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Microrganismos na Agricultura (2)

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1 
 
 
 
 
 
Universidade Federal de Goiás 
Escola de Engenharia Civil e Ambiental 
Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA INFLUÊNICA DOS MICRORGANISMOS NA 
AGRICULTURA 
 
 
 
 
 
 
 
BRENDA VITÓRIA DE SOUSA FONSECA 
BRUNA ARAÚJO CERQUEIRA 
GIULLIA FERREIRA DE PAULA 
PAULO SÉRGIO LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2017 
 
2 
 
 
 
BRENDA VITÓRIA DE SOUSA FONSECA 
BRUNA ARAÚJO CERQUEIRA 
GIULLIA FERREIRA DE PAULA 
PAULO SÉRGIO LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA INFLUÊNICA DOS MICRORGANISMOS NA 
AGRICULTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina de 
Metodologia Científica e Tecnológica do Curso de 
Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária da 
Universidade Federal de Goiás, a ser utilizado como 
diretrizes para a obtenção da nota final da disciplina. 
 
Professora Doutora Simone Costa Pfeiffer 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
 2017 
 
3 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4 
2.1. Benefícios de microrganismos na agricultura ..................................................................... 5 
2.1.1. Decomposição de resíduos orgânicos ........................................................................... 5 
2.1.2. Ciclo do nitrogênio ........................................................................................................ 6 
2.1.3. Ciclo do fósforo .............................................................................................................. 8 
2.1.4. Controle de pragas ........................................................................................................ 9 
2.2. Desvantagens de microrganismos na agricultura ............................................................. 11 
2.2.1. Ausência do controle de pragas .................................................................................. 11 
2.2.2. Fungos .......................................................................................................................... 11 
2.2.3. Vírus ............................................................................................................................. 13 
2.2.4. Bactérias ....................................................................................................................... 14 
2.2.5. Protozoários ................................................................................................................. 15 
3. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 16 
 3.1. Materiais ..................................................................................................................... 16 
 3.2. Procedimento ............................................................................................................. 16 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 17 
 
 
 
4 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Agricultores costumam acreditar que microrganismos são pestes destrutivas para suas culturas 
agrícolas, quando na realidade muitos deles são benéficos. Alguns são essenciais para decompor 
matéria orgânica. Certas bactérias e fungos associam-se às raízes de plantas, fornecendo 
nutrientes importantes como o nitrogênio e o fósforo. Fungos podem colonizar partes superiores 
dos vegetais e prover tolerância à ausência de água, ao calor, resistência a insetos e a doenças 
em plantas. Vírus podem alterar o metabolismo mas também podem ser utilizados como 
controle biológico. 
As interações entre as diferentes comunidades de microrganismos presentes no solo, como 
exemplificado acima, contribuem para a manutenção da vida deste, agindo como um suporte 
físico também para culturas agrícolas. Os microrganismos são representados pela microfauna 
(protozoários) e pela microflora (fungos, bactérias e vírus). Esses organismos participam 
ativamente de processos como decomposição de resíduos orgânicos e ciclos do nitrogênio e do 
fósforo. 
Assim, no intuito de compreender melhor e desmistificar a nocividade como consequência 
única da presença de microrganismos na agricultura, esta pesquisa se propõe a desenvolver uma 
perspectiva benigna acerca de como a atividade microbiana pode servir como uma ferramenta 
para maximizar a produtividade e mitigar possíveis adversidades dentro da agricultura. As 
objetivos específicos poderiam ser: i) comprovar que o manejo controlado da atividade 
microbiana auxilia no rendimento agrícola; ii) evidenciar a importância de bactérias na absorção 
de nutrientes; iii) apresentar a capacidade microbiana de reduzir resíduos orgânicos em húmus; 
iv) apontar a influência do controle biológico microbiano na produção agrícola; v) desmistificar 
o caráter totalmente deletério dos microrganismos. 
A agricultura é um dos setores econômicos responsáveis por influenciar o Produto Interno Bruto 
(PIB), representando quase um terço deste. Assim, o aumento da produtividade agrícola afeta 
diretamente a estrutura econômica do país, e consequentemente, a vida da população. 
Há vários fatores que prejudicam o rendimento das atividades agrícolas, incluindo a 
infertilidade do solo, doenças de plantas e dificuldade na fotossíntese. A mitigação destes 
problemas pode advir, por parte, através do uso correto dos microrganismos. 
 
5 
 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1. Benefícios de microrganismos na agricultura 
Os microrganismos são organismos vistos apenas ao microscópio e incluem bactérias, fungos, 
protozoários e vírus, por exemplo. O solo é densamente colonizado por uma grande diversidade 
desses microrganismos, que trazem benefícios para a área da agricultura. Dentro das vantagens 
proporcionadas por eles, podem ser citados o aumento da produtividade agrícola, que ocorre 
devido à sua atuação na germinação, florescimento, frutificação e ativação do amadurecimento 
de plantas. Além disso, eles evitam a proliferação de plantas espontâneas, doenças e pragas, e 
ajudam na estruturação do solo. Essa estruturação é resultado da atividade dos microrganismos, 
que deixam os pedaços de terras mais colados, além de poderem atuar associados com adubos 
verdes na descompactação do solo, aumentando a porosidade e a infiltração de água. Ademais, 
podem ser misturados a outros adubos orgânicos como biofertilizantes, compostos e húmus e 
são também utilizados como decompositores de matéria orgânica para acelerar o processo de 
composto ou biofertilizante. 
2.1.1. Decomposição de resíduos orgânicos 
A decomposição desintegra a matéria orgânica em partículas menores e formas solúveis de 
nutrientes, que são absorvidos pelas plantas, formando o húmus. Resíduos vegetais sob a 
superfície do solo ou incorporado a ele, em condições aeróbias, sofrem rápido ataque de fungos 
e bactérias, que estão em busca de carbono, energia e nutrientes. 
As bactérias saprófitas, juntamente com certos fungos, atuam na natureza se alimentando de 
restos de seres vivos, decompondo-os e transformando-os em moléculas inorgânicas simples. 
As plantas absorvem essas moléculas pelas raízes e as utilizam para sintetizar novamente a 
matéria viva. É por conta desses microrganismos que há uma disponibilidade contínua de 
elementos químicos necessários para a construção da matéria viva em todos os seres vivos. Por 
isso, as bactérias são fundamentais para a manutenção do equilíbrio biológico em todos os 
ecossistemasda Terra. 
A maioria dos fatores ambientais que interferem na decomposição de resíduos orgânicos está 
relacionada à atividade dos microrganismos decompositores. São eles a temperatura, umidade, 
teor de matéria orgânica do solo, localização e quantidade de material adicionado, pH, 
concentração de O2 livre no solo e presença de adubos verdes, fertilizantes, arações, gradagens, 
manejo do solo e uso de herbicidas. 
6 
 
 
 
O grau de maturação das plantas também regula a permanência dos resíduos no solo, já que 
aumento na relação Carbono / Nitrogênio dificulta sua decomposição. A presença da “palha” 
na superfície do solo é de importância fundamental para a manutenção do sistema plantio na 
agricultura. Isso reforça a preocupação de produzir resíduos vegetais de decomposição mais 
lenta, para manter o resíduo sobre o solo por maior período de tempo (KLIEMANN; Braz; 
Silveira, 2006). Assim, deve-se planejar e adotar rotações de culturas cujos resíduos persistam 
o maior tempo possível no solo. 
A rotação de culturas é uma prática agrícola de alternância ordenada de diferentes culturas num 
espaço de tempo, na mesma lavoura. É utilizada quando se quer resolver um problema de 
doenças ou de uma praga em dada espécie que está influindo no rendimento de grãos. Alguns 
problemas podem ser: 
• Doença de um cereal no verão ou inverno; 
• Praga de uma leguminosa; 
• Controle de determinada planta daninha; 
• Adição de nitrogênio ao sistema. 
A rotação de culturas exerce papel importante na reciclagem de nutrientes, entre eles o 
nitrogênio, como visto a seguir. 
2.1.2. Ciclo do nitrogênio 
O nitrogênio é o nutriente mais importante para o crescimento das plantas, pois participa da 
composição de moléculas de ácidos nucléicos, proteínas e polissacarídeos. Ele é encontrado em 
uma forma estável, por isso é necessário que ele seja convertido em outros elementos para poder 
ser assimilado pelas plantas. Essa conversão do nitrogênio é feita pelos microrganismos. 
Cerca de 78% da atmosfera é composta por nitrogênio atmosférico (N2), ele atinge o solo e, 
para entrar no ecossistema, sofre fixação, processo feito por bactérias nitrificantes que retiram 
o N2 e incorporam em suas moléculas orgânicas. É possível fazer essa fixação a partir de 
fertilizantes comerciais, esse método vem sendo muito usado na agricultura, caracterizando a 
fixação industrial. 
Quando o N2 é fixado ocorre a liberação da amônia (NH3) esse processo é feito pelas bactérias 
Rhizobium, quando em contato com as moléculas de água presentes no solo o NH3 forma o 
hidróxido de amônio (NH4), processo chamado de amonificação. O amônio tende a ser 
absorvido e usado por bactérias associadas as raízes, as bacteriorrizas. Quando o amônio é 
7 
 
 
 
produzido por bactérias de vida livre eles tendem a ficar disponível no solo para serem usados 
pelas nitrobactérias. 
Essas nitrobactérias são seres autotróficos, e usam a energia liberada a partir das reações 
químicas, por isso são chamadas de quimiossintetizantes. Essa energia é obtida devido a 
oxidação do amônio, transformando-o em nitrito (NO2
-), a conversão do NH3 em nitrito é 
chamado de nitrosação, é feito pelas nitrossomonas, posteriormente o nitrito é convertido em 
nitrato (NO3
-), processo chamado de nitração que é feito pela nitrobacter. 
O nitrato produzido fica livre no solo e pode percorrer três caminhos diferentes: ser absorvido 
pelas plantas, ser desnitrificado, conversão do nitrato em nitrogênio atmosférico através das 
pseudonomas, ou atingir corpos d’água. 
As leguminosas são as plantas responsáveis pela fixação do nitrogênio, devido as bactérias 
presentes em suas raízes, micorrizas, que são associações simbióticas entre os fungos e raízes. 
Essas associações são mutualísticas, os fungos auxiliam as raízes a absorver os nutrientes do 
solo e da água, em troca as plantas fornecem aos fungos várias substâncias orgânicas essenciais 
ao crescimento. 
As rotações dessas culturas favorecem a fixação do nitrogênio, isso porque fornece nutrientes 
em quantidades adequadas para que sejam fixados pelas plantas. Se esse procedimento fosse 
feito corretamente ele poderia substituir o uso de fertilizantes, o que seria benéfico para o meio 
ambiente. Na figura 1 é possível observar o ciclo do nitrogênio. 
8 
 
 
 
Figura1: Ciclo do nitrogênio. 
 
Fonte: Felipe Ribeiro, 2017. 
2.1.3. Ciclo do fósforo 
O fosforo não é encontrado livre na natureza, mas sim em combinações como o fosfato. Na 
natureza não acontece abundâncias na forma de fósforo combinado que possa ser usado pelas 
plantas. As jazidas são as maiores reservas de fósforos. O fósforo (P) encontra-se na fase sólida 
nas formas orgânicas e inorgânicas; na fase líquida em formas inorgânicas na solução do solo, 
nas formas de H2PO4 e HPO4
2
-. 
“No solo o P pode ser imobilizado, quando encontra-se na forma orgânica não 
assimilável pelas plantas; tornando-se disponível para a planta pela mineralização da 
matéria orgânica; ou adsorvido que é a fração de fósforo presa ao complexo coloidal 
do solo tornando-se disponível através de trocas com as raízes; e assimilável é a parte 
que se encontra diluída na solução do solo sendo facilmente absorvido pelas plantas. 
A forma chamada disponível é o somatório do P adsorvido com o assimilável”. 
(AGROLINK ADMIN, 2016) 
A presença do fósforo no solo é indispensável para o crescimento e produção vegetal. Ele 
interfere na fotossíntese, armazenamento de energia, respiração, crescimento celular e divisão 
9 
 
 
 
celular. Além disso ocorre interferência também nas raízes, qualidade das frutas e sementes. 
Por interferir por vários processos vitais das plantas deve haver um suprimento adequado de 
fósforo desde a germinação. 
Quando as plantas estão jovens absorvem mais fósforo, o que provoca um crescimento rápido 
e intenso das raízes, isso acontece em ambientes com níveis adequados de nutrientes. 
A aplicação de inóculos de microrganismos que auxiliam a planta na absorção do fósforo na 
agricultura é uma alternativa muito usada na agricultura para aproveitar melhor o fósforo. 
2.1.4. Controle de pragas 
O controle biológico é um processo pelo qual as populações existentes nos ecossistemas são 
reguladas (mantidas dentro de limites máximos e mínimos) devido à ação de seus inimigos 
naturais. Os processos de manipulação desses inimigos naturais pelo homem permite a 
utilização para o controle de pragas em agrossistemas. Os microrganismos mais utilizados como 
bioinseticidas são bactérias, fungos e vírus. Esse manejo de controle biológico impacta 
diretamente na qualidade da produção agrícola, além da redução da poluição ambiental e 
consequentemente contribui para a preservação dos recursos naturais. 
O sistema de controle é feito através das interações dos microrganismos, sendo elas endofíticas 
e entomopatogênicas. Os microrganismos endofíticos são bactérias e fungos que vivem no 
interior das plantas, habitando caules e folhas e se diferenciam dos fitopatogênicos, pois não 
causam danos ao hospedeiro e dos epifíticos que se encontram na superfície dos tecidos e orgãos 
vegetais. As bactérias endofíticas estão presentes em todas as espécies vegetais, podendo ser 
encontradas em estado de latência ou colonizando ativamente de forma local ou sistêmica, o 
controle pode acontecer por competição por espaço e nutrientes, ocupando os ninchos dos 
patógenos, produção de compostos antimicrobianos, produção de toxinas e compostos 
secundários que protegem a planta hospedeira do ataque de fungos e bactérias fitopatogênicas, 
insetos e até mesmo de outros animais herbívoros, indução de resistência sistêmica, colonizando 
o córtex da raiz, estimulando os mecanismosgerais de defesa e resistência da planta. Dentre os 
gêneros mais utilizados estão os Pseudomonas, Burkholderia, Azospirillum e Bacillus, 
endofíticas facultativas e encontradas na rizosfera. 
No controle biológico com microrganismos entomopatogênicos são usados fungos, bactérias, 
protozoários e vírus. As principais vantagens desses agentes são a especificidade e a 
seletividade, a facilidade de multiplicação e produção em meios artificiais e ausência de 
10 
 
 
 
toxicidade a organismos que não são alvos e ao homem, além de não contribuirem com a 
poluição ambiental. 
Os fungos são parasíticos, pequenos organismos filamentosos, eucariotos e heterotróficos, 
possuem grande variabilidade genética e ameaça em hospedeiros. Penetram nos insetos via 
tegumento, após a colonização do hospedeiro surgem estruturas conhecidas como esporos, 
originados de reprodução sexuada ou assexuada, responsáveis pela disseminação do patógeno. 
Os principais grupos são Beauveria bassiana (Figura 1), Metarhizium anisopliae, M. 
flavoviride, Nomuraea rileyi, Verticillium lecanii, Hirsutella thompsonii, Aschersonia 25 
aleyrodis, Paecilomyces spp., Cordyceps spp. Atuam em moscas brancas, cigarrinhas, ácaros, 
entre outros. 
As bactérias são unicelulares e procariontes. Na maioria das vezes a reprodução bacteriana 
ocorre devido a fissão binária. As que infectam os insetos podem ser esporulantes ou não-
esporulantes, as primeiras possuem esporos de resistência e cristal proteico composto por 
proteínas tóxicas tendo efeito no inseto-alvo. Os principais grupos são: Bacillus thuringiensis 
(diversas variedades), como var. kurstaki, que ataca lagartas (Lepidoptera), var. israelensis, 
infectando larvas de Diptera (pernilongos e borrachudos) e var. tenebrionis, infectando 
Coleoptera; Bacillus sphaericus, também em larvas de Diptera, e Bacillus larvae e B. alvei, que 
causam doenças em abelhas; pode-se citar também Serratia marcescens e S. entomophila, que 
causam septicemias em diversos insetos, pertencentes ao grupo das bactérias não-esporulantes. 
Os vírus são microscópicos, constituídos por ácidos nucleicos e envoltos por uma capa de 
proteína. Eles não possuem metabolismo independente e só se reproduzem quando estão dentro 
de uma célula viva. Os vírus são parasitas celulares obrigatórios que invadem o organismo dos 
insetos por via oral. Entre os grupos dos entomopatógenos, são os mais seguros ao se tratar dos 
efeitos sobre o homem e organismos que não são alvos. No controle sobre a lagarta-da-soja, 
por exemplo, as partículas do Baculovírus, apresentam a forma de bastonete e são denominados 
vírions, estes são incrustrados em uma matriz proteica de formato poliédrico, a qual confere 
certa proteção às partículas do vírus, contra a desativação por fatores ambientais como 
temperatura e radiação solar. Os poliedros localizados nas folhas da soja são ingeridos pelas 
lagartas fazendo com que elas parem de se alimentar entre 4 a 7 dias e morram entre 7 a 10 dias. 
Essa forma de controle é comercializado pela Embrapa ao custo de R$ 2,00 a dose de 20 g para 
aplicação em 1 ha. 
11 
 
 
 
Figura 2: Relações fungo-hospedeiro 
 
 Fonte: Alves, 1998 
2.2. Desvantagens de microrganismos na agricultura 
Por outro lado, microrganismos também podem ser prejudiciais para atividades agrícolas, 
podendo promover uma série de doenças em plantas. 
2.2.1. Ausência do controle de pragas 
Alguns problemas relacionados à comercialização de produtos microbianos, que impedem 
atualmente um maior desenvolvimento dessa linha de trabalho, são a concorrência com 
produtos químicos, a falta de assistência técnica durante a comercialização e após a aplicação 
do produtos, a existência de formulações inadequadas e produtos de baixa qualidade no 
mercado, a exigência de condições específicas de armazenamento desses produtos, entre outros. 
2.2.2. Fungos 
Os fungos são causadores de aproximadamente 70% das doenças que interferem nos processos 
biológicos vitais das plantas e possuem sistemas enzimáticos bastante eficazes que degradam 
diversos componentes das células das plantas, além disso eles produzem toxinas que acumulam 
nos órgãos das plantas, na figura 3 é possível observar uma macieira infectada por fungos. 
Fungos podem colonizar partes superiores das plantas e prover tolerância à ausência de água, 
ao calor, resistência a insetos e a doenças em plantas. A planta doente apresenta manchas nos 
caules e nas folhas. 
12 
 
 
 
Figura 3: Doença chamada "Podridão castanha da maçã." 
 
Fonte: Soares Chaves, 1992 
As doenças fúngicas causadas podem ser: 
• Soja: 
Míldio (Peronospora manshurica); 
Oídio (Microsphaera diffusa); 
Antracnose (Colletotrichum truncatum); 
Podridão Vermelha da Raiz (Fusarium solani f. sp. glycines); 
Mela ou Requeima da Soja(Rhizoctonia solani); 
Ferrugem da Soja( Phakopsora pachyrhizi); 
Mancha Parda ou Septoriose (Septoria glyeines); 
Mancha- Púrpura (Cercospora Kikuchii). 
• Café: 
Ferrugem do Café (Hemileia vastatrix); 
 
• Banana: 
13 
 
 
 
Sigatoka Negra (Mycosphaerella fijiensis); 
Mal-do-Panamá (Fusarium oxysporum f. sp. cubense). 
• Algodão 
 Ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides); 
 Mancha-de-ramulária (Ramularia areola). 
• Citro 
Pinta-Preta ou Mancha Preta dos Citros (Guignardia citricarpa). 
• Mangueira 
Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides). 
A disseminação dos fungos acontece por fatores ambientais como a umidade, radiação solar, 
vento e temperatura. O vento e a umidade são os principais responsáveis pela liberação dos 
esporos, que são formados quando as condições ambientais não estão favoráveis, germinando 
quando essas condições melhoram, e dissipação de doenças. A contaminação é propiciada por 
insetos sugadores que perfuram a planta em busca da seiva deixando a ferida exposta. 
Essas doenças reduzem a capacidade de realizar a fotossíntese e, como consequência, diminui 
a capacidade produtiva das plantas afetadas. 
2.2.3. Vírus 
A ação dos vírus nas plantas varia muito de acordo com a combinação vírus, planta e ambiente. 
Em sua replicação, duplicação da molécula de DNA, o vírus usa componentes que estão nas 
células, dessa maneira o metabolismo celular é comprometido, e consequentemente o 
organismo também será comprometido. 
Nas células vegetais os vírus podem interferir na fotossíntese, respiração, fluxo da seiva e 
desbalanço hormonal. Raramente as viroses causam a morte imediata das plantas, eles 
produzem infecções crônicas que as enfraquece, reduzindo a produção de flores, frutos, folhas 
e tubérculos. 
Grande parte dos sintomas são característicos e isso permite sua identificação a olho nu. Os 
mais evidentes são os foliares como o mosaico, observado na figura 4, necrose sistêmica e 
14 
 
 
 
amarelecimento. Nos frutos podem surgir manchas, anéis, redução do tamanho e queda. Na 
planta como um todo pode ocorrer nanismo, declínio e até a morte. 
Figura 4: Mosaico nas folhas. 
 
Fonte: Lá guia, 2000. 
Em casos extremos em que a planta não consiga mais se recuperar, aconselha-se sua erradicação 
para que não se torne hospedeira maléfica. Normalmente esses males surgem em plantações 
desnutridas. 
2.2.4. Bactérias 
As bactérias patogênicas têm forma de bastonetes, geralmente são aeróbicas ou anaeróbias 
facultativas. Elas podem ser Gram positivas ou negativas, porém grande parte das bactérias que 
provocam as doenças são negativas, e é possível fazer essa identificação a partir da coloração 
de Gram. O vento, insetos e a água ajudam a disseminar as bactérias de uma planta para outra. 
Elas podem viver na superfície dasplantas ou em seu interior. As doenças provocadas por 
bactérias são menos numerosas do que as causadas por fungos e vírus, porém elas causam mais 
prejuízos econômicos para a agricultura. Elas são bastantes comuns em locais com clima úmido 
e quente. 
As doenças ocorrem devido a produção de enzimas ou de toxinas que interferem no 
metabolismo, provocando a murchidão e até mesmo a morte. 
15 
 
 
 
2.2.5. Protozoários 
São seres unicelulares, eucarióticos e sem parede celular rígida. Eles podem se reproduzir por 
divisão binária e também por conjugação. São parasitas obrigatórios e é muito difícil isolá-los 
e cultivá-los em laboratório, por isso são pouco estudados. Eles atacam uma gama mais restrita 
de plantas. 
Grande parte dos protozoários parasitas são flagelados e vivem no floema, que é um tecido 
vascular vegetal que transporta água e sais minerais, bloqueando o transporte da seiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
Para realizar a pesquisa apresentada é necessário fazer a inoculação de bactérias em um meio 
de cultura sólido. Essa inoculação pode ser feita com base nos procedimentos que apresentados 
a seguir. 
3.1. Materiais 
• Ágar nutritivo; 
• Alça de platina; 
• Bico de Bunsen; 
• Estufa; 
• Cultura bacteriana. 
3.2. Procedimento 
Á técnica de esgotamento em placa consiste em depositar sobre um ponto da superfície do meio 
uma parte do material e, depois, espalhá-la de maneira a obter quantidades progressivamente 
menores do material. Tem – se que obter rarefação suficiente do material para que se formem 
colônias perfeitamente isoladas. 
Posteriormente essa placa onde o material foi depositado será levada para a estufa, onde ficará 
por 24 horas, e depois é analisada as colônias formadas para concluir qual tipo de 
microrganismo está nela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ROOSSINCK, M. Beneficial Microbes for Agriculture. Noble Research Institute, 2008. Disponível 
em <https://www.noble.org/news/publications/ag-news-and-views/2008/october/beneficial-microbes-
for-agriculture/.> Acesso em 9 nov. 2017. 
LINO, T. Vantagens e desvantagens da relação entre plantas e fungos. Repositorium, 2011. 
Disponível em: 
<https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/15805/2/Jornadas%20micológicas%28apresenta
ção%29.pdf>. Acesso em: 9 nov. 2017. 
SIGNOR, D.; DIONISIO, J. A. Decomposição de resíduos orgânicos. In: DIONISIO, J. A.; 
PIMENTEL, I. C.; SIGNOR, D.; PAULA, A. M. de; MACEDA, A.; MATANNA, A. L. Guia prático 
de biologia do solo. Curitiba: SBCS: NEPAR, 2016. cap. 14, p. 84-88. 
KLIEMANN, H.J.; BRAZ, A.J.P.B.; SILVEIRA, P.M. Taxas de decomposição de resíduos de 
espécies de cobertura em latossolo vermelho distroférrico. Goiânia, GO: abr. 2006. 
ARAUJO, R. S.; HUNGRIA, M. (Ed.). Microrganismos de importância agrícola. Brasília, DF: 
EMBRAPA-SPI; Goiânia: EMBRAPA-CNPAF; Londrina: EMBRAPA-CNPSO, 1994. 236 p. il. 
(EMBRAPA-CNPAF. Documentos, 44). 
POLI, A. et al. Aspectos da interação dos microrganismos edofíticos com plantas hospedeiras e 
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