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SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS - EPIDEMIOLOGIA

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SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS:
Tipos de estudos:
->Observacionais –Avaliação de incidência, prevalência e criação de hipóteses.
->Estudos em animais –Compreensão de mecanismos biológicos.
->Ensaios clínicos randomizados – Estabelecer relações causais.
->Revisões sistemáticas e meta-análise -Avaliação crítica da informação disponível.
-As etapas essenciais para o exercício da prática em saúde baseada em evidências são:
1-Converter a necessidade de informação em pergunta de pesquisa;
2-Rastrear as melhores evidências disponíveis para responder a pergunta de interesse;
3-Analisar criticamente a informação encontrada;
4 – Implementar os resultados dessa análise na prática clínica e/ou na gestão da saúde;
5 – Avaliar o desempenho do procedimento implementado.
REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE:
 Consiste no agrupamento e análise dos resultados de diferentes estudos realizados em momentos e populações diferentes;
Analise crítica da qualidade dos estudos;
Melhor ferramenta para criação de evidências científicas, dando suporte na implementação e execução de programas de saúde.
-Levantamento Bibliográfico é a fase em que são identificadas as fontes potenciais de INFORMAÇÃO. 
-Base de Dados:
Com o objetivo de encontrar as informações específicas, relevantes e de boa qualidade, foram criadas as Bases de Dados de Periódicos Científicos. Exemplos: Scielo, PubMed, Capes-banco de teses, BVS, etc. 
-FORMULAÇÃO DA PERGUNTA DE PESQUISA: 
Se formularmos a pergunta de forma incompleta/equivocada, teremos o processo de busca da informação comprometido e perderemos muito tempo, além de se ter grande chance de não encontrar a melhor resposta (evidência).
 A boa pergunta: Economiza tempo no processo de busca; Mantém o foco na necessidade (no problema); Facilita a avaliação crítica da informação encontrada. 
-O modelo PICO:
A pergunta deve ser estruturada em 4 elementos:
P – PROBLEM = Problema ou Paciente (População de estudo) QUAL é problema? Sobre QUEM é o problema (quais são as características da população de estudo)?
I – INTERVENTION = Intervenção (ou Exposição) Qual é a intervenção pretendida para o paciente ou população? (Ex: exercício físico, suplementação de nutriente, consumo alimentar, prescrição de um tratamento medicamentoso, psicoterapia, programa educativo, etc.). 
C – COMPARISON = Comparação (ou Controle) Qual seria o procedimento caso não fosse realizada a intervenção proposta? Nada seria feito ou seria adotada uma intervenção padrão?
O – OUTCOME = Desfecho (ou Resultados) Quais são os efeitos/resultados esperados da intervenção (exposição) proposta?
-Descritor: 
Um descritor, também conhecido como “descritor de assunto”, “termo”, ou “unitermo”, é semelhante ao que se denomina como “palavra-chave”.
Palavra-chave: representa palavras de livre escolha pelo usuário;
Descritores: encontram-se criteriosamente catalogados, com suas descrições, origens, significados e relações com outros descritores, na base de dados. Eles conduzem á pesquisas mais eficientes, ou seja, à obtenção de um número menor de referências bibliográficas, mais estreitamente relacionadas com o objetivo da pesquisa.
-Critérios de Busca: Idioma; Período de Interesse; Campo; Tipo de estudo.
-Operadores lógicos de pesquisa:
Combinação de palavras ou grupos de palavras com o objetivo de modificar o resultado da pesquisa. Ex: AND – OR –AND NOT 
AND - Sua função é fazer a interseção de documentos que contenham ambas as palavras de pesquisa.
OR - Sua função é fazer a união de todos os documentos que contenham qualquer das palavras de pesquisa. Equivale a e/ou e deve ser escrito quando se deseja ampliar os resultados.
MENSURAÇÃO, ERROS E VALIDADE EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS:
Todo estudo epidemiológico requer que o delineamento, a execução e a análise sejam adequados. O trabalho de campo abrange desde a seleção dos sujeitos até a conclusão da base de dados para a análise.
-Mensuração: Ação ou efeito de medir ou mensurar; Ex: Altura (m), comprimento (cm), peso (Kg), pressão arterial (mmHg).
Os estudos epidemiológicos têm por objetivo fornecer medidas precisas da ocorrência dos agravos ou doenças.
A mensuração é a atribuição de um valor ou qualidade a cada unidade de observação. 
- Coleta de dados em estudos epidemiológicos:
Os dados podem ser obtidos por meio de: Questionários – Instrumentos; Registros médicos/Prontuários; Medidas laboratoriais – Exames de sangue; Medidas antropométricas – Peso, estatura, perímetros; Medidas de saúde-doença (pressão arterial, teste de glicemia capilar...). 
- Questionários e escalas:
Forma de coletar observações/dados de maneira sistemática; Apresentam uma sequência pré-determinada de itens, a partir dos quais é possível classificar os indivíduos.
Exemplos: 
Dados socioeconômicos: demográficos, renda, escolaridade.
Instrumentos específicos: Consumo alimentar (QFCA).
- Forma de obtenção de informação:
 Referida x Diagnosticada
Referida: O paciente que refere a existência de uma dada informação, sintoma, ou doença (morbidade), considera sua percepção sobre a real existência dos mesmos.
Facilita a incorporação de questões sobre a utilização de serviços de saúde; Menor custo. 
Diagnosticada - O diagnóstico de um dado (ex: peso, estatura, pressão arterial) ou de doença é realizado por profissionais de saúde segundo os métodos tradicionais. É mais objetivo; Apresenta menor variabilidade que a informação referida.
Peso referido ≠ Peso aferida
-Características dos entrevistadores:
Devem ser selecionados na comunidade em que se realiza o estudo.
Devem se aproximar ao máximo dos respondentes em termos de cultura, características sociais e linguagem.
Devem ser treinados/padronizados para a coleta de dados, mas não informar diagnóstico durante a mesma. A utilização deste tipo de entrevistador pode evitar em parte muitos erros provenientes das respostas da entrevista.
O erro segundo a epidemiologia é a diferença entre o resultado de uma medição e o verdadeiro valor da característica. 
A mensuração de dados sempre comporta algum grau de variação, originando dois tipos de erros: Aleatório ou Sistemático. 
-Erro aleatório: 
Ocorre em torno do valor real, mas sem predileção por um dos lados (para mais ou para menos). A divergência entre uma observação na amostra e o valor real na população, devido somente ao acaso. Ex.1: profissional não capacitado, que ora mede usando uma técnica, ora mede usando outra.
Consequências menos graves em epidemiologia: Tende a reduzir a associação de eventos, se por ventura existir. Em geral, se tiver pequena amplitude, tem pouca influência prática nos resultados finais da investigação.
-Erro sistemático:
Tendenciosidade que induz a conclusões sistematicamente diferentes da verdade. Medidas constantemente desviadas para um dos lados (para mais ou para menos) em relação ao valor real. Ex. Balança descalibrada que sempre mostra valor inferior ao real.
Consequências sérias em epidemiologia: tende a gerar uma associação artificial entre os eventos, diluir a associação verdadeira, ou mesmo inverter a direção de uma associação. 
Viés de seleção: a medida de associação estimada no estudo está distorcida devido ao modo pelo qual os indivíduos são selecionados para compor a população de estudo.
Viés de informação: a medida de associação estimada no estudo está distorcida devido a erros na forma como a informação sobre a exposição e/ou doença é obtida.
-Fontes de erro:
1) Pesquisador: Registro equivocado dos dados; Pressa; Espaço limitado no formulário; Letra ilegível; Manejo inadequado do equipamento. 
Antes de irem a campo, os profissionais devem ser treinados até obterem o grau de padronização satisfatório.
Recomenda-se treinamentos periódicos para profissionais que atuam na assistência à saúde, e que coletam dados de pesquisas de campo com longo tempo de duração (ex. estudos de intervenção, coortes).
2) Local de coleta das informações: Falta de privacidade; Iluminação deficiente; Piso irregular; Espaço físico insuficiente; Posicionamentoinadequado dos equipamentos no ambiente. 
3) Instrumentos/Questionários: Instrumento inadequado para a medida de interesse -> Não foi fabricado para medir pessoas Ex. fita de costura para medir perímetros. Questionário inadequado para a população de estudo. Ex. Questionário auto aplicado para idosos com dificuldades de leitura. 
O erro pode afetar a validade dos dados. Validade: grau de correção e credibilidade das conclusões alcançadas; quando o resultado final reflete a real situação. 
-Exatidão e Precisão:
Os dois critérios utilizados para avaliar a qualidade de uma medida são exatidão (validade) e precisão.
O termo validade significa forte. Um estudo válido é um estudo que traz uma forte mensagem, dificilmente questionada com base em erros metodológicos.
A validade (exatidão) de um instrumento significa que as mensurações obtidas traduzem o fator teórico que a variável estudada mede, ou seja, é o grau pelo qual os resultados de uma mensuração correspondem ao estado verdadeiro. 
Validade: habilidade para obter uma medida mais próxima ao valor real.
Precisão: capacidade de obter o mesmo valor em medidas repetidas no mesmo indivíduo em condições idênticas; consistência de resultados quando a medição se repete.
A exatidão (validade) de um instrumento ou de um estudo epidemiológico está associada à ausência de erros sistemáticos, enquanto que a precisão está associada à ausência de erros aleatórios.
- Como controlar os erros na prática?
A sistematização da coleta de dados, com passos definidos e ordenados de conduta, tende a melhorar a qualidade da informação, e consequentemente, a concordância entre os profissionais que usam tais procedimentos. -> Adoção de instrumentos validados. 
Conhecer a fonte de erro aponta para os caminhos da sua prevenção: Pessoas envolvidas no processo (avaliador e avaliado); Circunstâncias de medição (local, procedimentos); Instrumentos. -> Evitar ou minimizar erros envolve cuidados diversificados em cada uma das três causas etiológicas. 
-Exemplos de pesquisa: 
Método interpessoal /Entrevista face a face: refere-se à aplicação de um questionário por um entrevistador face a face com o respondente, seja em um escritório, escola ou casa do respondente.
Vantagens: O entrevistador está seguro de quem é o respondente; Pode-se determinar se o respondente tem dificuldades para entender as perguntas; Permite ao entrevistador refazer as perguntas mal compreendidas; Proporciona flexibilidade na apresentação do item. 
Desvantagens: É o mais custoso de todos; Requer treinamento mais apurado do entrevistador; Problema de disponibilidade do respondente. 
- POF(Pesquisa de Orçamento Familiar): Analisa a composição dos gastos e do consumo das famílias segundo as classes de rendimento e permite verificar, na comparação com as pesquisas anteriores, algumas mudanças expressivas nas despesas e nos hábitos dos brasileiros;
Obtém informações gerais sobre domicílios, famílias e pessoas, hábitos de consumo, despesas e recebimentos das famílias pesquisadas, tendo como unidade de observação o domicílio.
- Questionários pelo telefone: Alternativa ao método interpessoal. Vem sendo mais utilizado recentemente.
VANTAGENS: Redução no número de itens omitidos; Possibilidade de gravar as respostas; Melhora a receptividade; Entrevistador pode ser treinado por computador. 
DESVANTAGENS: Não há segurança de quem, de fato, está respondendo; Não permite inserção de itens com muitas opções de resposta.

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