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Cronoanálise: Técnica de otimização de processos

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Disciplina: Lean Manufacturing 
 
 
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Formare Navistar Mercosul 
Aula 10 – Cronoanálise 
A cronoanálise consiste em uma técnica que lida com o tempo necessário para a 
conclusão dos processo de uma instituição. Tem sua origem fortemente atribuída aos 
trabalhos feitos por Frederick Taylor (1856-1915) e Frank Bunker Gilbreth (1885). O 
primeiro focou o estudo de tempos com a decomposição das operações em elementos e a 
avaliação do ritmo do operador. O segundo focou o estudo detalhado dos movimentos, 
criando tabelas com o nome de cada movimento, no intuito de otimizar a execução de uma 
operação escolhendo-se os movimentos mais simples, de menor fadiga e com maior valor de 
trabalho agregado. 
Frederick Taylor tinha como objetivo evitar conflitos entre interesses dos 
trabalhadores e da empresa e Frank Gilbreth em substituir movimentos longos e cansativos 
por outros curtos e menos fatigantes. 
O esforço destes dois cientistas formou os fundamentos da Administração Científica, 
também conhecida como Cronoanálise, Tempos e Métodos ou mesmo Métodos e 
Processos. 
A Gestão da Qualidade exige o diagnóstico efetivo de todos os processos da 
instituição de forma confiável e atualizada no tempo adequado para a tomada de decisões 
gerenciais. As atividades nos postos de trabalho precisam ser conhecidas, padronizadas e ter 
seu desempenho permanentemente mensurado no sentido de melhorar a produtividade. 
A cronoanálise é uma ferramenta avançada que permite o conhecimento detalhado das 
atividades evidenciando pontos passíveis de melhoria. Um dos pontos positivos deste método 
em relação a outros é a questão do treinamento, que permite ao analista industrial aplicar o 
método com precisão, produzindo resultados imediatos. 
A Cronoanálise usa a cronometragem como ferramenta e apura melhor a medição do 
tempo real para a indicação do tempo previsto, ou seja, com o tempo medido, devemos 
avaliar o ritmo do operador, avaliar estatísticamente o número de medições exigidas e o grau 
de confiabilidade, para obter um “tempo puro”. Determinando o método mais rápido e 
eficiente para a execução de uma operação necessária a Cronoanálise na prática identifica e 
fornece melhorias permitindo a redução dos custos de manufatura de um produto. 
 
 
Disciplina: Lean Manufacturing 
 
 
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Formare Navistar Mercosul 
É aplicada em qualquer setor onde haja a atividade humana. Outras finalidades: 
 Aproveitar o tempo apurado para a coordenação e controle da produção 
 Base para cálculo da remuneração variável 
 Formar tabelas de tempos planejados 
 Incluir observações sobre as condições ergonômicas do trabalho 
 Indicar os potenciais de racionalização 
 Determinação dos padrões de tempo para propriação da mão de obra, carga máquina e 
o balanceamento de linhas e de setores da produção 
Desde a publicação dos trabalhos de Taylor e Gilbreth, muito se evoluiu no 
conhecimento e aplicação das técnicas de Tempos e Métodos. 
O inicío do século XX, o matemático francês "Bedaux", identificou que o ato de 
conhecer os tempos de fabricação deve obedecer regras matemáticas, e assim, adotar os 
rígidos procedimentos estatísticos. Tais procedimentos indicam que ao pesquisar os tempos 
medidos esses devem ser configurados através da Avaliação do Rítmo com que foi realizado 
o tempo medido. E só assim, a média poderá ser obtida e considerada verdade, desprezando-
se os erros. 
O tempo corrigido pelo Rítmo passou a ser conhecido como Tempo Normal, ou seja, 
"O Tempo requerido para que uma pessoa Normal e em condições Normais de trabalho, 
realize uma tarefa, tendo o Nível de Confiabilidade igual à 95% e com Erro Relativo de mais 
ou menos 5%. Ou seja, o tempo padrão obtido através do procedimento cientifico indicado 
por Bedaux, pode no máximo, dizer o seguinte: o Tempo Padrão tem 95% de possibilidade de 
estar correto, desde que, seja aceitavél a distorção para mais ou para menos de 5%. 
Vale lembrar ainda que Rítmo e Velocidade são coisas diferentes, Velocidade é a 
relação do espaço pelo tempo e ritmo é o produto da Habilidade pelo Esforço. Quanto ao 
trabalho do casal Gilbreth, vejamos, Gilbreth dividiu as atividades manuais de qualquer tarefa 
em 19 movimentos básicos e atribuiu um simbolo a cada um deles, desta forma, ao descrever 
um método utilizando tais simbolos, foi permitido ter uma visão cinótica do todo e organizar 
melhor o racicínio de organização e racionalização da tarefa. 
 
 
Disciplina: Lean Manufacturing 
 
 
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Formare Navistar Mercosul 
Maynard, tomou isso como base, desenvolveu novos conceitos de movimentos, novos 
simbolos e atribuiu uma medida de tempo para cada movimento básico, desta forma, 
comparando-se duas análises de métodos, realizadas na mesma plataforma "MTM - Methods 
Time Measurement", conclui com exatidão que o método de menor valor agregado é o mais 
racional para a tarefa analisada. Não menos importante é a proposta do Work Factor, que 
consiste em um Sistema de micros-movimentos, ou seja, proposta ainda mais detalhada que o 
MTM. Cabe esclarecer, que tais sistemas se prestam à ferramentas para tratamento de 
métodos de trabalho, nunca a Tempos Padrões. Tais aprimoramentos, trouxeram para a 
Organização Cientifica do Trabalho o cunho e tratamento realmente cientifico, a ponto, de 
hoje no continente europeu haver cursos de graduação e técnicos de nível médio para a 
formação de Agentes de Tempos e Métodos, diferentemente do Brasil. 
Cronoanálise e o Lean Manufacturing 
Por terem objetivos semelhantes, a Cronoanálise e o Lean Manufacturing possuem 
ferramentas em comum como: Mapeamento do Processo, Gestão Visual, Takt Time, Setup 
Rápido e Padronização do Trabalho. O Lean Manufacturing abre o escopo para ferramentas 
como: Kaizen, TPM e OEE. Já a Cronoanálise preocupa-se com a ergonomia e com 
qualidade vida do trabalhador, projetando estações conforme as normas de segurança do 
trabalho, minimizando a fadiga e considerando um ritmo justo de trabalho. 
Muitas vezes o Lean Manufacturing vai usar da Cronoanálise para descobrir onde o 
processo está desperdiçando tempo ou como reduzir o tempo do processo (cycle time). De 
qualquer forma sempre convém que seus conceitos sejam trabalhados juntos, de modo que 
uma abordagem potencialize a outra. 
 
Atividade Prática: 
 Fazendo uso de algum componente desmontável (Caneta, caixa, carrinho em 
miniatura, etc), simular um processo de montagem e solicitar que os alunos façam a 
cronoanalise de diferentes etapas do processo. Na sequencia, colete os dados levantados e 
explique como estas informações contribuem para o Trabalho Padronizado, treinamento dos 
operadores e distribuição dos postos de trabalho.

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