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AULA 7-Crédito Tributário

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Crédito Tributário, Lançamento e Hipótese de Suspensão do Crédito Tributário
Crédito tributário:
É a quantia devida a título de tributo, isto é, o objeto da obrigação jurídica tributária.
O crédito decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. (Artigo 139 do CTN)
Geralmente, o crédito tributário surge ilíquido, não podendo ser voluntariamente pago pelo contribuinte e nem exigido pela Fazenda Pública, dependendo, portanto, de uma liquidação (seja certo quanto à existência e determinado quanto ao objeto). 
Tal liquidação é feita pelo lançamento. Com o lançamento, a obrigação jurídica tributária que já existia, mas é ilíquida e incerta, passa a ser líquida e certa, exigível em data e prazo predeterminado.
Uma vez constituído o crédito, a autoridade não pode dispensá-lo sem expressa autorização legal, sob pena de responsabilidade funcional. 
O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos em lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. (Artigo 141 do CTN)
O Artigo 151 - Parágrafo único, do Código Tributário Nacional, estabelece que, embora suspensa a exigibilidade do tributo, não ficará suspenso o dever de cumprir as obrigações acessórias. Por exemplo, o dever de preencher livros fiscais, emitir notas fiscais e faturas. 
É relevante destacar que as causas suspensivas do crédito tributário também suspendem o prazo prescricional.
Lançamento
É o ato administrativo que torna líquido o crédito tributário, ou seja, o ato que consubstancia o mesmo, declarando formal e solenemente quem é o contribuinte e quanto ele deve à Fazenda Pública.  
O lançamento é um mecanismo jurídico que dá liquidez, certeza e exigibilidade ao tributo que lhe é lógica e cronologicamente anterior, assim não é o lançamento que dá nascimento ao tributo, mas sim a ocorrência do fato imponível.
De acordo com o Artigo 142, do Código Tributário Nacional (CTN), entende-se por lançamento o procedimento administrativo vinculado que:
Existem três modalidades de lançamento, são elas:
Lançamento de ofício (direto)
Lançamento por declaração (misto)
Lançamento por homologação (autolançamento)
Lançamento de ofício (direto)
A autoridade realiza todo o procedimento administrativo, obtém as informações e realiza o lançamento, sem qualquer auxílio do sujeito passivo ou de terceiro. São exemplos mais comuns deste tipo de lançamento: IPTU; IPVA.
São características deste tipo de lançamento: 
• de iniciativa da autoridade tributária; 
• independe de qualquer colaboração do sujeito passivo.
Lançamento por declaração (misto)
O sujeito passivo presta informações à autoridade tributária quanto à matéria de fato; cabendo a administração pública apurar o montante do tributo devido. Exemplo: a apuração do imposto de importação, decorrente de declaração do passageiro que desembarca do exterior.
São características deste tipo de lançamento: 
 o sujeito passivo fornece informações à autoridade tributária; 
 a autoridade tributária lança após receber as informações.
Lançamento por homologação (autolançamento)
O sujeito antecipa o pagamento em relação ao lançamento, sem prévio exame da autoridade tributária, ficando a declaração sujeita à confirmação posterior da autoridade administrativa. Exemplos: IR; ICMS; IPI; ISS. São características deste tipo de lançamento: 
• sujeito passivo antecipa o pagamento; 
• não há prévio exame da autoridade tributária; 
• a autoridade tributária faz a homologação posterior; 
• pode ocorrer homologação tácita, não confirmação após 5 anos.
Sobre a suspensão do crédito tributário (Artigo 151 do CTN):
• suspende-se a exigibilidade e não o  Crédito Tributário;
• tem natureza temporária;
• diz respeito à obrigação principal – pagar tributo ou penalidade pecuniária;
• pode ocorrer antes ou depois de constituído o Crédito Tributário.
Causas de suspensão do crédito tributário:
• Moratória (Artigo151, I do CTN).
• Depósito do seu montante integral (Artigo 151, II do CTN).
• Reclamações e os recursos nos termos da lei reguladora do processo tributário administrativo (Artigo 151, III do CTN).
• Concessão de medida liminar em mandado de segurança (Artigo 151, IV do CTN).
• Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial (Artigo 151, V do CTN): foi introduzido com a LC 104/01, mas a doutrina já admitia esta hipótese. 
• Parcelamento (Artigo 151, VI do CTN): foi introduzido com a LC 104/01, mas a doutrina já o admitia. Há autores que afirmam que o parcelamento nada mais é do que uma modalidade de moratória, visto que ambos encontra-se na mesma seção. Ele deve ser concedido por meio de lei específica (Artigo 155 - A do CTN). 
“Salvo disposição em contrária o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas.” (Artigo 155-A §1º do CTN)
“Aplica-se, subsidiariamente ao parcelamento as disposições desta lei, relativas à moratória.” (Artigo 150-A, §2º do CTN)
- Diferença entre moratória e parcelamento:
A Moratória prorroga ou adia o vencimento da dívida, enquanto o Parcelamento dilata o prazo de pagamento da dívida vencida, nessa caso incluem-se encargos e pressupõe mora.

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