Buscar

Auditoria2017

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
Auditoria
Considerações iniciais
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
A auditoria é um exame analítico de determinada operação, com o objetivo de atestar a sua validade
A auditoria e frequentemente vista como o exame das demonstrações financeiras de uma empresa. Entretanto a auditoria também e um processo que pode ser aplicado em muitas situações distintas, incluindo a avaliação da eficiência e eficácia de um processo ou de um departamento, os relatórios financeiros de um órgão público, ou a obediência a normas operacionais de uma empresa ou a regulamentação governamental.
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Os primeiros indícios de auditoria, no sentido similar ao atualmente empregado, datam da civilização suméria, em suas práticas de conferência de bens oriundos da atividade pastoril, entretanto a origem é imprecisa, mas há alguns pontos na história que aceleraram seu processo evolutivo: no séc XV com as expedições marítimas, Revolução industrial, Crash 29 quando surgem novas entidades regulatórias e agora mais recentemente com as crises de quebra de grandes corporações como a Enrom, WorldCom e Parmalat, fazem ser repensados aspectos éticos da auditoria 
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Existem diversas formas de auditoria: Das demonstrações contábeis(independente externa); interna, operacional e de gestão; ambiental; sistemas; qualidade; impostos.
gestão: trabalhos dirigidos à análise dos planos e diretrizes da empresa, objetivando mensurar a eficiência da gestão das operações e a sua consistência com os planos e metas aprovados; Sistemas: exames e avaliações da qualidade dos sistemas de computação e dos controles existentes no ambiente de tecnologia visando otimização e minimização dos riscos; Ambiental: avaliação dos processos operacionais e produtivos das empresas visando i) à identificação de danos ao meio ambiente e quantificação de contingências e ii) preparação da empresa para receber a ISO14000.; Governamental: visa avaliar a gestão pública pelos processos e resultados gerenciais e a aplicação de recursos públicos. É uma ferramenta de controle do Estado para melhor aplicação de seus recursos, visando corrigir desperdício, improbidade, negligência e omissão.
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Alguns outros exemplos
Shopping
Cinema
Sorteio
Fraude 
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Auditoria das Demonstrações Contábeis 
É a técnica que consiste no exame dos documentos, livros e registros, inspeções, obtenção de informações e confirmações independentes e internas, obedecendo a normas apropriadas de procedimentos, objetivando verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas demonstrada, de acordo com os princípios fundamentais e normas de contabilidade de maneira uniforme.
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Auditoria das Demonstrações Contábeis 
Processo sistemático de obtenção e avaliação objetiva de evidencias relacionadas a afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para aferir a correspondência entre essas afirmações e critérios estabelecidos e a comunicação dos resultados a usuários interessados.
A auditoria de demonstrações financeiras, em seu contexto mais amplo, e o processo de comprovação de afirmações a respeito de ações e eventos econômicos. Portanto, é associada, frequentemente, a um serviço de comprovação. A comprovação e um processo realizado em tres partes: coleta de evidencias sobre afirmações, avaliação dessas evidencias em confronto com critérios objetivos e a comunicação da conclusão obtida a partes interessadas. 
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Auditoria das Demonstrações Contábeis (Auditoria Externa Independente)
O objetivo do exame das demonstrações financeiras é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas e assegurar que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e as origens e aplicações dos recursos correspondentes ao período em exame, de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade, aplicados com uniformidade durante os perríodos
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Auditoria das Demonstrações Contábeis (Auditoria Externa Independente)
O exame de auditoria deve ser efetuado de acordo com as normas usuais de auditoria, inclusive quanto as provas nos registros contábeis e aos procedimentos de auditoria julgados necessários nas circunstâncias. Dessa forma o objetivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o processo pela qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela empresa auditada 
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Auditoria das Demonstrações Contábeis (Auditoria Externa Independente)
O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos, e anotações que comprovem a legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais. 
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Vantagens da auditoria:
Para a empresa: fiscaliza a eficiência e eficácia dos controles internos; assegura maior correção e confiança nos registros contábeis; opina sobre a adequação das demonstrações contábeis; dificulta o desvio de bens patrimoniais e pagamentos indevidos; possibilita a apuração de omissão nos registros das receitas e nos recebimentos; aponta falhas na organização administrativa da empresa e nos controles internos e aponta soluções. Para os investidores: contribui para a maior exatidão das demonstrações contábeis bem como de sua credibilidade; assegura transparência nas informações da empresa. Para o fisco: permite maior exatidão das demonstrações e dos resultados, bem como contribui para maior observância das leis fiscais.
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Ha várias partes envolvidas na produção e utilização das demonstrações financeiras auditadas. O conselho de administração de uma empresa possui responsabilidades de supervisão sobre os executivos e utiliza o auditor para auditar as demonstrações financeiras e emitir um parecer independente sobre a fidedignidade das informações. Os administradores são responsáveis por (a) gerir a organização, (b) proteger os ativos confiados a eles e (C) preparar demonstrações financeiras que representem a situação econômica da empresa e os resultados de suas atividades em um dado período, As demonstrações financeiras são fornecidas a pessoas físicas ou jurídicas que (a) tenham investido ou poderiam investir na empresa, (b) emprestaram recursos a empresa, ou (C) poderiam ter algum interesse na empresa. 
*
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos
Os auditores reúnem evidencias para determinar se as demonstrações financeiras são apresentadas adequadamente em conformidade com os princípios contábeis aceitos e emitem um parecer independente que e compartilhado com esses usuários externos, com os administradores e com o conselho de administração. A auditoria adiciona Valor somente quando o auditor:
é competente na obtenção e avaliação de evidências sobre a fidedignidade das demonstrações financeiras;
é independente da administração e dos usuários externos;
está familiarizado com os riscos e os padrões de divulgação financeira da empresa.
*
Distinção entre auditoria interna, auditoria independente e perícia contábil.
Diferenças entre a auditoria independente e a auditoria interna ou operacional
Propósito do trabalho – Int: análise da atividade operacional; ext: emissão de opinião sobre as demonstrações contábeis. Parâmetros para execução do trabalho: Int: normas e controles internos, políticas e procedimentos da empresa;
Ext: Princípios fundamentais da contabilidade e normas de contabilidade. Preocupação com o controle interno: Int: Eficiência e qualidade do controle; Ext: Efeitos relevantes nas demonstrações contábeis Dependência Profissional: Int: Dependência do emprego; ext: Independência profissional Relatório: Int: Não padronizados (recomendações de controle interno e eficiência administrativa); ext: Padronizados (parecer) Principais usuários: Int: Gestores da empresa ; ext: Acionistas, mercado de capitais e credores Continuidade do trabalho: Int: Contínuo; ext: Periódico
*
Distinção entre auditoria interna, auditoria independente e perícia contábil.
Diferença entre as funções da auditoria, perícia e fiscalização
Perícia: trabalhos voltados para o esclarecimento dos quesitos formulados por um juiz, para atender a determinado processo judicial, cível ou trabalhista. Como conseqüência, o perito nomeado pelo juiz emitirá um laudo especial, com suas conclusões, respondendo aos quesitos formulados. Segundo a NBC TP01, a perícia contábil é um conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de laudo sobre questões contábeis, mediante exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, avaliação ou certificação.
Apesar de não ser um auditor, o perito estará aplicando testes idênticos aqueles utilizados em um trabalho normal de auditoria.
*
Fraude e erro
O termo fraude refere-se ao ato intencional de omissão ou manipulção de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. A fraude pode ser caracterizada por: a) Manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a modificar os registros de ativos, passivos e resultado; b) apropriação indébita de ativos; c) registro de transações se comprovação; d) aplicação de praticas contábeis indevidas
*
Fraude e erro
O termo erro, por sua vez, refere-se a ato não intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, que resulte em incorreções desses, consistentes em erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis, aplicação incorreta das normas contábeis e interpretação errada das variações patrimoniais.
*
Fraude e erro
Os erros, tanto os intencionais (fraude) como os voluntários, podem ainda, ser classificados em três tipos: erro de princípio, erro de omissão e erro de perpetração. Um erro de princípio consiste na aplicação equivocada das diretrizes contábeis, resultando em registros e demonstrações incorretas. Um erro de omissão consiste em deixar de fazer um registro contábil, o que igualmente resulta em demonstrações contábeis inexatas. Um erro de perpetração caracteriza-se pela falta de cuidado, intencional, ou não, e os resultados são idênticos aos dois casos anteriores. 
*
Fraude e erro
De qualquer modo, os erros intencionais serão sempre consequencia de um plano deliberado de uma ou mais pessoas que têm o objetivo de gerar prejuízos ou perdas para uma entidade ou para uma pessoa. Já os erros involuntários decorrem de simples equívocos e normalmente dizem respeito a falta de cuidado ou desconhecimento das técnicas contábeis 
*
Falhas na profissão
Não há divergência a respeito da existência de sérios problemas na profissão contábil durante o final da década de 1990 e no início da década de 2000 com Enron, WorldCom, Lucent entre outras fraudes financeiras importantes. Mais recentemente, tem havido problemas representados pela não identificação tempestiva de deficiências em instituições financeiras, ou pior, a incapacidade de identificar esquemas Ponzi (pirâmides) 
Essas falhas têm exercido efeito profundo sobre a profissão de auditoria e vão muito além do caso Arthur Andersen - a maior empresa de contabilidade externa a falir até hoje. O que ocorreu? Não há uma única resposta, mas alguns dos problemas foram os seguintes:
*
Falhas na profissão
- Os princípios contábeis aceitos em geral passaram a ser vistos como um conjunto de regras que poderiam ser interpretadas (com poucos limites) de acordo com os objetivos de divulgação dos administradores.
- Uma proporção significativa da remuneração dos administradores passou a ser feita sob a forma de ações ou opções de compra de ações, pois a receita federal americana limitou a dedutibilidade dos salários a US$ 1 milhão. Portanto, os administradores passaram a ser motivados a elevar o preço da ação - mesmo que as operações não justificassem esse aumento de preço.
- Os auditores, essencialmente, eram contratados e dispensados pelos administradores, embora as empresas fossem obrigadas a ter membros no conselho de administração que fossem independentes dos administradores (pelo menos no papel).
*
Falhas na profissão
- Os auditores passaram a ter forte motivação para agradar os administradores. A identificação de uma maneira de alcançar um objetivo de divulgação da administração - por exemplo, retirar prejuízos do balanço, como no caso Enron - geralmente resultava em contratos lucrativos de consultoria para as empresas de auditoria.
- A profissão não estava preparada para os critérios exigidos para a implantação da contabilidade baseada em princípios Esta e uma questão que afetara todos os auditores no futuro, assim como a demanda por critérios baseados em princípios continuará a crescer em razão da dificuldade de elaboração de regras claras e inequívocas em toda e qualquer circunstância ou transação.
*
Falhas na profissão
- Muitos contadores acreditaram que era perfeitamente aceitável aplicar os princípios da contabilidade de modo que atingisse os objetivos dos administradores. Em outras palavras, a mentalidade estava errada: “Se o Fasb não proibe, então deve ser permitido”
- A profissão de auditoria precisava ser mais rentável para reter sócios e gerentes. Para isso, muitas empresas de auditoria reduziram o volume de testes aplicando inadequadamente a auditoria um enloque baseado em conceitos de risco.
- Os reguladores tinham recursos limitados e sua carga de trabalho era excessiva. Desse modo, o ambiente regulatório gerou menos supervisão e, combinado com uma atitude pro-empresarial, permitiu maior flexibilidade na divulgação de informações.
*
Normas profissionais
Em 13 de fevereiro de 2009, o CFC editou a Resolução 1.156/09, que dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, que devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais. 
	As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) compreendem o Código de Ética Profissional do Contabilista, Normas de Contabilidade, Normas de Auditoria Independente e de Asseguração, Normas de Auditoria Interna e Normas de Perícia. 
	Essas normas cobrem aspectos profissionais (NBC P+) e técnicos (NBC T+) para cada uma das áreas acima (Contabilidade, Auditoria Independente, Auditoria Interna e Perícia). As NBC Ps estabelecem preceitos de conduta para o exercício profissional, enquanto as NBC Ts estabelecem conceitos técnicos doutrinários, de estrutura e procedimentos a serem aplicados.
*
Normas Profissionais
*
Normas Profissionais de Auditor Independente
 
Características e qualidades da pessoa do auditor
*
COMPETÊNCIA TÉCNICO-PROFISSIONAL 
O contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica aplicável à entidade auditada.
O auditor, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das demonstrações contábeis, deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada, de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as transações realizadas pela mesma e as práticas contábeis aplicadas, que possam ter efeitos relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da entidade, e o parecer
a ser por ele emitido sobre as demonstrações contábeis 
*
COMPETÊNCIA TÉCNICO-PROFISSIONAL 
Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá obter conhecimento preliminar da atividade da entidade a ser auditada, mediante avaliação, junto à administração, da estrutura organizacional, da complexidade das operações e do grau de exigência requerido, para a realização do trabalho de auditoria, de modo a poder avaliar se está capacitado a assumir a responsabilidade pelo trabalho a ser realizado. Esta avaliação deve ficar evidenciada de modo a poder ser comprovado o grau de prudência e zelo na contratação dos serviços 
O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a utilização de especialistas em outras áreas, em face da especialização requerida e dos objetivos do contratante 
*
INDEPENDÊNCIA
A condição de independência é fundamental e óbvia para o exercício da atividade de auditoria independente. Entende-se como independência o estado no qual as obrigações ou os interesses da entidade de auditoria são, suficientemente, isentos dos interesses das entidades auditadas para permitir que os serviços sejam prestados com objetividade. Em suma, é a capacidade que a entidade de auditoria tem de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a emissão de relatórios ou pareceres imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho. 
a)	independência de pensamento – postura que permite expressar uma opinião sem ser afetado por influências que comprometem o julgamento profissional, permitindo à pessoa agir com integridade, objetividade e ceticismo profissional;
b) aparência de independência – evitar fatos e circunstâncias significativos a ponto de um terceiro bem informado, tendo conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional de uma entidade de auditoria ou de um membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos. 
*
INDEPENDÊNCIA
PERDA DE INDEPENDÊNCIA
INTERESSE FINANCEIRO 
Interesses financeiros são a propriedade de títulos e valores mobiliários e quaisquer outros tipos de investimentos adquiridos ou mantidos pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria ou membros imediatos da família destas pessoas, relativamente à entidade auditada, suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo econômico, dividindo-se em diretos e indiretos 
Se a entidade de auditoria, um membro da equipe de auditoria ou o responsável técnico do trabalho de auditoria ou outros membros dentro da entidade de auditoria, em nível gerencial, que possam influenciar o resultado dos trabalhos, ou um membro imediato da família destas pessoas tiver um interesse financeiro direto ou um interesse financeiro indireto relevante na entidade auditada, está caracterizada a perda de independência 
*
INDEPENDÊNCIA
PERDA DE INDEPENDÊNCIA
RELACIONAMENTOS COMERCIAIS COM A ENTIDADE AUDITADA 
As transações comerciais da entidade de auditoria, de sócios e membros da equipe de auditoria com uma entidade auditada devem ser feitas dentro do curso normal de negócios e na mesma condição com terceiros. No entanto, essas operações não podem ser de tal dimensão que criem uma ameaça de interesse próprio. 
Relacionamentos comerciais em condições diferenciadas, privilegiadas e relevantes com entidades auditadas afetam a independência do auditor e, nesses casos, deve ser adotada uma das seguintes ações: a) terminar o relacionamento comercial; b) substituir o membro da equipe que tenha relacionamento comercial; c) recusar a realização do trabalho de auditoria.
*
INDEPENDÊNCIA
PERDA DE INDEPENDÊNCIA
RELACIONAMENTOS FAMILIARES E PESSOAIS 
As funções ocupadas por pessoas próximas ou familiares, que prejudicam a independência da entidade de auditoria, são aquelas que: a)exercem influência significativa sobre as políticas operacionais, financeiras ou contábeis. Em geral, diz respeito a uma pessoa que tem funções como presidente, diretor, administrador, gerente geral de uma entidade auditada;
b)	exercem influência nas Demonstrações Contábeis da entidade auditada. Em geral, diz respeito a funções consideradas críticas no ambiente contábil como controller, gerente de contabilidade, contador; e
 c) são consideradas sensíveis sob o ponto de vista da auditoria. Em geral, inclui cargos com atribuições de monitoramento dos controles internos da entidade auditada, como, por exemplo, tesoureiro, auditor interno, gerente de compras/vendas, entre outras. 
*
INDEPENDÊNCIA
PERDA DE INDEPENDÊNCIA
ATUANDO COMO ADMINISTRADOR OU DIRETOR DE ENTIDADES AUDITADAS 
Se um sócio ou um membro da entidade de auditoria atuar também como diretor, membro do conselho de administração, conselho fiscal ou executivo da entidade auditada, a ameaça criada à perda de independência é de tal magnitude que não existe salvaguarda ou ação a ser aplicada que possa impedir o conflito de interesse. E, neste caso, a realização do trabalho deve ser recusada. 
*
INDEPENDÊNCIA
ROTAÇÃO DOS LÍDERES DE EQUIPE DE AUDITORIA
Visando possibilitar contínua renovação da objetividade e do ceticismo do auditor, necessários na auditoria, é requerida a rotação dos responsáveis técnicos pelos trabalhos na entidade auditada.
Alguns fatores que podem influenciar a objetividade e o ceticismo do auditor são: a) tempo que o profissional faz parte da equipe de auditoria. O risco de perda da objetividade e do ceticismo pode ocorrer com o passar dos anos; b) 	função do profissional na equipe de auditoria. O risco de perda da objetividade e do ceticismo é maior no pessoal de liderança da equipe, ou seja, os responsáveis técnicos. Neste aspecto, entende-se que as demais funções da equipe de auditoria, ou seja, as funções de gerente, sênior ou encarregado e assistentes dedicam-se a realizar os trabalhos de auditoria e não a tomar decisões-chave. Adicionalmente, os trabalhos executados por estes últimos são revisados pelos membros mais experientes da equipe de auditoria e as conclusões obtidas são por estes corroboradas.
*
INDEPENDÊNCIA
ROTAÇÃO DOS LÍDERES DE EQUIPE DE AUDITORIA
Visando impedir o risco de perda da objetividade e do ceticismo do auditor, é necessária a aplicação das seguintes ações: a)	rotação do pessoal de liderança da equipe de auditoria a intervalos menores ou iguais a cinco anos consecutivos; b) 	intervalo mínimo de três anos para o retorno do pessoal de liderança à equipe.
Como é impraticável a rotação nas entidades de auditoria de porte pequeno, com apenas um sócio ou diretor e auditores pessoas físicas, para atender ao estabelecido nas alíneas “a” e “b” acima nos anos em que se completarem os cinco anos e durante os próximos três anos dos prazos estabelecidos nesse item, seus trabalhos devem ser submetidos à revisão por outra entidade de auditoria, que emitirá relatório circunstanciado sobre a correta aplicação das normas profissionais e das técnicas nestes trabalhos, encaminhando-o ao Conselho Federal de Contabilidade até 31 de julho de cada ano.
*
INDEPENDÊNCIA
PRESTAÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS
As entidades de auditoria prestam, usualmente, outros serviços para as entidades auditadas, compatíveis com seu nível de conhecimento e capacitação. As entidades auditadas valorizam os serviços proporcionados por essas entidades de auditoria quando estas possuem um bom entendimento do negócio e contribuem com conhecimento e capacitação em outras áreas. Além disso, muitas vezes, a prestação desses outros serviços, não de auditoria, proporcionam às equipes de auditoria desenvolvimento de conhecimentos relativos aos negócios e operações da entidade auditada, que são proveitosos para o próprio trabalho de auditoria. 
A prestação desses outros serviços, entretanto, não pode
criar ameaças à independência da entidade de auditoria ou de membros da equipe de auditoria. 
Os princípios básicos que devem fundamentar qualquer regra de independência do auditor são: a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho;b) o auditor não deve exercer funções gerenciais na entidade auditada; c) o auditor não deve promover interesses da entidade auditada.
*
INDEPENDÊNCIA
PRESTAÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS
Entre outros, os serviços abaixo, também chamados de consultoria, podem caracterizar a perda de independência: a) serviços de avaliação de empresas e reavaliação de ativos; b) serviços de assistência tributária, fiscal e parafiscal; c) serviços de auditoria interna à entidade auditada; d) serviços de consultoria de sistema de informação computadorizado; e) serviços de apoio em litígios, perícia judicial ou extrajudicial; f) serviços de finanças corporativas e assemelhados; g) serviços de seleção de executivos; h) registro (escrituração) contábil; i) serviços de avaliação de empresas e reavaliação de ativos; j) serviços de assistência tributária, fiscal e parafiscal; k) serviços de auditoria interna à entidade auditada; l) serviços de consultoria de sistemas de informação computadorizados; m) serviços de apoio em litígios, perícia judicial ou extrajudicial; n) serviços de finanças corporativas e assemelhados; o) serviços de seleção de executivos
*
INDEPENDÊNCIA
PRESENTES E BRINDES
LITÍGIOS EM CURSO OU IMINENTES
Quando há, ou é provável haver, um litígio entre a entidade de auditoria ou um membro da sua equipe e a entidade auditada, pode ser criado o conflito de interesse. O relacionamento entre a administração da entidade auditada e os membros da equipe de auditoria precisa ser caracterizado por total franqueza e divulgação completa de todos os aspectos das operações de negócios da entidade auditada. A entidade de auditoria e a administração da entidade auditada podem ficar em lados opostos por causa do litígio, o que pode afetar a disposição da administração em fazer divulgações completas, e a entidade de auditoria pode se ver ameaçada por conflito de interesse. A importância da ameaça criada depende de fatores, tais como: a) a relevância do litígio; b) a natureza do trabalho de auditoria; c) se o litígio diz respeito a um trabalho de auditoria já efetuado.
*
INDEPENDÊNCIA
LITÍGIOS EM CURSO OU IMINENTES
Uma vez avaliada a importância da ameaça, devem ser aplicadas as seguintes ações, para reduzi-la a um nível aceitável: a) informar aos níveis superiores da entidade auditada, por exemplo: conselho de administração, conselho fiscal e assembléia de acionista e acionistas controladores, a extensão e a natureza do litígio; b) informar, se aplicável, aos órgãos reguladores competentes a extensão e a natureza do litígio; c) se o litígio envolver um membro da equipe de auditoria, afastar aquela pessoa do trabalho de auditoria; d) envolver outro auditor da entidade de auditoria, não-integrante da equipe, para revisar o trabalho feito ou opinar conforme necessário.
Se essas ações não reduzirem a ameaça ao conflito de interesse a um nível adequado, a única alternativa é recusar o trabalho de auditoria.
*
RESPONSABILIDADES DO AUDITOR NA EXECUÇÃO DOS TRABALHOS 
O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos trabalhos e na exposição de suas conclusões. Ao opinar sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve ser imparcial. 
O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo a descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade de sua ocorrência 
Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as demonstrações contábeis de forma relevante, cabe ao auditor independente, caso não tenha feito ressalva específica em seu parecer, demonstrar, mediante inclusive a exibição de seus papéis de trabalho às entidades referidas no item 1.6.5, que seus exames foram conduzidos de forma a atender às Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis e às presentes normas. 
*
HONORÁRIOS 
O auditor deve estabelecer e documentar seus honorários mediante avaliação dos serviços, considerando os seguintes fatores: a) a relevância, o vulto, a complexidade, e o custo dos serviços a executar; b) o número de horas estimadas para a realização dos serviços; c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente; d) a qualificação técnica dos profissionais que irão participar da execução dos serviços; e) o lugar em que os serviços serão prestados, fixando, se for o caso, como serão cobrados os custos de viagens e estadas.
*
HONORÁRIOS 
Os honorários deverão constar de carta-proposta ou documento equivalente, elaborados antes do início da execução do trabalho, que também contenham:
a)	a descrição dos serviços a serem realizados, inclusive referências às leis e aos regulamentos aplicáveis ao caso;
b)	que o trabalho será efetuado segundo as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis e as presentes normas;
c)	o prazo estimado para a realização dos serviços;
d)	os relatórios a serem emitidos; e
e)	as condições de pagamento dos honorários
*
GUARDA DA DOCUMENTAÇÃO 
O auditor, para fins de fiscalização do exercício profissional, deve conservar a boa guarda, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data de emissão do seu parecer, de toda a documentação, papéis de trabalho, relatórios e pareceres relacionados com os serviços realizados 
*
SIGILO
Entende-se por sigilo, para os efeitos desta norma, a obrigatoriedade do Auditor Independente não revelar, em nenhuma hipótese, salvo as contempladas neste documento, as informações que obteve e tem conhecimento em função de seu trabalho na entidade auditada.
*
SIGILO
DEVER DO SIGILO
O sigilo profissional do Auditor Independente deve ser observado nas seguintes circunstâncias: a)	na relação entre o Auditor Independente e a entidade auditada; b)na relação entre os Auditores Independentes; c)na relação entre o Auditor Independente e os organismos reguladores e fiscalizadores; d)na relação entre o Auditor Independente e demais terceiros.
O Auditor Independente deve respeitar e assegurar o sigilo relativamente às informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, não as divulgando, sob nenhuma circunstância, salvo as contempladas na legislação vigente, bem como nas Normas Brasileiras de Contabilidade
*
SIGILO
DEVER DO SIGILO
O Auditor Independente, quando previamente autorizado por escrito, pela entidade auditada, deve fornecer as informações que por aquela foram julgadas necessárias ao trabalho do Auditor Independente que o suceder, as quais serviram de base para emissão do último Parecer de Auditoria por ele emitido.
O Auditor Independente, sob pena de infringir o sigilo profissional, somente deve divulgar aos demais terceiros informações sobre a entidade auditada ou sobre o trabalho por ele realizado, caso seja autorizado, por escrito, pela administração da entidade com poderes para tanto, que contenha, de forma clara e objetiva, os limites das informações a serem fornecidas.
*
SIGILO
DEVER DO SIGILO
1.6.2.4 O Auditor Independente, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-contratação dos serviços, a documentação, papéis de trabalho, relatórios e pareceres, de modo a demonstrar que o trabalho foi realizado de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, da presente norma e das demais normas legais aplicáveis.
1.6.2.4.1 Os contadores designados pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade para efetuarem a fiscalização do exercício profissional devem ter a mesma formação técnico-profissional requerida ao Auditor Independente para o trabalho por ele realizado e assumirão compromisso
de sigilo profissional semelhante.
1.6.2.4.2 Os organismos profissionais citados no caput assumirão a responsabilidade civil por perdas e danos que vierem a ser causados em decorrência da quebra de sigilo pelos profissionais por eles designados para o exame dos trabalhos desenvolvidos pelos Auditores Independentes.
*
SIGILO
DEVER DO SIGILO
O dever de manter o sigilo prevalece: a)para os Auditores Independentes, mesmo após terminados os compromissos contratuais; b)	para os contadores designados pelos organismos referidos no item 1.6.2.4, mesmo após o término do vínculo empregatício ou funcional; e c)	para os conselheiros do Conselho Federal de Contabilidade e dos Conselhos Regionais de Contabilidade, mesmo após o término dos respectivos mandatos.
É obrigatório e relevante que todos os Auditores Independentes tenham procedimentos de proteção de informações sigilosas obtidas durante o relacionamento com a entidade auditada, por quaisquer meios, devendo dispensar especial atenção ao uso de redes de computador internas ou externas (internet).
*
RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO TRABALHO: 
AUDITOR INTERNO
A responsabilidade do auditor não será modificada, mesmo quando o contador, na função de auditor interno, contribuir para a realização dos trabalhos
ESPECIALISTAS Ao utilizar-se de trabalhos executados por outros especialistas legalmente habilitados, o auditor independente deve obter evidência suficiente de que tais trabalhos são adequados para fins de sua auditoria. A expressão “especialista” significa um indivíduo ou empresa que detenha habilidades, conhecimento e experiência em áreas específicas não relacionadas à contabilidade ou auditoria. A formação e experiência do auditor independente lhe permite possuir conhecimentos sobre os negócios em geral, mas não se espera que ele tenha capacidade para agir em áreas alheias à sua competência profissional.
*
RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO TRABALHO: 
ESPECIALISTAS
Um especialista pode ser: a)	contratado pela entidade auditada; 	b) contratado pelo auditor independente; c)	empregado pela entidade auditada; ou 	d) empregado pelo auditor independente.
Quando o auditor independente faz uso de especialistas que sejam seus empregados, estes devem ser considerados como tal e não como auxiliares do processo de auditoria, com a conseqüente necessidade de supervisão. Assim, nessas circunstâncias, o auditor independente necessita aplicar os procedimentos previstos nesta norma, mas não necessita avaliar sua competência profissional a cada trabalho onde estes se envolvam.
*
RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO TRABALHO: 
ESPECIALISTAS (NECESSIDADE DE USO DE TRABALHO DE ESPECIALISTA)
Durante a auditoria, o auditor independente pode necessitar obter, em conjunto com a entidade auditada ou de forma independente, evidências para dar suporte às suas conclusões. Exemplos dessas evidências, na forma de relatórios, opiniões ou declarações de especialistas são: a) Avaliações de certos tipos de ativos, como por exemplo terrenos e edificações, máquinas e equipamentos, obras de arte e pedras preciosas; b)determinação de quantidades ou condições físicas de ativos, como por exemplo minerais estocados, jazidas e reservas de petróleo, vida útil remanescente de máquinas e equipamentos; c)determinação de montantes que requeiram técnicas ou métodos especializados, como por exemplo avaliações atuariais; d)medição do estágio de trabalhos completados ou a completar em contratos em andamento; e)interpretações de leis, de contratos, de estatutos ou de outros regulamentos
Ao determinar a necessidade de utilizar-se do trabalho de especialistas, o auditor independente deve considerar: a)a relevância do item da demonstração contábil que está sendo analisada; b)o risco de distorção ou erro levando em conta a natureza e a complexidade do assunto sendo analisado; c)	conhecimento da equipe de trabalho e a experiência prévia dos aspectos que estão sendo considerados; e d)a quantidade e qualidade de outras evidências de auditoria disponíveis para sua análise.
*
INFORMAÇÕES ANUAIS AOS CONSELHOS REGIONAIS DE CONTABILIDADE
O auditor deverá enviar, até 30 de junho de cada ano, ao Conselho Regional de Contabilidade, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade: a) as informações sobre os seus clientes, cuja sede seja a da jurisdição do respectivo Conselho, e que o objeto do trabalho seja a auditoria independente, realizada em demonstrações contábeis relativas ao exercício encerrado até o dia 31 de dezembro do ano anterior; b) a relação dos nomes do seu pessoal técnico existente em 31 de dezembro do ano anterior; c) a relação de seus clientes cujos honorários representem mais de 10% do seu faturamento anual, bem como os casos onde o faturamento de outros serviços prestados aos mesmos clientes de auditoria ultrapassarem, na média dos últimos 3 anos, os honorários dos serviços de auditoria.
Quando solicitado, o auditor deverá disponibilizar e fornecer, no prazo de trinta dias, a relação de seus clientes e outras informações necessárias à fiscalização da atividade de auditoria independente.
A relação de clientes, referida no item 1.9.2, deverá identificar as companhias abertas, instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, fundos de investimento, entidades autorizadas a funcionar pela Susep – Superintendência de Seguros Privados, administradoras de consórcio, entidades fechadas de previdência privada, empresas estatais (federais, estaduais e municipais), empresas públicas, sociedade por ações de capital fechado com mais de 100 acionistas e as sociedades limitadas que tenham o controle societário, direto ou indireto, das entidades referidas neste item.
 As informações prestadas aos Conselhos Regionais de Contabilidade serão resguardadas pelo sigilo, nos termos previstos nestas normas.
*
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
O auditor independente, no exercício de sua atividade, deverá comprovar a participação em programa de educação continuada, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
EXAME DE COMPETÊNCIA PROFISSIONAL 
O auditor independente, para poder exercer sua atividade, deverá submeter-se a exame de competência profissional, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
*
MANUTENÇÃO DOS LÍDERES DA EQUIPE DE AUDITORIA
A utilização dos mesmos profissionais de liderança (sócio, diretor e gerente) na equipe de auditoria, numa mesma entidade auditada, por longo período, pode criar a perda da objetividade e do ceticismo, necessários na auditoria. O risco dessa perda deve ser eliminado adotando-se a rotação, a cada intervalo menor ou igual a cinco anos consecutivos, das lideranças da equipe de trabalho de auditoria, que somente devem retornar à referida equipe no intervalo mínimo de três anos
*
Normas profissionais
A numeração das normas brasileiras de auditoria é a mesma adotada pelas normas internacionais, ou seja, a NBC TA 200 está correlacionada com a ISA8 200 e assim por diante. A adoção da mesma numeração além de facilitar a comunicação se fez necessária, urna vez que as normas fazem referência entre si e seria extremamente trabalhoso e impraticável o uso de uma numeração diferente. 
	A numeração final é composta pela sigla + número da norma expresso em três dígitos (centena) com numeração saltada para inclusão de novas normas quando forem necessárias. Por sua vez, o primeiro dígito da centena significa o grupo a que se refere. Por exemplo, na seção (centena) que inicia com o dígito 7 estão classificadas as normas relacionadas com as conclusões da auditoria de demonstrações financeiras e dos relatórios de auditoria. 
*
Vigência e aplicação das novas normas de auditoria (NBC TAs) 
As novas normas técnicas de auditoria que entraram em vigor para trabalhos de auditoria de demonstrações financeiras, cujos exercícios são iniciados em ou a partir de 1 º de janeiro de 2010 e que se encerram
em ou após 31 de dezembro de 2010, compreendem as normas aprovadas pelo Projeto "Clarity" do IAASB/ IFAC para serem seguidas nos trabalhos iniciados em ou após 15 de dezembro de 2009. 
*
Seção 200 - Princípios Gerais e Responsabilidades 
NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução de uma Auditoria em conformidade com as Normas de Auditoria 
NBC TA 210 - Concordância com os Termos de um Trabalho de Auditoria NBC TA 220 - Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis 
NBC TA 230 - Documentação de Auditoria 
NBC TA 240 - Responsabilidades do Auditor em relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis 
NBC TA 250 - Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria de Demonstrações Contábeis 
NBC TA 260 - Comunicação com os Responsáveis pela Governança 
NBC TA 265 - Comunicação de Deficiências do Controle Interno (aos Administradores e aos Responsáveis pela Governança) 
*
Seção 300 e Seção 400 - Avaliação dos Riscos e Respostas aos Riscos Avaliados 
NBC TA 300 - Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis 
NBC TA 315 - Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente 
NBC TA 320 - Materialidade no Planejamento e na Execução de uma Auditoria 
NBC TA 330 - Respostas do Auditor aos Riscos Avaliados 
NBC TA 402 - Considerações de Auditoria para a Entidade que Utiliza Organização Prestadora de Serviços 
NBC TA 450 - Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria 
*
Seção 500 - Evidência de Auditoria 
NBC TA 500 - Evidência de Auditoria 
NBC TA 501 - Evidência de Auditoria - Considerações Específicas para Itens Selecionados 
NBC TA 505 - Confirmações Externas 
NBC TA 510 - Trabalhos Iniciais - Saldos Iniciais 
NBC TA 520 - Procedimentos Analíticos 
NBC TA 530 - Amostragem em Auditoria 
NBC TA 540 - Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo e Divulgações Relacionadas 
NBC TA 550 - Partes Relacionadas 
NBC TA 560 - Eventos Subsequentes 
NBC TA 570 - Continuidade Operacional 
NBC TA 580 - Representações Formais 
*
Seção 600 - Utilização do Trabalho de Outros 
NBC TA 600 - Considerações Especiais - Auditoria de Demonstrações Con­tábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores de Componentes 
NBC TA 610 - Utilização do Trabalho de Auditoria Interna 
NBC TA 620 - Utilização do Trabalho de Especialistas 
*
Seção 700 - Conclusão da Auditoria e Emissão de Relatórios 
NBC TA 700 - Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor In­dependente sobre as Demonstrações Contábeis 
NBC TA 705 - Modificações na Opinião do Auditor Independente 
NBC TA 706 - Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente 
NBC TA 710 - Informações Comparativas - Valores Correspondentes e Demonstrações Contábeis Comparativas 
NBC TA 720 - Responsabilidade do Auditor em relação a Outras Informações Incluídas em Documentos que Contenham Demonstrações Contábeis Auditadas 
*
Seção 800 - Áreas Específicas 
NBC TA 800 - Considerações Especiais - Auditoria de Demonstrações Con­tábeis Elaboradas de Acordo com Estruturas Conceituais de Contabilidade para Propósitos Especiais 
NBC TA 805 - Considerações Especiais - Auditoria de Quadros Isolados das Demonstrações Contábeis e de Elementos, Contas ou Itens Específicos das Demonstrações Contábeis 
NBC TA 810 - Trabalhos para Emissão de Relatórios sobre Demonstrações Contábeis Condensadas 
*
Aplicação das NBC TA em pequenos negócios 
Questão 1 - O auditor, ao executar o seu trabalho de auditoria em uma entidade de pequeno ou médio porte (EPM), deve considerar as diferentes características dessa EPM em relação a uma entidade de maior porte e mais complexa? 
Resposta - As normas de auditoria (NBC TAs no Brasil) enfocam assuntos que o auditor precisa tratar e não detalham os procedimentos específicos que o auditor deve executar em cada situação específica. Por outro lado, elas deixam claro que os procedimentos dependem da avaliação de risco, portanto, em uma entidade maior e mais complexa, o auditor pode usar uma abordagem combinada de procedimentos de controle e substantivos, enquanto que em uma EPM pode focar mais em testes substantivos. 
Questão 2 - Como o esforço do trabalho se diferencia em uma EPM? 
Resposta - As transações são normalmente mais simples, assim como o seu controle interno, portanto procedimentos mais diretos e o ambiente de controle mais facilmente documentado. 
*
Aplicação das NBC TA em pequenos negócios 
Questão 3 - O auditor precisa cumprir com todas as NBC TAs? 
Resposta - Sim, desde que seja relevante para a auditoria e seja apli­cável na circunstância. Nesse sentido, nem todas as NBC TAs são aplicáveis ou relevantes. Por exemplo, se uma entidade não tem a função de auditoria interna ou o auditor não utiliza especialistas, as NBC TAs 610 e 620 não se­riam aplicáveis.
Questão 4 - O auditor precisa cumprir todos os requisitos de todas as NBC TAs? 
Resposta - Mesmo quando uma NBC TA é aplicável, nem todos os seus requisitos são necessariamente relevantes. Nesse sentido, se um requisito é condicionado a uma circunstância e ela não existe, o requisito não é relevan­te. Por exemplo, procedimentos sobre Transações com Partes Relacionadas não seriam necessários se não existem transações com partes relacionadas. 
*
Resumo executivo do fluxo da auditoria
*
B - Contratação do auditor independente (Concordância com os termos do trabalho) 
O marco inicial do trabalho de auditoria das demonstrações financeiras é a contratação do auditor independente pela entidade. Essa contratação deve estar evidenciada por meio de um contrato ou de troca de correspondência que estabe­leça as "regras do jogo" a serem observadas pelas partes. 
A NBC TA 210 formaliza essas regras, melhor dizendo, essas responsabilidades de cada parte, portanto, esta norma orienta de forma objetiva o cumprimento; dos requisitos da referida norma, que compreendem: 
condições prévias para uma auditoria; 
acordo sobre os termos do trabalho; 
auditoria recorrente; 
considerações para a aceitação de mudanças nos termos do trabalho; 
considerações adicionais para aceitação do trabalho. 
*
c - Planejamento e Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante por meio do entendimento da entidade e e seu ambiente 
Não se inicia qualquer atividade na vida sem um planejamento de aonde se quer chegar e dos passos a serem aplicados para atingir o objetivo; portanto, tão logo seja contratado, o auditor deve iniciar o seu planejamento. 
O verbo iniciar foi propositadamente utilizado para caracterizar que em auditoria o planejamento não é algo estanque e deve ser reavaliado de forma permanente para as apropriadas alterações no curso do trabalho, tomando as ações necessárias. A NBC TA 300 apresenta os requisitos a serem observados na elaboração do plano de auditoria, que compreendem o envolvimento do pessoal-chave da equipe (sócio responsável e principais executivos), as atividades preliminares do trabalho de auditoria e as atividades de planejamento. 
A NBC TA 315, que tem importância fundamental no processo de auditoria, pois é com base nela que o auditor determina o que fazer, quando fazer e quanto fazer (respostas ou procedimentos de auditoria). 
*
D - Considerações adicionais na identificação e avaliação de riscos de distorção relevantes 
A NBC TA 315 é complementada por diversas outras normas que apresentam diversos assuntos que devem ser considerados na identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras. Entre algumas temos:
NBC TA 240, que trata das considerações sobre eventuais distorções causadas por fraudes 
NBC TA 250, que trata das considerações sobre o cumprimento de leis e regulamentos 
NBC TA 402 pode ser aplicável ou pode não ser aplicável dependendo do fato da entidade utilizar uma organização externa para
lhe prestar certos serviços de forma terceirizada 
NBC TA 540, que trata de estimativas, inclusive do valor justo 
NBC TA 550, que trata de transações com partes relacionadas
NBC TA 620, que trata da utilização de especialistas pelo auditor ...
*
E - Determinação da materialidade 
A NBC TA 320 fornece ao auditor as orientações necessárias para determi­nar o valor da materialidade em relação às demonstrações financeiras como um todo, no nível de transações, saldos e divulgações. Com base nesse valor, deve ser computada a materialidade para a execução da auditoria, que é fundamental para determinar, de forma técnica, a extensão necessária dos testes de auditoria em resposta aos riscos avaliados. 
O tamanho das amostras dos testes substantivos é determinado conforme a NBC TA 530. 
*
F - Normas que são aplicáveis ao longo de todo o processo de auditoria das demonstrações financeiras 
NBC TA 200, que trata dos princípios e das responsabilidades gerais que regem um trabalho de auditoria. Essa norma, além de estabelecer de forma clara as responsabilidades de cada parte (administração da entidade e de seus órgãos de governança e do auditor), apresenta definições, conceitos e regras que pautam a aplicação das demais normas, que devem, sempre, ser lidas em conjunto com ela, que possui os seguintes requisitos: 
requisitos éticos relativos à auditoria de demonstrações financeiras; 
ceticismo profissional; 
julgamento profissional; 
evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria; e 
requisitos relacionados com a condução da auditoria. 
*
F - Normas que são aplicáveis ao longo de todo o processo de auditoria das demonstrações financeiras 
Se olharmos o fluxograma didático de um trabalho de auditoria, essa norma se aplica em todo o processo, desde a contratação do trabalho, quando se chega à concordância sobre termos do trabalho, até a conclusão do trabalho, que se dá com a entrega dos relatórios elaborados pelo auditor independente. Isso ocorre tam­bém com as normas 220 (controle de qualidade no nível do trabalho de auditoria). 230 (documentação da auditoria) e 520 (aplicação de procedimentos analíticos). 
*
G - Respostas do auditor aos riscos de distorção identificados 
A determinação pelo auditor do quê, como, quando e quanto fazer depende dos riscos de distorção relevante que foram identificados e avaliados, ou seja, não existe uma fórmula mágica que determina de forma padronizada quais os procedimentos que o auditor deve aplicar. 
	Esses procedimentos representam as respostas que o auditor aplica em cada situação específica. Como regra geral, quanto maior for o risco de distorção relevante, maior é a probabilidade de que os testes substantivos sejam realizados para a data das demonstrações financeiras ou para a data mais próxima possível dessas demonstrações. De forma similar, a extensão dos testes aumenta à medida que os riscos crescem. 
*
H - Procedimentos (evidências) de auditoria 
A NBC TA 500 discute as diversas formas como o auditor evidencia o seu tra­balho por meio da indagação, inspeção, recálculo, reexecução, observação, aplica­ção de procedimentos analíticos e confirmação com fonte externa. Seus requisitos estão relacionados com: 
obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente; 
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria: 
seleção de itens para realização eficaz de testes de controles e testes de detalhes; e 
como tratar as eventuais inconsistências entre as diversas fontes de evi­dência, inclusive eventual falta de confiabilidade de uma determinada fonte. 
A NBC TA 505 trata de um dos procedimentos mais utilizados em auditoria, que é a obtenção de confirmação de saldos ou informações de terceiros de forma independente. 
A NBC TA 530, que trata do uso de amostragem em auditoria, explica os con­ceitos relevantes para se determinar o tamanho da amostra, mas não exemplifica, de forma prática, como se chega ao tamanho da amostra 
*
I - Avaliação das distorções identificadas pelo auditor 
Com base na materialidade determinada na Norma 320, o auditor estabelece um valor mínimo acima do qual todas as distorções são listadas para serem analisadas, individualmente e em conjunto com outras distorções, inclusive quanto aos aspectos qualitativos para poder concluir, por meio dos requisitos estabelecidos pela NBC TA 450, sobre se pode emitir seu relatório contendo opinião sem modificação (limpa) sobre as demonstrações financeiras examinadas ou se deve emitir um relatório com modificações em relação ao relatório limpo, conforme discutido no próximo tópico. 
*
J - Conclusão e Formação da opinião 
Dois importantes julgamentos são exercidos pelo auditor para poder emitir o seu relatório. O primeiro deles está relacionado com o alcance da auditoria, ou seja, ele deve concluir se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente. O outro julgamento toma por base a análise e jul­gamento a ser exercido sobre a relevância ou não das distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, conforme mencionado no tópico anterior. 
Supondo que não existiu qualquer limitação no alcance de seu trabalho e que não foram identificadas distorções relevantes ou, se foram identificadas, elas foram devidamente registradas pela entidade, o auditor segue as orientações da NBC TA 700 para emitir seu relatório com opinião limpa ou sem modificação. 
*
J - Orientações adicionais para relatórios com modificações em relação ao relatório com opinião limpa 
Em situação normal, o relatório do auditor cobre somente as demonstrações financeiras do exercício corrente, ficando subentendido que os valores correspondentes ao exercício anterior foram também examinados pelo auditor e ele emitiu opinião sem ressalva. Se esse não for o caso ou se o relatório de auditoria utilizar a abordagem de demonstrações financeiras comparativas, o auditor menciona as demonstrações financeiras do exercício anterior conforme requerimentos estabelecidos na NBC TA 710. 
No caso em que a opinião contenha modificação em relação à opinião limpa. em decorrência de distorção relevante (opinião adversa ou com ressalva) ou em decorrência do auditor não ter sido capaz de conseguir todas as evidências apropriadas e suficientes, que requereriam abstenção de opinião ou opinião com res­salva por limitação no alcance da auditoria, ele deve seguir as orientações para o cumprimento dos requisitos estabelecidos na NBC TA 705. 
*
Normas de execução dos trabalhos de auditoria. 
*
Normas do trabalho do auditor
Aplicação dos procedimentos de auditoria. 
Planejamento da auditoria. 
Relevância. 
Risco de auditoria. 
Supervisão e controle de qualidade. 
Estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos. 
Documentação de auditoria. 
Continuidade normal dos negócios da entidade. 
Amostragem Estatística. 
Processamento eletrônico de dados. 
Estimativas contábeis. 
Transações com partes relacionadas. 
Transações e eventos subseqüentes. 
Carta de responsabilidade da administração. 
Contingências.
*
Procedimentos de auditoria 
Os procedimentos de auditoria são as ferramentas técnicas, das quais o auditor se utiliza para a realização de seu trabalho, consistindo na reunião das informações possíveis e necessárias e avaliação das informações obtidas, para formação de sua opinião imparcial
*
Procedimentos de auditoria 
Fatos, evidências e informações: a opinião formada pelo auditor precisa ser apoiada em bases sólidas, alicerçadas em fatos comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis. Cada uma das provas obtidas precisa ser adequadamente pesada. Todo ponto de vista deve ser analisado. O auditor precisa avaliar cada elemento quanto a sua objetividade, importância, validade e confiabilidade.
Extensão e profundidade: A complexidade e o volume de operações realizadas pela empresa fazem com que os procedimentos de auditoria
sejam aplicados por meio por meio de provas seletivas, testes e amostragens. A quantidade e a profundidade requeridas para suportar a opinião do auditor são questões que o auditor deve determinar quando do exercício de seu juízo profissional. Não há uma só receita para medir a extensão e profundidade que cada caso requer.
Oportunidade: A oportunidade com que se aplicam os procedimentos de auditoria implica a fixação da época apropriada a sua realização. Um procedimento de auditoria proporciona maior ou menor benefício em decorrência de ser aplicado no momento oportuno.
*
Testes de observância 
Os testes de observância visam à obtenção de uma razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da entidade.
Os teste de observância funcionam como uma comprovação daquilo de que o auditor tomou conhecimento na fase anterior. Muitas vezes, os procedimentos descritos nos manuais de organização foram substituídos por outras práticas informais e que podem até ser mais eficientes do que aquilo inicialmente planejado. Outras vezes, essas alterações não-oficiais trazem considerável fraqueza para o Sistema de Controles Internos. Assim, a principal finalidade dos testes de observância é detectar claramente como as coisas de fato acontecem.
*
Testes substantivos 
Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade. Por intermédio dos testes substantivos, o auditor apura se os saldos das contas indicam adequadamente a situação do patrimônio e suas variações, procurando identificar se há contas com saldos subavaliados ou superavaliados. 
A quantidade de transações e saldos que o auditor examinará depende da avaliação que ele tenha feito dos controles internos, durante os testes de observância. Se os controles internos forem ruins, a quantidade de testes substantivos será maior. Caso os controles internos sejam bons, a quantidade de testes substantivos será menor.
*
Testes substantivos 
Na aplicação dos testes substantivos o auditor deve objetivar as seguintes conclusões: Existência (se o componente patrimonial existe em certa data), Direitos e obrigações (se efetivamente existentes em certas datas), Ocorrência (se a transação de fato ocorreu), abrangência (se todas as transações estão registradas) mensuração apresentação e divulgação (se os bens estão avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade e as normas brasileiras de contabilidade)
*
Principais procedimentos
EXAME FÍSICO 
É o exame in loco do objeto auditado. Essa técnica proporcionará ao auditor formação de opinião quanto à existência física do objeto examinado. O exame físico deverá proporcionar os seguintes resultados:
Existência física (comprovação visual da existência do objeto examinado);
Identificação (exame das características físicas do objeto examinado);
Autenticidade (comprovação da legitimidade do objeto examinado); e
Qualidade (comprovação das condições de uso do objeto examinado).
O exame físico é uma técnica complementar para que o auditor certifique se há correspondência contábil do objeto examinado. A técnica de auditoria de exame físico é aplicada em contagem de caixa, estoque, investimentos, imobilizado, contas a receber e contas a pagar. Essa técnica é também conhecida como investigação. 
*
Principais procedimentos
CONFIRMAÇÃO OU CIRCULARIZAÇÃO
A confirmação é a declaração formal e imparcial de pessoas independentes à instituição para verificar determinado ato ou fato administrativo ligado ao objeto em exame. É realizada com o encaminhamento de entrevistas (circulares) ou solicitação de documentos que comprovem a legitimidade das operações contabilizadas. O pedido de confirmação utilizado nos trabalhos de auditoria pode ser positivo ou negativo:
*
Principais procedimentos
CONFIRMAÇÃO OU CIRCULARIZAÇÃO
a) positivo: é utilizado quando se faz necessário a resposta da pessoa de que se quer uma confirmação formal; este tipo é o que traz maiores subsidios, uma vez que há a evidência através da resposta formal por parte de quem se quer obter retorno. O pedido de confirmação positivo por ser utilizado de duas formas
Branco: quando não se colocam valores nos pedidos de confirmação
Preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados confirmados na data-base, nos pedidos de confirmação
*
Principais procedimentos
CONFIRMAÇÃO OU CIRCULARIZAÇÃO
B) Negativo: é utilizado somente quando a resposta for necessária em caso de discordância da pessoa de quem se quer obter a confirmação, ou seja, na falta de confirmação, o auditor entende que a pessoa concorda com os valores colocados no pedido de confirmação. Este é geralmente utilizado como complementação do pedido de confirmação positivo e deve ser expedido em carta registrada para se assegurar de que a pessoa de quem se quer obter a confirmação efetivamente o receba.
*
Principais procedimentos
CONFIRMAÇÃO OU CIRCULARIZAÇÃO
Exemplos
Contas a receber
Advogados
Empréstimos
Bancos
Estoques em poder de terceiros
Contas a pagar
*
Principais procedimentos
EXAME DOS DOCUMENTOS ORIGINAIS
Com essa técnica, realiza-se a exame de documentos que comprovam a veracidade das transações, seja por exigência legal, seja comercial, seja de controle. No exame dos documentos originais, o auditor deverá observar:
Autenticidade: verificar se a documentação examinada é fidedigna;
Normalidade: constatar se a transação realizada é adequada à atividade da empresa;
Aprovação: verificar a legitimidade tanto da transação como da documentação; e
Registro: comprovar se os registros feitos são adequados à documentação examinada e se estão contabilizados apropriadamente. 
O exame dos documentos originais é aplicados na documentação de vendas realizadas, de serviços adquiridos ou vendidos e de contratos de empréstimos obtidos. 
*
Principais procedimentos
CONFERÊNCIA DE CÁLCULOS
Essa técnica verifica a adequação das operações aritméticas. A conferência de cálculos poderá revelar erros cometidos durante a contabilização das transações que ocasionariam, conseqüentemente, distorções nas demonstrações contábeis da empresa. 
A técnica de conferência de cálculos é aplicada em listagem de estoques, soma do razão auxiliar de clientes e fornecedores, cálculo da equivalência patrimonial sobre os investimentos e cálculo dos juros a receber e a pagar. A utilização de sistemas eletrônicos de processamento de dados, ao contrário ao que inicialmente se poderia pensar, amplia a necessidade de aplicação dessa técnica, tendo em vista existirem sistemas com sub-rotinas que viciam relatórios e planilhas. 
*
Principais procedimentos
EXAME DA ESCRITURAÇÃO
Com essa técnica, é verificada a veracidade das informações contábeis. Normalmente, é utilizada em análises, composições de saldo e conciliações. A técnica do exame da escrituração é aplicada na análise das diversas contas a receber, das despesas de viagem e de conciliação bancária. Recomenda-se comparar a escrituração formal com a documentação auxiliar, e ainda a documentação que fundamenta os lançamentos, em particular os mais relevantes. 
*
Principais procedimentos
INVESTIGAÇÃO MINUCIOSA
Trata-se do exame em profundidade da matéria auditada, podendo ser por meio de documento, análise ou informação obtida. Objetiva certificar se o objeto auditado é fidedigno, devendo o auditor atentar para a existência de quaisquer anomalias. A técnica de investigação minuciosa é aplicada em exame de pagamentos realizados, de relatórios de despesas de viagens, de compras e vendas e de provisão para devedores duvidosos. 
*
Principais procedimentos
INQUÉRITO
Consiste na formulação de perguntas e na obtenção de respostas satisfatórias. Pode ser realizado por meio de declarações
formais ou contatos informais. Recomenda-se que perguntas sobre um mesmo assunto sejam feitas a diversas pessoas e que as informações obtidas sejam comprovadas para validar a opinião do auditor. 
A técnica de inquérito é aplicada para verificar o aumento de vendas no período, a posição dos investimentos, a existência de duplicatas a receber em atraso e os controles internos. Alguns autores também denominam essa técnica de entrevista ou confirmação interna. 
*
Principais procedimentos
EXAME DOS REGISTROS AUXILIARES
Essa técnica verifica a autenticidade dos registros examinados. Deverá ser conjugada com as outras técnicas para comprovar a fidedignidade do registro principal. A técnica do exame de registros auxiliares é normalmente aplicada em contas a receber e a pagar; nas contas de imobilizado; estoques e vendas. 
*
Principais procedimentos
OBSERVAÇÃO
A observação é a técnica mais subjetiva, pois depende da experiência e perspicácia do auditor. Pode revelar erros, problemas ou deficiências do item em exame. A técnica de observação é voltada para a verificação de movimentação morosa de itens dos estoques, uniformidade e obediência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade e classificação contábil. É também utilizada para verificar se as tarefas são realizadas de acordo com a legislação ou manuais internos de procedimentos. 
*
Principais procedimentos
AMOSTRAGEM
A amostragem é o processo pelo qual se formula julgamento sobre um todo (população) após o exame apenas de parte do mesmo (amostra). Para ser válida, a amostra terá de ser representativa da população, devendo cada item da população ter a mesma probabilidade de ser selecionado, ou seja, incluído na amostra.
A amostragem pode ser estatística (fundamenta-se na distribuição amostral ou seleção aleatória) ou subjetiva (não tem base estatística, e a amostra é selecionada por critérios pessoais decorrentes da experiência profissional e do conhecimento da área auditada). Na amostragem subjetiva, as amostras são extraídas independentemente de bases estatísticas quanto ao tamanho e método de seleção. 
*
Principais procedimentos
AMOSTRAGEM
A amostragem estatística utiliza, por sua vez, os métodos de números aleatórios, de números sistemáticos ou intervalos, a estratificação e a amostragem grupal ou por lotes:
números aleatórios: os itens, quer da população total, quer das estratifícações efetuadas, são selecionados ao acaso. Essa técnica é mais fácil de ser aplicada quando os itens da população são de alguma forma ordenados, de preferência numericamente. Para a escolha dos itens, podem ser compostas tabelas de números dispostos de modo aleatório, que serão consultadas pelo auditor durante o trabalho, conforme exemplo:
*
Principais procedimentos
AMOSTRAGEM
Números sistemáticos ou intervalos: os itens, quer da população total, quer das estratificações efetuadas, são selecionados de forma a permanecer entre eles um intervalo uniforme, como, por exemplo, a cada 10 notas fiscais; 
Estratificação: é a separação da população em classes. Esse método permite utilizar diferentes sistemas para analisar cada classe estratificada. É recomendado, por exemplo, para populações que apresentem muitas diferenças em valores individuais ou em datas; e 
Amostragem grupal ou por lotes: consiste na escolha de certos grupos de transações a serem examinados ou testados em sua totalidade como, por exemplo, as transações de uma data ou as transações de certa natureza.
*
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
Vide NBC TA 300 - Planejamento. 
*
	RELEVÂNCIA
Os exames de auditoria devem ser planejados e executados na expectativa de que os eventos relevantes relacionados com as demonstrações contábeis sejam identificados. 
A relevância depende da representatividade quantitativa ou qualitativa do item ou da distorção em relação às demonstrações contábeis como um todo ou a informação sob análise. Uma informação é relevante se sua omissão ou distorção puder influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto das demonstrações contábeis. Omissões e distorções são causadas por erros ou fraudes
*
	RELEVÂNCIA
O objetivo de uma auditoria das demonstrações contábeis é permitir ao auditor independente expressar opinião se essas demonstrações estão, ou não, preparadas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com práticas contábeis aplicáveis às circunstâncias. A determinação do que é relevante, nesse contexto, é uma questão de julgamento profissional.
Na fase de planejamento, ao definir seu plano de auditoria, o auditor independente deve estabelecer um nível de relevância aceitável para permitir a detecção de distorções relevantes. Tanto o montante (aspecto quantitativo) como a natureza (aspecto qualitativo) de possíveis distorções devem ser considerados e documentados nos papéis de trabalho de auditoria, para referência durante a execução e a conclusão dos trabalhos.
*
	RELEVÂNCIA
Exemplos de distorções de caráter qualitativo são:
a)	inadequada descrição de uma prática contábil quando for provável que um usuário das demonstrações contábeis possa interpretar, incorretamente, tal prática;
b)	ausência de divulgação de um descumprimento regulamentar ou contratual quando tal descumprimento possa vir a afetar, de forma relevante, a capacidade operacional da entidade auditada ou possa resultar em sanções.
*
	RISCO DE AUDITORIA		
Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a relevância em dois níveis:
em nível geral, considerando as demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade da administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e situação econômica e financeira da entidade; e
em níveis específicos, relativos ao saldo das contas ou natureza e volume das transações.
*
	RISCO DE AUDITORIA		
Vide NBC TA 315 - Risco
*
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS 
O sistema contábil e de controles internos compreende o plano de organização e o conjunto integrado de método e procedimentos adotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e da sua eficácia operacional.
O auditor deve efetuar o estudo e a avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, como base para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria, considerando:
o tamanho e a complexidade das atividades da entidade;
os sistemas de informação contábil, para efeitos tanto internos quanto externos;
as áreas de risco da auditoria;
a natureza da documentação, em face dos sistemas de informatização adotados pela entidade;
o grau de descentralização de decisão, adotado pela administração da entidade; e
o grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.
*
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS 
O sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade da administração da entidade; porém, o auditor deve efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu trabalho. A avaliação do sistema contábil e de controles internos pelo auditor deve considerar os seguintes aspectos: a) o ambiente de controle existente na entidade; e b) os procedimentos de controle adotados pela administração da entidade.
*
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS 
	A avaliação do ambiente de controle existente deve considerar:
a definição de funções de toda a administração;
o processo decisório adotado na entidade;
a estrutura organizacional da entidade e os métodos de delegação de autoridade e responsabilidade;
as políticas de pessoal e a segregação de funções; e
o
sistema de controle da administração, incluindo as atribuições da auditoria interna, se existente.
*
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS 
	A avaliação dos procedimentos de controle deve considerar:
as normas para a elaboração de demonstrações contábeis e quaisquer outros informes contábeis e administrativos, para fins internos ou externos;
a elaboração, a revisão e a aprovação de conciliações de contas;
a sistemática revisão da exatidão aritmética dos registros;
a adoção de sistemas de informação computadorizados e os controles adotados na sua implantação, alteração, acesso a arquivos e geração de relatórios;
os controles adotados sobre as contas que registram as principais transações da entidade;
o sistema de aprovação e a guarda de documentos;
a comparação de dados internos com fontes externas de informação;
os procedimentos de inspeções físicas periódicas em ativos da entidade;
a limitação do acesso físico a ativos e registros; e
a comparação dos dados realizados com os dados projetados.
*
APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
	A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo. Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:
*
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
	procedimentos e critérios relativos à documentação mínima obrigatória a ser gerada na realização dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis.
	O auditor deve documentar as questões que foram consideradas importantes para proporcionar evidência, visando a fundamentar seu parecer da auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.
Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam. Devem ter abrangência e grau e grau de detalhe 
*
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
	Os papéis de trabalho destinam-se a:
a)	ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores ou pelos coligidos quando da contratação de uma primeira auditoria, no planejamento e na execução da auditoria;
b)	facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e
c)	registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do auditor independente.
	Os papéis de trabalho, além de outros mais específicos, incluem:
a)	informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade;
b)	cópias ou excertos de documentos legais, contratos e atas;
c)	informações sobre o setor de atividades, ambiente econômico e legal em que a entidade opera;
d)	evidências do processo de planejamento, incluindo programas de auditoria e quaisquer mudanças nesses programas;
*
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
e)	evidências do entendimento, por parte do auditor, do sistema contábil e do controle interno, e sua concordância quanto à eficácia e adequação;
f)	evidências de avaliação dos riscos de auditoria;
g)	evidências de avaliação e conclusões do auditor e revisão sobre o trabalho da auditoria interna;
h)	análises de transações, movimentação e saldos de contas;
i)	análises de tendências, coeficientes, quocientes, índices e outros indicadores significativos;
j)	registro da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria e seus resultados;
k)	evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi supervisionado e revisado;
*
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
l)	indicação de quem executou e revisou os procedimentos de auditoria e de quando o fez;
m)	detalhes dos procedimentos relativos às demonstrações contábeis auditadas por outro auditor;
n)	cópias de comunicações com outros auditores, peritos, especialistas e terceiros;
o)	cópias de comunicações à administração da entidade, e suas respostas, em relação aos trabalhos, às condições de contratação e às deficiências constatadas, inclusive no controle interno;
p)	cartas de responsabilidade da administração;
q)	conclusões do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o modo como foram resolvidas ou tratadas questões não-usuais; 
r)	cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela administração da entidade e pelo contabilista responsável, e do parecer e dos relatórios do auditor.
*
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
CONFIDENCIALIDADE, CUSTÓDIA E PROPRIEDADE DOS PAPÉIS DE TRABALHO
O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu parecer. A confidencialidade dos papéis de trabalho é dever permanente do auditor. Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor. Partes ou excertos destes podem, a critério do auditor, ser postos à disposição da entidade. Os papéis de trabalho quando solicitados por terceiros somente podem ser disponibilizados após autorização formal da entidade auditada, de acordo com a NBC P 1.6. 
*
CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE 
A continuidade normal das atividades da entidade deve merecer especial atenção do auditor, quando do planejamento dos seus trabalhos, ao analisar os riscos de auditoria, e deve ser complementada quando da execução de seus exames. A evidência de normalidade pelo prazo de um ano após a data das Demonstrações Contábeis é suficiente para a caracterização dessa continuidade.
	Caso, no decorrer dos trabalhos, se apresentem indícios que ponham em dúvida essa continuidade, deve o auditor aplicar os procedimentos adicionais que julgar necessários para a formação de juízo embasado e conclusivo sobre a matéria. 	
Quando constatar que há evidências de riscos na continuidade normal das atividades da entidade, o auditor deve, em seu parecer, mencionar, em parágrafo de ênfase, os efeitos que tal situação pode determinar na continuidade operacional da entidade, de modo que os usuários tenham adequada informação sobre a mesma.
*
CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE 
Embora não-exaustivos, pelos menos os seguintes pressupostos devem ser adotados pelo auditor na análise da continuidade da entidade auditada:
- indicações financeiras: a) passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo); b) posição negativa do Capital Circulante (deficiência de Capital Circulante); c) empréstimos com prazo fixo e vencimentos imediatos sem perspectiva realista de pagamento ou renovação, ou uso excessivo de empréstimos em curto prazo para financiar ativos em longo prazo; d) principais índices financeiros adversos de forma continuada; e) prejuízos operacionais substanciais de forma continuada; f) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus compromissos com a entidade; g) atrasos nos pagamentos ou incapacidade financeira de propor e pagar dividendos; h) incapacidade financeira de pagar credores nos vencimentos; i)	dificuldade de cumprir as condições dos contratos de empréstimo (tais como cumprimento de índices econômico-financeiros contratados, garantias ou fianças); j) mudança de transações a crédito para pagamento à vista dos fornecedores; k) incapacidade em obter financiamentos para desenvolvimento de novos negócios de produtos, e inversões para aumento da capacidade produtiva;
*
CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE 
indicações operacionais: a) perda de pessoal-chave na administração, sem que haja substituição; b) perda da licença, franquia, mercado importante, fornecedor essencial ou financiador estratégico; c) dificuldade de manter mão-de-obra essencial para a manutenção da atividade

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais