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ÉTICA- OAB 2017

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ÉTICA PROFISSIONAL
COLETÂNEA DAS AULAS DO EXAME XXIII
2017 
ESCRITO POR GLAUBER MOREIRA BARBOSA DA SILVA
Material escrito por Glauber Moreira Barbosa da Silva - glaubermoreirabs@hotmail.com - para ser distribuído gratuitamente
 Atualizado de acordo: 
• Lei nº 13.245 de 2016;
• Lei n.º 13.247 de 2016.
• Lei n. 13.363 de 2016
• Novo Código de Ética e Disciplina (Resolução 02/2015)
• Resolução 01/2016 da OAB
• Resolução 03/2016 da OAB
• Resolução 04/2016 da OAB
• Resolução 07/2016 da OAB
• Resolução 08/2016 da OAB
• Resolução 09/2016 da OAB
• Resolução 10/2016 da OAB
Material escrito por Glauber Moreira Barbosa da Silva - glaubermoreirabs@hotmail.com - para ser distribuído gratuitamente
SUMÁRIO
AULA 01 - A INSCRIÇÃO 
AULA 02– ATIVIDADE DA ADVOCACIA 
AULA 03 - OS DIREITOS DO ADVOGADO
AULA 04 – SOCIEDADE DE ADVOGADOS
AULA 05 – ADVOGADO EMPREGADO
AULA 06 – ADVOGADO ESTRANGEIRO
AULA 07 – OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
AULA 08 – INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
AULA 09 – A ÉTICA DOS ADVOGADOS
AULA 10 – AS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
AULA 11– PROCESSO DISCIPLINAR
AULA 12 – A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
AULA 13 – OS ÓRGÃOS DISCIPLINARES
AULA 14 – AS ELEIÇÕES E OS MANDATOS
AULA 15 – DAS CONFERÊNCIAS E DOS COLÉGIOS DOS PRESIDENTES
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ÉTICA PROFISSIONAL – OAB – 2017ÉTICA PROFISSIONAL – OAB – 2017
AULA 01 – EXAME XXIII
AULA 01 - A INSCRIÇÃO 
Começamos nosso estudo falando sobre a inscrição. Para realizá-la
como advogado é necessário: 
I - capacidade civil;
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de
ensino oficialmente autorizada e credenciada;
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV - aprovação em Exame de Ordem;
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI - idoneidade moral;
VII - prestar compromisso perante o conselho.
Devemos lembrar que o Exame da Ordem é regulamentado em
provimento do Conselho Federal da OAB.
Ademais, o estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito
no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira,
devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos no artigo 8º
do estatuto da OAB. 
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ÉTICA PROFISSIONAL – OAB – 2017ÉTICA PROFISSIONAL – OAB – 2017
AULA 01 – EXAME XXIII
A inidoneidade moral, que poderá ser suscitada por qualquer pessoa,
deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de
todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos
do processo disciplinar.
Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido
condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial.
A inscrição principal deve ser exercida no Conselho Seccional do
domicílio profissional, nesse mesmo conselho será cobrada a arrecadação das
contribuições. 
Dessa forma, a inscrição deve ser realizada no Estado em que você
atuará na advocacia. Não há limites para atuação e nem para área de Direito que irá
atuar. O controle e a atualização dos dados do advogado serão efetuados pela OAB.
Lembre-se, contudo, da necessidade da inscrição
suplementar, caso a atuação em outro Estado exceda mais de cinco
causas por ano. 
Ademais, ocorre a transferência da inscrição principal
quando o advogado transfere o seu domicilio profissional para outro Estado.
Muito importante saber que o advogado estrangeiro passa por uma
autorização que lhe permite, a título precário, atuar no Brasil. Além disso a única
atividade que está autorizada a fazer é a de prestar consultoria de assunto referente ao
direito de seu país, de acordo com o Provimento 91/2000.
Segundo o artigo 11 do Estatuto da OAB, deverá ser Cancelada a
inscrição do profissional que:
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AULA 01 – EXAME XXIII
I - assim o requerer;
II - sofrer penalidade de exclusão;
III - falecer;
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a
advocacia;
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV acima
mencionados, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo conselho
competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa.
Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número
de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V,
VI e VII do art. 8º do Estatuto.
Na hipótese do inciso II do artigo 11 do Estatuto da OAB, o novo
pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação.
O art. 12 do Estatuto da Advocacia trata da interrupção temporária da
inscrição do advogado. O licenciamento não é definitivo, mas temporário, após a
interrupção o advogado volta a advogar. Nesse caso, o número de inscrição mantém-
se o mesmo. No licenciamento, o advogado não advoga e nem paga a anuidade para
a OAB. Lembrem-se que o licenciamento é um benefício, por outro lado a suspensão
é uma pena, o advogado não pode advogar, mas tem que pagar a anuidade
São hipóteses de licenciamento:
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ÉTICA PROFISSIONAL – OAB – 2017ÉTICA PROFISSIONAL – OAB – 2017
AULA 01 – EXAME XXIII
Para inscrição como estagiário é necessário:
I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º;
II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
O estágio profissional de advocacia, possui duração de dois anos, será
realizado nos últimos anos do curso jurídico e pode ser mantido pelas respectivas
instituições de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos
jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o
estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo
território se localize seu curso jurídico. O aluno de curso jurídico que exerça
atividade incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela
respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a
inscrição na OAB. O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em
Direito que queira se inscrever na Ordem.
O estagiário que tem a sua inscrição junto à OAB pode praticar
isoladamente determinado atos, porém, a responsabilidade recai sobre o advogado.
Vejamos o que dispõe o Regulamento Geral da OAB:
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AULA 01 – EXAME XXIII
O estagiário ainda pode utilizar as horas de sua atividade prática
supervisionada para a complementação de sua carga horária do estágio curricular
supervisionado (300 horas no total).
BONS ESTUDOS !
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AULA 02 – EXAME XXIII
AULA 02 - ATIVIDADE DA ADVOCACIA 
O advogado é indispensável à administraçãoda justiça, presta serviço
público e exerce função social, seus atos constituem múnus público e, no exercício
da profissão, é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites da lei.
São atividades privativas de advocacia:
I - a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos
juizados especiais. JECs até 20 salários mínimos não entra no rol
das atividades privativas. Nos juizados Especiais Federais não é
atividade privativa as causas de valor até 60 salários mínimos. 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
III - os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, que, sob
pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes,
quando visados por advogados.
A postulação à Justiça do Trabalho não é atividade privativa de
advogado, entretanto, lembre-se que o TST já sumulou que o “jus postulandi”
limita-se às Varas do Trabalho e TRT, não alcançando a ação rescisória, a ação
cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal
Superior do Trabalho.
Ademais, a impetração de habeas corpus, não é atividade privativa
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AULA 02 – EXAME XXIII
de advogado. 
Vale lembrar que, segundo a doutrina, a postulação perante a Justiça
de Paz não é atividade privativa de advogado, bem como acompanhar ação de
alimentos e postular medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da
Penha. 
A lei ainda veda a divulgação de advocacia em conjunto com outra
atividade.
O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a
denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) e exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime do Estatuto
da OAB, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-
Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das
Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não
inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
Também são os atos praticados por advogado impedido - no âmbito
do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade
incompatível com a advocacia. 
Lembrem-se que o advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo
prova do mandato. Mas, afirmando urgência, o advogado pode atuar sem procuração,
obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.
Vale ressaltar que a procuração para o foro em geral habilita o
advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os
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AULA 02 – EXAME XXIII
que exijam poderes especiais. O advogado que renunciar ao mandato continuará,
durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante,
salvo se for substituído antes do término desse prazo.
O artigo 5º do Regulamento Geral da OAB define o que é exercício
efetivo da advocacia, mas não podemos confundir a atividade da advocacia com
efetivo exercício da atividade de advocacia.
BONS ESTUDOS !
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AULA 02 – EXAME XXIII
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AULA 03 – EXAME XXIII
AULA 03 - OS DIREITOS DO ADVOGADO
Devemos lembrar que não há hierarquia nem subordinação entre
advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-
se com consideração e respeito recíprocos. 
Além disso as autoridades, os servidores públicos e os serventuários
da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento
compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
São direitos do advogado:
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como
de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica,
telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente,
mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em
estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em
flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto
respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à
seccional da OAB;
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado,
senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua
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AULA 03 – EXAME XXIII
falta, em prisão domiciliar; 
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que
separam a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios,
ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões,
mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus
titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial
ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou
informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora
dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa
participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido
de poderes especiais;
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais
indicados no inciso anterior, independentemente de licença;
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de
trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição,
observando-se a ordem de chegada;
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal,
mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em
relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como
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AULA 03 – EXAME XXIII
para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo,
tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou
regimento;
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de
deliberação coletiva da AdministraçãoPública ou do Poder Legislativo;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e
Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em
andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada
a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de
qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade,
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; 
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer
natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo
prazo de dez dias;
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício
da profissão ou em razão dela;
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual
funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou
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AULA 03 – EXAME XXIII
foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como
sobre fato que constitua sigilo profissional;
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para
ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha
comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação
protocolizada em juízo.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de
infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório
ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente,
podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: a) apresentar razões e
quesitos; 
Não se aplica aos itens XV e XVI:
1) aos processos sob regime de segredo de justiça;
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil
restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos
no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho
motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte
interessada;
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado
de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria,
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AULA 03 – EXAME XXIII
difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua
atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a
OAB, pelos excessos que cometer.
O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de
exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, devendo ser observado a
presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao
exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos
demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
Segundo o Estatuto da OAB o Poder Judiciário e o Poder Executivo
devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e
presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso assegurados à
OAB. 
No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de
cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o
desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que
incorrer o infrator.
Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por
parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da
inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia, em decisão motivada,
expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser
cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese,
vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes
do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que
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AULA 03 – EXAME XXIII
contenham informações sobre clientes. Essa proteção não se estende a clientes do
advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus
partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da
inviolabilidade. 
Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração
para o exercício dos direitos referente a examinar, mesmo sem procuração, em
qualquer instituição responsável por conduzir investigação, autos de flagrante e de
investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à
autoridade, podendo, inclusive, copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico
ou digital. 
Entretanto a autoridade competente poderá delimitar o acesso do
advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda
não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da
eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.
 A inobservância desses direitos com fornecimento incompleto de
autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no
caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de
autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de
prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de
requerer acesso aos autos ao juiz competente. 
Por fim, devemos trazer à baila os direitos da advogada, que foi
acrescentado pela Lei 13.363 de 2016. Assim dispõe o novel texto legislativo:
Art. 7o-A. São direitos da advogada: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
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AULA 03 – EXAME XXIII
I - gestante: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de
raios X; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; (Incluído pela Lei
nº 13.363, de 2016)
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local
adequado ao atendimento das necessidades do bebê; (Incluído pela Lei nº 13.363,
de 2016)
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das
sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante
comprovação de sua condição; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazosprocessuais quando for a
única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. 
(Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 1o Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto
perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação. 
(Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 2o Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada
adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-
Lei n o 5.452, de 1 o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho). (Incluído pela
Lei nº 13.363, de 2016)
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AULA 03 – EXAME XXIII
§ 3o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que
der à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6 o do art. 313 da Lei n o 13.105, de 16
de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
Devemos estar atento a essa novidade da lei, pois é uma forte
candidata a aparecer nos próximos exames.
 
BONS ESTUDOS !
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AULA 04 – EXAME XXIII
AULA 04 - SOCIEDADE DE ADVOGADOS
A sociedade de advogados é formada de acordo com o Estatuto da
Advocacia e o regulamento geral da OAB, aplicando-se, no que couber, à sociedade
de advogados o Código de Ética e Disciplina.
 Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de
serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma
disciplinada no Estatuto da OAB e do RGOAB.
Não nos esquecer que a sociedade de advogados e a sociedade
unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado
dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial
tiver sede. 
Além disso, aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade
unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber. 
Importante saber que as procurações devem ser outorgadas
individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. 
Ademais, nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de
advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar,
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de
advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho
Seccional. O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade
e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o
titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. 
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AULA 04 – EXAME XXIII
Um outro assunto que os candidatos precisam saber na hora da prova
é que os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem
representar em juízo clientes de interesses opostos. 
A sociedade unipessoal de advocacia também pode resultar da
concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados,
independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies
de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade
empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas
à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia
pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. A razão
social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável
pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal
possibilidade no ato constitutivo.
O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a
advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não
alterando sua constituição.
Lembrem-se que é proibido o registro, nos cartórios de registro civil
de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras
finalidades, a atividade de advocacia.
A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser
obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a
expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. 
Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de
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AULA 04 – EXAME XXIII
advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes
por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade
disciplinar em que possam incorrer. 
BONS ESTUDOS !
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AULA 05 – EXAME XXIII
AULA 05 - ADVOGADO EMPREGADO
A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção
técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia, pois o
advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de
interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego.
O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença
normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
No que se refere a jornada de trabalho do advogado empregado, no
exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de quatro horas
contínuas e a de vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em
caso de dedicação exclusiva. Considera-se como período de trabalho o tempo em que
o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens,
no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas
feitas com transporte, hospedagem e alimentação.
As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são
remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora
normal, mesmo havendo contrato escrito!!!
As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as
cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas , acrescidas do
adicional de vinte e cinco por cento.
Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este
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AULA 05 – EXAME XXIII
representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.
Mas lembrem-se que os honorários de sucumbência, percebidos por advogado
empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na
forma estabelecida em acordo.
BONS ESTUDOS !
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AULA 06 – EXAME XXIIIAULA 06 - ADVOGADO ESTRANGEIRO
O estrangeiro profissional em direito, regularmente admitido em seu
país a exercer a advocacia, somente poderá prestar tais serviços no Brasil após
autorizado pela Ordem dos Advogados do Brasil. A autorização da Ordem dos
Advogados do Brasil, sempre concedida a título precário, ensejará exclusivamente a
prática de consultoria no direito estrangeiro correspondente ao país ou estado de
origem do profissional interessado, vedados expressamente, mesmo com o concurso
de advogados ou sociedades de advogados nacionais, regularmente inscritos ou
registrados na OAB:
I - o exercício do procuratório judicial;
II - a consultoria ou assessoria em direito brasileiro.
As sociedades de consultores e os consultores em direito estrangeiro
não poderão aceitar procuração, ainda quando restrita ao poder de substabelecer a
outro advogado.
A autorização para o desempenho da atividade de consultor em direito
estrangeiro será requerida ao Conselho Seccional da OAB do local onde for exercer
sua atividade profissional, observado:
A) capacidade civil;
B) não exercer atividade incompatível com a advocacia;
C) idoneidade moral;
D) prestar compromisso perante o conselho.
E) A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho
Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na
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AULA 06 – EXAME XXIII
forma do regulamento geral. Considera-se domicílio profissional a sede principal da
atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do
advogado. Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar
nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a
profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco
causas por ano.
No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra
unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o
Conselho Seccional correspondente. O Conselho Seccional deve suspender o pedido
de transferência ou de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou
ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal.
Deverá ser exigindo do requerente:
I - prova de ser portador de visto de residência no Brasil;
II - prova de estar habilitado a exercer a advocacia e/ou de estar
inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados ou Órgão equivalente do país ou
estado de origem; a perda, a qualquer tempo, desses requisitos importará na cassação
da autorização de que cuida este artigo;
III - prova de boas conduta e reputação, atestadas em documento
firmado pela instituição de origem e por 3 (três) advogados brasileiros regularmente
inscritos nos quadros do Conselho Seccional da OAB em que pretender atuar;
IV - prova de não ter sofrido punição disciplinar, mediante certidão
negativa de infrações disciplinares emitida pela Ordem dos Advogados ou Órgão
equivalente do país ou estado em que estiver admitido a exercer a advocacia ou, na
sua falta, mediante declaração de que jamais foi punido por infração disciplinar; a
superveniência comprovada de punição disciplinar, no país ou estado de origem, em
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AULA 06 – EXAME XXIII
qualquer outro país, ou no Brasil, importará na cassação da autorização de que cuida
este artigo;
V - prova de que não foi condenado por sentença transitada em
julgado em processo criminal, no local de origem do exterior e na cidade onde
pretende prestar consultoria em direito estrangeiro no Brasil; a superveniência
comprovada de condenação criminal, transitada em julgado, no país ou estado de
origem, em qualquer outro país, ou no Brasil, importará na cassação da autorização
de que cuida este artigo;
VI - prova de reciprocidade no tratamento dos advogados brasileiros
no país ou estado de origem do candidato.
A Ordem dos Advogados do Brasil poderá solicitar outros
documentos que entender necessários, devendo os documentos em língua estrangeira
ser traduzidos para o vernáculo por tradutor público juramentado. Além disso, deverá
manter colaboração estreita com os Órgãos e autoridades competentes, do país ou
estado de origem do requerente, a fim estar permanentemente informada quanto aos
requisitos nos itens IV, V e VI acima mencionados.
Deferida a autorização, o consultor estrangeiro prestará o seguinte
compromisso, perante o Conselho Seccional:
"Prometo exercer exclusivamente a consultoria em direito do país
onde estou originariamente habilitado a praticar a advocacia, atuando com
dignidade e independência, observando a ética, os deveres e prerrogativas
profissionais, e respeitando a Constituição Federal, a ordem jurídica do Estado
Democrático Brasileiro e os Direitos Humanos."
Devemos mencionar que os consultores em direito estrangeiro,
regularmente autorizados, poderão reunir-se em sociedade de trabalho, com o fim
único e exclusivo de prestar consultoria em direito estrangeiro, observando-se para
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AULA 06 – EXAME XXIII
tanto o seguinte:
I - a sociedade deverá ser constituída e organizada de acordo com as
leis brasileiras, com sede no Brasil e objeto social exclusivo de prestação de serviços
de consultoria em direito estrangeiro;
II - os seus atos constitutivos e alterações posteriores serão aprovados
e arquivados, sempre a título precário, na Seccional da OAB de sua sede social e, se
for o caso, na de suas filiais, não tendo eficácia qualquer outro registro
eventualmente obtido pela interessada;
III - a sociedade deverá ser integrada exclusivamente por consultores
em direito estrangeiro, os quais deverão estar devidamente autorizados pela
Seccional da OAB competente.
A sociedade poderá usar o nome que internacionalmente adote, desde
que comprovadamente autorizada pela sociedade do país ou estado de origem.
Lembrem-se que ao nome da sociedade se acrescentará obrigatoriamente a expressão
" Consultores em Direito Estrangeiro".
A sociedade comunicará à Seccional competente da OAB o nome e a
identificação completa de seus consultores estrangeiros, bem como qualquer
alteração nesse quadro. 
O consultor em direito estrangeiro autorizado e a sociedade de
consultores em direito estrangeiro cujos atos constitutivos hajam sido arquivados na
Ordem dos Advogados do Brasil devem, respectivamente, observar e respeitar as
regras de conduta e os preceitos éticos aplicáveis aos advogados e às sociedades de
advogados no Brasil e estão sujeitos à periódica renovação de sua autorização ou
arquivamento pela OAB.
A autorização concedida a consultor em direito estrangeiro e o
arquivamento dos atos constitutivos da sociedade de consultores em direito
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AULA 06 – EXAME XXIII
estrangeiro, concedidos pela OAB, deverão ser renovados a cada três anos, com a
atualização da documentação pertinente.
As Seccionais manterãoquadros específicos e separados para
anotação da autorização e do arquivamento dos atos constitutivos, originário e
suplementar, dos consultores e sociedades.
A cada consultor ou sociedade de consultores será atribuído um
número imutável, a que se acrescentará a letra S, quando se tratar de autorização ou
arquivamento suplementar.
Haverá, em cada Seccional, uma Comissão de Sociedades de
Advogados à qual caberá, na forma do que dispuserem seu ato de criação e o
Regimento Interno da Seccional, exercer a totalidade ou algumas das competências
previstas. Nas Seccionais em que inexista tal Comissão, deverá ser ela criada e
instalada no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação deste Provimento.
Aplicam-se às sociedades de consultoria em direito estrangeiro e aos
consultores em direito estrangeiro as disposições da Lei Federal nº 8.906 de 4 de
julho de 1994, o Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, o Código
de Ética e Disciplina da OAB, os Regimentos Internos das Seccionais, as Resoluções
e os Provimentos da OAB, podendo a autorização e o arquivamento ser suspensos ou
cancelados em caso de inobservância, respeitado o devido processo legal.
A Ordem dos Advogados do Brasil adotará, de ofício ou mediante
representação, as medidas legais cabíveis, administrativas e/ou judiciais, sempre que
tenha ciência de condutas infringentes às regras em seus Provimentos.
Além disso, os consultores e as sociedades constituídas estão sujeitos
às mesmas anuidades e taxas aplicáveis aos nacionais.
Por fim, deferida a autorização ao consultor em direito estrangeiro, ou
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AULA 06 – EXAME XXIII
arquivados os atos constitutivos da sociedade de consultores em direito estrangeiro,
deverá a Seccional da OAB, em 30 (trinta) dias, comunicar tais atos ao Conselho
Federal, que manterá um cadastro nacional desses consultores e sociedades de
consultores. 
BONS ESTUDOS !
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AULA 07 – EXAME XXIII
AULA 07 - OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O Novo Código de Ética e Disciplina da OAB regulamenta
juntamente com o Estatuto da OAB o presente assunto.
Primeiramente devemos definir que honorários contratados são
aqueles honorários acordados, pactuados entre o cliente e o advogado. Não poderá
haver vício,clausulas abusivas, onerosidade excessiva, nem a locupletação
(enriquecimento) indevida por parte do advogado. 
A prestação de serviços profissionais por advogado, individualmente
ou integrado em sociedades, será contratada, preferentemente, por escrito.
Ademais, o contrato de prestação de serviços de advocacia não exige
forma especial, devendo estabelecer, porém, com clareza e precisão, o seu objeto, os
honorários ajustados, a forma de pagamento, a extensão do patrocínio, esclarecendo
se este abrangerá todos os atos do processo ou limitar-se-á a determinado grau de
jurisdição, além de dispor sobre a hipótese de a causa encerrar-se mediante transação
ou acordo
Lembrem-se que a compensação de créditos, pelo advogado, de
importâncias devidas ao cliente,somente será admissível quando o contrato de
prestação de serviços a autorizar ou quando houver autorização especial do cliente
para esse fim, por este firmada. 
O contrato de prestação de serviços poderá dispor sobre a forma de
contratação de profissionais para serviços auxiliares, bem como sobre o pagamento
de custas e emolumentos, os quais, na ausência de disposição em contrário,
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AULA 07 – EXAME XXIII
presumem-se devam ser atendidos pelo cliente. Caso o contrato preveja que o
advogado antecipe tais despesas, ser-lhe-á lícito reter o respectivo valor atualizado,
no ato de prestação de contas, mediante comprovação documental.
Devemos ressaltar que poderá ser aplicado ao contrato de prestação
de serviços advocatícios à mediação, à conciliação, à arbitragem ou a qualquer outro
método adequado de solução dos conflitos, mas será proibida, em qualquer hipótese,
a diminuição dos honorários contratados em decorrência da solução do litígio por
qualquer mecanismo adequado de solução extrajudicial.
Não podemos esquecer que deverá o advogado observar o valor
mínimo da Tabela de Honorários instituída pelo respectivo Conselho Seccional onde
for realizado o serviço, inclusive aquele referente às diligências, sob pena de
caracterizar-se aviltamento de honorários. Ademais, o advogado promoverá,
preferentemente, de forma destacada a execução dos honorários contratuais ou
sucumbenciais.
Vale ressaltar que os honorários profissionais devem ser fixados com
moderação, atendidos os elementos seguintes:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões
versadas;
II - o trabalho e o tempo a ser empregados;
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em
outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito
para este resultante do serviço profissional;
V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente
eventual, frequente ou constante;
VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio
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AULA 07 – EXAME XXIII
do advogado ou de outro;
VII - a competência do profissional;
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
Um outro ponto a mencionar é a “quota litis”, que consiste na fixação
de honorários em função do resultado, em concreto, da lide, sobretudo quando esta
tem um conteúdo puramente monetário.
Na hipótese da adoção de cláusula “quota litis”, os honorários devem
ser necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários
da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas a favor do cliente. 
Além disso, a participação do advogado em bens particulares do
cliente só é admitida em caráter excepcional, quando esse, comprovadamente, não
tiver condições pecuniárias de satisfazer o débito de honorários e ajustar com o seu
patrono, em instrumento contratual, tal forma de pagamento. Mas quando o objeto do
serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e vincendas, os honorários
advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos os requisitos
da moderação e da razoabilidade.
Devemos lembrar que os honorários da sucumbência e os honorários
contratuais, pertencendo ao advogado que houver atuado na causa, poderão ser por
ele executados, assistindo-lhe direito autônomo para promover a execução do
capítulo da sentença que os estabelecer ou para postular, quando for o caso, a
expedição de precatório ou requisição de pequeno valor em seu favor.
No caso de substabelecimento, a verba correspondente aos honorários
da sucumbência será repartida entre o substabelecente e o substabelecido,
proporcionalmente à atuação de cada um no processo ou conforme haja sido entre
eles ajustado.
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AULA 07 – EXAME XXIII
Quando for o caso, a Ordem dos Advogados do Brasil ou os seus
Tribunais de Ética e Disciplina poderão ser solicitados a indicar mediador que
contribua no sentido de que a distribuição dos honorários da sucumbência, entre
advogados, se faça segundo o critério estabelecido em que a verba correspondente
aos honorários da sucumbência será repartida entre o substabelecente e o
substabelecido, proporcionalmente à atuação de cada um no processo ou conforme
haja sido entre eles ajustado.
Nos processos disciplinares que envolverem divergência sobre a
percepção de honorários da sucumbência, entre advogados, deverá ser tentada a
conciliação destes, preliminarmente, pelo relator.
Ademais, o crédito por honorários advocatícios, seja do advogado
autônomo, seja de sociedade de advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou
qualquer outro título de crédito de natureza mercantil, podendo, apenas, ser emitida
fatura, quando o cliente assim pretender, com fundamento no contrato de prestação
de serviços, a qual, porém, não poderá ser levada a protesto. Pode, todavia, ser
levado a protesto o cheque ou a nota promissória emitido pelo cliente em favor do
advogado, depois de frustrada a tentativa de recebimento amigável.
Não podemos perder de vista que é lícito ao advogado ou à sociedade
de advogados empregar, para o recebimento de honorários, sistema de cartão de
crédito, mediante credenciamento junto a empresa operadora do ramo. Mas eventuais
ajustes com a empresa operadora que impliquem pagamento antecipado não afetarão
a responsabilidade do advogado perante o cliente, em caso de rescisão do contrato de
prestação de serviços.
Havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança judicial
de honorários, deve o advogado renunciar previamente ao mandato que recebera do
cliente em débito.
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AULA 07 – EXAME XXIII
A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o
direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de
sucumbência.
O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente
necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação
de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada
pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado. Na falta de estipulação ou de
acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em remuneração
compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, não podendo ser
inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB.
Um ponto importante a se destacar é que, salvo estipulação em
contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a
decisão de primeira instância e o restante no final.
Ademais, se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de
honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve
determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida
pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. Mas é claro que não se aplica
essa determinação quando se tratar de mandato outorgado por advogado para defesa
em processo oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da profissão.
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou
sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a
sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja
expedido em seu favor. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o
contrato escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito
privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e
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AULA 07 – EXAME XXIII
liquidação extrajudicial.
A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da
ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier. Na hipótese de
falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de sucumbência,
proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou
representantes legais.
É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção
individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos
honorários de sucumbência e o acordo feito pelo cliente do advogado e a parte
contrária, salvo aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários, quer
os convencionados, quer os concedidos por sentença.
Sobre a prescrição devemos lembrar que prescreve em cinco anos a
ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.
Além disso, prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas
pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele.
Por fim, o advogado substabelecido, com reserva de poderes, não
pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o
substabelecimento.
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AULA 07 – EXAME XXIII
 
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AULA 08 – EXAME XXIII
AULA 08 - INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
Na aula de hoje vamos estudar as incompatibilidades e impedimentos,
que é um assunto muito importante para a prova da OAB. 
 A incompatibilidade determina a proibição total , e o impedimento, a
proibição parcial do exercício da advocacia.
A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com o
exercício das seguintes atividades:
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder
Legislativo e seus substitutos legais;
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público,
dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes
classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de
deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; 
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da
Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas
controladas ou concessionárias de serviço público;
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou
indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços
notariais e de registro;
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou
indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;
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AULA 08 – EXAME XXIII
VI - militares de qualquer natureza, na ativa;
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de
lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições
financeiras, inclusive privadas.
Devemos lembar que a incompatibilidade permanece mesmo que o
ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente.
Não se incluem nas hipóteses dos ocupantes de cargos ou funções de
direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e
em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público os que não
detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho
competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada
ao magistério jurídico.
Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e
dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional
são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função
que exerçam, durante o período da investidura.
Por outro lado, são impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional,
contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade
empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis,
contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas,
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AULA 08 – EXAME XXIII
sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou
empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Não se incluem nas hipóteses dos servidores da administração direta, indireta e
fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja
vinculada a entidade empregadora, os docentes dos cursos jurídicos.
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AULA 09 – EXAME XXIII
AULA 09 - A ÉTICA DOS ADVOGADOS
Esse assunto costuma aparecer nas prova da Ordem, por isso merece
atenção dos candidatos. Vamos ao estudo.
O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos
do Código de Ética da OAB, bem como do seu Estatuto, do Regulamento Geral da
OAB e dos seus Provimentos e com os princípios da moral individual, social e
profissional do advogado.
O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do
Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da
cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu
ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os valores que
lhe são inerentes.
São deveres do advogado:
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da
profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro,
veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e
profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das
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AULA 09 – EXAME XXIII
leis;
VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os
litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios;
VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar
de viabilidade jurídica;
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome a empreendimentos sabidamente escusos;
c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a
honestidade e a dignidade da pessoa humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono
constituído, sem o assentimento deste;
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante
autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela
efetivação dos direitos individuais, coletivos e difusos;
X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento
indispensável à administração da Justiça;
XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos
Advogados do Brasil ou na representação da classe;
XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
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AULA 09 – EXAME XXIII
XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à
defesa dos necessitados.
Além disso, o advogado deve ter consciência de que o Direito é um
meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um
instrumento para garantir a igualdade de todos.
O advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante
relação empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, ou como
integrante de departamento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou
privado, deve zelar pela sua liberdade e independência.
É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de causa e de
manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que também
lhe seja aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado anteriormente.
O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento
de mercantilização.
É proibido ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via
administrativa falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé e também
é proibido o oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou
indiretamente, angariar ou captar clientela.
O Código de Ética e disciplina aplica-se aos integrantes de órgãos de
advocacia pública, e advogados públicos, incluindo aqueles que ocupem posição de
chefia e direção jurídica.
O advogado público exercerá suas funções com independência
técnica, contribuindo para a solução ou redução de litigiosidade, sempre que
possível, inclusive o que exerce cargo de chefia ou direção jurídica, observará nas
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relações com os colegas, autoridades, servidores e o público em geral, o dever de
urbanidade, tratando a todos com respeito e consideração, ao mesmo tempo em que
preservará suas prerrogativas e o direito de receber igual tratamento das pessoas com
as quais se relacione.
Nunca é demais lembrar que o advogado deve informar o cliente, de
modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das
consequências que poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde
logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa
influir na resoluçãode submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe a causa.
Ademais, as relações entre advogado e cliente baseiam-se na
confiança recíproca. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é
recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando as dúvidas
existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie.
O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte,
cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada,
sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando
esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.
Quando houver conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou
não, extinção do mandato, fica obrigado o advogado a devolver ao cliente bens,
valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder,
bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de
esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários.
A parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não
se inclui entre os valores a ser devolvidos. Lembre-se que concluída a causa ou
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arquivado o processo, presume-se cumprido e extinto o mandato.
O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono
constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente
justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. Também não
deve deixar ao abandono ou ao desamparo as causas sob seu patrocínio, sendo
recomendável que, em face de dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto
a providências que lhe tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato.
A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção do motivo que a
determinou, fazendo cessar a responsabilidade profissional pelo acompanhamento da
causa, uma vez decorrido o prazo de dez dias seguintes à notificação da renúncia, a
representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. A
renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por danos eventualmente causados
ao cliente ou a terceiros.
Vale ressaltar que o advogado não será responsabilizado por omissão
do cliente quanto a documento ou informação que lhe devesse fornecer para a prática
oportuna de ato processual do seu interesse.
A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o
desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não retira o
direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária
de sucumbência, calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente
prestado.
O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de
tempo, salvo se o contrário for consignado no respectivo instrumento.
Relembrando, os advogados integrantes da mesma sociedade
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profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não
podem representar, em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos.
Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes e não
conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e
discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o
sigilo profissional.
O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou
ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.
Cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à validade ou legitimidade de ato
jurídico em cuja formação haja colaborado ou intervindo de qualquer maneira; da
mesma forma, deve declinar seu impedimento ou o da sociedade que integre quando
houver conflito de interesses motivado por intervenção anterior no trato de assunto
que se prenda ao patrocínio solicitado.
Um outro ponto que devemos conhecer é o direito-dever do advogado
assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do
acusado. Pois, não há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir,
como defensor, no sentido de que a todos seja concedido tratamento condizente com
a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais.
O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver
com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação
de outro profissional para com ele trabalhar no processo. Além disso é proibido a ele
funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do
empregador ou cliente.
O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato
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pessoal do advogado da causa, mas o substabelecimento do mandato sem reserva de
poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente. Lembre-se que o
substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários
com o substabelecente.
O advogado observará, nas suas relações com os colegas de profissão,
agentes políticos, autoridades, servidores públicos e terceiros em geral, o dever de
urbanidade, tratando a todos com respeito e consideração, ao mesmo tempo em que
preservará seus direitos e prerrogativas, devendo exigir igual tratamento de todos
com quem se relacione. O dever de urbanidade há de ser observado, da mesma
forma, nos atos e manifestações relacionados aos pleitos eleitorais no âmbito da
Ordem dos Advogados do Brasil.
No caso de ofensa à honra do advogado ou à imagem da instituição,
adotar-se-ão as medidas cabíveis, instaurando-se processo ético-disciplinar e dando-
se ciência às autoridades competentes para apuração de eventual ilícito penal.
Consideram-se imperativos de uma correta atuação profissional o
emprego de linguagem escorreita e polida, bem como a observância da boa técnica
jurídica. 
O advogado que se valer do concurso de colegas na prestação de
serviços advocatícios, seja em caráter individual, seja no âmbito de sociedade de
advogados ou de empresa ou entidade em que trabalhe, dispensar-lhes-á tratamento
condigno, que não os torne subalternos seus nem lhes avilte os serviços prestados
mediante remuneração incompatível com a natureza do trabalho profissional ou
inferior ao mínimo fixado pela Tabela de Honorários que for aplicável.
Quando o aviltamento de honorários for praticado por empresas ou
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entidades públicas ou privadas, os advogados responsáveis pelo respectivo
departamento ou gerência jurídica serão instados a corrigir o abuso, inclusive
intervindo junto aos demais órgãos competentes e com poder de decisão da pessoa
jurídica de que se trate, sem prejuízo das providências que a Ordem dos Advogados
do Brasil possa adotar com o mesmo objetivo.
A advocacia pro bono
No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor
nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicaçãohabituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu
patrocínio.
Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e
voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins
econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de
recursos para a contratação de profissional.
Esse tipo de advocacia pode ser exercida em favor de pessoas
naturais que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio
sustento, contratar advogado e não pode ser utilizada para fins político-partidários
ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como
instrumento de publicidade para captação de clientela.
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O advogado, no exercício de cargos ou funções em órgãos da Ordem
dos Advogados do Brasil ou na representação da classe junto a quaisquer
instituições, órgãos ou comissões, públicos ou privados, manterá conduta
consentânea com as disposições do Código de Ética e disciplina e que revele plena
lealdade aos interesses, direitos e prerrogativas da classe dos advogados que
representa.
Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou funções em
órgãos da OAB ou representar a classe junto a quaisquer instituições, órgãos ou
comissões, públicos ou privados, firmar contrato oneroso de prestação de serviços ou
fornecimento de produtos com tais entidades nem adquirir bens imóveis ou móveis
infungíveis de quaisquer órgãos da OAB, ou a estes aliená-los. 
Vale lembrar que n ão há impedimento ao exercício remunerado de
atividade de magistério na Escola Nacional de Advocacia - ENA, nas Escolas de
Advocacia - ESAs e nas Bancas do Exame de Ordem, observados os princípios da
moralidade e da modicidade dos valores estabelecidos a título de remuneração
Salvo em causa própria, não poderá o advogado, enquanto exercer
cargos ou funções em órgãos da OAB ou tiver assento, em qualquer condição, nos
seus Conselhos, atuar em processos que tramitem perante a entidade nem oferecer
pareceres destinados a instruí-los. Entretanto, a vedação não se aplica aos dirigentes
de Seccionais quando atuem, nessa qualidade, como legitimados a recorrer nos
processos em trâmite perante os órgãos da OAB.
Ao submeter seu nome à apreciação do Conselho Federal ou dos
Conselhos Seccionais com vistas à inclusão em listas destinadas ao provimento de
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vagas reservadas à classe nos tribunais, no Conselho Nacional de Justiça, no
Conselho Nacional do Ministério Público e em outros colegiados, o candidato
assumirá o compromisso de respeitar os direitos e prerrogativas do advogado, não
praticar nepotismo nem agir em desacordo com a moralidade administrativa e com
os princípios deste Código, no exercício de seu mister.
O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome
conhecimento no exercício da profissão. O sigilo profissional abrange os fatos de que
o advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na
Ordem dos Advogados do Brasil.
O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação
de reserva que lhe seja feita pelo cliente. Presumem-se confidenciais as
comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente e, o advogado, quando
no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de
sigilo profissional, que cederá em face de circunstâncias excepcionais que
configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra
ou que envolvam defesa própria.
Vale ressaltar que o advogado não é obrigado a depor, em processo ou
procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva
guardar sigilo profissional.
Um outro ponto importante a se destacar é a publicidade profissional
do advogado, que tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e
sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da
profissão.
Os meios utilizados para a publicidade profissional deve obedecer
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alguns parâmetros além dos mencionados acima, ou seja, é proibida:
I – a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
II – o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de
publicidade;
III – as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em
qualquer espaço público;
IV – a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de
outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras;
V – o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone,
em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na
imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou
televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a
e-mail;
VI – a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas
assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela.
Lembre-se que a exclusivamente para fins de identificação dos
escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e
inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes acima mencionadas.
As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação
social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar
nem promover, dessa forma, captação de clientela.
Além disso, é proibido ao advogado:
I – responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos
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meios de comunicação social;
II – debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o
patrocínio de outro advogado;
III – abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e
da instituição que o congrega;
IV – divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e
demandas;
V – insinuar-se para reportagens e declarações públicas.
Não esqueçam que o advogado que eventualmente participar de
programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem
televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional,
deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem
propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre
métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão.
Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e
forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o
advogado evitar insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional,
bem como o debate de caráter sensacionalista.
Ademais, na publicidade profissional que promover ou nos cartões e
material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o

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