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GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 1
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE2
Ordem dOs AdvOgAdOs
dO BrAsil secciOnAl de
mAtO grOssO dO sUl
Leonardo Avelino Duarte
Presidente
Júlio César Souza Rodrigues
Vice-presidente
Rachel de Paula Magrini Sanches
Secretária-geral
Luciana Cássia de Azambuja
Secretária-adjunta
Andre Luis Xavier Machado
Diretor-tesoureiro
cOmissãO dO nOvO 
AdvOgAdO - cnA
diretOriA
Abadio Baird OAB/MS 12.785
Presidente
Jackson Emanuel Oliveira da Silva – OAB/MS-11.861
Vice- Presidente
Membros:
Yves Drosghic - OAB/MS-15.007
Luiz Carlos Rohde - OAB/MS- 14.484
Pedro Cesar da Fonte Nogueira – OAB/MS- 12.656
Rodrigo Barros Loureiro de Oliveira – OAB/MS- 13.583
Antonio Marcos da Silva – OAB/MS- 13.382
Alex Augusto Derzi Rezende – OAB/MS - 12.838
Raphael Joaquim Gusmão – OAB/MS-13.671
Ludmila Freitas Ferraz – OAB/MS-15.605
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 3
INTRODUÇÃO
O advogado é um profissional cheio de pa-
peis e figura presente de fóruns e juizados, 
patrocinando o interesse de seu cliente em 
várias demandas jurisdicionais. A maioria dos 
escritórios fica em regiões centrais da cidade, 
por conta da conveniência da proximidade aos 
órgãos públicos, onde precisa estar diariamente.
 
O mundo mudou. Vemos uma intensa e 
dinâmica transformação tecnológica, aproxi-
mando fronteiras e pessoas. As atividades 
comerciais não são mais estritamente region-
ais. Pela internet, podemos pesquisar em pou-
cos segundos qualquer processo ou petição.
 
Por isso, o novo advogado deve ter um novo con-
ceito de como gerir seu escritório e iniciar sua car-
reira. As incertezas são muitas nos quase 700 profis-
sionais do Direito, em Mato Grosso do Sul, que todo 
ano recebem sua carteira profissional: montar o 
próprio escritório; distribuir currículos para incor-
porar uma grande banca ou departamento juríd-
ico de uma empresa; associar-se aos colegas, são 
várias dúvidas. Dúvidas decisivas pelos quais pas-
sam os novos advogados, seja qual for sua idade, 
e que não são sanadas durante o curso de Direito.
 
A OAB/MS, em seu papel de atender a advoca-
cia, prepara este manual para que vocês pos-
sam ter alternativas, opções e direcionamen-
to. Estamos a disposição, com profissionais, 
técnicos e amplo material para que sua carreira 
seja impulsionada pelas melhores lidas do Direito.
 
Boa Sorte e boa carreira.
Leonardo Avelino Duarte
Presidente da OAB/MS
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE4
PALAVRA DO PRESIDENTE DA COMISSÃO 
DO NOVO ADVOGADO
A presente cartilha compila idéias colhidas de ad-
vogados que contribuem para o crescimento da 
cultura e apoio institucional para toda a classe. Por 
isto, tenho de agradecer, em especial, a diretoria da 
OAB/MS por oportunizar a feitura deste instrumen-
to que facilitará a labuta diária do novo advogado.
Sabemos que maturidade não é um consectário de 
muita idade, é nisto que creio em favor dos novos 
advogados de Mato Grosso do Sul, eis que vejo 
colegas combativos com posturas firmes e éticas.
Agradeço pela maturidade dos advogados inscri-
tos nesta Seccional, pois o grande arquiteto do 
universo, Deus, nos deixou claro que a boa obra 
sempre é aperfeiçoada, e vejo isto cada dia mais 
no aprimoramento incansável de todos, rumo ao 
nível de excelência que é condigno com a carteira 
profissional que carregamos e nos orgulhamos 
de ser “advogado”, a profissão trazida pela CF/88 
como indispensável à administração da justiça.
Abadio Baird
Presidente 
Comissão do Novo Advogado
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 5
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1. Introdução
2. O bom profissional conhece a sua lei
3. Busque a Boa Reputação
4. O livro se conhece pela capa?
5. Advocacia Individual e em Sociedade
6. Relacionando com o Cliente
7. Advocacia: Um exercício de Urbanidade
8. Advocacia e Cultura Geral
9. Instrumentos Laborais do Advogado
10. O Primeiro Atendimento
11. Honorários
 11.1- Honorários Contratuais
 11.2- Honorários Sucumbenciais
12. A Procuração
13. O Substabelecimento
14. Renunciando ao Mandato
15. Instituição do Processo
 15.1 – A Petição Inicial
 15.2 – Recolhimento de Custas
16. Distribuição de Cartas Precatórias para os demais 
Estados da Federação
17. Do Protocolo de Petições via Correio e via fax no STJ
18. Do Protocolo de Petições via Correio e via fax no STF
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29
30
ÍNDICE
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE6
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30
31
31
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33
35
36
36
37
37
38
38
19. Do Protocolo de Petições via Correio e via fax no TSE 
20. Do Protocolo de Petições via Correio e via fax no TRF – 3ª Região
21. Do Processo Eletrônico
22. Postura em Audiência
23. Posicionamento em Audiência
24. Prerrogativas: São Suas!
25. Responsabilidade Profissional
 25.1 – Da Responsabilidade Contratual do Advogado
 25.2 – Advocacia: Uma Obrigação de Meio de Não de Fim
 25.3 – Da Responsabilidade Subjetiva
 25.3.1 – Por Ação: Comissão e Omissão
 25.4 – Da Responsabilidade Criminal do AdvogadoGUIA DO ADVOGADO INICIANTE 7
As dicas aqui contidas são para uma prática da advo-
cacia de forma generalizada, por isto, a cada profis-
sional cabe a responsabilidade por seus atos, deven-
do praticá-los com excelência.
Existem considerações sobre o Estatuto da Advoca-
cia, sobre prerrogativas, responsabilidades, postura 
em audiência, referência cultural, relacionamento 
com cliente e endereços práticos necessários para 
exercer a profissão.
INTRODUÇÃO1.
Enfim, o manual do novo advogado traz ainda uma 
abordagem de cunhos práticos, que são informa-
ções básicas para nortear os primeiros passos e pro-
piciar a inclusão de novos profissionais no mercado 
de trabalho.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE8
Conheça o Estatuto da Advocacia e o Código de 
Ética e Disciplina, disposto pela LEI Nº 8.906, DE 
4 DE JULHO DE 1994, uma vez que sua atuação 
profissional deve-se ser pautada nos moldes 
preceituados por estes.
Tenha muita atenção ao Capítulo II que dispões 
sobre os direitos do advogado, igualmente o 
Capítulo IV que trata dos Honorários Advocatí-
cios, dispondo sobre a forma de contratação e 
obediência à tabela de honorários advocatícios.
Atente-se também para o Capítulo IX que trata 
das Infrações e Sanções Disciplinares, uma vez 
que o profissional deve conhecer profundamen-
te as consequências de suas ações. 
O firme e fiel conhecimento do Estatuto da Ad-
vocacia e do Código de Ética e Disciplina é a es-
sência de um bom início da advocacia que sus-
tentará toda carreira do advogado.
Tome conhecimento sobre as prerrogativas 
do advogado. No tocante as prerrogativas, en-
contram se dispostas no caput do artigo 61 do 
Estatuto da Advocacia e da OAB, (Lei Federal 
8.906/1994), porém, para facilitação do entendi-
mento, a presente cartilha oferecerá uma parte 
do conteúdo.
Enfim, tenha o Estatuto da Advocacia e o Códi-
go de Ética e Disciplina como bases no exercício 
da profissão e isto certamente lhe dará fruto na 
profissão.
 
O BOM PROFISSIONAL 
CONHECE A SUA LEI2.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 9
Na advocacia é impossível, ou pelo menos, muito 
difícil adquirir prestígio sem uma reputação sólida e 
ilibada. Sendo assim, o advogado deve zelar por sua 
reputação profissional e pessoal, pois muito do valor 
do seu trabalho estará atrelado a isto.
Os pensadores ensinam que uma imagem não é 
imposta e sim construída, por isto, desde o início da 
carreira o novo advogado tem de trabalhar nesta 
construção de reputação sólida na sociedade.
BUSQUE A BOA REPUTAÇÃO3.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE10
É importante que nas vezes em que representar 
a classe o advogado se apresente devidamente 
perante o público em geral, com trajes condignos 
a etiqueta de cada evento.
Repisa-se no fato de que para os homens na prática 
forense utiliza-se o terno e para as mulheres não 
existe um padrão específico, mas é importante 
utilizar o bom senso para não cometer gafes.
Não é oportuno o adágio que pronuncia – ‘não se 
conhece um livro pela capa’, posto que, no exercício 
O LIVRO SE CONHECE 
PELA CAPA?4.
da profissão e no trato com a sociedade em geral, 
em todos os âmbitos dela exige um profissional 
zeloso por sua aparência.
Por assim sendo e pela própria atribuição que 
cada um possui de representar a classe, faz-se 
necessário compreender que se deve então se 
apresentar adequadamente a cada evento que 
deva participar.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 11
É facultado ao advogado reunir-se em socie-
dade para prestação de serviços na advocacia, 
com escopo de haver colaboração profissional 
mútua entre os sócios, para isso, recomenda-se 
que a sociedade seja regularmente inscrita e re-
gistrada no Conselho Seccional da OAB onde a 
sociedade terá a sua sede.
ADVOCACIA INDIVIDUAL 
E EM SOCIEDADE5.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE12
RELACIONANDO COM 
O CLIENTE6.
O cliente é fundamental para constância e para 
o crescimento do advogado (ou sociedade de 
advogados), por isso, obter uma relação com 
lealdade é muito importante. Nesta relação, 
além da prestação de serviços de excelência, o 
advogado deve avaliar as necessidades e anseios 
dos clientes, atendendo com profissionalismo e 
atenção e para que isto aconteça é essencial uma 
relação que gere confiança recíproca.
Nesse sentido, quando o serviço do advogado 
supera os anseios do cliente, transpassando 
somente uma satisfação, o cliente passa a desejar 
uma relação fiel e duradoura com seu patrono.
Nessa questão, é importante observar alguns 
pontos:
- O primeiro encontro tem de causar uma boa 
impressão, pois é possível que não se tenha 
uma segunda chance, por isto, o atendente tem 
enorme responsabilidade sobre a satisfação do 
cliente, neste momento inicial.
- Um cliente quando satisfeito dá uma boa 
referência para algumas pessoas, enquanto um 
cliente não satisfeito dá más referências para 
muitas pessoas, por isso, recuperar um cliente 
chateado, pode e será mais caro do que mantê-lo;
- Muitas das tratativas negociais se darão através 
de clientes antigos, por isso, sempre os tenha com 
tratamento atencioso e profissional acessível.
Considerado isto, restam algumas dicas para a 
relação cliente/advogado:
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 13
1 – Conquiste a confiança do cliente;
2 – Tenha controle sob a tensão, independente do 
assunto tratado;
3 – Não desvie sua atenção do cliente, atente-se 
para os dizeres dele;
4 – Toda equipe profissional do escritório deve 
demonstrar eficiência e confiabilidade;
5 – Tenha paciência para entender o cliente, pois, 
na advocacia a resolução de problema exige 
peculiaridade própria, por isto, por vezes, tente-
se imaginar no lugar do cliente para compreender 
algumas das aflições e expectativas, para que você 
venha a minimizar o sofrimento do cliente;
6 – A comunicação tem de ser em nível de 
excelência, seja claro nas suas informações, 
retorne ligações, esteja disponível para reuniões, 
pois o cliente gosta de ser lembrado, bem como, 
para que você de fato resolva o problema.
7 – Sempre busque identificar eficiências ou 
deficiências e comunicá-las aos clientes, pois 
assim você também manterá o profissionalismo e 
a ética profissional.
Fato é que o aperfeiçoamento no trato com o 
cliente se ganha com experiências práticas com 
o transcorrer do tempo, cursos, orientações de 
profissionais e outras fontes acessíveis a todos.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE14
ADVOCACIA: 
UM EXERCÍCIO DE URBANIDADE7.
Não só pela legislação que nos pontua sobre isto, é 
de bom grado que o advogado sempre busque um 
relacionamento leal e eivado de cortesia para com 
os colegas de profissão, não é raro ver advogados 
tratarem os contrários como inimigos, como se o 
processo fosse uma guerra, o que é errado.
Deve-se pontuar a premissa de que os clientes 
podem passar, mas os colegas, estes, em regras vão 
atuar em vários processos no futuro, por isto, tenha 
as certezas dos direitos do seu cliente, defenda 
suas razoes, mas dentro dos padrões éticos e 
morais, pois não se confunde a relação entre as 
partes adversárias e o trabalho dos advogados.
É imprescindível esse fino trato, com o passar do 
tempo o advogado mostrará que o relacionamento 
profissional trará frutos pessoais e crescimento 
profissional, e, para promover esta relação entre 
os advogados, a OAB/MS promove inúmeros 
eventos e festividades sociais para que haja uma 
convivência harmoniosa entre os advogados da 
região.
Por isto é importante que o jovem advogado 
conheça a OAB, integre-se a ela e frequente o 
ambiente para efetivamente se incorporar com 
os colegasde sua profissão e experimentar bons 
frutos pessoais e profissionais.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 15
ADVOCACIA E CULTURA GERAL8.
A formação intelectual deve ser vasta, composta 
por uma cultura de qualidade de conhecimento 
de literatura nacional e internacional, é importante 
o conhecimento de filosofia, da política, pois isto 
também é influência da Globalização na vida 
pessoal e profissional.
Tais compreensões geram ao novo advogado 
um senso crítico e responsável, não só com as 
operações de Direito mas em todas as relações, 
e tal cultura ajudará o advogado a melhorar seu 
desempenho no cumprimento de seu papel 
social, pois isto refletirá num domínio tanto teórico 
quanto prático, gerando um conteúdo reflexivo 
político que é muito importante. 
Nesse sentido, uma boa formação intelectual 
é baseada em toda educação, devendo o novo 
advogado atentar-se para três dimensões 
culturais; a cultura geral, a profissional básica e a 
profissional especializada, pois é imprescindível 
um advogado culto.
Neste condão vale a pena frisar ao novo advogado, 
que a OAB promove diversas maneiras neste apoio, 
seja através de centenas de cursos oferecidos pela 
Escola Superior da Advocacia (ESA) ou através de 
apoios práticos como o Escritório Modelo, em 
que é assegurado ao novo advogado apoio de 
profissional mais experiente, por isto, é salutar que 
participem destas atividades para melhoramento 
profissional.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE16
INSTRUMENTOS LABORAIS 
DO ADVOGADO9.
Neste aspecto deve atentar-se o advogado para 
o trabalho da CAAMS – Caixa de Assistência dos 
Advogados de Mato Grosso do Sul – que é uma 
grande fonte de promover ferramentas de trabalho 
para o advogado.
Na particularidade, talvez observássemos isto 
pelo simples fato de haver livrarias com ótimos 
descontos para quem inicia o trabalho, bem como, 
programas como o “anuidade zero”, mas não é só 
isto.
Como dito anteriormente, a aparência do 
advogado é seu cartão de visitas, por isto a CAAMS 
oferece também serviços odontológicos e afins, 
além de possuir descontos em vários pontos do 
comércio que cuidam da estética, enfim, a primeira 
ferramenta pode e deve ser sua aparência.
Outro ponto de destaque para apoio profissional 
são as salas dos advogados instaladas em fóruns, 
tribunais, que dão guarida ao trabalho diário do 
advogado que venha a necessitar de computador 
fora do seu escritório, que tenha interesse em 
consultar publicações, obter fotocópias, referidas 
salas são equipadas e muito bem aparelhadas 
para atender os advogados.
Também não se pode olvidar de tratar das 
tecnologias acessíveis aos advogados, pois a 
evolução tecnológica é vivificada cada dia mais, 
e, por isto, computadores com acesso a internet, 
bons scanners são essenciais como ferramentas. 
Ademais, hoje as ferramentas que se valem da 
internet são variadas, por isso cada vez mais vimos 
o uso de tablets, palms, que estão fazendo parte do 
cotidiano profissional por dar uma acessibilidade 
rápida as informações.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 17
Entretanto, o bom advogado é muitas vezes aquele 
comparado as traças, pois sempre está no meio 
dos livros, fato é que este ditado está mudando, 
considerando as tecnologias que estão postas, 
porém, é importante que o advogado construa 
sua biblioteca física e tenha manipulações dos 
livros, o que certamente irá aperfeiçoar sua cultura 
como ferramenta de trabalho. 
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE18
A primeira tratativa pode lhe causar alguma 
insegurança, mas é importante demonstrar 
domínio da situação, ser polido e atento à descrição 
fática do cliente para então iniciar a entrevista 
com perguntas. Evite induzir as respostas, abstraia 
o máximo dos dizeres do cliente e compreenda a 
situação, certo de que esta relação será aprimorada 
com o passar dos anos.
É normal que no atendimento o cliente não 
tenha trazido todos os documentos necessários 
para afiançar as alegações, por isto, descreva, 
exatamente o que precisará, anote as fotocópias 
e demais documentos necessários à instrução da 
causa.
Avalie se você, enquanto advogado, tem a intenção 
de ficar com aquele caso, pois se a resposta 
for afirmativa, antes de arregimentar todos os 
O PRIMEIRO ATENDIMENTO10.
documentos, elabore procuração e o contrato de 
honorários pedindo então para o cliente assinar, 
firmando assim o compromisso.
No mais, seja honesto quanto às possibilidades 
de sair-se vitorioso na ação, não invente, cuidado 
com litigância de má-fé, lembre-se; aventuras 
desmedidas podem trazem dissabores e prejuízos.
Em regra os processos tem durável tempo de 
transcurso, por isto, mantenha sempre uma boa 
relação com o cliente, mantenha o informado, 
seja por telefone, email, sms, ou outros meios 
de comunicação, atente-se para o linguajar e 
sobretudo seja atencioso, pois o cliente gosta e 
deve ser bem tratado.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 19
HONORÁRIOS11.
Talvez a maior, ou uma das maiores, dificuldades 
encontradas pelo Novo Advogado é lançar-se no 
mercado de trabalho e estabelecer valores a serem 
cobrados pelos serviços prestados. Este tema, a 
bem da verdade, compete a todos os advogados, 
pois somente uma fiel conscientização é que 
finalizará uma concorrência desleal e promoverá 
a mantença da ética.
Por isto, o artigo 41 do Código de Ética e Disciplina 
da OAB determina que “o advogado deve evitar o 
aviltamento de valores dos serviços profissionais, 
não os fixando de forma irrisória ou inferior ao 
mínimo fixado pela Tabela de Honorários, salvo 
motivo plenamente justificado”.
Para a fixação dos honorários advocatícios deve-
se considerar ainda, o disposto no artigo 36 do 
Código de Ética e Disciplina, que determina a 
necessidade de moderação na cobrança dos 
honorários, considerando-se a relevância, o vulto, 
a complexidade e a dificuldade das questões 
versadas, bem como o trabalho e o tempo 
necessário dependido, a possibilidade de ficar o 
advogado impedido de intervir em outros casos, 
ou de se desavir com outros clientes ou terceiros, 
o valor da causa, a condição econômica do 
cliente e o proveito para ele resultante do serviço 
profissional dentre outros.
Por oportuno, ressalte-se que os contratos 
de honorários advocatícios possuem força de 
título executivo extrajudicial, sendo, inclusive, 
dispensada a subscrição de testemunhas 
conforme artigo 24, §4 da Lei 8.906/94.
 Nesse sentido, a OAB/MS primando em sempre dar 
suporte aos advogados, também promulgou uma 
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE20
HONORÁRIOS CONTRATUAIS11.1.
cartilha específica sobre honorários advocatícios, 
a qual deve ser consultada por trabalhar o tema 
A lei n. 8906 de 4 de julho de 1994 – Estatuto da 
Advocacia – regulamenta sobre os honorários 
nos artigos 22 a 26, estabelecendo regramentos, 
positivando que o advogado deve contratar 
por escrito a prestação de serviços profissionais, 
fixando o valor dos honorários, reajuste e 
condições de pagamento, inclusive em casos de 
composição, observando os valores mínimos 
constantes na Tabela, conforme dispõe a lei.
Deve sempre ser esclarecido ao cliente, quando 
da contratação, que o exercício da advocacia é 
meio e não resultado, por isso, os honorários são 
devidos independentemente do êxito da ação ou 
do desfecho do assunto tratado.
Nos casos em que houver renúncia ou revogação 
de poderes outorgado aos advogados, deve-se 
atentar para hipótese do artigo 22§4º do Estatuto 
pormenorizadamente, todavia, abaixo seguem 
algumas considerações sobre o tema.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 21
doAdvogado que embasa o pedido de “reserva 
de honorários” por parte do causídico atuante 
na demanda, mediante juntada de contrato de 
honorários nos autos do processo em que fora 
patrono com o pleito de dedução do quantum a 
ser recebido oportunamente.
A lei instrumental civil, no artigo 20 §§ 3º e 4º 
positiva a fixação dos honorários sucumbenciais 
pelo juiz a parte “vencedora”, arcados pela parte 
sucumbente à proporção de 10 a 20% sobre o 
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS11.2.
valor da condenação com observância a critérios 
de grau de zelo, lugar da prestação de serviço, 
natureza e importância da causa, dentre outros.
Neste particular tem-se que registrar a luta da 
Ademais, não se pode excluir da possibilidade 
de fixação por arbitramento judicial quando não 
houver contrato ou acordo definitivo entre cliente 
e advogado, sendo que o quantum valorado ficará 
a cargo do magistrado, sempre especado, no 
mínimo, pela tabela da OAB.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE22
OAB/MS contra o aviltamento dos honorários do 
advogado, isto em defesa da prerrogativa dos 
profissionais no afã de despertar a conscientização 
de magistrados e demais operadores de que, 
considerando o caráter alimentar dos honorários 
eles devem ser estabelecidos em conformidade 
ao desempenho honroso que é o trabalho do 
advogado. 
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 23
A PROCURAÇÃO12.
A procuração é a base do contrato firmado entre 
o advogado e o seu cliente. É neste instrumento 
que se fixam os poderes que serão exercidos 
pelo advogado em nome de seu constituinte 
e, obviamente, quanto maiores os poderes 
outorgados maior a responsabilidade do 
advogado.
É importante destacar que nos contratos firmados 
com sociedades de advogados, a procuração deve 
ser outorgada em nome dos advogados que a 
compõem com a indicação da sociedade de que 
façam parte, conforme prevê expressamente o § 
3°do artigo 15 do Estatuto da Advocacia.
A procuração judicial deve conter a cláusula 
“ad judicia” e, quando for extrajudicial, deve ter 
reconhecido por firma a assinatura do outorgante. 
Ao final constará um modelo resumido da 
procuração judicial e extrajudicial.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE24
O SUBSTABELECIMENTO13.
Munido de uma procuração, pode também o 
Advogado substabelecer para outro Advogado. 
O substabelecimento nada mais é que o ato de 
transferir a sua representação, delegar a outrem 
poderes contidos no instrumento de mandato.
Pode ocorre por vários motivos – substabelece-
se para comparecer em uma audiência na 
qual o Advogado substabelecente não poderá 
estar presente; necessidade de um profissional 
especializado em determinada área; ou de outra 
cidade, estado; para acompanhar um processo e 
etc.
Importante salientar que o substabelecimento 
poder ser com reservas de poderes ou sem 
reserva de poderes. No primeiro caso o 
substabelecente continua como advogado do 
processo, não se desligando da causa, atuando 
ambos no mesmo processo. Já no segundo 
caso – sem reserva de poderes – é o caso em 
que o advogado substabelecente transfere por 
completo, ao advogado substabelecido, todos os 
poderes contidos na procuração inicial, situação 
em que não mais atuará no processo.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 25
RENUNCIANDO 
AO MANDATO14.
O advogado pode a qualquer tempo e, por 
diversos motivos ter a necessidade de abandonar 
a causa. Para este ato o Código de Processo Civil 
dispõe:
Art. 45. O advogado poderá, a qualquer tempo, 
renunciar ao mandato, provando que cientificou 
o mandante a fim de que este nomeie substituto. 
Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado 
continuará a representar o mandante, desde que 
necessário para Ihe evitar prejuízo. (Redação dada 
pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994).
Neste mesmo condão estabelece o estatuto da 
OAB: Art. 5º, §º 3º, O advogado que renunciar 
ao mandato continuará, durante os dez dias 
seguintes à notificação da renúncia, a representar 
o mandante, salvo se for substituído antes do 
término desse prazo.
Importante salientar ao advogado que vai realizar 
a renúncia a necessidade de cientificar o mandante 
e, normalmente para que haja prova deste ato, que 
o faça por notificação com aviso de recebimento 
(AR). Não obstante da data do conhecimento da 
renúncia correra o prazo de 10 (dez) dias, nos 
quais o advogado, ainda permanecerá com seus 
poderes e atuando no processo.
No caso de renúncia de substabelecimento com 
reservas de poderes deve cientificar o advogado 
que o substabeleceu, porque este continuou a 
atuar no processo.
Já no caso de ser sem reversas de poderes, deve 
cientificar à parte para qual atuava, e se achar 
necessário, devido a sua proximidade e/ou 
conhecimento com o substebelecente, também o 
cientifique (lembre-se que este não mais faz parte 
do processo).
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE26
Estando de posse do aviso de recebimento (AR) 
comunicando sua renúncia deve o advogado 
juntar petição com cópia deste documento 
cientificando o Juiz, demonstrando sua renúncia, 
para que este solicite a retirada do nome daquele 
e intime a parte para constituir novo patrono.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 27
INSTITUIÇÃO DO 
PROCESSO15.
O processo é o meio pelo qual o Estado viabiliza a 
prestação da tutela jurisdicional, na composição de 
conflitos de interesses subjetivos e, que a jurisdição 
atua após a provocação por parte do interessado 
em exercer o direito de ação. Disposição legal do 
artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal e 
artigo 2º. Do Código de Processo Civil.
Assim sendo, o processo se iniciará por 
provocação da parte autora, que através da 
petição inicial, provoca a jurisdição e pleiteia a 
resposta do Estado. Não obstante o processo ter 
início com a provocação da parte interessada, 
o desenvolvimento se dá por impulso oficial, 
conforme disposto no artigo 262 do Código de 
Processo Civil.
Considera-se, portanto, proposta a ação, com o 
despacho do magistrado na petição inicial, ou em 
comarcas com mais de um juízo competente, com 
a simples distribuição. (Artigo 264 do Código de 
Processo Civil).
Todavia, imperioso dizer que mera propositura 
da ação não equivale ao efeito de formação do 
processo, posto que o processo é uma relação 
trilateral, formada pelo Autor, Juiz e Réu. Portanto, 
a formação plena do processo se dá com a citação 
válida do Réu.
Vale lembrar que, as peças devem ser 
acompanhadas dos documentos necessários, 
como fotocópias, certidões, fotografias e etc., e 
guias de recolhimentos de custas e afins quando 
forem necessárias.
Ressalte-se que é dever do Advogado o 
conhecimento da Lei Processual, para a atuação no 
processo desde a sua formação até sua extinção.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE28
A norma cogente sobre formação da petição inicial 
está descrita na Lei Instrumental Civil, nos artigos 
282 e 283 devendo conter o endereçamento a 
quem é dirigida, de acordo com a competência, 
a descrição fática da pretensão, a fundamentação 
jurídica, os pedidos, valor da causa, citação do réu 
e rol de testemunhas quando se fizer necessário, 
obedecendo às formalidades tanto do Código de 
Processo Civil, como os das legislações especiais.
Não procure no início de sua carreira rebuscar 
demasiadamente suas peças, a não ser que 
A PETIÇÃO INICIAL15.1.
domine e tenha tal segurança para isto, porém, 
recomenda-se que comece passo a passo para 
descobrir seu jeito particular de elaborar suas 
peças.
O importante é focar no objetivo da peça, e ao 
longo da vida prática o advogado vai adaptando 
suas petições ao seujeito de escrever, formando 
um padrão seja estético ou técnico. 
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 29
RECOLHIMENTO DE CUSTAS15.2.
A Lei Maior assegura ao Poder Judiciário a sua 
autonomia administrativa e financeira.
Com efeito, tanto a taxa judiciária como as 
custas em sentido estrito e os emolumentos são 
serviços prestados pelo poder público direta ou 
indiretamente à população, tendo, pois, natureza 
tributária.
A taxa judiciária é devida em razão da atuação dos 
serviços dos magistrados e membros do Ministério 
Público, em qualquer procedimento judicial, as 
custas pelo processamento dos feitos a cargo dos 
serventuários de justiça e os emolumentos pelos 
serviços notariais e de registro, estes prestados 
por meio de delegação ao setor privado, ex vi 
do artigo 236, da Constituição Federal que fora 
regulamentado.
As custas judiciais é uma taxa paga pelo acesso à 
Justiça. Não se pode olvidar em dizer que o cliente 
pobre na forma da lei tem o direito de pleitear as 
benesses da assistência judiciária gratuita, porém, 
atente-se, como advogado, para os recolhimentos 
das custas, não só para distribuição, para também 
para interposição de recursos, eis que, muitas 
vezes causídicos veem os recursos reputados 
desertos por não haver recolhimento das custas.
Resta esta dica, atente-se, sempre, para eventual 
recolhimento de custas, para não lesar o direito 
do seu cliente.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE30
Geralmente as Salas dos Advogados instaladas nos 
Fóruns possuem serviço de protocolo e cópia de 
peças necessárias. Para tanto indicamos o contato 
com a OAB do local para onde foi direcionada a 
carta precatória para maiores informações.
Igualmente ao item anterior, as petições deverão 
ser transmitidas pelo Fax: 61-3319-8700.
O telefone para confirmação de recebimento é o: 
61-3319-8242
DISTRIBUIÇÃO DE CARTAS 
PRECATÓRIAS PARA OS 
DEMAIS ESTADOS DA FEDERAÇÃO
DO PROTOCOLO DE 
PETIÇÕES VIA CORREIO 
E VIA FAX NO STJ
16.
17.
Atentar-se à lei de custas do Estado em que se 
situa o Juízo Deprecado.
A petição original deverá ser encaminhada para 
o endereço: SAFS – Quadra 6 – Lote 1 – trecho III 
– CEP 70095-900 – Brasília – DF.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 31
Igualmente ao item anterior, as petições deverão 
ser transmitidas pelo Fax: 61-3321-6194 / 3321-
6707.
O telefone para confirmação de recebimento é o: 
61-3217-3623.
DO PROTOCOLO DE PETIÇÕES 
VIA CORREIO E VIA FAX NO STF18.
Igualmente ao item anterior, as petições deverão 
ser transmitidas pelo Fax: 61-3322-0603.
DO PROTOCOLO DE PETIÇÕES
VIA CORREIO E VIA FAX NO TSE19.
A petição original deverá ser encaminhada para o 
endereço: Praça dos
Três Poderes s/nº. – CEP 70175-900 – Brasília – DF.
A petição original deverá ser encaminhada para o 
endereço: Praça dos Tribunais Superiores – Bloco 
C – CEP 70096-900 – Brasília – DF.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE32
Igualmente ao item anterior, as petições deverão 
ser transmitidas pelo Fax: 11-3012-1731
O telefone para confirmação de recebimento é o: 
11-3012-1431
DO PROTOCOLO DE PETIÇÕES 
VIA CORREIO E VIA FAX 
NO TRF – 3ª REGIÃO20.
A OAB/MS se notabilizou por uma excelente 
prestação de apoio ao advogado com a evolução 
tecnológica vivida no estado, razão pela qual 
DO PROCESSO ELETRÔNICO21.
A petição original deverá ser encaminhada para o 
endereço: Av. Paulista, n.º 1842 – Torre Sul – CEP 
01310-923 – São Paulo-SP.
se encontra disponível um guia do processo 
eletrônico, tratando, pormenorizadamente sobre 
o tema, sendo desnecessário tratá-lo aqui.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 33
São muitas dúvidas, dentre elas: como devo me 
comportar, orientar o meu cliente e até mesmo 
onde devo me sentar?
O advogado pode manter-se em pé ou sentado, 
bem como, retirar-se das salas de audiência e 
outros recintos, sem prévio aviso. Tendo aguardado 
30 minutos sem que se instale a audiência por 
ausência da autoridade que a deva presidir, pode o 
advogado retirar-se, comunicando o fato ao juízo, 
mediante petição protocolizada, sem prejuízo de 
seus direitos, ou de seu cliente.
O advogado constituído é porta-voz de seu 
cliente na audiência, podendo impedir que o juiz, 
o promotor, ou o advogado da parte ex-adversa 
de interpelá-lo diretamente, senão em caso de 
depoimento pessoal.
POSTURA EM AUDIÊNCIA22.
O advogado não é obrigado, nem deve assinar ata 
de audiência da qual não tenha participado, ou que 
conste a presença do representante do Ministério 
Público, quando este tenha se ausentado, sob 
pena de incorrer em crime de falsidade ideológica, 
sem prejuízo das sanções disciplinares. Base legal: 
EA-OAB, art. 7º, VII; EA-OAB, art. 7º, XX; CPC, art. 
299.
Deve o advogado se atentar para que a ata de 
audiência relate fielmente os acontecimentos, 
mormente nos depoimentos colhidos, pois a ata é 
o instrumento para condução de eventual recurso 
fundado no tratado em audiência.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE34
POSICIONAMENTO EM 
AUDIÊNCIA23.
É normal que o novo advogado tenha dúvida 
sobre onde sentar-se durante a audiência, por isto, 
segue em anexo o quadro demonstrativo;
- Na Justiça Civil e demais audiências comuns, com 
exceção as que serão demonstradas, o autor fica a 
direita do Juiz.
Na Justiçado Trabalho o empregador, 
independente de ser autor ou réu, ficara a direita 
do Juiz, a sua direita um escrivão que digitara 
a ata e os termos da audiência. O empregado 
se posiciona a esquerda do Juiz ao lado de seu 
defensor.
AUDIÊNCIA TRABALHISTA
ADVOGADO
ESCRIVÃO
EMPREGADO
ADVOGADO
JUIZ
PREPOSTO DO
EMPREGADOR
AUDIÊNCIAS
ADVOGADO
ESCRIVÃO
RÉU
ADVOGADO
JUIZ
AUTOR
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 35
- Na Justiça Penal a direta do Juiz ficara o Promotor, 
e a sua frente sentara o réu, e o escrevente ao seu 
lado fica encarregado de qualificar as testemunhas 
e réu, fotografar o réu, digitar a ata, reduzir a termo 
as alegações finais, tanto do Promotor como a do 
advogado de defesa.
Salienta-se que o réu, como visto, estará na ponta 
da mesa e, se haver necessidade, por temerosidade 
da vítima, ou testemunhas, este será retirado 
durante o depoimento destas.
AUDIÊNCIA CRIMINAL
ADVOGADO
DE DEFESA
RÉU
ESCRIVÃO
PROMOTOR
JUIZ
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE36
Estabelece o artigo 133 da Constituição Federal 
de 1988, que o advogado é indispensável à 
administração da Justiça, sendo defensor do 
Estado Democrático de Direito, da cidadania, da 
moralidade pública, da Justiça e da paz social, 
cabendo a esse tratar a t odos, com cordialidade, 
respeito, discrição e independência, devendo 
exigir igual tratamento, sempre zelando pelas 
prerrogativas a que tem direito. 
No Brasil o exercício da advocacia é privativo 
dos que se inscrevem no Quadro da Ordem dos 
Advogados do Brasil, todavia, este exercício 
profissional tem de se atentar a condição e à 
observância das legislações infraconstitucionais.
Por esta razão, é de extrema importância que 
o advogado ao ingressar nos quadros da OAB 
conheça seus direitos e deveres inerentes ao 
POSICIONAMENTO EM 
AUDIÊNCIA24.
exercício profissional dispostos na Lei 8.906 de 04 
de julho de 1994. 
Tamanha relevância do assunto que a OAB/
MS realizou uma cartilha específica para tratar 
das prerrogativas do advogado, a qual pode ser 
encontrada e retirada na Seccional sem nenhum 
custo.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 37
RESPONSABILIDADE 
PROFISSIONAL25.
O exercício da advocacia deve ser posto em 
prática com muita responsabilidade, e a cada novo 
exercer aumenta a responsabilidade profissional 
do advogado.Nesse sentido, ainda que existentes as já cotidianas 
responsabilidades, o múnus do advogado deve 
A responsabilidade civil do advogado, em 
regra, é contratual, decorrendo basicamente 
de instrumento de mandato. Em número 
DA RESPONSABILIDADE 
CONTRATUAL DO ADVOGADO25.1.
ser redobrado de atenção tanto com os clientes 
quanto com os processos, tanto nas condutas 
comissivas, quanto às omissivas, uma vez que 
estas podem acabar lesando o interesse moral/
material do patrocinado.
menor a relação do advogado-cliente pode ser 
extranegocial ou empregatícia.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE38
Como já tratado, obrigação de meio é aquela em 
que o profissional não se obriga a um objetivo 
específico e determinado. Nesse sentido, a 
contratação do advogado se da neste sentido, 
devendo ele agir com atenção, cuidado, lisura, 
dedicação e toda técnica disponível, com um 
objetivo fim, mas sem obrigação de atingi-lo. 
A teoria da responsabilidade subjetiva é baseada 
a noção de culpa, devendo o sujeito passivo 
– cliente – demonstrar o nexo de causalidade 
existente entre o dano e a ação ou omissão do 
agente advogado. Portanto, em regra, aplica-
DA RESPONSABILIDADE 
CONTRATUAL DO ADVOGADO
ADVOCACIA: UMA OBRIGAÇÃO 
DE MEIO E NÃO DE FIM
25.3.
25.2.
No entanto, compete ao advogado engendrar 
todo esforço possível, bem como, o uso diligente 
dos seus conhecimentos técnicos para realizar o 
objeto do contrato. 
 A responsabilidade do advogado é compreendida 
ante a sua independência e por tal razão, a 
advocacia é atividade de meio e não de resultado.
se esta teoria ao advogado, o que implica na 
necessidade de demonstração de negligência, 
imprudência ou imperícia, o que se vê quando da 
perda de prazos, erros grosseiros etc. 
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 39
O advogado pode ser responsabilizado por ato 
próprio, ou de terceiro que esteja sobre sua 
responsabilidade ou por sua omissão. As ações 
O exercício da profissão do advogado está sujeito 
à responsabilização também na esfera penal, 
exceção seja feita as tipificações excluídas pela 
legislação específica da advocacia quando do 
POR AÇÃO: COMISSÃO 
E OMISSÃO.
DA RESPONSABILIDADE 
CRIMINAL DO ADVOGADO
25.3.1.
25.4.
consistem no fazer (ato comissivo) ou deixar de 
fazer (ato omissivo) alguma coisa. 
exercício da profissão, todavia, comportamentos 
antijurídicos, tais como, apropriação de dinheiro 
do cliente podem ser punidos na esfera criminal.
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE40
GUIA DO ADVOGADO INICIANTE 41

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