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AULA 5-Legislação é o conjunto de normas que regula determinado ramo do direito

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Legislação é o conjunto de normas que regula determinado ramo do direito. 
O CTN regula a Legislação Tributária nos Artigos 96 e 100.
É importante saber que:
• a criação de um tributo, com base no princípio da legalidade, somente poderá ser feita pela lei, bem como sua extinção. Lei ordinária federal, municipal ou estadual.
• o aumento ou a redução de um tributo somente serão possíveis através de lei.
Por exemplo, se a União for aumentar o IR (Imposto de Renda), necessita de uma lei ordinária federal, aprovada pelo Congresso Nacional.
• o fato gerador da obrigação tributária principal também será feito por lei, já é a situação jurídica que, se praticada, acarretará uma obrigação fiscal, seja principal (pagamento) ou acessória (obrigação de fazer e não fazer).
Por exemplo, se uma pessoa tiver um carro terá que pagar o IPVA, porque existe uma lei ordinária do Estado do Rio de Janeiro estabelecendo que esta situação é um fato gerador para o pagamento do tributo devido, identificando o sujeito e a matéria tributável.
• a base de cálculo e alíquota somente poderão ser fixadas por lei.
Sobre a vigência da Legislação Tributária – Artigos 101-104 do CTN
A LICCB (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro), Decreto-lei 4.657 de 4/09/1942, lei de Ordem Pública aplicável a todos os ramos do direito, é a regra geral aplicada ao direito tributário por força do Artigo 101 do CTN, ressalvados em especial, os Artigos 103 e 104 do CTN.
Artigo 1º
Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Artigo 2º
Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue, § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior, § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga (salvo se houver incompatibilidade) nem a modifica a lei anterior, § 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Um exemplo que pudesse melhor elucidar o § 3º da LICCB seria: Lei municipal (A) fixando alíquota de ISS em 2% é revogada por outra lei (B) que majora a alíquota para 5%. Caso a lei (B) seja revogada por uma outra lei (C), e a (C) nada disponha sobre o tema, a lei (A) que fixava a alíquota em 2% não voltará a ter vigência, criando-se assim uma ausência de alíquota para se exigir o ISS dos contribuintes por que não ocorreu o efeito repristinatório, que só existe quando expressamente previsto em um diploma legal.
Artigo 3º
Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Artigo 4º
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Artigo 5º
Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Artigo 6º
A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
O Artigo 2º da LICCB trata dos critérios normativos para soluções de antinomias aparentes.
Critério Hierárquico 
Baseado na superioridade de uma fonte de produção jurídica sobre outras. Uma lei de superior hierarquia revoga a lei de inferior hierarquia. 
Em caso de conflito entre normas de diferentes níveis, a de nível mais alto, qualquer que seja a ordem cronológica, terá prevalência em relação à de nível mais baixo.
Critério Cronológico
Se duas normas forem conflitantes, e do mesmo nível ou escalão, prevalecerá a que foi editada por último.
Critério da Especialidade 
Uma norma é especial se contém todos os elementos típicos da norma geral e mais alguns denominados especializantes. 
A norma especial acresce um elemento próprio à descrição legal do tipo previsto na norma geral. 
O tipo geral está contido no especial, ou seja, a norma especial contém todos os elementos da geral, mais um, que é a diferença específica. É necessária sempre a presença da incompatibilidade para haver a revogação.
Além da vigência, pode-se também falar do conceito de existência da regra jurídica. 
Uma regra jurídica existe quando editada por fonte de direito reconhecida pelo sistema jurídico. A regra que entrou no plano da existência "é". Existindo, pode ser:
VÁLIDA se obedecidas as condições formais (órgão competente) e materiais (ratione materiae) de sua produção e consequente integração no sistema; ou
INVÁLIDA caso contrário, contudo, a regra inválida existe e produz eficácia.
Vigência ou eficácia jurídica: é qualidade da regra jurídica (que existe é válida ou inválida) e que está apta a produzir efeitos jurídicos, isto é, incidir/juridicizar o fato ocorrido no mundo real que anteriormente foi previsto em abstrato. 
Eficácia social ou efetividade: é a repercussão dos efeitos normativos ocorridos no mundo real, na ordem dos fatos sociais, por força da incidência que produz efeito na realidade.
Do ponto de vista de uma legitimidade do Direito, porque todo Direito há de ser uma tentativa de "um direito justo" na dicção de Stamler mencionada por Miguel Reale, pode-se falar de:
• validade formal (das regras jurídicas no plano dogmático);
• eficácia social (da repercussão das regras nos fatos sociais); e 
• ponderação ético-jurídica (observância dos valores/princípios jurídicos via dimensão de peso). 
Eis aí a tridimensionalidade de Miguel Reale. A regra jurídica para ser legítima, conceito que é mais amplo que o conceito de validade formal-dogmática, há que observar estes três aspectos essenciais da realidade jurídica.
A lei nova que tenha reduzido a alíquota de certo tributo, só se aplica para o futuro, sendo vedada aplicá-la ao passado, exceto se houver expressa previsão legal no corpo da mesma. 
Já nos casos de sanções tributárias o CTN em seu Artigo 106, II, "c", manda aplicar retroativamente a lei nova, quando mais favorável ao acusado do que a lei vigente à época da ocorrência do fato, prevalece assim, a lei mais branda ou lex mitior na dicção de Luciano Amaro. É a chamada retroatividade benigna em matéria de infrações.INTEGRAÇÃO
O operador do direito se vale de argumento de ordem lógica, como a analogia o argumento a contrário, bem como os previstos no Artigo 108 do CTN, sob uma perspectiva que está fora da possibilidade expressiva do texto da norma.
INTERPRETAÇÃO
O intérprete visa estabelecer premissas para o processo de aplicação da norma com recursos na argumentação retórica dentro do sentido possível do texto.

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