
Pessoa que esteve numa região de transmissão natural do parasita deve procurar assistência médica se apresentar febre ou qualquer outro sintoma característico da doença de Chagas. 
Portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue. 
Nas regiões com focos da doença, a cana-de-açúcar deve ser cuidadosamente lavada antes da moagem e a mesma precaução deve ser tomada antes de o açaí ser preparado para consumo;
ASCARIDÍASE 
Caracterizada como verminose ou parasitose, ela é causada pelo parasita Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido como “lombriga”. Este verme pode ser encontrado em todo o mundo, sendo mais comum nas regiões tropicais. Estima-se que 30% da população mundial esteja parasitada por ele, principalmente crianças.
Sintomas: Geralmente, as infecções são assintomáticas. No caso da ascaridíase, os sintomas podem surgir conforme o órgão infectado. As manifestações podem ser pulmonares ou gastrointestinais. Também a presença de vermes pode ser visível nas fezes eles são de cor clara, tem corpo cilíndrico, suas extremidades são finas e podem medir de 15 a 30 centímetros. Quando infecta os pulmões, caso de quadro inflamatório é muito comum à ascaridíase causar:
Bronquite.
Dor torácica (também conhecida como Síndrome de Loeffler).
Febre.
Tosse seca (contaminação nas vias respiratórias, podendo haver catarro com sangue ou crise de asma).
Quando infecta o intestino, os sintomas podem ser:
Diarreia.
Dor abdominal.
Eliminação de vermes adultos (que são visíveis) pelas fezes.
Falta de apetite.
Icterícia obstrutiva se a larva obstruir o colédoco.
Náuseas.
Obstrução intestinal (em casos de superinfecção, quando há grande número de vermes).
Perda de peso.
Vômitos.
Quando há superinfecção os vermes podem ser eliminados pelo ânus ou até pela boca, neste último caso eventualmente.
Taxonomia 
Reino: Animalia
Filo: Nematoda
Classe: Secernentea 
Ordem: Ascaridida
Família Ascarididae 
Gênero: Ascaris
Espécie: Ascaris lumbricoides.
Ciclo de vida: A contaminação ocorre quando há ingestão dos ovos infectados pelo parasita, que podem ser encontrados no solo, água ou alimentos contaminados (geralmente frutas e verduras) por fezes humanas. Vale lembrar que o ser humano é o seu único hospedeiro e pode abrigar até 600 desses parasitas.
O indivíduo é infectado ao entrar em contato com o ambiente contaminado, por esta razão as crianças são as mais propícias a serem infectadas, pois têm mais contato com o solo. 
Após a ingestão do alimento contaminado, os ovos são introduzidos no tubo digestório humano. No intestino delgado cada ovo se rompe e libera uma larva, esta penetra no revestimento intestinal e vai para a corrente sanguínea, atingindo o fígado, o coração e os pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho. Depois, permanece nos alvéolos pulmonares, podendo causar sintomas semelhantes aos de pneumonia. 
Os parasitas abandonam os alvéolos, eles caminham para os brônquios, a traqueia, a laringe provocando tosse e a faringe.
Quando deglutidos estes parasitas, eles atingem o intestino delgado, crescendo até se transformarem em vermes adultos.
Quando as infecções são massivas, os vermes podem se albergar em órgãos incomuns da infecção e provocar hemorragias internas graves.
A fêmea do parasita pode liberar cerca de 15 mil ovos por dia após seu acasalamento, para chegar até esta fase levam dois meses. 
Com isso, o ser humano elimina estes ovos pelas fezes, que se ficar em ambiente propício para reprodução, origina uma larva, responsável pela contaminação. Se os ovos encontram um meio, podem contaminar durante vários anos o indivíduo.
Prevenção: O saneamento básico é a primeira e principal prevenção contra a verminose. Depois da contaminação é necessário o tratamento de todos os infectados. Deve ser dado o destino correto para as fezes, não é recomendado o uso delas como adubo, ter cuidado no preparo de alimentos fazendo uma boa lavagem, higiene pessoal adequada, filtragem da água. O único reservatório desse parasita é o homem, a doença é mais comum em crianças de 2 a 10 anos de idade.
TRICURÍASE
A tricuríase é uma infecção intestinal causada pelo verme Trichocephatus trichiurus, que, normalmente, consegue chegar ao corpo humano através da ingestão de água ou comida contaminada com fezes que contenham o verme.
Sintomas: alguns dos sintomas mais característicos de uma Tricuríase são:
Diarreia;
Dor ou desconforto ao defecar;
Vontade frequente para defecar;
Náuseas e vômitos;
Perda de peso sem razão aparente;
Dor de cabeça constante.
Em alguns casos, a infecção é muito leve e, por isso, pode não haver sintomas. No entanto, também existem casos de infecções severas, nas quais pode surgir sangue nas fezes e até prolapso anal, que é quando uma parte do intestino passa para fora do ânus. Nestes casos, é aconselho ir imediatamente ao pronto-socorro para evitar complicações.
Taxonomia
Reino: Animalia, 
Filo: Nematoda,
Classe: Adenophorea,
Superfamília: Trichuroidea,
Família: Trichuridae,
Gênero: Trichuris,
Espécie: T.trichiura.
Ciclo de vida: O ciclo do verme Trichocephatus trichiurus começa quando os ovos dos vermes são liberados nas fezes e conseguem contaminar o solo. Quando isso acontece, os ovos ficam inativos por 15 a 30 dias e podem facilmente ficar colados em alimentos que depois são ingeridos.
Após serem ingeridos com os alimentos, os ovos do verme chocam no intestino, onde liberam larvas que continuam crescendo até atingir a fase adulta, com cerca de quatro cm. Durante esta fase, o verme é capaz de se fixar nas paredes do intestino até cerca de um ano, não sendo eliminado pela passagem das fezes. Cada fêmea adulta produz até 70 ovos por dia, que são eliminados nas fezes e podem contaminar alimentos e outras pessoas.
Outros animais capazes de transportar este tipo de larvas e contribuir para a infecção são os cães e gatos, sendo por isso muito importante fazer a desparasitação adequada dos animais domésticos e evitar lavar os locais com fezes sem luvas, por exemplo.
Prevenção: A prevenção da tricuríase pode ser feita através de medidas básicas de higiene como lavar as mãos antes de preparar refeições, antes de comer, e sempre antes e depois de ir ao banheiro. É recomendadoainda não andar descalço e evitar molhar-se em água que possa estar contaminada.
ENTEROBIOSE 
A enterobiose que pode também chamada de oxiurose é um exemplo de verminose causada por um nematódeo chamado Enterobius vermicularis.
O E. Vermiculares vivem no intestino grosso e na porção final do intestino delgado do homem, onde se alimenta de bactérias e algumas substâncias presentes no local. É no intestino também que ocorre a reprodução do parasito.
Sintomas: O sintoma mais comum da enterobiose é a coceira no ânus, principalmente durante a noite, pois é o período em que os vermes se movimentam pelo intestino e região genital. 
Além da coceira anal, que muitas vezes é intensa e atrapalha o sono, outros sintomas comuns são:
Enjoo;
Vômito;
Dor na barriga;
Cólica intestinal;
Pode haver sangue nas fezes.
Para diagnosticar a presença do verme desta infecção, é necessário coletar material do ânus, pois o exame de fezes comum não é útil para detectar o verme. A coleta de material, geralmente, é feita com a colagem de fita celofane adesiva, método conhecido como fita gomada, que é solicitada pelo médico.
Taxonomia
Reino: Animalia, 
Filo: Nematoda,
Classe: Secernentea
Superfamília: Oxyuroidea,
Família: Oxyuridae,
Gênero: Enterobius,
Espécie: E.vermicularis
Ciclo de vida: Ovos tornam-se infectantes algumas horas após a sua expulsão nas margens do ânus, onde permanecem viáveis durante muitos dias; 
Esses ovos são ingeridos pelo homem, no estômago, devido ação do suco gástrico, os ovos enclodem liberando as larvas.
Estas larvas evoluem para vermes adultos, aptos a reprodução; Este ciclo leva de 15 á 40 dias.
Existem três tipos de contaminações, que são:
Direta: do ânus diretamente para a cavidade oral, através dos dedos mais comumente em crianças e adultos com precários hábitos de higiene.
Indireta: através da poeira, alimentos e roupas contaminados com ovos do parasita. 
Retroinfecção: migração das larvas da região anal para as regiões superiores do intestino grosso, onde se tornam adultas.
Os vermes adultos caracterizam-se por se mostrarem pequeno, cilíndricos, afilados, de cor esbranquiçada. Apresentam duas expansões vesiculosas lateralmente à boca, denominadas aletas cervicais ou asas cefálicas. 
Apresentam dimorfismo sexual, onde a fêmea é maior, medindo cerca de 1 cm, com cauda longa e pontiaguda. Já o macho é menor, medindo cerca de 3 a 5 mm, e apresenta cauda recurvada ventralmente e com uma espícula copuladora.
Prevenção: Para evitar a infecção por enterobiose, é necessário tomar precauções simples, como ter bons hábitos de higiene, cortar as unhas das crianças, evitar roer unhas, além de ferver as roupas das pessoas infectadas para impedir que seus ovos contaminem outras pessoas, pois eles podem ficar até três semanas no ambiente podendo infectar alguém.
Também é importante lavar as mãos sempre que for preparar alimentos, e após o uso de vaso sanitário. Desta forma, diversas outras infecções por vermes, amebas e bactérias podem ser evitadas. 
ESQUISTOSSOMOSE
A esquistossomose é uma infecção, também conhecida como “doença do caramujo”. É uma doença crônica, causada por platelmintos parasitas e multicelulares do gênero Schistosoma e classe Trematoda.
Existem seis parasitas desta classe, que variam como agente causador da infecção de acordo com cada região do mundo. No Brasil, o parasita causador é o Schistossoma mansoni.
O ser humano é o principal hospedeiro e reservatório deste parasita, por meio das fezes e urina que são disseminados na natureza.
Sintomas: Os sintomas podem ser divididos por fases:
Fase de penetração
A fase de penetração é o nome dado a sintomas que podem ocorrer quando da penetração da cercaria na pele, mas frequentemente é assintomática, exceto em indivíduos já infectados antes. Nestes casos é comum surgir eritema (vermelhidão), reação de sensibilidade com urticária (dermatite cercariana) e prurido e pele avermelhada ou pápulas na pele no local penetrado, que duram alguns dias.
Quando um indivíduo é contaminado, pode ocorrer uma reação do tipo alérgica no momento, ela ocorre na pele, provocando coceira e vermelhidão, que são desencadeadas pela penetração do parasita.
Esta reação ocorre aproximadamente 24 horas após o paciente ter sido contaminado e, frequentemente, é assintomática.
Fase aguda
Depois de 4 a 8 semanas surgem os seguintes sintomas:
Astenia (fraqueza).
Artralgias (dores nas articulações).
Quadro de febre.
Calafrios.
Cefaleia.
Dispneia (falta de ar).
Dores abdominais.
Inapetência.
Hemoptise (tosse com sangue).
Náuseas.
Linfodonomegalia (gânglios linfáticos inchados).
Vômitos.
Tosse seca.
Esses sintomas desaparecem em poucas semanas. Mas a quantidade de vermes que o paciente apresenta poderá ser um problema, tornando-a portadora do parasita sem apresentar nenhum sintoma.
Fase crônica
Também, ao longo dos meses, a pessoa poderá apresentar sintomas quando na forma crônica da doença, sendo:
Fadiga.
Dor abdominal.
Cólica com diarreia intermitente.
Disenteria.
Sintomas decorrentes da obstrução das veias do baço e do fígado.
Aumento do fígado.
Aumento do baço.
Desvio do fluxo de sangue causando desconforto.
Dor no quadrante superior esquerdo do abdômen.
Vômitos com sangue: por causa das varizes que se formam no esôfago.
Febre de Katayama
Na fase inicial ou aguda, geralmente aparece após três a nove semanas após a penetração das cercárias quando há disseminação das larvas pelo sangue, e principalmente o início da postura de ovos o paciente apresenta a síndrome de Katayama.
Entre os sintomas da febre Katayama estão:
Febre.
Calafrios.
Dor muscular.
Dor nas articulações.
Tosse seca.
Diarreia.
Perda do apetite.
Dor de cabeça.
Geralmente, os sintomas vão desaparecer de forma espontânea, durante um período de algumas semanas.
Em casos raros, se houver uma invasão maciça de parasitas e a reação imunológica for muito intensa, o paciente pode morrer.
Existem ainda três tipos de vermes que causa algum tipo de esquistossomose:
Schistosoma haematobium: causa a esquistossomose vesical, existente na África, Austrália, Ásia e Sul da Europa.
Schistosoma japonicum: é o que provoca a doença de Katayama encontrado na China, Japão, Filipinas e Formosa.
Schistosoma Mansoni: responsável pela causa da esquistossomose intestinal, encontrado na América Central, Índia, Antilhas e Brasil.
Temos também estes tipos de esquistossomose que são:
Esquistossomose intestinal ou habitual;
Seus sintomas podem ser totalmente inexistentes, ou resumir-se a períodos de diarréia alternados com constipação. Nas áreas endêmicas, esta forma de esquistossomose corresponde a 96% dos indivíduos infectados. Tem caráter benigno não evolutivo.
Esquistossomose hepatosplênica;
Sabe-se que todas as formas graves da esquistossomose estão relacionadas à crônica embolização hepática pelos ovos do parasita.
Assim, os ovos colocados pela fêmea do parasita nas vênulas do intestino são deslocados pela corrente circulatória em direção ao fígado, onde são destruídos, dando origem a granulomas eosinófilos.
Então, estes granulomas são, inicialmente, muito grandes e muito destrutivos para os tecidos em redor, e resultam na oclusão definitiva do vaso sanguíneo que continha o ovo.
O fígado aumenta de volume e temos a esquistossomose hépato-intestinal. Mais tarde, ocorre uma modulação da resposta imunitária, e os granulomas passam a ser menor e menos destrutivo, o órgão pode então diminuir de volume, especialmente se a parasitose é tratada com medicação anti-helmíntica. 
Nos indivíduos com grandes cargas parasitárias, e na ausência de tratamento, ocorre a progressiva obliteração da circulação portal intra-hepática, que tem como consequência a hipertensão portal.
Nos estágios iniciais que a hipertensão portal pode regredir com o tratamento anti-helmíntico. Fazendo com que o fígado permaneça aumentado de tamanho, mesmo após a cura da verminose.
Temos então essa hipertensão portal determina o aparecimento de varizesde esôfago. Como a hipertensão interessa também o baço (pois a veia esplênica, que lhe drena o sangue, desemboca na veia porta), há esplenomegalia, inicialmente por congestão, depois por hipertrofia e fibrose, podendo, então, atingir grandes dimensões. Ou seja, neste ponto temos a esquistossomose hepatosplênica.
Taxonomia
Reino:	Animalia.
Filo: Platyhelminthes
Classe:	Trematoda.
Subclasse: Digenea.
Ordem: Strigeiformes.
Família: Schistosomatidae.
Género: Schistosoma.
Ciclo de vida: Os ovos são depositados na água, na qual liberam os miracídios que invadirão o tecido de algum caracol. Esses miracídios liberam esporocistos que irão se multiplicar em gerações sucessivas dos caracóis.
Deles, vão nascer as cercarias de esquitossomo e, como nadarão livres na água, o ser humanos que tiver contato com esta água será contaminado, pois elas se disseminarão através do sangue, atingindo o fígado.
O esquitossomo adulto se emparelha e migra para o plexo venoso mesentérico do intestino ovos são expulsos pelas fezes ou então no plexo venoso da bexiga ovos são expulsos pela urina.
Os ovos que são eliminados pela urina e fezes do infectado evoluem para larvas na água, que se alojam e se desenvolvem em caramujos que são os hospedeiros intermediários.
Estes liberam a larva adulta que, ao ficarem na água, contaminam o homem. Suas metacercárias penetram ativamente na pele e mucosas das pessoas que nadam ou ficam longos períodos dentro de rios e lagos que tenham esses caramujos contaminados.
Também, podem ser deglutidos em alimentos contaminados com as cercárias. Contudo, se elas atingirem o estômago são rapidamente destruídas pelo suco gástrico, pois é altamente ácido.
Na maioria dos casos relacionados à ingestão das cercárias, as larvas penetram nas mucosas antes de chegar ao estômago e, dessa forma, dão continuidade ao ciclo.
No sistema venoso humano, os parasitas se desenvolvem até atingir de 1 cm a 2 cm de comprimento, onde se reproduzem e eliminam ovos. O desenvolvimento do parasita no homem tem duração de, aproximadamente, seis semanas que também é o período de incubação.
Este período de incubação é quando o parasita atinge a forma adulta e reprodutora, já no seu habitat final que é no sistema venoso. Ainda, a liberação de ovos pelo homem pode permanecer por muitos anos.
Prevenção: Como prevenção, há estratégias de controle da doença, que se baseiam em:
Identificar e tratar os portadores.
Saneamento básico como esgoto e tratamento das águas, bem como o combate do molusco que é o hospedeiro intermediário.
Promover informações de educação em saúde.
Controle dos caramujos: os quais são os hospedeiros intermediários da doença.
Para nos prevenirmos, as medidas a serem tomadas são:
Evacuar em banheiro com rede de esgoto.
Não evacuar próximo a rios, lagos ou represas.
Proteger pés e pernas com botas de borracha com solado antiderrapante.
Evitar entrar em contato com água que contenha cercarias.
Em junho de 2012, a Fundação Oswaldo Cruz anunciou a criação de uma vacina contra a esquistossomose, utilizando a proteína SM14.
ANCILOSTOMÍASE
A ancilostomíase, também conhecida por ancilostomose ou necatoríase é uma verminose, e pode ser causada por dois tipos de vermes: o Ancylostoma duodenale ou o Necatur. Também é conhecida popularmente por “amarelão” e apesar dos humanos serem os únicos hospedeiros, outra espécie desta doença, o Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum pode provocar em gatos e cães uma infecção intestinal.
Sintomas: Os sintomas aparecem após 5 ou 8 meses depois que o paciente foi infectado, antes dos vermes chegarem ao intestino os sintomas são discretos. Geralmente, os pacientes com a ancilostomíase costumam ter:
Cólicas e dor de barriga.
Diarreia.
Náuseas.
Palidez.
Respiração com ruído.
Tosse.
Casos avançados podem envolver:
Palidez ou pele amarelada;
Em 10% dos casos causa Anemia ferropriva por desnutrição;
Déficit físico e mental permanente;
Dor de barriga alérgica persistente.
Taxonomia
Reino: Animalia,
Filo: Nematoda,
Classe: Secernentea,
Ordem: Strongiloidae,
Família: Ancylostomatidae,
Gênero: Necator e Ancylostoma.
Ciclo de vida: Os pacientes infectados chegam a eliminar milhares de ovos através das fezes tornando-se embrionados após 24 horas que foram eliminados, se estes ovos forem depositados em locais úmidos, quentes e sem a exposição direta à luz solar, eles conseguirão dar origem a larvas que são chamadas de rabditoide, que irão amadurecer, permanecendo vivas e se alimentando para poderem infectar outros indivíduos, isto depois de 7 dias no ambiente. Bastam 5 minutos de contato direto com a pele para que a larva consiga penetrá-la.
Ao penetrar a pele, as larvas atingem a circulação e migra até o coração e os alvéolos pulmonares. Ficam adultas quando chegam ao intestino delgado, mas antes disso precisam passar pelos brônquios, traquéia, laringe, faringe, esôfago e estômago.
Contudo, os dois tipos de ancilostomíase não se reproduzem dentro do organismo, para isso os ovos precisam ser depositados no ambiente. O do tipo Ancylostoma duodenale pode viver 1 ano e o Necator americanus cerca de 5 anos de vida.
Prevenção: A principal prevenção contra a ancilostomíase é o saneamento básico, construções sanitárias adequadas, bem como o tratamento dos infectados. Além de campanhas de conscientização em massa, pois se o indivíduo é tratado e continua a viver em locais de risco ele pode novamente contrair a verminose. As prevenções mais comuns são:
Evitar andar descalço na terra.
Lavar as mãos antes do preparo de alimentos.
Lavar bem os alimentos.
Não usar as fezes humanas como adubo.
Proteger os pés descalços usando calçados.
Ter bons hábitos de higiene pessoal.
Indivíduos que moram em zonas rurais e crianças têm maiores chances de se infectar devido ao contato constante com o solo ao andarem descalços.
TENÍASE 
A teníase ou solitária é uma infecção intestinal ocasionada principalmente por duas grandes parasitas hermafroditas da classe dos cestódeos da família Taenidae, conhecidos como Taenia solium e Taenia saginata.
A teníase e a cisticercose são doenças causadas pelo mesmo parasita, porém, a teníase é causada pela forma adulta da tênia que se desenvolve no intestino delgado e a cisticercose pela ingestão dos ovos que se alojam nos tecidos, como coração ou cérebro.
Sintomas: Os possíveis sintomas aparecem 6 a 8 semanas depois da infecção e incluem:
Dor de cabeça;
Dores abdominais;
Perda de peso;
Falta de apetite;
Náusea;
Irritação;
Fadiga;
Insônia;
Diarreia.
Ovos ingeridos que entrem na corrente sanguínea podem chegar ao cérebro causando neurocisticercose e provocando danos no sistema nervoso central e podem causar convulsão ou epilepsia, cegueira e até meningite. 
Taxonomia
Reino:	Animalia,
Filo: Platelmintos,
Classe:	Cestodas,
Subclasse: Eucestoda,
Ordem: Cyclophyllidea,
Família: Taeniidae,
Género: Taenia.
Ciclo de vida: O homem portador da teníase apresenta a tênia no estado adulto em seu intestino delgado, também sendo, o hospedeiro definitivo. As tênias são hermafroditas, sendo que os proglotes maduros, isto é, aptos à reprodução, possuem em seu interior, um aparelho reprodutor masculino e um feminino. 
Geralmente, os espermatozoides de um proglote fecundam os óvulos de outro, no mesmo animal. A quantidade de ovos produzidos é muito grande que chega de 30 a 80 mil em cada proglote, sendo uma garantia para a perpetuação e propagação da espécie. Os proglotes grávidos se desprendem periodicamente e são eliminados junto com as fezes.
Hospedeiros intermediários são os suínos e os bovinos, que se infectam ingerindo água ou alimentos contaminados com ovos ou proglotes eliminados nas fezes humanas. 
Os suínos, por possuírem hábitos coprófagos, ingerem os proglotes grávidos ou ovos presentes nas fezes humanas. 
Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. Pela circulaçãosanguínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula. Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas esbranquiçadas, com diâmetros variáveis, normalmente do tamanho de uma ervilha. 
Na linguagem popular, são chamados de pipoquinhas ou canjiquinhas. Quando o homem se alimenta de carne suína ou bovina crua ou malcozida contendo estes cisticercos, as vesículas são digeridas, liberando o escólex que se verte e fixa-se nas paredes intestinais, evoluindo então para a forma adulta.
Quando o homem ingere esta carne infectada mal cozida, o cisticerco se aloja no seu intestino e aí se desenvolve, dando a origem a uma tênia adulta, fechando o ciclo.
Transmissão
Teníase: A teníase ocorre devido à ingestão de carne suína ou bovina, que não teve os devidos cuidados de preparo, como congelamento e cozimento, contaminada com o cisticerco popularmente chamado de canjiquinha, dependendo da espécie.
Cisticercose: Os portadores de teníase eliminam ovos através das fezes no ambiente, assim, por acidente, os humanos podem ingerir estes ovos e adquirir a parasitos.
Auto-infecção externa: A contaminação é dada pela ingestão dos ovos do próprio portador de Taenia solium, em condições de falta de higiene e nos casos de coprofagia em crianças e indivíduos com doenças mentais.
Auto-infecção interna: Pode ocorrer quando o portador de tênia vomita, nos movimentos retroperistálticos do intestino. Assim os ovos podem atingir o estômago e iniciar o ciclo de cisticercose.
Heteroinfecção: Outro indivíduo pode contaminar a água e os alimentos com ovos de tênia. Desta forma o homem ao ingerir estes itens poderá contaminar-se
Prevenção: A prevenção consiste na educação sanitária do homem para que não contamine o meio ambiente com fezes, fazer uso de instalações sanitárias adequadas, lave as mãos após usar o sanitário e antes de manipular alimentos, em cozinhar bem as carnes e não consumir carnes mal cozidas Na prevenção individual deve haver cuidados alimentares como congelar. (-15 °C por 3 dias) e cozinhar e fritar bem a carne antes de comer.
Entre as medidas preventivas, deve também existir um bom saneamento básico, dar vermífugo aos rebanhos bovinos e suínos que são os hospedeiros intermediários também é uma boa ideia. 
DOENÇA DO SONO 
A Doença do Sono ou Tripanossomíase Humana Africana (THA) é causada pelo parasita Trypanosoma brucei e transmitida através da picada da mosca Tsé-tsé Glossina palpalis. A doença é conhecida como “do sono” por conta da inconsciência e o mal estar que causa no paciente.
Apesar de a mortalidade ser alta, há cura para a doença. O número da mortalidade é grande por conta da demora no diagnóstico e também porque o tratamento tem preços elevados.
Uma das principais complicações da doença é o sono que o paciente sentirá durante o dia por ter problemas de dormir durante a noite, podendo ocorrer, até mesmo, danos no sistema nervoso central, coma e até morte.
É uma doença causada pelo mesmo gênero de parasitas que causam chagas.
Sintomas: Os sintomas podem ser separados em dois estágios. Os primeiros são com sintomas não específicos, são generalizados, como:
Febre;
Dor de cabeça;
Dor nas articulações.
Os sintomas do segundo estágio são um pouco mais específicos, mas ainda assim muito abrangente. Os mais conhecidos são:
Sudorese;
Mudanças de humor ou comportamento;
Convulsões;
Ansiedade;
Confusão mental;
Aumento de linfonodos (ínguas);
Distúrbios sensoriais e de coordenação;
O sono também é perturbado, durante a noite a pessoa permanece acordado e sente muita vontade de dormir durante o dia. 
Se a doença do sono não for tratada, pode trazer sérios riscos à saúde e até mesmo se tornar fatal.
Taxonomia: Artrópode transmissor - Glossina palpalis.
Reino:	Animalia
Filo: Arthropoda
Classe:	Insecta
Ordem: Diptera
Subordem: Brachycera
Subsecção: Calyptratae
Superfamília: Hippoboscoidea
Família: Glossinidae
Género: Glossina
Ciclo de vida: O parasita é encontrado na saliva das moscas e é injetado nos seres humanos quando se alimentam de sangue através da picada. O T. brucei não invade as células nem assume forma de amastigota, mas se alimentam e se multiplicam enquanto tripomastigota nos fluidos do corpo, incluindo fluido extracelular e sangue nos tecidos.
A mosca Glossina é infectada pelo parasita quando se alimenta de sangue humano. Em um mês o parasita assume várias formas enquanto se multiplica na mosca, chegando à saliva do inseto.
Prevenção: A prevenção é evitar os locais que sejam contaminados e se proteger contra as picadas da mosca tsé-tsé. As roupas tem função importante, é indicado utilizar roupas grossas e de manga comprida para que a mosca não tenha acesso à pele.
Utilizar repelente;
Utilizar telas protetoras;
Fazer uso de aparelho elétrico luminoso que atraem e matam as moscas;
Fazer a destruição das populações desse tipo de mosca é eficaz para a erradicação da doença.
Usar esses métodos de prevenção principalmente em áreas rurais que são as mais afetadas pela doença do sono. 
DOENÇA DO CARRAPATO - ERLIQUIOSE
A doença do carrapato se apresenta de duas formas: a Erliquiose e a Babesiose. Elas são transmitidas pelo carrapato marrom Rhipicephalus sanquineus. Ele se aloja no corpo do cachorro e se alimenta de sangue. As duas formas da doença podem atingir o cachorro simultaneamente, agravando ainda mais o quadro clínico do cão
A doença do carrapato também é conhecida como hemoparasitose. É uma das doenças que mais assustam os donos de cachorros, pois não existe vacina contra ela e apesar de existir tratamento e cura, ela também pode ser fatal. Sim, a doença do carrapato pode matar.
A Erliquiose é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis. Raramente atinge gatos ou seres humanos, embora não seja impossível. É uma doença mais comum durante o verão, já que os carrapatos precisam de calor e umidade para se reproduzir, é uma doença bacteriana que destrói os glóbulos brancos.
Sintomas: Os sintomas apresentados por um animal infectado dependem da reação do organismo à infecção. A Erliquiose pode ter três fases:
1. Fase aguda: onde o animal doente pode transmitir a doença e ainda é possível que se encontre carrapatos.
Febre e falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. O cão pode apresentar também sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. É importante estar sempre atento à saúde do animal. Normalmente o dono só percebe a doença na segunda fase, e assim como outras doenças, o diagnóstico precoce é fundamental para a recuperação.
2. Fase subclínica: pode durar de 6 a 10 semanas (sendo que alguns animais podem nela permanecer por um período maior).
O cachorro não mostra nenhum sintoma clínico, apenas alterações nos exames de sangue. Somente em alguns casos o cão pode apresentar sintomas como inchaço nas patas, perda de apetite, mucosas pálidas, sangramentos, cegueira, etc. Caso o sistema imune do animal não seja capaz de eliminar a bactéria, o animal poderá desenvolver a fase crônica da doença.
3. Fase crônica: Os sintomas são percebidos mais facilmente como perda de peso, abdômen sensível e dolorido, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos, depressão, pequenas hemorragias, edemas nos membros e maior facilidade em adquirir outras infecções. A doença começa a assumir características de uma doença auto-imune, comprometendo o sistema imunológico. Geralmente o animal apresenta os mesmos sinais da fase aguda, porém atenuados, e com a presença de infecções secundárias tais como pneumonias, diarreias, problemas de pele etc. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas que são as células responsáveis pela coagulação do sangue, ou cansaço e apatia devida à anemia.
Taxonomia:Artrópode transmissor – Carrapatos do gênero Rhipicephalus.
Reino:	Animalia
Filo:	Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe:	Arachnida
Ordem: Acarina
Família: Ixodidae
Genero: Rhipicephalus
Espécie: Rhipicephalus sanguineus
Quais doenças são causadas pelo artrópode Rhipicephalus sanguineus?
A Erliquiose e a Babesiose são transmitidas pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus.
Ciclo de vida: A doença é transmitida de um cão contaminado pela picada do carrapato marrom para um cão sadio através da mesma picada. O parasita irá infectar os glóbulos brancos do sangue, ou seja, as células de defesa do organismo do cão.
Prevenção: Atualmente não existem vacinas disponíveis no mercado para prevenção desta doença que, devido a sua gravidade, deve ser prevenida por meio de um controle restrito da infestação por carrapatos.
Deve ser feito o controle do ambiente em que seu pet vive, buscando manter o local livre de carrapatos. Outra forma é a inspeção constante, sempre depois de passeios e brincadeiras em locais que podem abrigar o parasita, da pelagem do cão. Existem ainda alguns medicamentos orais, coleiras e até mesmo medicamentos líquidos aplicados à pelagem que ajudam na prevenção. Antes de comprar e usar um desses procure orientação do médico veterinário.
DOENÇA DE LYME
A doença de Lyme, chamada também de borreliose, é uma zoonose causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, que é transmitida pelo carrapato Ixodes ricinus. Suas principais características são sintomas parecidos com os da gripe que podem evoluir para complicações mais graves. 
A condição é, também, chamada de “a grande imitadora”, pois imita diversos sintomas de doenças comuns. Entre eles, estão sintomas comuns da gripe, que evoluem para sintomas de artrite e algumas condições neurológicas.
Por ser uma zoonose, ela pode afetar, também, animais e, por isso, é necessária atenção redobrada com animais de estimação, que podem trazer carrapatos para dentro de casa.
Sintomas: Os sintomas da doença de Lyme se dividem ao longo das 3 fases da doença
Etapa precoce localizada.
O principal sintoma dessa fase é o eritema migratório (mancha vermelha), embora nem sempre ele esteja presente. Muitas pessoas não percebem a mancha, enquanto outras sofrem com manchas enormes que não necessariamente coçam ou doem, mas podem ser quentes ao toque.
O eritema pode se manifestar no local da picada, assim como migrar para outras partes do corpo, além da possibilidade de haver mais de uma mancha por vez.
Sua aparência se assemelha a um alvo, com um centro vermelho e anéis avermelhados em volta. Algumas vezes, pode parecer apenas uma grande mancha avermelhada. Outras se apresentam com formato irregular. 
Há casos em que se parece com uma ferida com crostas. Além disso, o eritema pode, também, aparentar uma picada de aranha ou lesões de dermatofitoses.
Essa mancha tende a aumentar de tamanho com o tempo, até desaparecer após cerca de quatro semanas. Em alguns casos, ela pode reaparecer, mesmo depois de ter sumido completamente.
Etapa de disseminação prematura.
Nessa fase, após a incubação da bactéria, começam os principais sintomas que são:
Cansaço;
Arrepios;
Febre;
Dor de cabeça;
Rigidez no pescoço;
Dores musculares;
Dores nas articulações;
Eritema migratório em outras partes do corpo;
Dor nas costas;
Náusea;
Vômito;
Dor de garganta;
Linfonodos inchados.
Alguns desses sintomas podem desaparecer e reaparecer, mas sensação de mal-estar e cansaço pode continuar. Em algumas pessoas, pode haver o desenvolvimento de complicações mais graves, que podem afetar o sistema nervoso e o coração.
Etapa tardia ou crônica.
Quando não tratada, a infecção pode levar a uma etapa tardia, na qual os sintomas se tornam complicações graves. Mais da metade das pessoas desenvolvem artrite em decorrência da doença e os inchaços e dores se repetem nas grandes articulações, em especial a do joelho. Pode haver o desenvolvimento de cistos atrás do joelho que, ao se romperem, causam ainda mais dor.
Outras pessoas podem desenvolver sintomas de mau funcionamento cognitivo, tendo a memória, padrões de sono, humor e fala relativamente afetado. Há o risco de paralisia nos nervos do rosto, assim como meningite. Arritmias e outros problemas cardíacos também são comuns. Essa etapa pode durar anos e, por isso, também é conhecida como crônica.
Sintomas nos animais	
Os animais também podem sofrer com a doença de Lyme e, por isso, donos de pets como cachorros e gatos devem levar o animal a um veterinário quando ele:
Hesita em subir em locais altos como camas, sofás, cadeiras e escadas — sinal de dor e fraqueza muscular;
Permanece deitado e dormindo por muito mais tempo do que o normal e não mostra excitação ao ser chamado para passear — sinal de que pode estar sofrendo com a fadiga;
Anda mancando ou sem precisão, por conta das dores;
Apresenta vômito, febre, falta de apetite e inchaço nos gânglios linfáticos.
Esses sintomas tendem a aparecer de forma em que o animal pode apresentá-los e melhorar repentinamente, até que, após um tempo, piora novamente, podendo levar ao óbito por paralisia e asfixia.
Taxonomia: Artrópode transmissor – Carrapatos do gênero Ixodes.
Reino:	Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe:	Arachnida
Ordem: Acarina
Família: Ixodidae
Género: Ixodes
Espécie: Ixodes ricinus.
Ciclo de vida: Ciclo evolutivo requer 3 anos. O carrapato nutre-se apenas por alguns dias ao ano, sob a forma de larva no primeiro, ninfa no segundo e adulto no terceiro.
O acasalamento ocorre no hospedeiro, à fêmea é inseminada uma só vez e subsequentemente completa seu único grande repasto sanguíneo. Já os machos se nutrem de maneira intermitente e se acasalam repetidamente.
Depois de fertilizada a fêmea alimenta-se por 14 dias e cai, deposita seus ovos e morre, as larvas que eclodem nutrem-se por 6 dias no ano seguinte e caem, sofrem a muda para ninfa, nutrem-se no próximo ano, cai e se torna adulto (alimentam-se de 26 a 28 dias, são parasitas temporários).
Ficam na ponta da vegetação em busca de novos hospedeiros.
Prevenção: Por ser uma doença transmitida por carrapatos, para preveni-la, basta evitar a exposição aos hospedeiros. Por isso, algumas dicas são:
Utilize roupas compridas, que não deixem nada exposto, durante passeios em parques, bosques e outros locais em contato com a natureza;
Para melhorar a visualização dos carrapatos, utilize roupas claras;
Faça uso de repelente com DEET, substância que, além de espantar insetos e mosquitos, também repele carrapatos;
Após passeios em meio à natureza, verifique todas as roupas e examine seu corpo minuciosamente a procura de carrapatos. Isso ajuda pois o carrapato precisa passar mais de 24 horas agarrado para transmitir a bactéria causadora da doença;
Verifique a presença de carrapatos nos animais domésticos;
Ao encontrar um carrapato, remova-o corretamente, sem esmagá-lo ou puxá-lo desajeitadamente, para evitar sobrar qualquer resquício do carrapato, controle a entrada de animais considerados pragas em casa, como ratos, pois além da borreliose, eles podem ajudar na transmissão de outras doenças.
Colocar uma coleira anti-carrapato no animal, passar repelentes próprios para animais ao levá-lo para passear e dar banhos com carrapaticidas após passeios e outras atividades ao ar livre.
DENGUE 	
A Dengue é uma doença viral e febril transmitida pelo mosquito fêmea do Aedes aegypti e é considerada um dos principais problemas da saúde pública do mundo. É mais comum em locais tropicais e subtropicais. O Aedes aegypti é um arbovírus, o DENV, da família Flaviviridae do gênero Flavivírus.
Sua principal forma de transmissão é pela picada do mosquito fêmea Aedes aegypti, mas existem registros de “transmissão vertical” que é da gestante infectada para o bebê e, também, por transfusão de sangue.
Desde os anos 1960, os casos de Dengue no mundo têm aumentado. Mas as primeiras manifestações da doença foram descritas em 1779 e, suas causas bem como maneiras de transmissão só foram descobertasno início do século XX.
Pesquisas indicam que existem 4 tipos diferentes de sorotipos do vírus da Dengue, quando um indivíduo se infecta por um deles, consequentemente ele fica imune parcial e temporariamente contra este que lhe infectou, podendo contrair algum dos demais sorotipos. São eles:
DEN-1.
DEN-2.
DEN-3.
DEN-4.
A infecção pode ser assintomática, leve ou até causar doença grave com risco de vida. Em média 550 mil doentes precisam ser hospitalizados e 20 mil deles morrem em consequência da doença.
Para falarmos sobre Dengue, precisamos conhecer seus tipos que são 3:
Dengue clássica
Este é o tipo mais leve da doença, podendo, muitas vezes, confundir-se com sintomas da gripe. Inicia-se de modo súbito e seus sintomas têm duração de 5 a 7 dias.
Dengue hemorrágica
Ocorre quando o paciente infectado com a dengue sofre alterações em sua coagulação sanguínea. 
Se a Dengue hemorrágica não for tratada rapidamente, ela pode levar à morte.
Em geral, acomete o indivíduo infectado pela segunda ou terceira vez; o que diferencia este tipo da Dengue clássica é o avanço dos sintomas, após o 4° dia é possível perceber o aparecimento de hemorragias no paciente, devido ao sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos.
Síndrome do Choque da Dengue (SCD)
É o tipo mais sério já registrado de ocorrência da Dengue. Faz com que o paciente passe por uma queda ou ausência de pressão arterial, apresentando posteriormente um pulso quase imperceptível, além de:
Inquietação;
Perturbações neurológicas como “mielite transversa” e “Síndrome de Guillain-Barré”;
Palidez;
Perda de consciência ou diminuição da mesma
Na SCD existem registros de várias complicações, como:
Alterações neurológicas;
Derrame pleural;
Insuficiência hepática;
Hemorragia digestiva;
Problemas cardiorrespiratórios.
Ainda podem ocorrer manifestações neurológicas, são elas:
Delírio;
Sonolência;
Depressão;
Coma;
Irritabilidade extrema;
Psicose;
Demência;
Amnésia;
Paralisias;
Sinais de meningite.
Quando não tratada, este tipo de Dengue pode levar o paciente à morte.
Sintomas: Os sintomas da Dengue costumam ter seu ciclo de 5 a 6 dias, com o período da incubação, que é o intervalo entre a picada do mosquito e a manifestação da doença.
Após este período os sintomas aparecem, geralmente a partir do 3° dia depois da picada do mosquito.
Os sintomas iniciais ainda podem ser confundidos com outras doenças, como:
Febre amarela;
Gripe;
Malária;
Leptospirose.
Com isso, os sintomas da Dengue variam de acordo com o tipo, são eles:
Sintomas da Dengue clássica:
Cansaço extremo.
Fadiga e dor no corpo.
Febre alta com início súbito.
Dor de cabeça intensa.
Dor atrás dos olhos, a qual piora quando o paciente os movimenta.
Perda do paladar e apetite.
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
Muitas dores nos ossos e articulações.
Náuseas e vômitos.
Tonturas.
O paciente também pode ser assintomático, mas é algo que acontece raramente.
Já quando ocorre o aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz e gengivas), dor abdominal intensa e contínua, bem como vômitos persistentes, é preciso cuidado redobrado, pois esses sintomas indicam uma evolução para a dengue hemorrágica.
Sintomas da Dengue hemorrágica:
Quando a Dengue é de caráter hemorrágico, os mesmos sintomas da dengue comum aparecem, mas quando a febre desaparece, outros sintomas surgem que acabam caracterizando este tipo de dengue que precisam de uma maior atenção. Os sintomas são:
Dificuldade respiratória.
Dores abdominais fortes e contínuas.
Manchas vermelhas na pele.
Pele pálida, fria e úmida.
Pulso rápido e fraco.
Perda de consciência.
Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
Sonolência, agitação e confusão mental.
Sede excessiva e boca seca.
Vômitos persistentes.
O quadro clínico neste caso rapidamente é agravado, o paciente então apresenta sinais de insuficiência circulatória e choque. O que pode levá-lo à morte em até 24 horas.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.
Taxonomia: Artrópode causador – Fêmeas Aedes aegypti.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Diptera
Família: Culicidae
Gênero: Aedes
Espécie: Aedes aegypti
Quais doenças são causadas pelo artrópode Aedes aegypti?
O Aedes aegypti é conhecido popularmente como mosquito-da-dengue, apesar de transmitir outras doenças, tais como a febre amarela, a chikungunya e a zika.
Ciclo de vida: O ciclo de vida do Aedes aegypti se inicia após a deposição dos ovos por uma fêmea na parede de um criadouro com água, mas os ovos não ficam na água, mas bem próximos a ela. 
Esses ovos apresentam 0,4 mm de comprimento e cor branca, mas, com o tempo, em virtude do contato com o oxigênio, tornam-se escuros.
Os ovos podem permanecer sem eclodir por um grande período de tempo, aguardando até o próximo período chuvoso. Estudos sugerem que os ovos de A. aegypti resistam por até 450 dias, uma vez que são extremamente resistentes ao ressecamento. 
A eclosão do ovo ocorre quando a água entra em contato com essa estrutura.
Então temos a fase larval. 
A larva do Aedes aegypti representa uma fase aquática do ciclo de vida.
Após a eclosão do ovo, o A. aegypti torna-se uma larva, que é composta por cabeça, tórax e abdômen, sendo essa última porção formada por oito segmentos. Durante a fase larval, o Aedes alimenta-se principalmente da matéria orgânica presente no criadouro e destaca-se por possuir grande agilidade.
A larva passa por quatro estágios até se tornar uma pupa. Em condições favoráveis, com alimento e temperatura entre 25°C e 29° C, o período compreendido entre a eclosão e a pupação gira em torno de cinco dias.
A fase de pupa destaca-se pela inexistência de alimentação e pela metamorfose que marcará o início da fase adulta. Durante a fase de pupa, o A. aegypti apresenta corpo dividido em cefalotórax e abdômen, estrutura que se assemelha a uma vírgula. Esse período dura em média três dias e, durante esse tempo, a pupa permanece na superfície da água para facilitar o voo quando adulto.
A fase adulta é a mais conhecida pela população, uma vez que é a fase em que o Aedes Aegypti pode transmitir doenças ao homem. O mosquito, nesse momento, apresenta hábitos diurnos e um padrão de cor característico, com listras e manchas brancas em um corpo preto. Essa coloração é fundamental para a realização de camuflagem, uma vez que ele é encontrado em ambientes escuros e próximos ao chão.
Alguns dias depois do início da fase adulta, o mosquito já está apto para o acasalamento, que normalmente ocorre durante o voo. Após a cópula, a fêmea necessita de sangue para completar o desenvolvimento dos ovos e é nesse momento que pode ocorrer a transmissão de doenças para o homem.
Depois de aproximadamente três dias da ingestão do sangue, a fêmea do A. aegypti está pronta para a postura dos ovos. Esses ovos são distribuídos por vários criadouros, mais frequentemente no fim da tarde. Durante sua vida, uma fêmea pode dar origem a aproximadamente 1500 mosquitos.
Prevenção: Embora a Dengue tenha muitos focos e ocorrências, sua prevenção é simples:
Evitar o acúmulo de água:
O Aedes aegypti tem preferência por depositar os seus ovos em água limpa (raramente a potável), assim, o ideal é não deixar que a água acumule. Os principais depósitos de água parada que propiciam a Dengue são:
Caixas d’água, cisternas e calhas: mantenha-as sempre muito bem fechadas e limpas.
Garrafas: vire-as com o gargalo para baixo.
Pneus: jogue fora os velhos do modo correto e mantenha os novos tampados.
Poças de água: em qualquer ambiente, seja empresa, casa ou piscina, sempre drene a água.
Sempre trate a água da piscina com cloro.
Vasilhas: aquelas que usamos para colocar água para os animais de estimação, são sempre bom lava-las com frequência, uma vez por semana é o recomendado.
Vasos sanitários: que são pouco ou quase nunca usados é necessário dar a descarga

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