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1 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária Relatório Técnico Disciplina: Climatologia Prof. Dr. Nilson C. Ferreira Análise Descritiva Climática Comparativa Brenda Vitória de Sousa Fonseca Goiânia, 14 de outubro de 2017 2 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária Sumário RESUMO .................................................................................................................................. 3 1.INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................4 2.MATERIAIS E MÉTODOS .........................................................................................................5 3.RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................................6 3.1.Pantanal Mato-grossense ...................................................................................... 6 3.2.Potosí-Bolívia ....................................................................................................... 10 3.3.Cálculo do Fotoperíodo ....................................................................................... 14 3.3.1.Cálculos ....................................................................................................... 15 3.4.Relação entre as regiões ...................................................................................... 18 4.CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 19 5.BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 20 3 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária Resumo O trabalho apresentado abordou dois locais diferentes, Pantanal Mato-grossense e Potosí, mediante suas coordenadas. E a partir do estudo das características desses locais, utilizando auxilio computacional, foi possível determinar onde eles ficam exatamente e como são suas características climáticas. Com essas características foi analisado as vertentes climáticas, como elas se interligam e porque são diferentes em cada local. O Pantanal está em uma planície, próximo ao trópico de Capricórnio e sofre ação da MTC, já Potosí está na Cordilheira dos Andes, e também está próximo ao tópico de Capricórnio, por esse motivo eles dividem poucas características em comum, como estar no mesmo solstício e mesmo equinócio, mas devido seus relevos diferentes eles também têm várias características diferentes. Nesse trabalho será abordado essas semelhanças e diferenças, explicando cada uma delas. Portanto, o trabalho tem o objetivo de aprimorar os conhecimentos climatológicos a partir da descrição dos locais estudados. 4 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária 1. Introdução Para conhecer o clima de determinados lugares é preciso anos de estudos e observações. Seu conceito se opõem ao conceito de tempo, isso porque o tempo é algo momentâneo e o clima são as variações do tempo da atmosfera terrestre de um local. Ele está sempre em interação com outros elementos, como a biosfera e a atmosfera, sendo muito importante seu estudo, já que a alteração climática provoca mudanças nesses elementos. Nesse trabalho foi analisado as características climáticas de dois locais diferentes, o Pantanal Mato-Grossense, no Brasil, e a Cidade de Potosí, na Bolívia. O Pantanal Mato-Grossense, possui sua, latitude -18,444347 e longitude -57,252981. Está localizado no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de englobar parte do Paraguai e também da Bolívia, mas no trabalho será abordado a parte do Mato Grosso do Sul. Essa região possui um alto índice pluviométrico, o que provoca alagamentos e alta fertilização do solo. É considerado um patrimônio nacional mundial pela Unesco por possuir elevada biodiversidade faunística. É definido como uma “grande e relativamente complexa planície de coalescência detrítico-aluvial”. (SILVA; ABDON, 1998). A cidade de Potosí, está localizada na Bolívia, com latitude -20,236033 e longitude -68,083891. Foi fundada em 1545, depois de ser descoberto um reserva de prata na montanha. Fica situada na Cordilheira dos Andes, tem aproximadamente 4 mil metros de altitude sendo assim a segunda cidade mais alta do mundo. É um Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, já que sua cultura é um destaque mundial. Foi a principal cidade produtora de prata na América no período colonial. Tem um clima característico de estepe local, que é um nome dado para vegetação de locais com clima temperado ou subtropical, com baixo índice pluviométrico e baixa temperatura durante o ano, sendo sua temperatura média 9,1°C, e o índice pluviométrico é de 393 mm por ano. Nesse trabalho foi feito uma análise das características climáticas do Pantanal Mato-Grossense que está no Mato Grosso do Sul e também da cidade de Potosí. Essas características foram estudadas com base na localização dessas cidades, do seu relevo, índice pluviométrico e também sua temperatura. Após uma análise individual foi feito uma comparação entre os dois climas e dessa maneira tornou-se possível descrever o porquê de suas diferenças. 5 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária 2. Materiais e Métodos A análise do clima no Pantanal Mato-grossense se refere as características climáticas observadas principalmente no local cuja latitude e longitude são -18,444347 e -57,252981 respectivamente. Já a análise do clima na cidade de Potosí se refere ao local cuja latitude e longitude são -20,236033 e -68,083891 respectivamente. Na realização desse trabalho a principal ferramenta foi o computador, onde foi possível instalar o New Locclim, um software, figura 1, que permitiu a obtenção de todos os gráficos que foram analisados no trabalho. Utilizou-se também uma calculadora cientifica para que as contas do fotoperíodo pudessem ser feitas. Primeiramente o software foi baixado, e então utilizando as coordenadas fornecidas pelo professor foi possível saber suas localizações e também obter todos os gráficos relacionados ao clima. Os gráficos usados foram de temperatura, pluviometria, evaporação de água e quantidade de sol por dia. Mediante esses dados foram feitas pesquisas na internet sobre a história dos locais, seu relevo, pluviometria, altitude e temperatura, com essas informações foi possível concluir sobre cada clima. Figura 1:Software New Locclim Fonte: CLIMPAG, 2014 6 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária 3. Resultados e Discussão 3.1. Pantanal Mato-grossense O Pantanal Mato-grossense estudado está na parte do Mato Grosso do Sul, portanto está no território brasileiro, como mostrado na figura 2. Figura 2: Localização do Pantanal Mato-GrossenseFonte: GORISSEN, 2013. O relevo do Pantanal é uma grande planície, porém existe alguns pontos mais elevados, mas sua altitude média é 100 metros. Com isso, em períodos chuvosos, que geralmente são entre outubro e abril, ocorre a inundação, que chega a cobrir dois terços da área do Pantanal. A chuva no Pantanal tem dois períodos bem definidos, sendo um período de seca, entre maio e setembro e um período com elevado índice pluviométrico, entre outubro e abril, como mostrado na figura 3. A precipitação média anual é de 1110 mm. A massa de ar atuante no Pantanal é a Massa tropical continental (MTC), que é quente e seca, é formada no continente e provoca uma alternância nas estações, o que ocasiona períodos chuvosos e secos. Isso explica os índices pluviométricos anuais. 7 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária Figura 3:Precipitação anual no Pantanal Fonte: NEW LOCCLIM, 2017 Em épocas de escassez as paisagens sofrem muitas alterações. Em campos com predominância de gramíneas as águas superficiais se tornam escassas, restringindo-se a rios perenes, ou seja, rios que ocorrem durante todo ano. Devido a intensa seca durante esse período do ano, quando as primeiras chuvas caem a água é rapidamente absorvida pelo solo, com a constante chuva o solo fica mais fértil e começam a brotar diversas espécies. A baixa declividade da planície e a constante chuva provoca o alagamento de áreas mais baixas, o que causa na região uma aparência de um “mar interior”. A quantidade de matéria orgânica nesse período aumenta muito, isso porque animais morrem por conta das enchentes, e as plantas são levadas pela correnteza. Com isso, essa matéria orgânica se acumula nas margens dos rios, e sua decomposição faz com que o solo fique muito fértil, o que garante a diversidade da fauna local. Uma das atividades econômicas de maior importância no Pantanal é a pecuária extensiva, e também a produção de carvão, que provoca o desmatamento, ou seja, destruição da vegetação nativa. O Pantanal possui um verão quente e úmido. Isso ocorre devido evapotranspiração que está diretamente ligada a água que fica acumulada no solo devido as cheias e também devido o alagamento que provoca a formação de rios e consequentemente influencia na evaporação de água. 8 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária A figura 4 mostra que entre novembro e março a evaporação de água é muito intensa, já entre junho e agosto essa evaporação é menor, isso porque o a precipitação é baixa. Porém, apesar de baixa ela não é nula, isso acontece graças a água acumulada no solo que ajuda a manter uma taxa de evaporação consideravelmente boa. No mês de setembro essa evaporação começa a aumentar, isso pode ocorrer porque a temperatura fica mais elevada, então, juntamente com a atuação das massas de ar o período chuvoso se inicia novamente, especificamente em outubro. Figura 4: Evaporação de água no Pantanal Fonte: NEW LOCCLIM, 2017 O Pantanal Mato-grossense fica próximo ao Trópico de Capricórnio. Nesse trópico ocorre a incidência perpendicular dos raios solares em 21 de dezembro, fenômeno chamado de solstício de verão, no qual o dia é mais longo e a noite é mais curta. Já em 21 de junho ocorre o solstício de inverno, onde a noite é mais longa e o dia é mais curto. Em 21 de março ocorre o equinócio de outono e em 23 de setembro ocorre o equinócio de primavera, em ambos os casos o dia e a noite tem duração de 12 horas. Como mostrado na figura 5. 9 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária Figura 5: Solstício e Equinócio. Fonte: PRÓATIVA, 2012 A radiação solar recebida durante o ano varia devido a inclinação da Terra, e como a Terra é curva a altura do sol sofre variação com a latitude. No mês de março o Pantanal tem uma incidência solar de aproximadamente 12 horas por dia, isso ocorre porque o hemisfério Sul está passando pelo Equinócio de outono, e então o dia e a noite possuem 12 horas. Na figura 6 é possível observar que novembro, dezembro, janeiro e fevereiro possuem uma quantidade maior de brilho do sol, isso porque o hemisfério Sul está inclinado para próximo do sol. Figura 6: Incidência solar durante o ano no Pantanal Fonte: NEW LOCCLIM, 2017 10 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária O mês de junho possui cerca de 11 horas de radiação solar por dia, sendo a menor quantidade, como mostrada na figura acima, isso porque ocorre o solstício de inverno, onde a noite será mais longa do que o dia. A temperatura média anual é um pouco elevada, chegando a quase 28°C. O verão, que é o período de maior precipitação, é também o período em que a temperatura é mais elevada. A temperatura máxima pode chegar a 33°C, como mostrado na figura 7. O inverno, de junho a setembro, é a época com menor temperatura, sendo que a mínima chega a 17°C. Isso ocorre devido a posição do sol nesses períodos, sendo que no verão a radiação é maior, e consequentemente a temperatura é maior. E no inverno a radiação é menor, e consequentemente a temperatura é menor. Figura 7: Temperatura média anual do Pantanal. Fonte: NEW LOCCLIM, 2017 O período com maior radiação solar é também o período com maior evaporação, maior precipitação e maior temperatura. Isso porque esses quatro elementos estão interligados. A radiação solar se refere a proximidade do hemisfério e do sol, então se o hemisfério está mais próximo a insolação é maior e assim a temperatura é maior. Se a temperatura está mais elevada a evaporação de água será maior, porque a água é aquecida até a temperatura em que vai evaporar, o que irá aumentar a umidade do ar. Por fim, se a umidade do ar está alta a água irá se condensar e precipitar, ou seja, a precipitação também será alta. 3.2. Potosí-Bolívia 11 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária A cidade de Potosí está localizada na Cordilheira dos Andes, figura 8, e é a segunda cidade mais alta do mundo. Figura 8: Localização da cidade de Potosí. Fonte: GORISSEN, 2013. A cidade fica acima do Trópico de Capricórnio e abaixo da linha do Equador. Por isso possui características influenciadas pela incidência da radiação solar no Hemisfério Sul, então o solstício de verão acontece no dia 21 de dezembro, e o solstício de inverno no dia 21 de junho. Além disso o equinócio de outono e primavera ocorrem 21 de março e 23 de setembro respectivamente, assim como mostra a figura 5. Nos meses de maio a julho a incidência solar possui menos horas durante o dia, sendo que em junho é a menor incidência, figura 9, isso porque está no solstício de inverno onde os dias são mais curtos e as noites mais longas. Em dezembro e janeiro o dia é maior do que a noite, isso porque o hemisfério sul está mais próximo do sol. Com a rotação da Terra essa incidência solar vai mudando e assim a quantidade de horas de sol por dia também vai variando. 12 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária Figura 9: Incidência Solar em Potosí. Fonte: NEW LOCCLIM, 2017 Essa cidade é bastante fria, isso porque ela está em uma altitude muito elevada. O clima local é semelhante ao do Mediterrâneo. A temperaturae o índice pluviométrico desse clima são muito influenciados pelo relevo e pela altitude. Devido a altitude acontece uma absorção de energia solar pelo solo, isso provoca uma queda de temperatura. Os períodos com menor luz do sol são consequentemente a época mais fria, como pode ser observador na figura 10. Figura 10: Temperatura anual de Potosí Fonte: NEW LOCCLIM, 2017 Novembro é o mês mais quente do ano, quando a temperatura máxima pode chegar a mais de 20°C, que é também o mês com maior insolação. Já o mês mais frio é junho, onde a temperatura mínima pode ficar abaixo de zero, isso porque é o mês com menor insolação. 13 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária A elevada altitude influencia também na pressão atmosférica, funcionando como uma relação inversamente proporcional, ou seja, quanto maior a altitude menor será a pressão atmosférica. A combinação da altitude, pressão e radiação provocam mudanças meteorológicas drásticas. O período chuvoso é no verão, entre novembro e março, como mostrado na figura 11, já nos outros meses se tem um período de seca. A pluviosidade anual em Potosí é 400 mm. A diferença entre a precipitação do mês mais seco e do mais chuvoso chega a 102 mm, e janeiro é o mês com maior índice pluviométrico. Figura 11: Precipitação anual em Potosí Fonte: NEW LOCCLIM, 2017 A evaporação de água é maior nos três primeiros meses do ano, figura 12, isso acontece porque são também nesses primeiros meses o período de maior precipitação e maior temperatura. Então terá mais água para evaporar, e a temperatura por ser mais elevada aquece essa água o que impulsiona a evaporação. Por consequência a evaporação é menor em junho e julho, período que a quantidade de chuva também é menor. 14 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária Figura 12: Evaporação anual em Potosí. Fonte: NEW LOCCLIM, 2017 Portanto, cada vertente apresentada se interliga e juntas elas influenciam nas características climáticas de Potosí. Por ser um local alto tem baixa temperatura, e baixa pressão atmosférica, isso faz com que o índice pluviométrico não seja tão elevado, porém provoca mudanças bruscas no tempo. Os locais com maior índice pluviométrico e maior temperatura tem por consequência maior evaporação. 3.3. Cálculo do Fotoperíodo Fotoperíodo é o intervalo de tempo entre o nascer do sol e o pôr do sol. Esse intervalo varia com a rotação da Terra, isso acontece por conta da inclinação que a Terra possui, sendo que apenas no equinócio o dia e a noite têm 12 horas. É possível calcular esse fotoperíodo através de uma fórmula. Fórmula para cálculo do fotoperíodo: 𝑵 = ( 𝟐 𝟏𝟓 ) ∗ [(𝟐 ∗ 𝟎, 𝟖𝟒) + 𝐜𝐨𝐬−𝟏 (−𝒕𝒈 ∅ ∗ 𝒕𝒈 𝜹)] N Fotoperíodo; ∅ Latitude; 𝜹 Inclinação solar. Nessa fórmula o fator (2*0,84) é acrescentado para que seja considerado as correções por conta da distância angular e também devido a influência da refração atmosférica. 15 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária Para calcular a inclinação do sol é usado outra fórmula: 𝜹 = 𝟐𝟑, 𝟒𝟓 ∗ 𝒔𝒆𝒏[𝟑𝟔𝟎 ∗ 𝑵𝑫𝑨 − 𝟖𝟎 𝟑𝟔𝟓 ] NDA Número de dias do ano. E por fim para calcular o horário do nascer do sol e do pôr do sol são usadas as seguintes fórmulas respectivamente: 𝑵𝒂𝒔𝒄𝒆𝒓 = 𝟏𝟐 − 𝑵 𝟐 𝑷ô𝒓 = 𝟏𝟐 + 𝑵 𝟐 3.3.1. Cálculos: • Pantanal Mato-grossense: Sendo a Latitude (∅) igual a 18°26’39,649’’ Sul. - Dia 25 de março O dia 25 de março é o 84° dia do ano, então: 𝜹 = 𝟐𝟑, 𝟒𝟓 ∗ 𝒔𝒆𝒏 [𝟑𝟔𝟎 ∗ 𝟖𝟒 − 𝟖𝟎 𝟑𝟔𝟓 ] = 𝟏, 𝟔𝟏𝟑𝟒 𝑵 = ( 𝟐 𝟏𝟓 ) ∗ [(𝟐 ∗ 𝟎, 𝟖𝟒) + 𝐜𝐨𝐬−𝟏 (−𝒕𝒈 𝟏𝟖°𝟐𝟔′𝟑𝟗, 𝟔𝟒𝟗′′ ∗ 𝒕𝒈 𝟏, 𝟔𝟏𝟑𝟒)] = 𝟏𝟐, 𝟐𝟗 Nascer do sol = 12 – 12,29/2 = 5,85 Pôr do sol = 12+ 12,29/2 = 18,145 O nascer do sol irá acontecer as 5 horas e 51 minutos, e o pôr do sol será as 18 horas 8 minutos e 42 segundos. -Dia 25 de junho: O dia 25 de junho é o 176° dia do ano, então: 16 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária 𝜹 = 𝟐𝟑, 𝟒𝟓 ∗ 𝒔𝒆𝒏 [𝟑𝟔𝟎 ∗ 𝟏𝟕𝟔 − 𝟖𝟎 𝟑𝟔𝟓 ] = 𝟐𝟑, 𝟑𝟕 𝑵 = ( 𝟐 𝟏𝟓 ) ∗ [(𝟐 ∗ 𝟎, 𝟖𝟒) + 𝐜𝐨𝐬−𝟏 (−𝒕𝒈 𝟏𝟖°𝟐𝟔′, 𝟔𝟒𝟗′′ ∗ 𝒕𝒈 𝟐𝟑, 𝟑𝟕)] =13,33 Nascer do sol = 12 – 13,33/2 = 5,335 Pôr do sol = 12 + 13,33/2 = 18,665 O sol nasce 5 horas 20 minutos e 6 segundos e se põem as 18 horas 39 minutos e 54 segundos. - Dia 25 de setembro O dia 25 de setembro é o 268° dia do ano, então: 𝜹 = 𝟐𝟑, 𝟒𝟓 ∗ 𝒔𝒆𝒏 [𝟑𝟔𝟎 ∗ 𝟐𝟔𝟖 − 𝟖𝟎 𝟑𝟔𝟓 ] = −𝟐, 𝟐𝟐 𝑵 = ( 𝟐 𝟏𝟓 ) ∗ [(𝟐 ∗ 𝟎, 𝟖𝟒) + 𝐜𝐨𝐬−𝟏 (−𝒕𝒈 𝟏𝟖°𝟐𝟔′𝟑𝟗, 𝟔𝟒𝟗′′ ∗ 𝒕𝒈 − 𝟐, 𝟐𝟐)] =12,13 Nascer do sol = 12 – 12,13/2= 5,935 Pôr do sol = 12 + 12,13/2= 18,065 O sol nasce as 5 horas 56 minutos e 6 segundos e se põem as 18 horas 3 minutos e 54 segundos. - Dia 25 de dezembro O dia 25 de dezembro é o 359° dia do ano, então: 𝜹 = 𝟐𝟑, 𝟒𝟓 ∗ 𝒔𝒆𝒏 [𝟑𝟔𝟎 ∗ 𝟑𝟓𝟗 − 𝟖𝟎 𝟑𝟔𝟓 ] = −𝟐𝟑, 𝟑𝟓 𝑵 = ( 𝟐 𝟏𝟓 ) ∗ [(𝟐 ∗ 𝟎, 𝟖𝟒) + 𝐜𝐨𝐬−𝟏 (−𝒕𝒈 𝟏𝟖°𝟐𝟔′𝟑𝟗, 𝟔𝟒𝟗′′ ∗ 𝒕𝒈 − 𝟐𝟑, 𝟑𝟓)] =11,12 Nascer do sol= 12 – 11,12/2=6,44 Pôr do sol = 12 + 11,12/2 = 17,56 O sol nasce as 6 horas 26 minutos e 24 segundos e se põem as 17 horas 33 minutos e 36 segundos. 17 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária • Potosí- Bolívia A cidade de Potosí se encontra na latitude 20°14’9,719’’ Sul, no cálculo do fotoperíodo dessa cidade será considerado os mesmos dias usados no cálculo do Pantanal, então a inclinação do sol será a mesma, as contas irão mudar no cálculo do Fotoperíodo (N), pois a latitude será diferente. - Dia 25 de março 𝑵 = ( 𝟐 𝟏𝟓 ) ∗ [(𝟐 ∗ 𝟎, 𝟖𝟒) + 𝐜𝐨𝐬−𝟏 (−𝒕𝒈 𝟐𝟎°𝟏𝟒′𝟗, 𝟕𝟏𝟗′′ ∗ 𝒕𝒈 𝟏, 𝟔𝟏𝟑𝟒)] = 𝟏𝟐, 𝟑𝟎 Nascer do sol = 12 – 12,30/2 = 5,85 Pôr do sol = 12 + 12,30/2 = 18,15 O sol nasce as 5 horas 51 minutos e se põem as 18 horas e 9 minutos. - Dia 25 de junho 𝑵 = ( 𝟐 𝟏𝟓 ) ∗ [(𝟐 ∗ 𝟎, 𝟖𝟒) + 𝐜𝐨𝐬−𝟏 (−𝒕𝒈 𝟐𝟎°𝟏𝟒′𝟗, 𝟕𝟏𝟗′′ ∗ 𝒕𝒈 𝟐𝟑, 𝟑𝟕)] =13,45 Nascer do sol = 12 – 13,45/2 = 5,275 Pôr do sol = 12 + 13,45/2 = 18,725 O sol nasce as 5 horas 16 minutos e 30 segundos e de põem as 18 horas 43 minutos e 30 segundos. - Dia 25 de setembro 𝑵 = ( 𝟐 𝟏𝟓 ) ∗ [(𝟐 ∗ 𝟎, 𝟖𝟒) + 𝐜𝐨𝐬−𝟏 (−𝒕𝒈 𝟐𝟎°𝟏𝟒′𝟗, 𝟕𝟏𝟗′′ ∗ 𝒕𝒈 − 𝟐, 𝟐𝟐)] =12,11 Nascer do sol = 12 – 12,11/2= 5,945 Pôr do sol = 12 + 12,11/2= 18,055 O sol nasce as 5 horas 56 minutos e 42 segundos e se põem as 18 horas 3 minutos e 18 segundos. - Dia 25 de dezembro 18 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária 𝑵 = ( 𝟐 𝟏𝟓 ) ∗ [(𝟐 ∗ 𝟎, 𝟖𝟒) + 𝐜𝐨𝐬−𝟏 (−𝒕𝒈 𝟐𝟎°𝟏𝟒′𝟗, 𝟕𝟏𝟗′′ ∗ 𝒕𝒈 − 𝟐𝟑, 𝟑𝟓)] =11 Nascer do sol = 12 – 11/2 = 6,5 Pôr do sol = 12 + 11/2 = 17,5 O sol nasces as 6 horas e 30 minutos e se põem as 17 horas e 30 minutos. 3.4. Relação entre as regiões Ambas regiões se localizam próximas ao trópico de capricórnio. Isso faz com que a relação com a radiação solar seja parecida, ou seja, no mesmo período do ano elas estão no mesmo solstício e mesmo equinócio. Porém, Potosí tem uma altitudemuito maior que o Pantanal, já que uma se localiza na Cordilheira dos Andes e outra em uma planície. Essa diferença de altitude causada pelo relevo faz com que todas as outras vertentes sejam totalmente diferentes. Enquanto o Pantanal é quente e tem um alto índice pluviométrico Potosí é frio, chegando a temperaturas negativas, e tem baixo índice pluviométrico, o que consequentemente interfere na vegetação local. No Pantanal a temperatura pode chegar a 30°C, é rico quanto a biodiversidade, já em Potosí existe um predomínio da vegetação conhecida como vegetação de altitude, com arbustos baixos e plantas rasteiras. No local com maior índice pluviométrico por consequência terá maior evaporação do que no local com menor índice. Enquanto o clima do Pantanal é um clima tropical continental, que sofre interferência principal da massa de ar continental, em Potosí o clima se assemelha ao clima mediterrâneo e sofre interferência principal da altitude. Os cálculos do fotoperíodo possuem valores semelhantes nas duas regiões, isso porquê ambas têm latitudes próximas. Portanto o nascer e o pôr do sol acontecem em horários muito parecidos. 19 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária 4. Conclusão A partir dos dados apresentados, com auxílio do computador, que tornou possível as pesquisas sobre o assunto abordado, foi possível verificar que todas as vertentes climáticas estão interligadas e uma depende uma da outra. Portanto, a temperatura de um local depende do seu relevo, da sua altitude, da precipitação e da evaporação. O que é recíproco considerando cada característica, ou seja, da mesma forma que a temperatura depende da precipitação a precipitação também depende a temperatura. As diferentes altitudes dos locais estudados fazem com que suas características sejam completamente diferentes, o que por consequência muda totalmente o estilo de vida da população de cada local. É possível concluir também que se houver alteração em alguma vertente, o que acontece principalmente por impactos ambientais, todas as outras sofreram, e em um determinado espaço de tempo as características climáticas do local será afetada. A partir desse trabalho foi possível aprofundar os conhecimentos em diversos assuntos que se referem a climatologia, e dessa forma saber o porquê da importância do seu estudo e como usá- los para compreender os fenômenos naturais. 20 Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária 5. Bibliografia GORISSEN, P. Open Streetmap Latitude, Longitude Popup. Gorissen info, 2013. Disponível em: <http://www.gorissen.info/Pierre/maps/googleMapLocation.php?lat=&lon=- 32.102051&setLatLon=Set>. Acesso em: 5 out. 2017. HOEHNE, F.C. O grande Pantanal de Mato Grosso. São Paulo: Boletim da Agricultura, 1936. GUARIZO, A.G. Solstício e Equinócio. A PróAtiva, 2012. Disponível em: <https://tst26.wordpress.com/2012/06/20/solsticio-e-equinocio/>. Acesso em: 5 out. 2017. NOGUEIRA, A.X. Clima do Pantanal. Sua Pesquisa, 2012. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/clima/clima_pantanal.htm>. Acesso em: 9 out. 2017. AZEREDO, T. Massas de ar. Educação, 2009. Disponível em: <http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-fisica/massas-de-ar.html>. Acesso em: 9 out. 2017. CLIMA: Potosí. Climate-Data, 2006. Disponível em: <https://pt.climate- data.org/location/3453/>. Acesso em: 9 out. 2017. BOLÍVIA: Quando ir na Bolívia. Guia viagem, 2005. Disponível em: <https://www.guiaviagem.org/bolivia-clima/>. Acesso em: 9 out. 2017.
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