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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ● Os atos humanos são avaliados juridicamente diante sua conformidade ou não com a lei. ○ Regulamento é aquela norma mais próxima dos atos que regulam a lei e como os direitos vão ser exercidos ○ Um ato é correto ou não de acordo com sua conformidade com o regulamento ● Um regulamento é bom ou ruim se estiver de acordo com a lei que o regulamenta ○ O critério é a lei ● A lei é juridicamente correta ou incorreta de acordo com sua conformidade com a Constituição, tanto do ponto de vista formal quanto do material ○ Formal: processo de elaboração ○ Material: conteúdo constitucional ● Como avaliar a Constituição? Há ou não um critério? ○ A Constituição é uma questão limite que põe em xeque o ordenamento jurídico inteiro, pois está em sua origem ○ Questão que se põe apenas em ocasiões extraordinárias ○ Duas respostas: ■ Não pode ser avaliada juridicamente ● Logo, pode ter qualquer conteúdo ● A ordem jurídica tem um grande grau de liberdade ● Grande parte da norma é escolha, mas será que tudo é escolha? ● Ex.: a ordem nazista era jurídica ou não? ● Significa dizer que o direito positivo pode ter o conteúdo que quiser, não pode ser contestado ou duvidado, que a vontade do Estado é a única fonte do direito e que o papel do jurista é apenas o de aplicar a lei, jamais discutila. ■ Pode ser avaliada do ponto de vista de sua origem ● Democrática, por exemplo ■ Pode ser avaliada do ponto de vista sociológico ● Boa seria a constituição que traduzisse os valores de uma determinada sociedade ● Aspecto importante, mas não suficiente ■ Pode ser avaliada do ponto de vista político, econômico, religioso, antropológico… ○ É lamentável que ela possa ser avaliada por tantas disciplinas e não pelo direito, por quê? ■ Se direito é lei e lei é o que o Estado estabelece como tal, ela realmente não pode ser avaliada pelo direito (pressuposto para essa avaliação) ■ Esta definição de direito é leiga O QUE É O DIREITO ● Ubi societas ibi jus ○ Como se lei é um fenômeno moderno? ○ Voltando às grandes ordenações. Ex.: ■ Roma ■ Hamurabi ■ Tábuas de índios brasileiros ○ Havia sociedade antes ● Para se ter uma ideia clara de direito, há elementos fundamentais ○ Direito é norma de convívio social, mas nem toda norma de convívio social é direito. Ex.: religião, economia, etiqueta ○ Apoio pela força a fim de fazer valer as normas jurídicas ○ Normas escolhidas pela sociedade, pois são consideradas necessárias ou imprescindíveis ● Como o direito atua? ○ Forma especial de resolver conflitos: recurso a um terceiro imparcial que ouve as duas partes para decidir segundo a razão ○ Razão do juiz e razão coletiva ■ Por isso o juiz era frequentemente alguém mais velho e experiente ○ Os juízes, advogados e procuradores não são meramente operadores do direito, são criadores do direito ■ Os legisladores vêm depois ■ Não é simplesmente um silogismo ■ Trabalho dialético do fato com a lei ● Primeiro se pensa a resolução e depois se busca base na lei ● A essência do direito é a razão ○ Aristóteles: o homem é um animal racional ■ Nada do que o homem faz deixa de ser pautado pela razão ○ Logo, a maneira humana de resolver conflitos é o direito ○ Perguntar quem tem razão é igual a perguntar quem tem direito ○ A razão estabelece limites de razoabilidade que excluem os extremos ○ Logo, o legislador estabelece a norma diante desse limite ○ A existência de um terceiro para resolver conflitos também parte da razão ● Não existe experimentação prática ou evidências ○ O direito não tem a exatidão das ciências naturais ○ Consciências das próprias limitações para identificar erros ○ Há mecanismos. Ex.: apelação, segunda instância ■ Não elimina o erro, mas reduz ● Logo, a maior parte das normas é fruto de uma escolha razoável. Mas há uma pequena parte de normas que o Estado é obrigado a reconhecer e efetivar por meio do exercício da força ○ Ex.: poder, limitação do poder, direitos fundamentais ○ Esse menor conteúdo tem quantidade ínfima em relação aos demais, mas é ele que define a qualidade jurídica da constituição
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